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PROJETO NOVO PAPI

Rio de Janeiro
Processo de Iniciação

Termo de Abertura do Projeto Novo PAPI

Após funcionamento de quatro anos do projeto PAPI na Universidade Estácio


de Sá, o programa que demonstrava fôlego e certo grau de eficiência, tendo chegado a
atingir doze campi em todos os núcleos acadêmicos e se tornado uma referência a
alunos de diversos cursos, o programa no entanto, apresentava vícios de operação:
dificuldade em estabelecer controles sobre sua efetiva eficiência no que se propunha;
falhas na comunicação em que determinados cursos pareciam privilegiados na
informação e outros reclamavam de uma certa distância; por fim, e mais grave, a
percepção que alunos com dificuldades demonstravam certa tristeza em precisar do
Programa, até mesmo uma certa vergonha, pois era o reconhecimento da dificuldade
de não ser apto ou pleno em conhecimentos que o mesmo já deveria trazer do ensino
fundamental e básico.
Neste sentido foi nos, a área de Educação que coordenava tal Programa, a com
o suporte das áreas de conhecimento da estrutura da VRG, solicitado pela Vice-reitoria
de graduação a criação de um Projeto para implementação de um Novo PAPI. O
planejamento deste projeto dar-se-á durante o segundo semestre de 2016 e será
executado ao longo do ano letivo de 2017, dividido em duas etapas, tendo finalização
do projeto prevista, balanço dos resultados e implementação do mesmo como rotina a
partir de 2018.
INTEGRAÇÃO

A gerenciamento da integração do projeto ficará a cargo da área de Educação


da vice-reitoria, sob a liderança do coordenador da área, professor Rodrigo Rainha, e
com o suporte da professora Maria Imaculada Cabanas. Na fase de iniciação do
projeto ambos definiram o motivo da criação do projeto, a partir de demanda trazida
da liderança da VRG, na qual, o projeto precisava passar pela construção de uma nova
engenharia, para melhorar sua eficiência e possibilitar a ampliação de sua relevância e
adesão de alunos.
Uma vez definido suas novas bases, a área passa a construir o planejamento,
dialogando com as demais áreas de conhecimento da VRG – UNESA. A constituição do
plano de gerenciamento do projeto passa por estabelecer os processos, cronogramas,
correções de curso necessárias.
A área de educação no sentido integração deve garantir que a participação da
direção da vice-reitoria de graduação, buscando opiniões, indicações e reestruturações
necessárias, além de garantir relatórios funcionais sobre cada processo implementado
e dificuldades encontradas; dos coordenadores de área, como especializados em cada
uma de suas áreas, sugerindo, indicando demandas que possam ser inseridas nos
procedimentos; dos gerentes acadêmicos, gestores de unidade e apoios acadêmicos,
garantindo que cada uma das fases implementadas sejam comunicadas e informadas
sobre sua finalização ou dificuldades encontradas.
A área de educação deve no sentido de integração orientar e gerenciar a
execução do projeto, em especial a partir do funcionamento das estruturas
relacionadas ao supervisor do PAPI, garantindo o pleno suporte de suas funções,
contato direto com os docentes que atuam no projeto, verificando ajustes, retornos e
práticas que precisarão ser revistas ou implementadas.
A partir deste momento a área de integração apresenta o Planejamento do
Projeto:
PLANEJAMENTO

