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Nutrição e Dietética

SUMÁRIO

Nutrição ................................................................................................................................. 3
Alimentação ........................................................................................................................... 3
Nutrientes .............................................................................................................................. 4
Pirâmide alimentar ............................................................................................................... 10
Água .................................................................................................................................... 13
Desidratação........................................................................................................................ 15
Alimentação nas diferentes etapas da vida .......................................................................... 16
Nutrição no idoso ................................................................................................................. 16
Cuidados na alimentação do idoso ...................................................................................... 17
Valor nutritivo ....................................................................................................................... 18
Valor quantitativo ................................................................................................................. 19
Superalimentação ................................................................................................................ 19
Dietas com aumento parcial de nutrientes ou quilocalorias .................................................. 19
Dieta com diminuição parcial de nutrientes ou quilocalorias ................................................. 19
Distúrbios nutricionais .......................................................................................................... 22
Higiene Pessoal ................................................................................................................. 28
Tipos de Higiene .................................................................................................................. 29
Nutrição e Saúde Bucal ....................................................................................................... 31
Fatores Nutricionais no Desenvolvimento Dental ................................................................. 32
Relação entre nutrição e cárie ............................................................................................. 33
A educação alimentar e nutricional ...................................................................................... 34
A alimentação é a base necessária para um bom desenvolvimento físico, psíquico e social
das crianças......................................................................................................................... 35
Alimentação infantil requer cuidados especiais .................................................................... 37
O que o cardápio precisa conter .......................................................................................... 38
As contribuições da nutrição aliada à prática de atividades físicas ....................................... 38
Diabetes .............................................................................................................................. 40
A obesidade ......................................................................................................................... 41
Hipertensão ......................................................................................................................... 42
Colesterol ............................................................................................................................ 44
Atividade física..................................................................................................................... 44
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 46

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Nutrição

Nutrição é um processo biológico em que os organismos (animais, fungos,


vegetais e micro-organismos), utilizando-se de alimentos, assimilam nutrientes para
a realização de suas funções vitais.
Devido sua importância à sobrevivência de qualquer ser vivo, a nutrição faz
parte do aprendizado durante grande parte do período de estudo básico e em nível
secundário, assim como em muitos cursos de nível de graduação e pós-graduação,
em áreas como medicina, enfermagem, biomedicina, farmácia, biologia, agronomia,
zootecnia e nutrição entre outras.
No domínio da saúde e medicina (e também veterinária), a nutrição é o
estudo das relações entre os alimentos ingeridos e doença ou o bem-estar do
homem ou dos animais.
A agricultura e a pecuária, iniciadas há cerca de 10 mil anos, aumentaram o
poder do homem sobre a própria nutrição. Desde então, a descoberta dos
condimentos, a adoção de técnicas para aumentar a produtividade agropecuária e o
desenvolvimento de tecnologias de industrialização foram abrindo novas
possibilidades de nutrição. Hoje, mesmo com a globalização e as facilidades de
intercâmbio entre nações, cada povo guarda suas peculiaridades culinárias,
segundo a disponibilidade dos ingredientes encontrados na região, mas também de
acordo com seu modo de vida.

Alimentação

A alimentação é a base da vida e dela depende a saúde do homem. A falta de


alimentos, os tabus e crenças alimentares e a diminuição de poder aquisitivo, são
fatores que levam a nutrição inadequada.

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Uma dieta saudável pode ser resumida por três palavras: variedade,
moderação e equilíbrio. A alimentação deve ser fornecida em quantidade e
qualidade suficientes e estar adequada a necessidade do indivíduo.
Alimento é tudo que podemos comer ou beber e que é indispensável para
manter a vida, o crescimento, a reprodução e a saúde. E não existe um alimento
que, sozinho, forneça tudo o que o organismo precisa, portanto, é necessário dispor
de uma alimentação variada.

Nutrientes

Os alimentos são constituídos de diversos elementos chamados de


nutrientes, responsáveis por determinadas funções do organismo. De acordo com
suas principais funções, estão classificados em: reguladores, energéticos e
construtores.
• Reguladores (vitaminas, sais minerais, água e fibras vegetais) - são
necessários ao bom funcionamento do organismo, auxiliando na prevenção de
doenças e no crescimento. Ex: frutas, legumes e verduras.
• Energéticos (carboidratos e lipídeos) - fornecem energia para as
atividades do dia-a-dia. Ex: cereais, pães, massas, bolo, batatas, açúcar, óleo,
margarina, mandioca.
• Construtores ou plásticos (proteínas): são importantes para a
construção do organismo, como ossos, pele e músculos. Eles são fundamentais
para o crescimento, pois servem para repor, consertar ou construir o corpo. Ex:
carne, peixes, ovos, leite e derivados, feijão, soja.

Necessidade básica do ser humano:

Tipos de nutrientes

PROTEÍNAS - também são chamadas de protídeos e o termo vem do grego


e significa “de primeira importância”. São substâncias nitrogenadas complexas,
constituídas de aminoácidos (carbono, oxigênio, hidrogênio e nitrogênio), enxofre e
fósforo.

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São necessárias ao organismo na formação dos tecidos novos do corpo, por


isso também são chamados de alimentos de construção ou alimentos plásticos.
Além de participarem da defesa do organismo, as proteínas são um dos materiais de
construção do corpo e, por isso, indispensáveis para o crescimento e manutenção
da vida. O organismo gasta constantemente suas proteínas, que precisam ser
substituídas.
Fontes: proteína animal – ovos, leite e derivados, carnes em geral (boi, porco,
ave, peixe, crustáceos, vísceras); proteína vegetal – soja, feijão, ervilha, lentilha.
Uma dieta pobre em proteínas é incapaz de promover o crescimento e de
manter a vida. A falta de proteínas ocasiona: crescimento retardado; defeitos de
postura; cansaço fácil; palidez e desânimo; falta de resistência contra doenças e
difícil cicatrização.
O organismo humano necessita de proteínas, na proporção de 10 a 15% do
valor energético total.
Em relação à suplementação de proteínas, é bom reforçar que dificilmente
não atingimos a sua recomendação diária através dos alimentos. Entretanto, existe
certo mito de que quanto maior a ingestão proteica, maior é hipertrofia muscular. O
que em geral se observa, principalmente entre os praticantes de musculação, é um
consumo muito além do necessário, sem a orientação de um profissional
especializado. Dados encontrados na literatura, ainda são controversos quanto à
suplementação. A cretina, por exemplo, que é sintetizada no organismo a partir de
três aminoácidos (glicínia, argelina e metionina), foi relatada em estudos como
responsável por aumentar a massa muscular e o desempenho nos exercícios de
musculação, contudo essa relação não está bem esclarecida. Dúvidas aparecem
também no que diz respeito aos efeitos colaterais em longo prazo e em altas doses.
O importante é saber que o maior estímulo para o ganho de massa muscular é o
treinamento de força e o descanso suficiente entre as sessões.
CARBOIDRATOS – também chamados de hidratos de carbono, açúcares ou
glicídios, e formados por compostos de carbono, hidrogênio e oxigênio.
São alimentos queimados com facilidade pelo organismo para dar calor e
energia ao corpo, por isso têm a função energética e constituem a fonte de alimento
mais importante de todos os povos do mundo. Após sua ingestão, são digeridos e
absorvidos, ao exercer um trabalho, para se locomover, ou manter o funcionamento

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dos sistemas do corpo, uma parte dessa reserva é queimada, produzindo assim o
calor necessário para realizar tais atividades.
Estão classificados em: Monossacarídeos – são aqueles que através do
processo digestivo, não podem ser desdobrados em unidades menores. São a
glicose, frutose e galactose; Dissacarídeos – são aqueles formados por dois
monossacarídeos, que são desdobrados em seus componentes após a digestão.
São a sacarose (glicose + frutose), lactose (glicose + galactose) e maltose (duas
unidades de glicose); Polissacarídeos – são os mais complexos, compostos por
inúmeros monossacarídeos. São o amido e o glicogênio.
As principais fontes são: o açúcar e doces em geral, cereais e suas farinhas
(trigo, arroz, aveia, cevada, milho) e tubérculos (batata, batata doce, mandioca,
inhame, cará). Variando sua necessidade de acordo com a atividade de cada
pessoa (de 50 a 60% do valor energético total).
A falta de carboidratos no organismo, causa sintomas de fraqueza, tremores,
mãos frias, nervosismo e tonturas, o que pode levar até ao desmaio. É o que
acontece no jejum prolongado. Além disso, a carência desse nutriente leva o
organismo a utilizar as gorduras de reserva no tecido adiposo para o fornecimento
adequado de energia, o que provoca o emagrecimento. Enquanto que quando em
excesso no organismo, transformam-se em gordura e provocam a obesidade.
LIPÍDEOS – também conhecidos por gorduras, são nutrientes altamente
energéticos e que ainda funcionam como veículos das vitaminas lipossolúveis (A, D,
E, K).
São compostos que se depositam no tecido conjuntivo subcutâneo, que em
certas pessoas, chega a constituir uma camada espessa na cavidade abdominal.
Além de proteger o esqueleto, essas gorduras subcutâneas funcionam como um
manto protetor contra o frio e como isolante de calor interno produzido pelo
organismo.
Os lipídeos estão classificados em: gorduras, fosfolipídios, esteróis,
glicolipídeos e lipoproteínas. E as principais fontes são: animal - manteiga, creme
de leite, banha de porco, carnes gordas, vegetal – óleo de milho, de soja, de arroz,
de semente de girassol, do caroço do algodão, do amendoim, coco, nozes,
castanha, abacate.

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O organismo necessita de 30 a 35% de lipídeos no volume energético total, e


as pessoas com taxas lipídicas altas e doenças coronarianas devem ingerir em
quantidades menores por dia.

