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G U I A P R ÁT I CO D E

Anestesias
Locais
Dra. Adriana Corsetti
& Dra. Taíse Simonetti
Su

rio
01 02
Introdução Tipos de Anestésicos

03 04
Como calcular a dose Como realizar a
anestésica para o meu anestesia local?
paciente?

05 06
10 dicas de como Farmacologia
administrar o anestésico
de forma adequada e
o menos traumática possível

07 08
Intercorrências Considerações finais
>Introdução
Segundo a International Association for the Study of Pain (IASP),
a dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável,
relacionada com lesão tecidual real ou potencial. A importância
da dor tornou-se ainda mais evidente quando a Joint Commission
Accreditation Health Care Organization (JCAHO) a incluiu como o
quinto sinal vital.

A palavra anestesia vem do grego anaisthèsia e significa


ausência de sensações. A anestesia local é necessária na maioria
das intervenções odontológicas, e é caracterizada pela perda da
sensação em uma determinada área sem induzir a perda de
consciência ou bloqueio motor. Ela é realizada através do uso de
soluções anestésicas, cujas moléculas impedem a condução do
estímulo nervoso ao modificarem o potencial da membrana das
células, por meio do bloqueio dos canais de sódio.

Em resumo, ocorre um bloqueio entre a origem do impulso e o


cérebro, fazendo com que o paciente não possa interpretar
aquela intervenção como dor, porém, as sensações como tato e
pressão permanecem parcialmente presentes.

Quer saber um pouco sobre a história da anestesia?


O cirurgião-dentista Horace Wells é considerado o pai da
Anestesiologia, quando em 1845 utilizou o óxido nitroso para
a realização de procedimento cirúrgico. Já a anestesia local foi
realizada pela primeira vez pelo médico oftalmologista Carl
Köller, em 1884, que utilizou o efeito tópico da cocaína na córnea.
01
Tipos de
Anestésicos
Os anestésicos locais podem ser classificados de acordo com a
sua função orgânica em ésteres e amidas (Quadro 1).

Os anestésicos locais mais utilizados em odontologia são do


tipo amida: lidocaína, mepivacaína, articaína, prilocaína e
bupivacaína.

Quadro 1: Anestésicos do grupo Amida e Éster

GRUPO AMIDA
2% sem vasoconstritor
Lidocaína 2% com adrenalina 1:50.000
2% com adrenalina 1:100.000
2% com adrenalina 1:200.000
3% sem vasoconstritor
Mepivacaína 2% com levonordefrina 1:20.000
2% com adrenalina 1:100.000
2% com adrenalina 1:200.000

3% sem vasoconstritor
Prilocaína 3% com felipressina 0,03UI
4% com adrenalina 1:200.000

4% com adrenalina 1:100.000


Articaína
4% com adrenalina 1:200.000

Bupivacaína 0,5% com adrenalina 1:200.000

Ropivacaína, Etidocaína, Dibucaína*


*menos utilizados.
GRUPO ÉSTER
Usado como anestésico tópico

Benzocaína Procaína
Cocaína Cloroprocaína
Tetracaína Propoxicaína

ATENÇÃO - pacientes renais crônicos:


Doenças renais significativas (ASA 4 ou 5) constituem
contraindicação relativa à administração de anestésicos locais.
Isso inclui pacientes que se submetem à diálise e aqueles
portadores de glomerulonefrite ou pielonefrite crônica.

Importante:
O pH do tecido também influencia muito sua ação no bloqueio
do nervo. A acidificação do tecido diminui a eficácia do anestésico
local e resulta em anestesia inadequada quando os anestésicos
locais são infiltrados em áreas com infiltrado inflamatório
ou infectadas. Portanto, a realização de procedimentos
odontológicos em regiões afetadas deve ser postergada em
detrimento do tratamento medicamentoso, quando possível,
para que a anestesia tenha o efeito desejável.
Vasoconstritores
Todos os anestésicos locais injetáveis clinicamente eficazes são
vasodilatadores, trazendo maior aporte sanguíneo à região e
dissolução mais rápida dessas substâncias.

Para inibir esses efeitos, agentes vasoconstritores são


adicionados ao tubete anestésico.

Estes contraem os vasos sanguíneos, reduzindo o fluxo de


sangue e a difusão de sangue pelos tecidos.

