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Controle de registros
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Os termos identificação, armazenamento, pro-
teção, recuperação, retenção e descarte dos registros,
são entendidos como (MELLO, 2008, p. 72):
• Identificação: código ou título pelo qual o
registro é conhecido. Os registros são identificados
como Anexos dos Procedimentos ou das Instruções
de Trabalho do SGSST.;
• Armazenamento: a forma e o local onde os
registros são guardados. Os registros em papel são
arquivados em pastas suspensas, entre outras, e os
magnéticos, são gravados em discos rígidos, CD-
-ROM ou disquetes;
• Proteção: o tipo de proteção necessária para
impedir uma possível perda ou deterioração do re-
gistro, como, por exemplo, backup distante de cam-
pos magnéticos, em ambiente com temperatura con-
trolada, etc.;
• Recuperação: a forma ou ordem como os re-
gistros são recuperados para consulta depois de ar-
mazenados. Os registros são arquivados seguindo a
indexação indicada no documento, de forma a faci-
litar a sua localização. Os registros podem ser inde-
xados por ordem alfabética, numérica, cronológica,
alfanumérica ou por assunto;
• Tempo de retenção: o tempo necessário que
o registro deve ser mantido para fins de comprova-
ção da SST praticada, como seis meses, cinco anos,
etc. O tempo de retenção do registro do SGSST no
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arquivo deve ser definido conforme a sua aplicabili-
dade, respeitando sempre o tempo mínimo exigido
por lei. O tempo de descarte do registro deve ser
identificado no SGSST;
• Descarte: a forma de disposição do registro da
SST depois de vencido o tempo de retenção, como,
por exemplo, lixo, picotamento, incineração, etc.
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resse na organização, tais como clientes, ou por ou-
tras pessoas em seu nome.
• Auditorias de Terceira Parte: são auditorias
externas que são realizadas por organizações ex-
ternas de auditoria independente, tais como or-
ganizações que provêem certificados ou registros
de conformidade.
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• Estabelecer, implementar e manter procedi-
mento para tratar: das responsabilidades, competên-
cias e requisitos para se planejar e conduzir audito-
rias, a fim de relatar os resultados e reter registros
associados; e da determinação dos critérios, escopo,
frequência e métodos; e
• Garantir que tanto a seleção de auditores
como a condução de auditorias sejam objetivas e im-
parciais.
A Figura 22 apresenta as etapas para o progra-
ma de auditoria, seguindo a mesma lógica do ciclo
PDCA (SEIFFERT, 2008, p. 115).
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4.5. Análise Crítica Pela Direção
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A Alta Direção da organização deve analisar
criticamente o SGSST, em intervalos planejados,
objetivando a sua contínua adequação, pertinência e
eficácia. As análises críticas pela Alta Direção devem
(OHSAS 18001, 2007, p. 28):
• Incluir a avaliação de oportunidades de me-
lhoria;
• A necessidade de alterações do SGSST;
• A necessidade de alterações da política de SST;
• A necessidade de alterações dos objetivos de SST;
• Ser registradas. Os referidos registros devem
ser arquivados, como, por exemplo, atas de reunião.
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consulta e devem: ser coerentes com o comprome-
timento da organização com a melhoria contínua da
SST; incluir quaisquer decisões e ações relacionadas
a possíveis mudanças no desempenho da SST, na
política de SST; nos objetivos de SST; nos recursos
e nos demais elementos do SGSST (OHSAS 18001,
2007, p. 28).
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Figura 24 - Esforços para melhoria contínua do SGSST. Fonte: MARSHALL
JUNIOR, 2006, p. 95
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4.5. Certificação Do SGSST
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voluntária e nenhuma empresa é obrigada a fazê-la.