Vitaminas:

Lipossolúveis:
- Vitamina A ( retinol): É importante para o bom desempenho da visão, para o
crescimento, para a vitalidade da pele e cabelo. Para que seja bem absorvida pelo
organismo, é necessário consumir alimentos que contenham gorduras.
A falta da vitamina A pode causar cegueira noturna (maior dificuldade de
adaptação da visão no escuro), secura da pele e maior risco de contrair infecções.
FONTES DE ORIGEM ANIMAL: fígado, gema de ovo, leite integral e
derivados, óleo de fígado de alguns peixes, como bacalhau.
FONTES DE ORIGEM VEGETAL: margarina, óleo de dendê e do buriti, frutas
e hortaliças de cor amarelo-alaranjada, como cenoura, morango, abóbora madura,
manga e mamão ou de cor verde-escura: mostarda, couve, agrião e almeirão etc.
- Vitamina E (tocoferol): Retarda o envelhecimento e auxilia no
aproveitamento da vitamina A.
FONTES: Germe de trigo, amêndoas e avelãs. Encontram-se em óleos
vegetais, como os de germe de trigo, girassol, caroço de algodão, dendê, amendoim
milho e soja.
-Vitamina K ( menaquinona): Ajuda na cicatrização e evita sangramentos.
FONTES: Leite e derivados, carnes, ovos, sardinha, amêndoa, semente de
gergelim e hortaliças verdes.
- Vitamina D (calciferol): Essencial para a formação dos ossos e dentes,
deixando-os mais resistentes. Sua ausência pode provocar raquitismo e
amolecimento dos ossos (osteomalácea).
FONTES: Gema de ovo, fígado, manteiga e pescados gordos (arenque e
cavala). Encontra-se teores de vitamina D nas sardinhas e no atum. Esta vitamina é
formada pelos raios ultravioletas do sol. SAIS MINERAIS (REGULADORES).

Hidrossolúveis:

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- Vitamina C ( ácido ascorbico): Aumenta a resistência do organismo evitando


gripes e resfriados, protege a gengiva e aumenta a absorção do ferro.
FONTES: É amplamente encontrada nas frutas cítricas e folhas de vegetais
crus. As melhores fontes são: acerola, laranja, limão, morango, brócolis, repolho e
espinafre.
- Vitaminas do Complexo B Ajudam na manutenção da pele, colaboram no
crescimento e deixam os cabelos mais saudáveis e brilhantes.
FONTES: batata, banana, legumes e alguns tipos de carne (boi, frango,
peixe), miúdos em geral (coração, fígado etc), levedo de cerveja, gema do ovo,
germe de trigo, músculo de boi, pão integral e abacate.

* Vitamina B1( tiamina): Interfere diretamente no metabolismo dos


carboidratos, como integrante de uma enzima essencial para a degradação da
glicose e para a produção de energia.
FONTES: carnes em geral, vísceras, leite, queijos, pescados, gema de ovo,
cereais integrais, amendoim, levedura de cerveja.

* Vitamina B2 ( riboflavina): Fundamental para o crescimento, conservação


dos tecidos e para a fisiologia ocular, graças a fotossensibildade.
FONTES: carnes, vísceras, leito, queijos, gema de ovo, vegetais folhosos e
cereais integrais.

*Vitamina B6 ( piridoxina): Indispensável em muitos processos bioquímicos


complexos, mediante os quais os nutrientes são metabolizados no organismo.
FONTES: carne de porco, vísceras, pescados, leite, ovos, batata, aveia,
banana, germe de trigo.

* Vitamina B12 ( cianocobalamina): Indispensável à função normal do


metabolismo em todas as celulas, especialmente as do conduto gastrintestinal e do
tecido nervoso; também está relacionada ao crescimento.
FONTES: leite, ovos, peixes, queijos, carnes, especialmente musculo.

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Sais minerais:

Macronutrientes:

* Cálcio
Importante na formação e manutenção dos ossos e dentes, evitando a
fragilidade dos mesmos. Sua ausência pode provocar deformidades ósseas.
FONTES: Leite, queijo, gema de ovo, carnes (como boi, peixes e aves),
cereais de trigo integral, legumes e castanha.

* Fósforo
Ajuda na memória e contribui para a formação dos ossos e dentes.
FONTES: Nozes, legumes e grãos.

* Sódio
Evita fraqueza e desidratação.
FONTES: Cloreto de sódio ou sal de cozinha. Alimentos protéicos contêm
mais sódio que outros tipos de alimentos, portanto, geralmente não é necessário o
acréscimo de sal em algumas preparações. A quantidade necessária de sal por
pessoa é de ¼ de colher de chá por dia.

* Potássio
Evita a fraqueza muscular e controla os batimentos do coração.
FONTES: Frutas, leite, carnes, cereais, vegetais e legumes.

* Cloro
É encontrado nos tecidos biológicos como íon cloreto, principalmente em
combinação com o sódio e potássio das células.
Constitui aproximadamente 3% do conteúdo total de minerais do corpo e
participa, juntamente com o potássio e o sódio, da distribuição e equilíbrio normais
da agua, do equilíbrio osmótico e acidobásico, bem como da conservação do tônus
muscular normal.
FONTES: sal de cozinha, leite, carne, ovos e nos mariscos.

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Micronutrientes:

* Ferro
Importante na formação das células vermelhas, prevenindo a anemia. Quando
fornecido pelas carnes, este mineral é melhor absorvido do que os de origem
vegetal. A falta de ferro é a mais comum de todas as deficiências nutricionais,
principalmente para crianças menores de 2 anos, meninas adolescentes, grávidas e
idosos.
FONTES: Fígado, carnes, gema de ovo, feijão, frutas secas, cereais, lentilha,
folhas verde-escuras e beterraba. Os refrigerantes a base de cola reduzem a
absorção do ferro se consumidos durante a refeição. Para melhorar a absorção
consuma alimentos ricos em ferro junto com outros ricos em vitamina c.

* Iodo:
É usado pela tireoide para produzir o hormônio tiroxina, sendo, portanto, o
regulador do funcionamento dessa glândula.
FONTES: frutos do mar ( peixes, ostras, camarões, algas marinhas, lagostas),
sal bruto, agrião.

* Fibras
Sua função é estimular o funcionamento intestinal. Absorvem líquidos e ligam
substâncias, por isso previnem a prisão de ventre, eliminando também elementos
tóxicos do organismo. Comendo poucas fibras pode-se ter doenças como:
hipertensão, colesterol alto, obesidade, inflamação da hemorróida e câncer de
intestino.
FONTES: Pão integral, frutas com casca, vegetais crus, grãos, leguminosas e
cereais integrais.

Pirâmide alimentar

A pirâmide alimentar é um instrumento, sob a forma gráfica, que tem como


objetivo orientar as pessoas para uma dieta mais saudável. É um guia alimentar
geral que demonstra como deve ser a alimentação diária para uma população
saudável, acima de 2 anos de idade.
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Cada parte da pirâmide representa um grupo de alimentos e o número de


porções recomendadas diariamente. Na alimentação diária devemos incluir sempre
todos os grupos recomendados para garantir os nutrientes que o nosso organismo
necessita. Os alimentos que precisam ser consumidos numa quantidade maior estão
na base da pirâmide e os que precisam ser consumidos em menor quantidade estão
no topo da pirâmide.
Para sabermos o número correto de porções diárias a serem ingeridas de
cada grupo de alimentos, é necessário observar as calorias diárias que cada
indivíduo necessita.
Portanto, é necessário que o profissional da área de nutrição planeje o
programa alimentar, pois este varia conforme sexo, peso, idade, altura e
necessidades individuais. Em média, a maioria dos indivíduos necessita de, pelo
menos, um número mínimo de porções dentro das variações recomendadas.

Pirâmide antiga

Em 1992, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (o DAEUA),


montou o primeiro esquema em forma de pirâmide. Nele, incentivava-se a ingestão
de carboidratos - como massas, pães e cereais - em vez de gorduras.
Essa pirâmide dividida em oito grupos que se localizavam entre quatro
andares visava que o principal alimento a ser consumido deveria ser os
carboidratos, seguido pelas frutas e hortaliças, em sequência leite e derivados junto

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com carnes e leguminosas e por fim no topo da pirâmide os alimentos que deveriam
ser raramente ingeridos que eram doces e gorduras.
Sobre a pirâmide, nos anos 90, chegou-se à conclusão que poderia ser
prejudicial a saúde por vários motivos como declarar a [gordura] totalmente
prejudicial a saúde o que foi comprovado que alguns tipos como o azeite de oliva
quando consumido em quantidade ideal melhoram a saúde. Essa primeira pirâmide
é muitas vezes confundida com a pirâmide da dieta mediterrânica apresentada pela
primeira vez num congresso científico em Boston em 1993.

Pirâmide nova

A pirâmide alimentar é também conhecida como pirâmide funcional, ela é


baseada em alimentos reguladores, ou seja, a dieta dela tem como objetivo a
ingestão de vitaminas, sais minerais, fibras, etc. Que melhorem o funcionamento de
todo o organismo.

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A base da pirâmide é formada por controle de peso e exercícios físicos. Um


andar a cima alimentos integrais que esbanjam de fibras e óleos vegetais que
contenham HDL lipoproteína de alta densidade. Subindo mais um andar
encontramos vegetais e frutas que também fornecem fibras e vitaminas. No quarto
andar achamos oleaginosas e leguminosas que são importantes fontes de vitamina,
minerais e proteína, mas em especial nesse andar temos os antioxidantes que
previne alguns problemas de saúde.
Peixes, ovos e aves formam o quinto andar, que é rico em proteínas e o ovo
rico em colesterol. No 6 andar perto do topo, está presente o suplemento de cálcio
que pode vir de leite e derivados. E por fim no topo os grãos refinados ricos em
carboidratos e a carne vermelha que contem gordura saturada.
Nessa organização podemos perceber que os alimentos foram melhores
divididos, na pirâmide antiga os carboidratos ficavam na base, na nova esse grupo
foi separado em dois e um deles fica na base e outro no topo, isso também ocorre
com as gorduras.