Ao reduzir o fluxo sanguíneo, Ao reduzir a perfusão tecidual, temos


temos maior hemostasia local menor dissolução do anestésico local
e menor sangramento tanto para os órgãos que irão degradar
transoperatório. esta substância (como fígado e rim)
quanto para o sistema cardiovascular.
Desta forma, o vasoconstritor mantém o
anestésico local na região de aplicação
por mais tempo (aumentando o
tempo de ação do anestésico) e reduz
o encaminhamento desta substância
para vasos maiores, inibindo efeitos
indesejados ao sistema cardiovascular.
Tabela 1: Principais anestésicos e seus respectivos tempos
de ação.

Solução anestésica Polpa dentária Tecidos moles

Lidocaína 2% 5-10 minutos 40-120 minutos

Lidocaína 2% + epinefrina
1:50.000 ou 1:100.00 60-90 minutos 170-300 minutos

Mepivacaína 3% 20-40 minutos 90-180 minutos

Mepivacaína 2% +
60-90 minutos 130-300 minutos
levonodorferina 1:20.000

Mepivacaína 2% + epinefrina
45-60 minutos 120-400 minutos
1:100.000 ou 1:200.00

Prilocaína 10-60 minutos 90-240 minutos

Prilocaína 4% + epinefrina 30-90 minutos 140-480 minutos


1:200.000

Prilocaína 3% + felipressina 60-90 minutos 180-300 minutos


0,03UI

Articaína 4% + epinefrina 60-75 minutos 170-360 minutos


1:100.000

Articaína 4% + epinefrina 45-60 minutos 120-300 minutos


1:200.000

Bupivacaína 0,5% + 90-180 minutos 340-600 minutos


epinefrina 1:200.000

Fonte: adaptado de Ferreira (2007) e Malamed (2013).


02
Como calcular a
dose anestésica
para o meu
paciente
1ª ETAPA: calcular a dose máxima de anestésico local (mg/kg) para
o paciente com base na tabela abaixo.

Solução anestésica Dose máxima Dose máxima


em mg/kg total (mg)
Lidocaína com vasoconstritor
(epinefrina)
6,6-7,0 500

Lidocaína sem vasoconstritor 4,5 300

Mepivacaína com vasoconstritor


(levonordefrina ou adrenalina) 6,6 400

Mepivacaína sem vasoconstritor 6,6 400

Prilocaína com vasoconstritor


6,0-8,0 400-600
(epinefrina ou felipressina)

Prilocaína sem vasoconstritor 6,0-8,0 400-600

Articaína com vasoconstritor 7,0(5,0¹) 500


(epinefrina)

Articaína sem vasoconstritor 7,0(5,0¹) 500

Bupivacaína com vasoconstritor


1,3-3,0(2,5,¹) 90-225
(epinefrina)

Bupivacaína sem vasoconstritor 3,0(2,5,¹) 175-200

Fonte: adaptado de Ferreira (2007) e Malamed (2013).


2ª ETAPA: observar a tabela de quantidade máxima de tubetes
para o anestésico local.

Solução anestésica Quantidade máxima de tubetes

8 tubetes (sem vasoconstritor)


Lidocaína 2% 13 tubetes (com vasoconstritor)

Mepivacaína 2% 11 tubetes (com vasoconstritor)

Mepivacaína 3% 7 tubetes (sem vasoconstritor)


Prilocaína 3% 7 tubetes (com vasoconstritor)

Articaína 4% 7 tubetes (com vasoconstritor)

Bupivacaína 0,5% 10 tubetes (com vasoconstritor)

Fonte: adaptado de Ferreira (2007) e Malamed (2013).

3ª ETAPA: conferir a tabela de quantidade máxima de tubetes


para o vasoconstritor.

Vasoconstritor Quantidade máxima Quantidade máxima


de tubetes para cardiopatas

Adrenalina 1:50.000 5,5 tubetes 1,1 tubetes

Adrenalina 1:100.000 11,1 tubetes 2,2 tubetes

Adrenalina 1:200.000 22,2 tubetes 4,4 tubetes

Noradrenalina 1:50.000 9,4 tubetes 3,8 tubetes

Noradrenalina 1:100.000 18,8 tubetes 7,7 tubetes

Levonordefrina 1:20.000 11,1 tubetes 2,2 tubetes

Fenilefrina 1:2.500 5,5 tubetes 2,2 tubetes

Felipressina 0,03UI/ml - 5 tubetes

Fonte: adaptado de Ferreira (2007) e Malamed (2013).