A seguir apresentaremos alguns esclarecimentos e
curiosidades em relação às questões de certificação
(MARANHÃO, 2006, p. 120):
• A certificação existe desde o século XII (certi-
ficação da qualidade prata, na Inglaterra);
• O processo de certificação naval tem pelo me-
nos 300 anos;
• A certificação pode ser de empresa, produto,
processo, pessoa, etc., que resumimos pela palavra
“item”;
• A certificação pode ser mandatória ou voluntária:
o Certificação mandatória ou obrigatória: é
quando a certificação é exigida por legislação apli-
cável, como forma de proteger a sociedade (ris-
cos à saúde, segurança, meio ambiente, etc.). São
exemplos de certificação mandatória: certificação
ou “registro” de remédios no Ministério da Saúde;
certificação aeronáutica; certificação profissional
(médicos, advogados, engenheiros, etc.) para exer-
cício da profissão;
o Certificação voluntária: é quando a certifica-
ção é solicitada e realizada em benefícios de uma
determinada organização, para vários fins: aprova-
ção, registro, credenciamento, propaganda, etc.
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formidade do SGSST em relação à OHSAS 18001.
O contrato de certificação do SGSST, objeto do
nosso estudo, pode ou não incluir auditoria de pré-
-certificação. Não há regras previamente definidas
para recomendar ou não da certificação do SGSST,
em uma eventual auditoria de certificação de tercei-
ra parte. Em geral, as não conformidades são clas-
sificadas em maiores e menores e definem sobre a
aceitação da certificação. Normalmente, o Certifi-
cado de Registro ou Certificação tem a validade de
três anos, sendo que, após a emissão do certificado,
o SGSST da organização será submetido a audito-
rias de manutenção, semestrais ou anuais (variam
conforme o contrato).
É importante que a recomendação de certifi-
cação não seja o objetivo maior do projeto, mas o
funcionamento eficaz do SGSST e, por conseguinte,
a melhoria da SST (MARANHÃO, 2006, p. 121).
Em outras palavras, caso a SST não seja capital
para a organização e os seus profissionais não este-
jam motivados e convencidos da sua importância,
de nada irá adiantar, ter um SGSST certificado, uma
vez, que a certificação do SGSST não é o passapor-
te para o céu e tampouco a garantia que as pessoas
mudaram a forma de entender os conceitos da SST
(MORAES, 2004 p. 54).
Neste capítulo, identificamos alguns exemplos
de objetos de análise de riscos (CARDELA, 2007):
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• Organização;
• Área;
• Sistemas e subsistemas;
• Processos, funções, operações;
• Atividades, etapas;
• Intervenção.
Vimos que há uma relação entre os danos e
as falhas em sistemas da organização. Enfatiza-
mos que toda organização possui sistemas, sejam
eles formais ou informais. E que estes sistemas
podem ser organizacionais (cultura organizacio-
nal, sistemas de gestão, liderança) ou operacionais
(ex.: sistemas de usinagem, de armazenamento,
de transporte, etc.).
Por fim, definimos que a avaliação de risco é
um processo para estimar/calcular o(s) risco(s)
proveniente(s) de perigo(s), levando em considera-
ção a adequação de qualquer controle existente, e
decidindo se o risco é ou não aceitável.
Para que haja melhoria num sistema de gestão
é necessário girar o ciclo PDCA. Atitudes e coragem
para mudanças são imprescindíveis para a melhoria
contínua organizacional.
Visando o aprimoramento do SGSST foram
desenvolvidas normas e guias para o assunto, tendo
a Grã-Bretanha com participação de destaque neste
processo, através da British Standards seu organis-
mo normalizador.
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A certificação do SGSST é o reconhecimento
formal emitido por um órgão credenciado (acredi-
tado ou reconhecido formalmente), o Organismo
Certificador Credenciado (OCC), atestando a con-
formidade de itens, processo ou atividades avaliadas
durante uma auditoria ou inspeção contra os respec-
tivos requisitos especificados por uma norma, os cri-
térios de auditoria. A certificação da OHSAS 18001,
assim como da ISO 9001 e ISO 14001 é sempre vo-
luntária e nenhuma empresa é obrigada a fazê-la.
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Exercícios
1. O que é perigo?
2. O que é risco?
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Referências
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– SMS: Por que as coisas continuam dando errado?
Rio de Janeiro: Gerenciamento Verde Editora, 2004
.
MORAES, G. Sistema de Gestão de Segurança
e Saúde Ocupacional OHSAS 18.001 e ISM Code
Comentados. Rio de Janeiro: Gerenciamento Verde
Editora, 2006.
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