Água

Solução fundamental para a vida, o meio em que todos os processos


metabólicos ocorrem, a via em que as interações acontecem, o fluxo de intercâmbio
contínuo entre os meios interno-externo. Os eletrólitos conduzem a integração, a
comunicação e a solidariedade necessárias para que a harmonia se faça e seja
distribuída por todo o ser vivo.
A quantidade de água existente no organismo humano é mantida constante
mesmo durante longos períodos da vida. Para isso, é necessário que haja um
equilíbrio entre disponibilidade de água e nutrientes adequados na alimentação
diária.
Distribuição da água no organismo humano:

A água constitui 70% do peso corporal


50% no LIC (líquido intra celular)
20% no LEC (líquido extra celular)

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O LEC se distribui no interior dos vasos, no espaço intersticial, entre as


células ou constituindo os líquidos transcelulares como líquor, líquidos sinovial, das
serosas, sêmen, humor aquoso, água óssea inacessível, saliva, suco pancreático,
bile, sucos intestinais e urina. O ser humano possui de 70 a 80 ml/kg de peso de
sangue, sendo que 1300 a 1800 ml/ m2 de plasma.
O LIT está inteiramente nos vasos linfáticos e junto com o tecido linfóide.
A água ingerida é rapidamente absorvida. É de alta digestibilidade. Após 20
minutos de sua ingestão já se encontra no intestino.
As crianças possuem mais água corpórea do que os adultos, cerca de 80%, e
o recém-nascido pode chegar a ter mais água ainda. Nos jovens, o grande
metabolismo energético requer também mais água para eliminar os resíduos
hidrossolúveis para o exterior através do rim. O débito urinário mínimo de um adulto
de 70 kg é de 500 ml, enquanto de uma criança de 7 kg é de aproximadamente 100
ml.
O organismo das crianças é mais vulnerável às variações da água, por isso
elas são mais suscetíveis às circunstâncias que levam a desidratação, como
diarreia, vômito ou privação da ingestão de líquidos. Pessoas obesas podem ter tão
pouco quanto 25 a 30% de seu peso corpóreo em água. A margem de segurança
com relação às perdas de água não são, portanto expressivas. O uso de diuréticos
para provocar perda de peso reduz ainda mais a quantidade de água, colocando a
pessoa em risco de vida.
A gordura corpórea é nas pessoas sadias a principal variável que influência o
volume de sangue. Os magros apresentam relativamente mais sangue por
quilograma de peso do que o obeso. Os idosos também possuem menor quantidade
de água que os jovens, chegam a ter 40 a 50% de água em seu peso corpóreo.
Os idosos tendem a perder para o exterior soluções isotônicas além de
ingerirem menor quantidade de líquidos, isso exige do organismo, para preservação
da concentração iônica normal, remoção adicional de eletrólitos em relação à água.
A desidratação é um estado patológico do organismo, causado pelo baixo
nível de líquido (água, sais minerais e orgânicos) no corpo. A desidratação é uma
doença considerada grave, pois milhares de crianças morrem vítimas dela todos os
anos. No entanto, é uma doença de fácil prevenção e tratável quando diagnosticada
logo.

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Baixos níveis de água no organismo ativam uma região do cérebro que


provoca a sensação de sede. Quando o líquido perdido não é reposto, os níveis de
sódio na corrente sanguínea aumentam, e outras complicações surgem. Em
condições normais, a água é eliminada do organismo através do suor, urina, fezes e
lágrimas. A desidratação pode ocorrer quando há excesso de calor (sem reposição
suficiente da água eliminada pelo corpo), diminuição do consumo de água, febre
(sudorese), diarreia, vômitos, e pelo uso de medicamentos diuréticos.

Desidratação

A desidratação faz mais vítimas entre as crianças, os idosos. Crianças são


mais suscetíveis por ter uma proporção maior de água em seu organismo, ou seja,
qualquer perda de liquido não reposta é significativa. Já os idosos têm menor
capacidade de reter líquido, e sentem menos sede.
Dentre as causas de perda excessiva de líquido, a mais comum é a diarreia.
No verão, as chances de ter uma diarreia aumentam, pois, os vírus causadores
dessa doença tendem a se multiplicar, tanto no ambiente quanto nos alimentos
expostos ao calor. Vômitos também são responsáveis por grande parte dos casos
de desidratação. A exposição excessiva ao sol e o excesso de roupas aumentam a
eliminação de água pelo organismo pelo suor, e podem levar a desidratação.

Os sintomas da desidratação são os seguintes:

• Pele seca e inflexível


• Olhos fundos (nos bebês, moleira afundada)
• Boca seca
• Pouca urina e/ou urina amarelo escura
• Coração acelerado (taquicardia)
• Irritabilidade

Existem três níveis de desidratação:


• Desidratação leve – Quando o único sintoma é a sede.
• Desidratação mediana – Pele seca e inflexível, taquicardia, diminuição do
peso, aumento da temperatura corporal.
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• Desidratação grave – Além dos sintomas acima citados, queda da pressão


arterial, sensação de perda de consciência eminente, estupor, hipertermia,
convulsões, choque, e até a morte.
O tratamento para a desidratação depende do nível de desidratação em que a
pessoa se encontra. Nos casos de desidratação leve, beber água em maior
quantidade pode ser suficiente. Quando causada por diarreia ou vômito, o soro
caseiro pode ser utilizado. Em casos mais persistentes, soros industrializados
podem ser necessários. Em casos graves, a administração de soro por via
sanguínea.
As medidas preventivas são simples: beber e oferecer água várias vezes ao
dia a crianças e idosos; vestir roupas leves e frequentar ambientes bem ventilados
no verão. Para evitar a diarreia, lavar sempre as mãos antes de preparar alimentos;
lavar frutas e verduras em água tratada e corrente; manter os alimentos na
geladeira, e prestar atenção aos prazos de validade dos mesmos.

Alimentação nas diferentes etapas da vida

A nutrição adequada na infância é importante para o crescimento e o


desenvolvimento da criança, ao mesmo tempo em que se constitui num dos fatores
de prevenção de algumas doenças da idade adulta. O aleitamento materno
exclusivo é a alimentação ideal para os primeiros 6 meses de vida, devendo-se
entretanto, introduzir novos alimentos indispensáveis às novas faixas etárias da
criança. O processo de desmame deve ser considerado uma substância viva,
protetora e imunomoduladora. À proporção que a criança aumenta em idade, as
necessidades nutricionais vão se aproximando, progressivamente, das do adulto,
devendo-se ter em mente os problemas surgidos das dietas carente, das dieta
restritivas e das dietas excessivas.

Nutrição no idoso

No envelhecimento ocorre perdas sensoriais com diminuição da sensibilidade


do paladar, do olfato, do tato, da audição, da visão e da função motora.
Consequentemente, há redução das secreções salivares, gástricas e pancreáticas,
ricas em enzimas. Paralelamente também há redução do metabolismo, o que implica
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em menor ingestão de alimentos, de modo que a quantidade produzida de enzimas,


ainda que diminuída, é suficiente para atender às necessidades orgânicas do idoso.
Todavia, estas alterações podem levar à menor ingestão de alimentos como
resultado da redução do apetite, do reconhecimento do alimento e da habilidade em
se alimentar, podendo comprometer a nutrição do organismo.
Por outro lado, com a redução da sensibilidade dos órgãos do sentido,
também há risco de ingestão aumentada de determinadas substâncias nocivas à
saúde, como excesso de sal, açúcares, gordura e, até mesmo, substâncias químicas
normalmente detectadas pelos sentidos.
O idoso também está mais sujeito às deficiências nutricionais devido à
agudização de determinadas doenças e/ou à debilidade em se alimentar,
ocasionando risco de deficiência de certos nutrientes, como: vitamina B12, ácido
fólico, ferro, vitamina A e vitamina C. Por outro lado, a manutenção da mesma
quantidade de alimentos, usualmente ingerida na vida adulta, pode levar ao
sobrepeso ou obesidade.
Pode haver também diminuição da tolerância à glicose, associada ao
processo de envelhecimento, levando à deficiência da produção de insulina, o que
implica na preferência de uma dieta com carboidratos complexos. Há diminuição do
teor da enzima lactose, o que limita a ingestão de laticínios.
No envelhecimento, há alteração do metabolismo de cálcio e vitamina D,
acelerando a perda óssea e contribuindo para o desenvolvimento da osteoporose.
Ocorre redução da função renal, levando à necessidade de redução de
proteínas. Pode haver constipação pela redução de ingestão de líquidos e fibras,
além do sedentarismo.

Cuidados na alimentação do idoso

O idoso, de um modo geral, necessita menos calorias do que o adulto, isto


significa que para manter o peso na faixa de normalidade é necessário reduzir a
quantidade total de alimentos ingeridos.
Na prática, a dieta do idoso difere muito pouco da do adulto. Todavia, é
necessário atentar para a consistência, pois muitas vezes o idoso tem problemas de
mastigação e deglutição, apresentando dificuldade para digerir alimentos mais duros
e secos.
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Recomenda-se 5 a 6 refeições diárias, pequenos volumes e variação de


alimentos.
O alimento, além da função de nutrição, fornece prazer e conforto, devendo
ter boa apresentação e tempero adequado.

Valor nutritivo

Valor nutritivo refere-se à composição dos nutrientes da forragem e a


digestibilidade destes nutrientes. O valor nutritivo é um importante componente da
qualidade de forragem.
De acordo com seu valor nutritivo, as dietas classificam-se em três tipos:
geral, carente e excessiva.
Dieta geral: Ministrada nos casos em que o paciente pode receber qualquer
tipo de preparação culinária e os alimentos mais variados, de acordo com sua
tolerância. É normal em quilocalorias e nutrientes, sem restrições, preenchendo
todos os requisitos de uma dieta racional.
Dieta carente: Apresenta taxas de nutrientes ou de quilocalorias abaixo dos
padrões aceitos como normais. Seu prefixo é hipo.
Dieta excessiva: Apresenta taxas de nutrientes ou de quilocalorias acima dos
padrões aceitos como normais. Seu prefixo é hiper.

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Valor quantitativo

As dietas com base na quantidade de nutrientes e quilocalorias são:


superalimentação, dietas com aumento parcial de nutrientes ou quilocalorias e dietas
com diminuição parcial de nutrientes e quilocalorias.

Superalimentação

É o tratamento dietético para indivíduos desnutridos, ou que apresentam


diagnósticos que exigem aumento total de nutrientes e elevação considerável do
valor energético da dieta.

Dietas com aumento parcial de nutrientes ou quilocalorias:

São dietas ministradas em casos específicos, os quais requerem a elevação


da taxa normal de nutrientes, como proteínas, carboidratos, vitaminas, etc., ou
aumento do VET (valor energético total). Seu prefixo é hiper. Exemplos:
• Dieta hiperproteica: com taxa elevada de proteínas, é ministrada em
períodos de convalescença, enfermidades infecciosas e em todas as situações em
que se requer um balanço positivo de nitrogênio.
• Dieta hipercalorica: ministrada onde haja indicação de um valor
energético total elevado, e particularmente nos casos de desnutrição energético-
proteica.
• Dieta hiperglicidica ou hiperhidrocarbonada: com taxa elevada de
glicídios ou carboidratos, é utilizada em diagnóstico com indicação de taxa de
glicídios acima dos padrões normais e em algumas doenças como a hepatite.
• Dieta hipercalêmica: com taxa elevada de potássio, é utilizada para
aumentar seus níveis no sangue, bem como durante o processo de utilização de
certos diuréticos.