EXEMPLO:

Vou anestesiar um paciente ASA 1 de 50kg com lidocaína 2%


associada ao vasoconstritor adrenalina 1:200.000.

1ª ETAPA
Dose máxima da solução anestésica (lidocaína): 7,0mg/kg = 7,0mg
x 50kg = 350mg
Quantidade de mg em 1 tubete: 36mg
350mg/36mg = 9,7 tubetes

2ª ETAPA
Dose máxima de tubetes de solução anestésica (lidocaína):
13 tubetes

3ª ETAPA
Dose máxima de tubetes de vasoconstritor (adrenalina 1:200.000):
22,2 tubetes

O menor valor das 3 etapas é o valor que posso aplicar no


paciente, neste caso: 9,7 tubetes.
03
Como realizar
a anestesia
local ?
Como selecionar o
anestésico local ?
Considerar 6 fatores:
1 – Duração do controle da dor necessária;
2 – Necessidade de controle analgésico pós-operatório;
3 – Possibilidade de automutilação pós-operatória;
4 – Necessidade de hemostasia;
5 – Contraindicação relativa a alguma droga;
6 – Condição clínica do paciente.

Técnicas anestésicas
Há diferenças anatômicas importantes que alteram
as anestesias locais?
As variações anatômicas podem influenciar a anestesia, sim.
Há uma variação extrema de uma pessoa para outra, como
no tamanho e na forma da cabeça ou na espessura dos ossos.
As técnicas anestésicas são baseadas na média das medidas,
em indivíduos ditos normorreativos. Exemplos comuns de
variações anatômicas são observados na altura do forame
mandibular e mentual, na largura do ramo e na espessura
da cortical do osso. As causas mais comuns de insucesso na
anestesia, são as variações anatômicas e a realização da
técnica incorretamente.
E em crianças?

As técnicas de anestesia local em crianças não são muito


diferentes das usadas em adultos. Contudo, os crânios das
crianças, de fato, apresentam algumas diferenças anatômicas
em relação aos dos adultos. Por exemplo, os ossos maxilares e
mandibulares em crianças, geralmente, são menos densos,
o que representa uma vantagem para o dentista.

Na técnica do nervo alveolar inferior, em crianças em que não


houve a erupção do primeiro molar permanente, utiliza-se a
técnica direta: a área da punção se localiza abaixo do plano
oclusal dos molares decíduos. A seringa deve ficar posicionada
entre o canino e o primeiro molar decíduo do lado oposto e
ligeiramente inclinado para baixo, já que nessa criança a
língula da mandíbula se situa no plano oclusal ou ligeiramente
abaixo dele.
Uso do anestésico
tópico:
Antes de iniciarmos a injeção anestésica, é recomendada a
aplicação de um anestésico tópico para alívio da sintomatologia
associada à introdução da agulha anestésica.

• BENZOCAÍNA: pode ser encontrada em aerossol, gel,


geladesivo, pomada ou solução.
• LIDOCAÍNA: pode ser encontrada em aerossol, pomada,
adesivo ou solução.

Como aplicar o anestésico tópico?


Previamente à aplicação, devemos secar a mucosa com o uso de
uma gaze, algodão ou com a seringa tríplice. Após a secagem,
o anestésico tópico de escolha deve ser aplicado somente no local
da penetração da agulha. A aplicação é feita através da colocação
de uma pequena quantidade de anestésico tópico em um pedaço
pequeno de algodão e aplicada diretamente no local da injeção.
Idealmente, o anestésico tópico deve permanecer em contato
com o tecido por 2 minutos para assegurar sua eficácia.
Técnicas regionais
Maxilares:
1) Nervo Alveolar Superior Anterior: para realizar essa técnica,
localiza-se o forame infraorbitário que fica 10mm abaixo da depressão
infraorbitária. Mantem-se o dedo sobre o forame e afasta-se o lábio
superior, expondo o fundo de sulco. A agulha então deve ser introduzida
na altura dos pré-molares, paralelamente ao longo eixo dos dentes com
a carpule tocando levemente o lábio inferior. O bisel deve estar voltado
para o osso e a agulha é introduzida em média 16mm em um adulto.
Recomenda-se agulha longa para adultos e curta para crianças.
Para anestesiarmos este nervo, recomenda-se a injeção de ⅔ do
tubete anestésico.

incisura infraorbitária

forame infraorbitário

Fonte: autores e Malamed (2013).