ESCOPO
O Novo PAPI mantém o vínculo com o programa que tem uma história na
instituição, mas deixa claro que uma nova fase está sendo implementada por meio
deste projeto. Tal projeto é elaborado em conjunto pelos professores Rodrigo Rainha
e Maria Imaculada Cabanas a partir de solicitação da Vice-reitoria de graduação
representadas pela vice-reitora, professora Cipriana Nicolitt e a coordenadora de
atividades acadêmicas, professora Renata Weiss, que não só acreditam na viabilidade
de um programa estruturado de suporte ao ingressante, mas em seu papel
transformador para a instituição. Este projeto será gerido pela professora Maria
Imaculada Cabanas, ficando o professor Rodrigo Rainha responsável pela integração do
projeto, mas ambos trabalharão em conjunto no suporte de sua implementação e
execução. Serão integrantes deste projeto em sua fase de planejamento e execução
de maneira direta as coordenações de área da UNESA – Bruno Di Lello pelas
engenharias, Enzo Bello pelas Ciências Sociais Aplicadas, Igor Vitiemy pela Indústria
Criativa, Regina Moura na área de Saúde e Sérgio Baltar na área de Gestão. Como
suportes e interessados.
Os números médios de evasão em qualquer instituição de ensino superior
privado tem sido um grande desafio. Os números comprovam que de toda a energia
que direcionamos na captação, mais da metade é perdida com a evasão. Os motivos,
normalmente tratados empiricamente, tem, no entanto, no campo a gestão
educacional tido três direcionamentos:
a. Os alunos não se preparam adequadamente para entrar no ensino
superior, sejam em seus horários pessoais, seja em seu
planejamento financeiro, então passada a euforia e surgindo os
problemas geram o desestímulo e abandono.
b. Os alunos apresentam dificuldade no acompanhamento das
disciplinas. Esse fator se deve a três fatores – muitos anos sem estar
em sala de aula, ser provenientes de escolas muito frágeis de
educação e a diferença entre o que era esperado ver e o que o aluno
se depara.
c. Escolhas equivocadas de carreira, feitas por influências de outro,
mas um forte desalento em prosseguir seus estudos.
Até o ano de 2016 o foco do projeto era atuar sobre o aluno que trazia uma
série de fragilidades do Ensino Médio e, por conta disso, não conseguia avançar nas
disciplinas ficando estacionado no primeiro período. Este fracasso gerava um intenso
quadro de abandono por sentir-se inapto para os novos conhecimentos apresentados.
A Universidade construiu, a partir de então, vários modelos e todos com o
mesmo foco: tentar que o aluno se mantivesse na instituição. Mas os números ainda
são considerados críticos, sendo mensurado que hoje perde-se cerca de 50% do
universo de alunos captados nos três primeiros períodos.
Diante deste quadro é necessário o planejamento de uma correção de curso,
sem perder as vivências experimentadas no modelo anterior, criar o projeto Novo PAPI
se propõe a um novo diagnóstico - uma nova visão sobre o problema.
Notamos que o quadro de fragilidade do Ensino Médio gera um fenômeno
pouco estudado, tanto nos alunos ingressantes, mas também nos concluintes:
descolamento entre o diploma e as aulas e entre a percepção do conhecimento e o
processo de ensino-aprendizagem. Este fenômeno gera no aluno a ideia de que a aula
e seu diploma não dialoguem. A grande maioria demora a perceber que existe um
processo de formação de conhecimento, e todos os desistentes não tem sentimento
de pertencimento ao curso, no máximo uma lamentação pelo diploma não alcançado.
Diante deste desafio o Novo PAPI se pretende a deixar de reforçar o sentido de
inapetência do aluno, lembrando sua incapacidade pela falta de conhecimentos
adquiridos, mas tem como missão primordial, construir e expandir nos alunos
iniciantes a sensação de pertencimento ao curso que ele escolheu.
Entendemos que, para este momento, a visão pode ser ampla e não específica,
ou seja, que o aluno deve se entender como um profissional de saúde, de educação,
de engenharia, de gestão ou ainda de direito.
Nesse sentido, ele deve ter tratado dos seus conhecimentos fragilizados, sejam
matemática, português, cultura geral, física, química, biologia ou qualquer que seja a
prática, mas sem que este seja o foco, mas sim aproximá-lo da área, da profissão, à
qual ele se escolheu.
O PAPI definitivamente passa a adotar a pedagogia do encantamento que
consiste em possibilitar a chance de que um profissional de sua área, a partir de
vivências e discussões práticas demonstre como as visões das disciplinas de base se
inserem naquilo que ele precisará construir ao longo de sua formação. Deixamos de
ser um espaço de oficinas de reforço para, sermos um espaço de construção de
identidades coletivas.
Nosso objetivo é construir sentido para o esforço, que o aluno num primeiro
momento realiza, de modificar a sua rotina em prol de um sonho que deixa de estar no
fim do curso passando a ser presente desde os primeiros períodos.
Neste sentido os pilares do Novo PAPI são:

AMBIENTAÇÃO – de que ele se torne capaz de conhecer e desenvolver as disciplinas


que fazem parte do cotidiano do aluno;

IDENTIDADE – para que o aluno se reconheça inserido e como parte desse novo
mundo que é o seu curso;

PERTENCIMENTO – para que o aluno desenvolva um sentimento com o seu curso que
não o permita abandonar o que já conquistou e reconheceu como seu;
TEMPO
CUSTOS