Dieta com diminuição parcial de nutrientes ou quilocalorias:

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São dietas usadas em casos específicos, cuja indicação é a diminuição da


taxa normal de nutrientes como proteínas, carboidratos, lipídios, sais minerais. Seu
prefixo é hipo. Exemplos:
• Dieta hipoproteica: com taxa reduzida de proteínas, sua indicação mais
comum visa facilitar a função renal e evitar a progressão de lesões renais.
• Dieta hipocalórica: com valor energético total abaixo das necessidades
do indivíduo, é muito indicada em casos de obesidade.
• Dieta hipogordurosa: com taxa reduzida de gorduras, sua utilização
mais comum ocorre em casos de colecistite, pancreatite, colelitiase ou coledoco
litíase.
• Dieta hipossódica: com taxa reduzida de sódio, é indicada para casos
de edema cardíaco e renal, hipertensão arterial, cirrose hepática com ascite, toxemia
gravídica e administração prolongada de cortisona.
• Dieta hipocalêmica: com taxa reduzida de potássio, é ministrada nos
casos de insuficiência renal.

Dieta com omissão de algum componente:


São dietas ministradas em casos específicos, cuja indicação é a retirada total
de algum componente do cardápio. Exemplo:
• Dieta sem sal: sem cloreto de sódio, é ministrada geralmente em casos
de pacientes hipertensos e/ou com edema, por problemas renais e cardíacos.

Consistência:

De acordo com a consistência das preparações culinárias, as dietas de rotina


são as seguintes:

Dieta líquida restrita:

À base de chá, água, caldo coado de legumes. É comumente ministrada nas


primeiras horas do pós-operatório, nas infecções agudas e para início de hidratação.

Dieta líquida;

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Destinada a requerer o mínimo de trabalho digestivo, é constituída de


alimentos com consistência líquida à temperatura ambiente.
ALIMENTOS UTILIZADOS: leite, café, chá,, sopas coadas, gelatinas, sucos
de frutas, sorvetes.
Indicada para preparo de cirurgias e exames, lesões na cavidade oral e
alguns pós-operatórios.
Dieta leve:

Destinada a evitar estímulos mecânicos.


ALIMENTOS UTILIZADOS: leite, café, chá, bolachas, mingaus, sopas com
carne desfiada, sucos de frutas, cremes, pudins, gelatinas, purês ralos de tubérculos
ou legumes.
Indicada para a transição da dieta líquida e também para o preparo de
cirurgias, exames e alguns pós-operatórios.

Dieta pastosa:

Preparada para requerer o mínimo de mastigação, é constituída de alimentos


bem cozidos e de consistência pastosa.
ALIMENTOS UTILIZADOS: os mesmos da dieta leve, mais carnes moídas,
arroz e massas bem cozidos, ovos quentes ou pochês, legumes bem cozidos e
frutas cozidas ou raspadas, caldo de feijão.
Indicada para pacientes com dificuldade de mastigação e deglutição.

Dieta branda:

É praticamente um cardápio geral, excluindo-se alguns itens de digestão mais


demoradas ou excitantes, como feijão, frituras, condimentos picantes, molhos
gordurosos, fontes de fibras e bebidas alcoólicas.
Indicada para repouso parcial do trato gastrintestinal e transição entre dieta
leve e a geral.

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Temperatura:

De acordo com a temperatura, a dieta pode ser:


• Gelada;
• Fria;
• Morna;
• Quente.
Distribuição:

De acordo com a distribuição, a dieta pode ser:


• Servida nos horários normais de refeição: café da manhã, almoço,
lanches, jantar, ceia.
• Fracionada: servida a intervalos mais curtos e me porções mais
reduzidas.

Apresentação:
De acordo com a apresentação, a dieta pode ser:
• Servida em bandejas e material convencional de copa;
• Em material descartável;
• Líquido, ministrada em sonda.

Distúrbios nutricionais

Os distúrbios alimentares ocorrem predominantemente nos países


industrializados, tendo uma influência menor nos países pouco desenvolvidos e fora
do mundo ocidental. Caracterizam-se, fundamentalmente por alterações
significativas do comportamento alimentar.
Afetam sobretudo as mulheres jovens, aparecendo no homem apenas em
cerca de 10 % dos casos. Sabe-se que não se deve a modas, mas que a pressão
cultural para a magreza, a insatisfação e a preocupação com o peso podem
contribuir, juntamente com outros fatores, para um aumento da vulnerabilidade, que
por sua vez pode levar á tomada de decisão de iniciar uma dieta.

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É importante referir que a dieta só por si não constitui uma condição suficiente
para o desencadear de um distúrbio alimentar.
Os principais distúrbios alimentares serão apresentados a seguir.

• RAQUITISMO: é uma doença que envolve a mineralização prejudicada dos


ossos em crescimento. Pode ocorrer não apenas da privação de vitamina D, mas
também de deficiência de cálcio e fósforo. O raquitismo é caracterizado por
anormalidades estruturais dos ossos que sustentam o peso e está associado a dor
óssea, sensibilidade muscular e tetania hipocalcêmicas que as acompanham. Os
ossos moles, frágeis, raquíticos não podem suportar os esforços, formando em
pernas arqueadas, “ joelho batendo”, costelas com contas (rosário raquítico), peito
de pombo e protuberância frontal do crânio.

• OSTEOPOROSE: é uma doença que envolve massa óssea diminuída. Esta


associada ao envelhecimento; acredita-se que seja uma doença multifatorial que
envolve o metabolismo de vitamina D e associada a níveis baixos ou decrescentes
de estrógeno. É uma doença óssea comum na mulher pós- menopausa, mas
também se desenvolve em homens mais velhos.

• ESCORBUTO: é a deficiência aguda de vitamina C em indivíduos incapazes


de sintetizar a vitamina. Em seres humanos adultos, os sinais se manifestam após
45 a 80 dias de privação de vitamina C. Nas crianças, a síndrome é chamada de
doença de Moeller- Barlow. Em ambos os casos, as lesões ocorrem nos tecidos
mesenquimais e resultam em cicatrização prejudicada de feridas, edemas,
hemorragias e fraqueza dos ossos, cartilagem, dentes e tecidos conjuntivos. Os
adultos com escorbuto podem exibir gengivas edemaciadas, sangrando e eventual
perda dental, letargia, fadiga, dores reumáticas nas pernas, atrofia muscular, lesões
de pele e várias alterações psicológicas.

• ANEMIA PERNICIOSA: é uma anemia macrocistica causada por deficiência


de vitamina B12. Ela afeta não apenas o sangue, mas também o trato
gastrointestinal e os sistemas nervosos periférico e central. Os sintomas manifestos ,
causados por mielinização inadequada dos nervos, são parestesia, diminuição da

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sensação de vibração e posição, pouca coordenação muscular, memória precária e


alucinações. Se a deficiência for prolongada, a lesão ao sistema nervoso pode ser
irreversível, mesmo com início de tratamento com vitamina B12.

• ANEMIA FERROPRIVA: é caracterizada pela produção de eritrócitos


(células vermelhas) pequenos e um nível diminuído de hemoglobina circulante. É
realmente o último estágio de deficiência de ferro, e representa o ponto final de um
período longo de privação de ferro. Os sintomas refletem uma disfunção de uma
variedade de sistemas corporais. A função muscular inadequada é refletida na
diminuição do desempenho de trabalho e da tolerância ao exercício.os defeitos
surgem na estrutura e na função dos tecidos epiteliais, especialmente na língua,
unhas, boca, estômago. As alterações bucais incluem atrofia das papilas linguais,
queimadura, vermelhidão e, em casos graves, uma aparência completamente lisa,
cerosa e brilhante da língua (glossite).

• ANOREXIA NERVOSA: é uma condição caracterizada por auto inanição


voluntária e emaciação. A perda de peso é vista como um sinal de alcance
extraordinário autodisciplina. O ganho de peso é percebido como uma perda
inaceitável de auto-controle. Os pacientes com esse tipo de distúrbio apresentam
distorção de imagem corporal, fazendo com que se sintam gordos apesar do seu
frequente estado caquético, amenorréia e depressão.

• XEROFTALMIA: envolve a atrofia das glândulas perioculares,


hiperqueratose da conjuntiva e, finalmente, o envolvimento da córnea, levando a
amolecimento (queratomalacia) e cegueira.

• OBESIDADE: A obesidade hoje é considerada uma doença e caracteriza-se


pelo excesso de gordura no corpo, representando um dos grandes problemas de
saúde pública no mundo inteiro. A obesidade pode aumentar o risco da pessoa
desenvolver várias condições, como diabete, pressão alta, doenças do coração e
algumas formas de câncer. Muitos riscos à saúde são mais altos nas pessoas
obesas, e os riscos podem aumentar como o grau de aumento da obesidade. Em
particular, as pessoas que ganham peso extra ao redor da cintura, ao invés de nas

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pernas e nas coxas, têm maior chance de ter problemas de saúde causados pela
obesidade. O quadro clínico inclue: peso corporal acima da média, falta de ar,
insônia (dificuldade para dormir), apnéia do sono (problema onde ocorrem
interrupções da respiração durante o sono), varizes nas pernas, eczemas causados
pela umidade que se acumula nas dobras da pele, colelitíase (pedras na vesícula
biliar), osteoartrite, especialmente dos joelhos e dos tornozelos, tendência à pressão
alta (hipertensão), níveis elevados de açúcar no sangue (tendência ao diabetes tipo
II), hipercolesterolemia (colesterol e triglicérides elevados).