2) Nervo Alveolar Superior Médio: deve-se afastar a mucosa jugal,
expondo o fundo de sulco, onde introduz-se a agulha entre os
pré-molares superiores, paralelamente ao longo eixo do dente,
com o bisel voltado para o osso. A agulha deve ser introduzida até
a altura dos ápices dos pré-molares, aproximadamente 10mm.
Nessa técnica, também é recomendada a introdução de ⅔ do
tubete anestésico.

DICA: por ser um nervo que a maior parte da população (78%)


não possui, deve ser feita quando o Alveolar Superior Anterior
não produz anestesia pulpar distal ao canino superior ou quando
o procedimento envolve apenas os pré-molares superiores.

Fonte: autores e Malamed (2013).


3) Nervo Alveolar Superior Posterior: com uma agulha longa,
afasta-se a mucosa jugal do lado a ser anestesiado, expondo o
sulco mucogengival na distal do segundo molar, onde será feita
a introdução da agulha. A agulha deve avançar simultaneamente
em 3 direções: para dentro, para trás e para cima (45 graus em
relação ao plano oclusal). A seringa carpule deve ficar apoiada
na comissura labial do mesmo lado e o bisel voltado para o osso.
Nessa técnica, deve-se introduzir 16 mm da agulha em adultos
e ⅔ do tubete anestésico.

Fonte: autores e Malamed (2013).


4) Nervo Nasopalatino: para a região anterior do palato (de
canino a canino) devemos anestesiar o forame incisivo que está
sob a papila incisiva (localizado na linha média posterior aos
incisivos centrais). A seringa carpule deve estar em um ângulo de
45 graus, levemente encostada na comissura labial, e deve ser
introduzida cerca de 6mm, depositando ⅓ do tubete anestésico.
Para facilitar a técnica, pede-se ao paciente para fazer uma maior
abertura bucal e extensão da cervical, olhando para superior.

4) Nervo Palatino Maior: localiza-se na região posterior do palato.


Para o anestesiarmos, a seringa carpule estará em contato com
a comissura bucal do lado oposto. A agulha será introduzida
em média 5 mm em um ponto equidistante da sutura palatina
mediana com a margem gengival livre, palatina do segundo
molar superior. A quantidade de anestésico introduzida será
de ⅓ do tubete.

Fonte: autores e Malamed (2013).


Mandibulares:
1) Nervo Alveolar Inferior: a técnica anestésica desse nervo se inicia
com a palpação da maior concavidade da linha oblíqua. Após,
realizamos um quarto de volta do nosso dedo, indicando o local de
introdução da nossa agulha. Então, repousamos a seringa carpule na
comissura labial do lado oposto (na altura de pré-molares inferiores)
e, em um movimento contralateral, introduzimos nossa agulha na
depressão pterigomandibular em um ponto equidistante dos planos
oclusais superior e inferior. A agulha penetrará 20mm e, assim,
depositaremos ⅔ do tubete anestésico.

Fonte: autores e Malamed (2013).


Técnica Vazirani Akinosi: é feita nos casos em que o paciente
apresenta limitação de abertura de boca, impedindo a realização
da técnica do Alveolar Inferior. É feita com uma agulha de calibre
25 ou 27.

Iremos afastar a mucosa jugal e palpar com o dedo indicador


a incisura coronóide. O corpo da seringa é mantido paralelo
ao plano oclusal maxilar com a agulha ao nível da junção
mucogengival do terceiro (ou do segundo) molar maxilar. Deve-se
orientar o bisel em direção oposta ao ramo mandibular; assim,
à medida que a agulha avança pelos tecidos, sua deflexão se dá
em direção ao ramo da mandíbula e ela permanece bem próxima
ao nervo alveolar inferior. Avance a agulha 25 mm para dentro do
tecido (essa distância é medida a partir da tuberosidade maxilar).

A paralisia dos nervos motores ocorre tão ou mais rapidamente


que a anestesia sensorial. O paciente com trismo começa a
perceber maior capacidade de abrir a mandíbula logo após o
depósito do anestésico.