A dimensão custos do projeto Novo PAPI lida com a realidade orçamentária


constituída reformada a partir das mudanças de 2016.2, que geraram inclusive o corte
de orçamento do programa originário, e nosso desafio é transformá-lo em efetivo.
Durante o programa nossas percepções empíricas eram que quando oferecíamos
condições para que o aluno se mantivesse na instituição o projeto a curto e médio
prazo se “pagava,” mediante ao seu relativamente baixo investimento. No entanto,
após quatro anos, essas percepções nunca evoluíram efetivamente de um dado
conceitual para um dado mensurável.
No intuito de garantir a efetividade na questão de custos o gerenciamento do
mesmo será feito em duas dimensões: o cálculo orçamentário do projeto e a previsão
financeira de retorno do projeto, em perspectiva.
Durante o ano de 2017 os dados orçamentários serão compostos por:
Fase 1 - 2017.1
1. Remuneração de seis supervisores de Novo PAPI - Cada núcleo terá criado
duas unidades e estas serão administradas pelo mesmo coordenador,
preferencialmente no mesmo campus.
2. Remuneração docente - O Novo Papi terá uma dinâmica de três horas semanas,
em média teremos 12 semanas de aula. Por área serão 36 horas docentes, por
núcleo, 72 horas docentes.
3. Remuneração de monitores – Além das horas de atividades acadêmicas
complementares para garantir o interesse dos melhores alunos uma bolsa de
10% por discente criará no curso uma disputa sadia por esta posição. Cada
PAPI contará com dois monitores, considerando dois projetos por núcleo,
falamos da remuneração de quatro discentes.
4. Salas de aula – Disponibilização de uma sala de aula, preferencialmente dentro
do horário regular do aluno (noturno para o noturno e diurno para o diurno),
mas em um dia em que o campo tenha mais salas ociosas.
5. Materiais – Os materiais do programa serão disponibilizados aos alunos por
meio digital, mas é importante ter alguma verba para impressões eventuais
necessárias ao docente e alunos com necessidades especiais.
Fase 2 – 2017.2
Reproduziremos o realizado acima mas com a dobra do quadro. Logo o orçado
para o primeiro semestre de 2017.1 dobra para 2017.2.
A questão de retorno financeiro do programa PAPI sempre foi um problema,
uma vez que era pouco claro o que o mesmo oferecia de resultado prático. Neste
sentido, a gerência do projeto e os supervisores passam a ter uma meta a ser atingida
para indicar a eficiência do Projeto Novo PAPI. Nossa defesa é que ao longo dos três
primeiros períodos se o aluno se sentir integrado as possibilidades de desistência
reduzem-se seriamente. Neste sentido, utilizando como base os números de evasão
dos três últimos anos, a meta será de alcançar ao fim de 2017 reduzir em 10% a evasão
nos cursos/campi em que o projeto tiver sido implementado desde 2017.1 e 5% nos
cursos/campi em que o projeto tiver sido implementado desde 2017.2. Com o alcance
destes números, poderemos mensurar em quanto o projeto, e posteriormente o
programa, se pagam.
Qualidade

Planejar qualidade não é um processo simples, no entanto ele é garantidor do


perfeito funcionamento do projeto Novo PAPI. O gerenciamento da qualidade ficará
sob a responsabilidade da professora Maria Imaculada Cabanas.
São requisitos de qualidade para o projeto Novo PAPI:

1. Participação de mais de 60% de alunos ingressantes.


2. Participação de 10% de alunos de outros períodos do curso, em especial
formandos, no sentido de promover a integração.
3. Apresentar informações eficientes para análise do impacto do projeto Novo
PAPI.
4. Consolidar relatórios que sirvam as áreas de comercial e acadêmica do
campus.

O planejamento do projeto do Novo PAPI consiste em:

1. Apresentar o projeto Novo PAPI a Vice-reitoria de Graduação, validando as


informações.
2. Difundir institucionalmente por meio de reuniões de GDA sobre a criação
do projeto Novo PAPI.
3. Organizar com os coordenadores de área as especificidades necessárias.
4. Apresentação do projeto aos gestores do núcleo, gestor do campus, gerente
acadêmico e apoio acadêmico do campus em que o projeto será
implementado.
5. Apresentação do projeto aos coordenadores de curso que serão envolvidos
no projeto Novo Papi.
6. Treinar supervisores do Novo PAPI, demarcando a importância e as rotinas
de acompanhamento estabelecidas, leia-se: relatórios, evidências,
atribuições e responsabilidades.
7. Reunir-se com professores do Novo PAPI, junto com os supervisores,
explicando atribuições e os controles necessários.
8. Reunir as informações recebidas pelos supervisores, comparando as
informações, trabalhando ajustes necessários.

Os processos de acompanhamento da qualidade definidos são:

1. Planejamento – o horários de funcionamento do Novo PAPI devem ser


determinados ainda na fase de planejamento acadêmico, permitindo que os
alunos possam se reunir nos horários possíveis. Esse controle deve ser
estabelecido evitando improviso.
2. Cruzamento da lista de inscritos e da lista de presentes as aulas do Novo
PAPI. Feedback do coordenador sobre o contato com o calouro sobre o
motivo dele não estar frequentando as práticas do projeto.
3. Visitas técnicas – O gerente do projeto deve estar disponível e deixar
avisado que a qualquer momento pode visitar as oficinas.
4. Enviar relatórios ao apoio acadêmico sobre alunos que não estejam
comparecendo as oficinas.
5. Consolidar relatórios mensais e analisar a atuação de supervisores
mensalmente.
6. Organizar o balanço semestral das atividades.
Gerenciamento de Recurso Humanos

Vice-reitoria de Graduação – C
Comunicações
Gerenciamento de riscos
Aquisições

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