• BÓCIO: conhecido popularmente como papo, é um aumento do volume da


tireóide. A existência de nódulos na tireóide é também considerado bócio mesmo
que não exista aumento do volume do pescoço. Causada pela falta do sal mineral
Iodo, é mais comum nas mulheres. Os sintomas são muito variáveis, depende da
doença de base. Normalmente é estético, a aparição do inchaço no pescoço e
possivelmente dificuldade de deglutir e respiração. O sal iodado é um modo de evitar
a carência de iodo, proteger a tiróide contra radiação e evitar tumores

• DESNUTRIÇÃO ENERGÉTICO- PROTEICA: a desnutrição é a forma de


distrofia (enfermidade resultante da inadequação absoluta ou relativa de um ou mais
nutrientes essências) que ocorre em nosso meio, tendo sua origem em causas
primárias (dieta deficiente, devido ao baixo poder aquisitivo ou à pouco
disponibilidade de alimentos, com influência de fatores sociais, culturais e
psicológicos como, por exemplo, os tabus e as crenças), ou secundárias, como
alterações do processo digestivo, má absorção, disfunções endócrinas e outras.
Caracteriza-se por estado físico deficiente, baixo peso, apatia, fadiga, inapetência,
resistência reduzida às infecções e capacidade limitada para realizar esforços
físicos. Portanto, o indivíduo desnutrido é aquele cujas células não recebem os
nutrientes de que necessita para desempenhar suas funções de produzir energia,
formar ou reparar tecidos e regular o seu próprio funcionamento. É classificado em :
desnutrição de 1º grau, 2º grau e 3º grau.

A desnutrição de 3º grau pode manifestar-se de 2 modos:

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a) Marasmo: definhamento gradativo dos tecidos do organismo, com


consequente perda do tecido adiposo subcutâneo, que resulta em pele enrugada,
perda de tecido muscular e de força, déficit de crescimento, letargia, chegando
mesmo a acidose e hipoproteinemia.
b) Kwashiorkor: distrofia pluricarencial, que ocorre logo após o desmame,
com origem em deficiência qualitativa e quantitativa de proteínas, caracterizando- se
por edema, alterações cutâneas, déficits de crescimento, fraqueza e apatia severa.

• CARIES DENTÁRIAS: é uma das doenças infecciosas mais comuns. A cárie


é sete vezes mais comum do que q febre do feno e cinco vezes mais comum que a
asma. Infelizmente, aproximadamente 20 a 25% das crianças americanas
apresentam 80% de cáries dentais.

É uma doença infecciosa oral na qual os metabólitos de ácidos orgânicos


produzidos pelo metabolismo de microorganismos orais leva à desmineralização
proteolítica da estrutura dental. A cárie pode ocorrer em qualquer superfície dental.
A etiologia da cárie dental é multifatorial. Quatro fatores devem estar
presentes simultaneamente: 1. Um hospedeiro ou superfície dental suscetíveis; 2.
Microrganismos na placa dental ou cavidade oral; 3. Carboidratos fermentáveis na
dieta, que servem como substrato para as bactérias; 4. Tempo (duração) na boca
para que as bactérias metabolizem os carboidratos fermentáveis.

 Cariogenicidade: refere-se às propriedades de promoção de cáries de


uma dieta ou alimentos e varia, dependendo da forma na qual ele é encontrado, da
composição de nutrientes, de quando ele é consumido com relação a outros
alimentos e líquidos, da duração da sua exposição ao dente e da frequência com
que é consumido. É importante diferenciar entre alimentos cariogênicos,
cariostáticos e anticariogênicos. Os alimentos cariogênicos são aqueles que contêm
carboidratos fermentáveis que, quando em contato com os microorganismos na
boca, podem causar uma queda no pH salivar para 5,5 ou menos e estimular o
processo da cárie. Os alimentos cariostáticos ou alimentos que não contribuem para
a cárie, não são metabolizados pelos microorganismos na placa e não causam uma
queda no pH salivar para 5,5 ou menos, dentro de 30 minutos. Os alimentos

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anticariogênicos são aqueles que impedem a placa de reconhecer um alimento


acidogênico quando ele é consumido primeiro.

Efeitos das deficiências da nutrientes sobre o desenvolvimento dental

NUTRIENTES EFEITOS SOBRE O EFEITO SOBRE AS DADOS EM


TECIDO CARIES SERES HUMANOS
Desnutrição Erupção dental atrasada; Sim Sim
protéico- calórica Tamanho do dente
diminuído;
Solubilidade do esmalte
diminuída;
Disfunção de glândulas
salivares;

Vitamina A Diminuição do Sim Sim


desenvolvimento do tecido
epitelial;
Disfunção da morfogênese
dental;
Aumento de hipoplasia de
esmalte.

Vitamina D/ Níveis de cálcio plasmático Sim Sim


cálcio/ fósforo diminuídos;
Hipomineralização (defeitos
hipopláticos);
Integridade dental
comprometida (concentração
mineral diminuída);
Padrões retardados de
erupção.

Ácido ascórbico Alterações das polpas Não Não


dentais;
Degeneração
odontoblástica;

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Dentina aberrante.

Flúor Aumento na estabilidade do Sim Sim


cristal do esmalte (formação
do esmalte);
Inibição da remineralização;
Esmalte manchado
(excesso);
Inibição do crescimento
bacteriano.

Iodo Erupção dental atrasada; Não Sim


Padrões de crescimento
alterados;
Más oclusões

Ferro Crescimento lento; Sim Não


Disfunção de glândulas
salivares.

Higiene Pessoal

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Higiene é o conjunto de conhecimentos e técnicas que visam a promover a


saúde e evitar as doenças. Entre as doenças que a higiene procura evitar, estão as
doenças infecciosas, contra as quais ela se utiliza da desinfecção, esterilização e
outros métodos de limpeza.

Etimologia

O termo "higiene" se originou do termo francês hygiène, que, por sua vez, se
originou do termo grego υγιεινή [τέχνη] (hygieiné [téchne]), que se originou do
também grego hygieinós, ou "o que é saudável". Hygieinós se originou do termo
grego ὑγιής (hugiēs), "são, saudável". Este último termo também deu origem ao
nome da deusa grega da saúde, limpeza e sanitariedade, Hígia.

Descrição

Consiste na prática do uso constante de elementos ou atos que causem


benefícios para os seres humanos. Sanitização advém de sanidade, que, em amplo
sentido, significa ordem perfeita de funcionamento. A higiene compreende hábitos
que visam a preservar o estado original do ser, que é o bem-estar e a saúde
perfeita.
As técnicas de manutenção e preservação do bem-estar, saúde perfeita e
harmonia funcional do organismo, dá-se o nome de hábitos sanitizantes ou hábitos
higiênicos.
Muitas das doenças infectocontagiosas existentes são encontradas em locais
com baixos padrões de higiene. Elas são contidas pela implementação de padrões
de higiene, através da conscientização da população e instrução de novas
metodologias que ensinam como a sociedade deve comportar-se em relação à sua
higiene. Há quatro tipos de higiene: a pessoal, a coletiva, a mental e a ambiental.

Tipos de Higiene

Individual

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É um conjunto de hábitos de higiene e asseio com que cuidamos da nossa


saúde,que viram normas de vida em carácter individual, como:
- Banho - Tomar banho frequentemente. Existem várias opiniões e estudos
sobre a frequência ideal, não havendo uma regra única. A necessidade de tomar
banho depende da atividade física e do clima. Segundo os dermatologistas, Zeichner
e Ranella Hirsch, "tomar banho demasiadas vezes pode ser prejudicial para a saúde,
pois seca e irrita a pele, elimina as bactérias boas e cria pequenas fissuras na
epiderme que nos colocam sob maior risco de infecção. Nesse sentido, os dois
médicos defendem que os pais não devem dar banho aos filhos todos os dias, visto
que a exposição à sujidade em idades mais jovens torna a pele mais forte,
prevenindo futuras alergias, inflações e eczemas. .
- Assepsia - O uso de desodorizante é bastante útil, especialmente no verão.
No entanto devem ser evitados os que inibem a produção de suor. Segundo vários
estudo a utilização de desodorizante pode ser negativa para a saúde, e cita-se o
INCA - "Em janeiro de 2004 foi publicado na revista Journal of Applied Toxicology
um artigo assinado por pesquisadores da University of Reading, na Grã-Bretanha
(GB), demonstrando a presença de altas concentrações de parabenos em tecidos
retirados de tumores mamários de mulheres que usavam este tipo" de produtos.
- Lavar as mãos - sempre que necessário, especialmente antes das refeições,
antes do contato com os alimentos e depois de utilizar a casa de banho.
- Higiene oral - Os dentes e a boca devem ser escovados depois da ingestão
de alimentos, usando um creme dental com flúor. Uma higiene inadequada dos
dentes dá origem à cárie dentária.
- Água potável - Beber água tratada, mineral ou filtrada.
- Fazer uma alimentação equilibrada, com alimentos mais naturais.

Coletiva

É o conjunto de normas de higiene implantadas pela sociedade de forma a


direcioná-las a um conceito geral de higiene. A higiene coletiva é também um
conjunto de normas para evitar nossas doenças e de outras pessoas também, para
preservar a vida de todos. Crianças de três a quatro anos de idade tem a

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capacidade de assimilar e repassar o conhecimento, hábitos saudáveis por meio de


ações educativas podem ser absorvidas desde a infância.

Mental

Dá-se o nome de "higiene mental" à qualquer prática que visa a prevenir


doenças mentais. Segundo a teoria psicanalítica, um exemplo de higiene mental é a
verbalização: ela evitaria conflitos sociais e doenças psicossomáticas.

Ambiental

Higiene ambiental é um conceito relacionado com a preservação das


condições sanitárias do meio ambiente de forma a impedir que este prejudique a
saúde do ser humano. Inclui, por exemplo, cuidar do lixo, varrer a casa, lavar os
alimentos antes de comer etc.

Nutrição e Saúde Bucal

Alimentos que contém fósforo e cálcio, encontrados particularmente no leite e


nos laticínios, nas verduras, nos cereais integrais e no peixe, legumes, carne, aves e

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frutas como também mastigar alimentos duros ou fibrosos, cenoura, maçã, etc. são
os provedores substanciais para a saúde dos dentes.

A dieta e a nutrição desempenham um papel principal no desenvolvimento


dental, integridade dos tecidos gengival e oral, força óssea e prevenção e tratamento
das doenças da cavidade oral. A dieta é diferenciada da nutrição da seguinte
maneira: a dieta tem um efeito local sobre a integridade dental, isto é, o tipo, a forma
e a frequência de alimentos e bebidas consumidos têm um efeito direto sobre os
dentes. A nutrição tem um efeito sistêmico. O impacto da ingestão de nutrientes
sistematicamente afeta o desenvolvimento e manutenção da cavidade oral. Devido a
sua rápida taxa de mudança, a mucosa oral é particularmente sensível às mudanças
no estado nutricional.
O câncer oral, que com frequência ocorre secundário à ingestão de álcool e
tabaco, pode ter um impacto significante sobre a capacidade de alimentação. Isto é
combinado com as necessidades aumentadas de calorias e nutrientes dos
indivíduos com carcinomas orais.
Além destas doenças primárias da cavidade oral, várias doenças crônicas e
agudas têm sequelas orais que afetam a capacidade de alimentação. O diabetes
pouco controlado pode resultar em síndrome da língua queimada, candidíase e
xerostomia, que por sua vez comprometem a capacidade de alimentação e o apetite.
As manifestações orais das doenças imunossupressoras, tais como a AIDS,
também têm um impacto sobre o apetite, ingestão e necessidades de nutrientes.