Fonte: autores e Malamed (2013).


Técnica Gow-Gates: a terceira técnica de injeção que proporciona
anestesia pulpar aos dentes mandibulares é a técnica de Gow-Gates.
Em 1973, George Albert Edwards Gow-Gates (1910- 2001), um dentista
clínico geral na Austrália, descreveu uma nova abordagem à anestesia
mandibular.

É uma verdadeira injeção de bloqueio mandibular, proporcionando


anestesia regional a praticamente todos os ramos sensoriais desse
nervo. O nervo alveolar inferior, o lingual, o milohióideo, o mentual,
o incisivo, o auriculotemporal e o bucal são todos bloqueados pela
injeção de Gow-Gates. Dois benefícios são vistos quando ele é utilizado:
(1) os problemas associados às variações anatômicas na altura do
forame mandibular são eliminados e (2) juntamente com a anestesia do
nervo alveolar inferior, é geralmente obtida a anestesia dos outros ramos
sensoriais do nervo mandibular. Uma frequência de sucesso acima de
95% pode ser obtida com a aderência apropriada ao protocolo (e com
a experiência no uso dessa técnica).

As desvantagens dessa técnica é que o tempo até o início da


anestesia é um pouco mais longo (5 minutos) e que há uma curva
de aprendizado no uso da técnica de Gow-Gates. A experiência
clínica é necessária para se aprender efetivamente a técnica.
Figura: marcos extraorais e intraorais para um bloqueio
mandibular de Gow-Gates. A ponta da agulha é colocada
imediatamente abaixo da cúspide mesiolingual do segundo
molar maxilar (A) e é movida até um ponto imediatamente distal
ao molar (B), mantendo a altura estabelecida na etapa anterior.
Esse é o ponto de inserção para um bloqueio do nervo mandibular
de Gow-Gates.
Canto
A B da boca

Figuras A e B. Área anestesiada por um bloqueio do nervo


mandibular (de Gow-Gates).
Tecido mole e
ossos linguais

Língua

Membrana
mucosa
alveolar

Tecido mole
extraoral
Forame
mentual
2) Nervo Lingual: é feita na sequência do Nervo Alveolar Inferior.
Então, a partir da posição final da técnica do Alveolar Inferior,
devemos recuar a agulha cerca de 1 centímetro e deslocar a seringa
da comissura labial do lado oposto para a linha média mandibular.
Confirmamos se a agulha segue em um ponto equidistante dos dois
planos oclusais e, então, injetamos ⅓ de tubete.

Fonte: autores e Malamed (2013).

3) Nervo Bucal/Bucinador: palparemos a linha oblíqua com o dedo


indicador e apoiaremos a seringa carpule no plano oclusal superior.
Esta será direcionada para introdução junto à linha oblíqua.
Aprofundaremos a agulha cerca de 2mm e faremos a injeção de
⅓ do tubete anestésico.

Fonte: autores e Malamed (2013).


4) Nervo Mentual/Mentoniano: iremos afastar o lábio inferior
e a mucosa jugal, expondo a região de fundo de sulco junto
aos pré-molares inferiores. A introdução da agulha será feita de
superior para inferior entre os dois pré-molares inferiores. Após
introduzirmos cerca de 6mm da agulha, injetaremos ⅔ de
tubete anestésico.

Forame
mentual

Fonte: autores e Malamed (2013).


Técnicas infiltrativas
Submucosa: infiltração no plano mais superior da camada submucosa,
sem atingir tecido ósseo.

Transseptal: infiltramos no centro da papila dentária até atingirmos


o septo interdentário.

X X
Intraligamentar: punção diretamente no espaço periodontal do dente
a ser anestesiado. Essa técnica, por vezes, requer maior pressão durante
a infiltração devido à resistência do ligamento periodontal.

Intrapulpar: punção diretamente na câmara pulpar do dente.


Para realizarmos essa técnica, a câmara pulpar deve estar exposta,
ou seja, durante tratamento endodôntico ou durante odontossecção
para exodontia.
Instrumentação
• Seringa carpule;
• Agulha gengival para seringa carpule (curta ou longa);
• Tubete anestésico.

As agulhas gengivais estão disponíveis em três comprimentos:


extracurtas (15mm), curtas (22mm) e longas (30mm).

As extracurtas são indicadas para anestesia de pacientes pediátricos.