Fatores Nutricionais no Desenvolvimento Dental

A dieta e a nutrição são importantes em todas as fases do desenvolvimento,


erupção e manutenção dental. Após a erupção, a dieta e a ingestão de nutrientes
continuam a afetar o desenvolvimento e a mineralização dental, força do esmalte,
assim como os padrões de erupção dos dentes remanescentes. Os efeitos locais da
dieta, particularmente carboidratos fermentáveis e frequência de alimentação,
determinam a produção de ácidos orgânicos pelas bactérias orais e taxa de cárie.
Por todo o ciclo da vida, a dieta e a nutrição continuam a afetar dentes, ossos e a
integridade da mucosa oral resistência à infecção e longevidade dental.

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Relação entre nutrição e cárie

As bactérias são uma parte essencial do processo de cárie. Vários


microrganismos são capazes de fermentar o carboidrato da dieta; o Streptococcus
mutans é o mais prevalente, seguido pelo Lactobacillus casein e Streptococcus
sanguis. Todos os três contribuem para o processo, conforme eles metabolizam
carboidratos e produzem ácidos em níveis suficientes para causar cárie.
Os carboidratos fermentáveis são o substrato ideal para o metabolismo
bacteriano. Os ácidos produzidos pelo seu metabolismo causam uma queda no pH
salivar de < 5,5, criando um ambiente para a cárie. Dadas as recomendações
correntes para uma dieta rica em carboidratos, é importante estar atento aos fatores
que afetam o potencial para a ação bacteriana sobre os carboidratos fermentáveis e
guiar os consumidores na integração de uma dieta positiva e hábitos de higiene oral.
São exemplos de carboidratos fermentáveis todos os grãos e amidos,
inclusive bolachas, rodelas finas de batata frita, roscas em forma de laço, cereais
quentes e frios, pães; frutas (frescas, secas e enlatadas) e sucos de fruta; produtos
lácteos adoçados com frutose, sacarose ou outros açúcares e bebidas adoçadas.
A sacarose parece ser levemente mais cariogênica do que os outros
açúcares, mas a glicose, a frutose, a maltose e a lactose também estimulam a
atividade bacteriana. Todos os açúcares são usados pelas bactérias para produzir
subprodutos orgânicos ácidos do metabolismo. Destes, a lactose é o menos
cariogênico. Todas as formas dietéticas de açúcar, inclusive o mel, melaço, açúcar
mascavo e sólidos de xarope de milho, têm forte potencial cariogênico. O poliálcool,
xilitol, é considerado anticariogênico. Os adoçantes não carboidratos, tais como
sacarina, ciclamato e aspartame são cariostáticos. Há alguma evidência para
suportar a ideia de que o aspartame e a sacarina podem inibir a ação bacteriana,
porque nenhum dos dois fornece um substrato utilizável para as bactérias
Streptococcus.
A nutrição pode ser feita por via oral, ou seja, pela maneira natural do
processo de alimentação, ou por um modo especial. No modo especial temos a
nutrição enteral e a nutrição parenteral. A primeira ocorre quando o alimento é
colocado diretamente em uma área do tubo digestivo (geralmente o estômago ou o
jejuno) através de sondas que podem entrar pela narina ou boca ou por um orifício
feito por cirurgia diretamente no abdômen do paciente. A nutrição parenteral é a que
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Nutrição e Dietética

é feita quando o paciente é alimentado com preparados para administração


diretamente na veia, não passando pelo tubo digestivo.

A educação alimentar e nutricional

O Esporte vem se provando, dentro dos princípios aplicados pela educação


pelo esporte, uma via poderosa e privilegiada para desenvolver o potencial de
crianças e jovens. Tem, em si, a capacidade de educar para promover o
desenvolvimento de competências pessoais, sociais, cognitivas e produtivas. Ou
seja, promover o desenvolvimento humano. O esporte e o lazer atuam como
instrumentos de formação integral do indivíduo e, como consequência disso,
possibilitam o desenvolvimento da convivência social, a construção de valores, a
melhoria da saúde e o aprimoramento da consciência crítica (Filgueira, 2008).
O papel da promoção da saúde cresce em sua importância como uma
estratégia fundamental para o enfrentamento dos problemas do processo saúde-
doença-cuidado e da sua determinação. A direção, nesse caso, é o fortalecimento
do caráter promocional e preventivo, contemplando o diagnóstico e a detecção
precoce das doenças crônico-degenerativas e aumentando a complexidade do
primeiro nível de atenção, elementos que ainda são considerados como desafios
para o sistema de saúde (Buss, 1999).
Conforme o autor citado anteriormente existe múltiplas conceituações de
promoção da saúde, dentre as quais o autor ressalta dois grandes grupos; no
primeiro, a promoção da saúde "consiste nas atividades dirigidas centralmente à
transformação dos comportamentos dos indivíduos, focando os seus estilos de vida
e localizando-os no seio das famílias e, no máximo, no ambiente das 'culturas' da
comunidade em que se encontram" (p.179). Essa concepção, segundo o autor,
tende a se centrar nos componentes educativos. Uma segunda concepção, e mais
moderna, da promoção da saúde é caracterizada pela "constatação de que a saúde
é produto de um amplo espectro de fatores relacionados com a qualidade de vida,
incluindo um padrão adequado de alimentação e nutrição, de habitação e
saneamento, boas condições de trabalho e renda, oportunidades de educação ao
longo de toda a vida dos indivíduos e das comunidades.

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Nutrição e Dietética

A eficácia da educação nutricional ao escolar poderia estar concebida não


circunscrita como simples verificação de conhecimentos, e sim evoluindo pela
incorporação da avaliação de práticas e indicadores efetivos de saúde no decurso
do processo educativo (avaliação de processo) e convergindo para replanejamentos
de aperfeiçoamento (produto de avaliação de resultado), sinergizada por
complementaridade entre variáveis quantitativas e qualitativas. O grau de
informação, por si só, potencializa maior autocuidado de saúde e, nesse contexto,
têm-se focado a "alfabetização em saúde" e a "alfabetização em nutrição", que
avaliam o grau de domínio e compreensão de leigos sobre conceitos e inter-relações
mínimas de saúde e nutrição, domínio esse considerado forma de empoderamento
(Fourez, 1997) por instrumentalizar para conseguir saúde. Não obstante, uma
avaliação restrita à mensuração de conhecimento geralmente implica exclusão. Uma
avaliação global, preocupada com a aprendizagem, pressupõe acolhimento, tendo
em vista a transformação.

A alimentação é a base necessária para um bom desenvolvimento físico,


psíquico e social das crianças

Uma boa nutrição é a primeira linha de defesa contra numerosas


enfermidades infantis que podem deixar sequelas nas crianças por toda a vida. Uma
boa nutrição e uma boa saúde estão diretamente ligadas através do tempo de vida,
mas a conexão é ainda mais vital durante a infância. Neste período as crianças
podem adquirir bons hábitos durante a refeição no que se refere à variedade, sabor,
etc.
As práticas alimentares são construídas a partir de dimensões temporais, de
saúde e de doença, de cuidado, afetivas, econômicas e de ritual de socialização,
entrelaçadas em rede (Rotenberg, 2004). Os primeiros dois anos de vida da criança
são caracterizados por crescimento acelerado e grande desenvolvimento psicomotor
e neurológico. Logo, as deficiências nutricionais na primeira infância podem
comprometer o padrão de crescimento, gerar atraso escolar e favorecer,
futuramente, o surgimento de doenças crônicas (WHO, 2006)
Os efeitos da desnutrição na primeira infância (0 a 8 anos) podem ser
devastadores e duradouros. Podem impedir o desenvolvimento intelectual e

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cognitivo, o rendimento escolar e a saúde reprodutiva, enfraquecendo assim a futura


produtividade no trabalho.
A desnutrição humana é uma condição que afeta populações de todas as
nações, sejam elas subdesenvolvidas ou tecnologicamente avançadas. A
desnutrição infantil é internacionalmente reconhecida como um importante problema
de saúde pública e seus efeitos devastadores sobre a saúde e a sobrevivência estão
bem estabelecidos. Enquanto globalmente a projeção da prevalência do baixo peso
infantil é de declínio em países em desenvolvimento, paradoxalmente, na África a
projeção é de aumento. Embora uma melhora geral na situação global possa ser
vislumbrada, o objetivo de redução de 50% na prevalência do baixo peso entre
crianças até cinco de idade até 2015, estabelecido pelas Nações Unidas,
possivelmente não será alcançado globalmente nem mesmo em regiões
desenvolvidas (Onis, 2004).
No Brasil, a exemplo de várias outras regiões do globo, a leitura comparativa
dos três estudos transversais realizados nas décadas de 70, 80 e 90, em âmbito
nacional e microrregional (Estudo Nacional de Despesas Familiares (ENDEF),
1974/1975; Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição (PNSN), 1989; Pesquisa
Nacional de Demografia e Saúde (PNDS) 1995-1996), caracteriza um período de
transição nutricional, podendo-se inferir um declínio na prevalência da desnutrição
em crianças menores de cinco anos e, por outro lado, a elevação da prevalência de
sobrepeso/obesidade em adultos. Há que considerar, porém, que as características
do declínio na prevalência da desnutrição no Brasil se apresentam assimétricas no
que se refere ao meio urbano e rural e à distribuição regional (Batista-Filho, 2003).
Na promoção de uma alimentação saudável dois aspectos devem ser
ressaltados: a mudança de um comportamento alimentar em longo prazo é um
objetivo com elevadas taxas de insucesso, e os hábitos alimentares da idade adulta
estão relacionados com os aprendidos na infância. Esses dois aspectos apontam
para que a intervenção na promoção de comportamentos alimentares saudáveis
deva incidir com maior ênfase nos primeiros anos da infância, para que os mesmos
permaneçam ao longo da vida.
A disponibilidade e o acesso ao alimento em casa, as práticas alimentares e o
preparo do alimento, influenciam o consumo alimentar da criança. A população
infantil é do ponto de vista psicológico, socioeconômico e cultural, influenciada pelo

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ambiente onde vive que, na maioria das vezes, é constituído pelo ambiente familiar.
Dessa forma, as suas atitudes são, frequentemente, reflexos desse ambiente. E
quando o meio ambiente é desfavorável, o mesmo poderá propiciar condições que
levem ao desenvolvimento de distúrbios alimentares que, uma vez instalados,
poderão permanecer ao longo da vida (Oliveira et al 2003).
A partir dos dois anos de idade, a criança passa por diversas e constantes
transformações. E a alimentação exerce grande influência nesse processo, tendo
papel fundamental no desenvolvimento dos músculos, no crescimento dos ossos e
na manutenção do peso.
As mudanças mais notáveis acontecem até a puberdade, que costuma chegar
por volta dos 12 anos, nos meninos, e depois dos 10 nas meninas. Até atingir essa
idade, as crianças de ambos os sexos ganham, em média, três quilos por ano. Já a
estatura aumenta de seis a oito centímetros, anualmente. O ritmo de crescimento
desacelera conforme a criança se aproxima da puberdade, fase em que o
crescimento retoma a velocidade.

Alimentação infantil requer cuidados especiais

A nutricionista Gabrielle Carassini Costa, nutricionista do GANEP – Grupo de


Nutrição ensina que o envolvimento dos pequenos desde as compras até chegar à
preparação os pratos torna-os mais interessados a experimentar novos sabores.
“Dessa forma é mais fácil implantar uma dieta saudável, explicando a eles que é
importante para a saúde provar um pouco de cada grupo alimentar, principalmente
proteínas, presentes nos queijos, peito de peru, presunto magro, iogurtes e leites;
carboidratos, nos pães, bisnaguinhas, cereais e torradas, e, equilibradamente,
gordura, encontrada em óleos, carne, ovos e manteiga”.
Distribuir a alimentação em cinco refeições, como café da manhã, lanche,
almoço, uma merenda leve à tarde e jantar, também é uma boa pedida. Impede que
a criança passe muito tempo com fome e consuma alguma bobagem para enganar o
estômago. São dicas valiosas que fazem toda a diferença para a saúde, e que, se
seguidas à risca, certamente trarão benefícios para a criançada ao longo da vida.

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O que o cardápio precisa conter

Chocolate quente e pipoca é permitido, desde que não embebida em


margarina. O que conta é o limite passado à criança.
Na sobremesa, troque o chocolate por uma banana assada polvilhada com
canela e açúcar, que é menos calórico e mais saudável.
Ofereça doces caseiros, como os de abóbora e mamão. São naturais e não
contém conservantes.
Sirva bolo de laranja nas refeições mais leves. A vitamina C presente na fruta
contribui com a imunidade, que ajuda a evitar resfriados.
Sanduíche vegetal, com alface, tomate, atum enlatado em água ou patê de
atum com requeijão light, em pão integral – as fibras presentes ajudam a manter a
saciedade – é excelente para o lanche da tarde.
Ingestão de líquidos para hidratar o ano inteiro. Sucos e águas são
essenciais. Criança é mais ativa por isso perde líquidos e sais minerais mais
facilmente é mais acelerado, o que exige uma hidratação contínua.

As contribuições da nutrição aliada à prática de atividades físicas

A alimentação é um dos fatores que interfere diretamente na saúde, bem


como a prática de atividades físicas, ambos requer um equilíbrio de acordo com
cada indivíduo. Segundo alguns autores uma alimentação saudável deve ser
constituída de vitaminas, sais minerais, proteínas, fibras, vegetais, gorduras
insaturadas, carboidratos e com restrição às gorduras, ao excesso de sal e de
açúcar. Com a chegada da tecnologia a nossa tendência cada vez mais é substituir
ou diminuir nossas atividades da vida diária como: limpar a casa, lavar roupas ou
louças, abrir o portão da garagem entre outros, por um simples apertar de um botão,
benefícios estes criados pela tecnologia para economizar tempo ou esforço. Com
isso surgem várias doenças hipocinéticas (hipo = pouco; cinética = movimento)
como diabetes, atrofia muscular, obesidade, infarto do miocárdio, em consequências
da inatividade física e alimentação inadequada.
Para obter uma melhor qualidade de vida é necessário que o indivíduo opte
por mudanças na alimentação e no estilo de vida. Através dessa perspectiva se

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conscientizar em que estado se encontra a sua saúde e quais problemas de saúde


estão relacionados à falta de atividade física e alimentação saudável.
A concepção de alimentação saudável presentes nos lares até algumas
décadas atrás era se alimentar em grande quantidade, sobretudo porque a base
nutricional sempre partiu da família a qual tem o poder de reger os hábitos
alimentares a seus filhos. A escolha pelos alimentos remete-se diretamente com a
identidade cultural do indivíduo, pela história vivida de cada grupo social com o
ambiente e as influências do cotidiano. Quando se fala de alimentação saudável não
se remete abandonar tudo o que já se tem na cultura alimentar, mas sim adicionar
ou modificar algumas escolhas mais saudáveis ao nosso cardápio. Lembrando que o
bem estar físico, mental e emocional dos indivíduos está diretamente ligado á bons
hábitos alimentares desde a antiguidade.
A nutrição é um processo que vai desde a ingestão de alimento até sua
assimilação pelas células, incluindo os fenômenos sociais, econômicos, culturais e
psicológicos, processo este que pode influenciar na alimentação no dia a dia do
individuo (Junior; Wolinsky, 1994, p.11).
Os benefícios de uma alimentação saudável e da prática de exercícios físicos
esta diretamente relacionada ao combate e a prevenção de algumas doenças como:
diabetes, obesidade, hipertensão, colesterol entre outras.
Segundo vários autores a má alimentação junto ao sedentarismo podem
trazer o aparecimento de doenças crônicas degenerativas, tais como: a obesidade,
diabetes, colesterol e hipertensão.
As doenças crônicas degenerativas (DCD) figuram como principal causa de
mortalidade e incapacidade no mundo, cerca de 59% dos 56,5 milhões de óbitos
anuais são os chamados agravos não transmissíveis que incluem doenças
cardiovasculares, diabetes, obesidade, câncer e doenças respiratórias; são
predominantes em países desenvolvidos, sendo os maiores fatores de causa o
estresse e o sedentarismo (Machado apud Oliveira, 2006, p.101).
As doenças crônico-degenerativas são assim chamadas porque provocam
alterações em todo organismo humano como: vasos sanguíneos, ossos, visão,
cérebro entre outros. São resultados de um conjunto de fatores que causa
deterioração progressiva na saúde dos seres humanos, e esta relacionada com a

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interação entre a alimentação inadequada, a genética e as escolhas de


comportamento como o sedentarismo.

Diabetes

Considerado uma doença crónica multifatorial, cujo tratamento pode depender


da junção de três fatores: alimentação, atividade física e medicação.
O Diabetes Mellitus – quadro de hiperglicemia crônica, acompanhado de
distúrbios no metabolismo de carboidratos, de proteínas e de gorduras,
caracterizado por hiperglicemia que resulta de uma deficiente secreção de insulina
pelas células beta, resistência periférica à ação da insulina ou ambas cujos efeitos
crônicos incluem dano ou falência de órgãos, especialmente rins, nervos, coração e
vasos sanguíneos. (Almeida et al. p. 69)
Existe uma forte relação entre obesidade e diabetes, pois ambas estão
associadas aos excessos alimentares que conduzem a um maior acúmulo de tecido
adiposo que influencia a sensibilidade celular à insulina. A secreção da insulina tem
como estimulante mais potente a glicose. A principal função da insulina é aumentar
o metabolismo da glicose e utilizar a insulina como fonte de energia.
O diabetes tipo I ou insulino-dependente, acarretado pela deficiência na
produção de insulina, é característico preferencialmente em jovens. Já o diabetes
tipo II ou não insulino-dependente é mais comum em adultos acima de 40 anos,
devido à redução da sensibilidade dos receptores celulares á insulina além de
redução deste hormônio pelo órgão chamando pâncreas.
Os exercícios físicos para os portadores de diabetes tipo l promovem
benefício cardiovascular, bem-estar psicológico, interação social e lazer. Para evitar
a hipoglicemia, os pacientes devem receber uma suplementação de carboidratos,
antes ou durante a realização de exercícios prolongados.
Para os portadores de diabetes tipo 2 [...] a duração do exercício for superior
a uma hora, faz-se necessária a suplementação alimentar durante o mesmo,
especialmente nos pacientes em uso de insulina. Os pacientes que utilizam apenas
dieta para o tratamento não requerem suplementação alimentar, pois não correm o
risco de hipoglicemia (Almeida et al., 2006, p. 145)

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Os treinos de resistência ou de força favoreceram a sensibilidade à insulina,


ganho de massa muscular e endurance. Sendo que ambos os treinos citados são
favorecedores no tratamento e prevenção do diabetes tipo I ou tipo II. É importante
observar que a introdução das atividades físicas seja de forma gradativa,
respeitando os limites do corpo. Onde a prescrição dos exercícios para o público
diabético deve ser individualizado, acompanhado e baseado em exames
laboratoriais, nutricionais e físicos. É importante observar que a introdução das
atividades físicas seja de forma gradativa, respeitando os limites do corpo.

A obesidade

Denomina-se como uma enfermidade caracterizada pelo acúmulo excessivo


de gordura corporal que esta associada á vários problemas de saúde como:
Hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, doenças cerebrovasculares,
diabetes mellitus tipo II, câncer, osteoartrite, coledolitíase. Assim como todas as
doenças crônico-degenerativas a obesidade também tem sua relação com as
interações dos indivíduos como: herança genética, ambiente socioeconômico,
cultural, educativo e o ambiente familiar do individuo.
O IMC é obtido pela divisão do peso atual (Kg) pela altura ao quadrado (m²).
Segundo a classificação da OMS (World Health Organization, 1997), indivíduos com
IMC (Kg/m²) menor que 18,5 – baixo peso; 18,5 a 24,9 – peso adequado; 25 a 29,9
pré - obeso; 30 a 34,9 – obesidade classe I; 35 a 39,9 – obesidade classe II; e igual
ou maior que 40 (Kg/m²) – obesidade classe III (Nozaki; Rossi. 2010 p.187).
Os principais meios recorrentes para os indivíduos no tratamento da
obesidade parte necessariamente de uma reeducação alimentar e a prática de
atividade física.
Reeducação alimentar é o método mais saudável, sensato e seguro que
existe para perder e manter peso. Não há sofrimento nem fome, nada é proibido,
tudo é quantificado. No caso de abusos gastronômicos, existem compensações; a
reeducação alimentar previne o envelhecimento precoce; aumenta a energia; e é um
programa que não dura uma semana, nem um mês, é para a vida toda (Sturmer,
2002, p. 31). “Não existe forma de perder peso e, principalmente, mantê-lo estável,
que não inclua a mudança dos hábitos alimentares e alguma atividade física
regular.” (Halpern, 2000, p. 55 apud Carmo; Friedrich. 2010 p.11).
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A obesidade é provocada pela elevada ingestão de calorias que supera o


gasto calórico do organismo, a adoção de estilo de vida ativo com uma ingestão de
menos calorias e o aumento de atividades físicas podem prevenir e tratar a
obesidade. Portanto, percebe-se que uma alimentação balanceada associada a um
estilo de vida ativo como: praticar alguma modalidade esportiva, ginástica em
academia, dançar, correr, passear com o cachorro, fazer compras a pé, jardinagem,
pedalar, subir escadas entre outros, favorecem para combater a obesidade.
Ressaltando ainda que antes de começar qualquer atividade física, o aluno
deve procurar um médico para fazer um check-up, e um profissional de Educação
Física, pois não se deve começar nenhuma atividade física sozinho. Onde muitos
iniciam suas atividades à procura de economizar ou sem dá a devida atenção ou
valorização para com o profissional da área, e assim alguns negligenciam as
orientações e começam a seguir planilhas de treinos ou dietas alimentares
encontradas na internet, compartilhadas por amigos que já fizeram e conseguiram
bons resultados, e infelizmente se arriscam, sem o devido conhecimento que todos
os treinamentos e dietas são individualizados. E por isso devem ter orientação
quanto ao nível de esforço, tempo de execução e intervalo da atividade, a
alimentação indicada para cada objetivo ou necessidade, entre outros.

Hipertensão

A Hipertensão ou pressão alta é assim caracterizada por causa da presença


dos elevados níveis da pressão arterial que associados a alterações no
metabolismo, nas musculaturas cardíacas e vascular e também nos hormônios. Sua
causa também e multifatorial é que deve ter uma grande atenção aos cuidados.
Cerca de 40% das mortes por acidente vascular encefálico e 25% daquelas
por doença arterial coronariana podem ser atribuídas à hipertensão arterial. Pela sua
elevada prevalência (de 15% a 25%) e difícil controle dos níveis tensionais, a
hipertensão arterial tem um peso significativo na morbi-mortalidade cardiovascular,
sendo um importante problema de saúde pública (Carvalho, 2005, p.16).
Segundo alguns especialistas e a Sociedade Brasileira de Hipertensão “a
Hipertensão”, é assim atribuída quando a pressão arterial é sistematicamente, igual

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ou maior que 14 por 09. E essa pressão se eleva por vários motivos, mas
principalmente porque os vasos por onde o sangue circula se contraem.
Deve-se uma atenção maior os indivíduos com histórico familiar de
hipertensão, pois o risco de apresentar a doença segundo os médicos é maior, e
estes indivíduos já devem manter certa atenção, mas também há outros fatores que
levam a promoção da hipertensão como: o elevado consumo de sal, de álcool, baixa
ingestão de potássio, a elevada ingestão de alimentos muitos calóricos. O estresse
psicológico e o sedentarismo também estão envolvidos nos fatores de riscos da
hipertensão.
Na maioria dos casos, a hipertensão não produz sintomas pelo que o doente
pode não perceber que tem a doença. Em alguns casos, quando a pressão arterial
sobe para valores significativos, pode causar sintomas como tonturas, visão
enevoada, dor de cabeça, confusão, sonolência e falta de ar. Alguns órgãos podem
adaptar-se – até determinado nível – a valores elevados de pressão durante
períodos longos de tempo, mas a persistência de hipertensão não controlada pode
ter graves consequências, especialmente para o cérebro, coração e rins (Lépori,
2009, p.4).
Alguns estudos, a prática regular de atividade física reduz em até 30% o risco
de desenvolver hipertensão, principalmente o treinamento aeróbico.
[...] é recomendada uma frequência de exercício diária ou quase diária, com
um mínimo de 30minutos de duração, consecutivos ou acumulados ao longo do dia
(em períodos mínimos de 10 minutos), de exercício do tipo aeróbio, como caminhar
de forma rápida, a uma intensidade moderada de, por exemplo, 40a 60% do volume
de oxigênio de reserva ou da frequência cardíaca de reserva (Cruz et al, 2011, p.5).
Fica evidente que a para manter a pressão arterial dentro dos valores
recomendados ou normais é necessário o um reajuste, entre muitas medidas como:
optar por um estilo de vida mais saudável, escolher se alimentar com alimentos mais
nutritivos com poucas gorduras e pobre em sal, evitar o consumo de álcool e cigarro
e principalmente fazer acompanhamento junto ao médico e ao profissional de
Educação Física.
Outro fator importante é que aumentos nos níveis de insulina podem elevar os
níveis de PA, pela reabsorção de sódio e/ou secreção de catecolaminas. Como o
exercício físico aeróbico estimula a liberação de glucagon, e esse hormônio atua de

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forma antagônica à insulina, esta última tem sua liberação diminuída quando existe
trabalho muscular, principalmente como forma de tornara glicose mais disponível
para a atividade. Além disso, as catecolaminas, cuja concentração é aumentada
durante o exercício, têm a propriedade de baixar os níveis de insulina. Postula-se
que a redução nos níveis de insulina com o exercício físico aeróbico poderia
revertera elevação da PA. (Canalli, Kruel, 2001 apud Cruz et al, 2011, p.3).

Colesterol

O colesterol alto é fator de risco que levar o indivíduo a desenvolver doenças


cardiovasculares como: infarto do miocárdio ou um derrame cerebral.
O colesterol é uma gordura que não se dissolve no sangue. Para ser
transportado até os tecidos e órgãos, precisa se ligar a outras substâncias, formando
partículas maiores, chamadas lipoproteínas. Os tipos de colesterol mais comuns são
o HDL, também chamado de bom colesterol, que tem a função de conduzir o mau
colesterol (LDL) para fora das artérias até o fígado, onde será metabolizado. Ou
seja, quanto mais HDL no organismo, melhor - O perigo está no excesso de LDL no
organismo. Ao se acumular no sangue, a substância forma placas de gordura que
entopem as artérias. Elas reduzem o fluxo sanguíneo para os tecidos, resultando em
problemas cardíacos (Cadavez; Lopes; Marse 2006, p.1).
Quando ocorre de ter excesso de colesterol na corrente sanguínea, acontece
dele deposita-se na parede das artérias, então o fluxo do sangue fica mais lendo ou
bloqueado devido o estreitamento das artérias. Lembrando que se há um deposito
de gordura nas artérias coronárias pode ocorrer infarto do miocárdio e se depositado
nas artérias cerebrais pode provocar o (derrame) acidente vascular cerebral.
O cardiologista ressalta também que o maior perigo da doença é quando seus
sintomas demoram a se manifestar. “Por isso, muitas vezes, o paciente só se dá
conta de que está com o colesterol alto depois de adulto, já tendo passado assim,
toda a infância acumulando gordura nas artérias”, completa (Cadavez; Lopes;
Marse, 2006, p.2).

Atividade física

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A atividade física é parte da natureza humana, com dimensões biológicas e


culturais. E que não só os exercícios feitos em academias ou caminhadas e corridas
devem ser considerados como produtores de gastos calóricos. A este respeito
afirma-se que: A Atividade Física é praticada pelo ser humano desde os seus
primórdios, pois segundo Saba (2001), a atividade física é o movimento corporal
humano que envolve um gasto de energia superior ao gasto da situação de repouso,
logo, deduz-se que qualquer atividade que um indivíduo faça que ultrapasse seu
gasto energético basal (gasto energético em repouso exigido pelas atividades
básicas do corpo), pode ser considerada atividade física (Rodrigues, 2013, p.15).
Durante a execução da atividade física o organismo necessita de energia para
realizar a atividade, que provem dos alimentos e da respiração. Para praticantes de
atividades físicas com regularidade a alimentação é indispensável e fundamental
para a obtenção de bons resultados. Através de uma alimentação equilibrada o
organismo irá reagir para cumprir todas às funções necessárias para garantir uma
qualidade de vida melhor.
Segundo alguns estudos para o bom funcionamento do organismo deve haver
o abastecimento de nutrientes para produção das energias necessária para
possibilitar a execução das atividades, nutrientes estes como: os carboidratos,
lipídeos como combustíveis e as proteínas para construção e manutenção dos
tecidos magros; as vitaminas e os sais minerais que ajudaram o metabolismo
energético na formação de tecidos; e também a água atuante na regulação da
temperatura corporal e auxiliadora na distribuição de combustíveis.
Exercício Físico é uma atividade com repetições sistemáticas de movimentos
orientados, com consequente aumento no consumo de oxigênio devido à solicitação
muscular, gerando, portanto, trabalho. O exercício representa um subgrupo de
Atividade Física planejada com a finalidade de manter o condicionamento. Pode ser
também ser definido como qualquer atividade muscular que gere força e interrompa
a homeostase (Monteiro apud Rodrigues, 2013, p.15).
Os exercícios físicos têm muitos benefícios a oferecer aos indivíduos como: o
aumento da resistência física e força muscular; aumento na eficiência do sistema
imunológico; melhor grau de relaxamento e consequentemente melhor qualidade de
sono; redução da gordura corporal, dos níveis de ansiedade, do estresse, da
pressão arterial em repouso; diminuição do colesterol total e aumento do colesterol -

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HDL (o colesterol bom); ajuda no controle da diabetes; na preservação da massa


óssea, na função dos músculos e também das articulações, previne e ajuda reduzir
os efeitos de doenças do coração, deficiências respiratórias, problemas circulatórios
e osteoporose; diminuição do estresse e da ansiedade, melhora no humor além de
promover a oportunidades de compartilhar momentos com novas pessoas e fazer
novas amizades entre muitos outros benefícios.

REFERÊNCIAS

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