As curtas podem ser usadas em toda e qualquer anestesia em que não


haja necessidade da penetração em uma profundidade significativa.
Ou seja, praticamente todas as técnicas anestésicas.

As longas são utilizadas quando é necessária a penetração de


espessuras significativas de tecidos moles (p. ex.: bloqueios do nervo
alveolar inferior, mandibular de Gow-Gates, mandibular de Akinosi).

DICA: não se recomenda massagear a área após a introdução


do anestésico, ja que não há comprovação de que tenha
funcionalidade. Essa manobra estimula a vasodilatação, o que
nao é desejável para o melhor efeito e duração da anestesia.
04 10 dicas de
como administrar
o anestésico de
forma adequada e
o menos traumática
A administração de anestésicos locais não precisa ser dolorosa
e não deveria ser assim. Confira 10 dicas que poderão lhe auxiliar
na adequada aplicação da anestesia local:

1.
O operador pode sentir aumento na resistência dos
tecidos à introdução da agulha. Por isso, recomenda-se
que as agulhas descartáveis de aço inoxidável sejam
trocadas após cada três ou quatro penetrações teciduais.

2.
Utilize anestésico tópico. Os anestésicos tópicos produzem
anestesia dos 2 ou 3 mm mais externos da membrana mucosa.
Porém, a dor causada pela penetração da agulha na ausência
de anestesia tópica adequada pode ser eliminada em
odontologia pelo uso de agulhas de calibre não superior a 25.

3. Verifique o fluxo da solução anestésica local antes da


aplicação.

4.
Determine se o cartucho anestésico ou a seringa devem
ser aquecidos. Cartuchos armazenados em refrigeradores
ou outras áreas frias devem estar em temperatura ambiente
antes do uso.
5.
Estabeleça um apoio firme para a mão. É essencial manter
controle completo o tempo todo. Fazer isso exige uma mão
firme, de modo que a penetração dos tecidos possa ser
efetuada facilmente com precisão e sem cortes inadvertidos
nos tecidos.

6. Mantenha a seringa fora da linha de visão do paciente.


Observe o paciente e se comunique com ele.

7. Faça a agulha avançar lentamente até o alvo e injete a


solução anestésica no percurso.

8.
Deposite lentamente a solução anestésica local. A injeção
rápida acarreta desconforto imediato (por alguns segundos),
seguido por irritabilidade prolongada (dias) quando a
dormência proporcionada pelo anestésico local se dissipa.

9. Retire lentamente a seringa, e sempre observe e


comunique-se com o paciente.

10. Registre a substância e quantidade anestésica utilizada


na ficha do paciente.
05
Farmacologia
Pacientes com
comprometimento
sistêmico
• Hipertensos: deve-se aferir a pressão antes de iniciar o
procedimento e 5 minutos após a anestesia, não podendo
exceder 160/100. Para pacientes hipertensos, a dose de
vasoconstritor por consulta deve ser controlada (4,4 tubetes
de adrenalina 1:200.000, 2,2 tubetes de adrenalina 1:100.000
ou 1 tubete de adrenalina 1:50.000).

• Angina pectoris: esses pacientes podem sentir dor no peito em


exercícios leves ou intensos. No caso de dor ao realizar exercícios
leves ou se o paciente relatar que a angina está instável, devemos
adiar a cirurgia eletiva. Para pacientes controlados, devemos
limitar a dose de vasoconstritor (como descrito acima) e ter
disponível comprimidos de dinitrato de isossorbida ou spray
de nitroglicerina.

• Infarto e AVC há menos de 6 meses: cirurgias eletivas devem


ser adiadas. Após os 6 meses, utilizar dose controlada de
vasoconstritor.

• Diabetes: realizar apenas se a diabetes estiver controlada.


Se controlada, agendar a consulta para o período da manhã e
evitar consultas longas. Além disso, devemos orientar o paciente
a tomar seu café da manhã e suas medicações.
• Hipertireoidismo: pacientes com evidência clínica de
hipertireoidismo ou com hipertireoidismo não tratado
possuem contraindicação no uso de adrenalina.

• Asma: o principal aliado durante o atendimento do paciente


asmático é o controle da ansiedade. Devemos conversar
continuamente com o paciente e realizar um atendimento
humanizado para que a ansiedade não seja o ponto gatilho para
o início de uma crise asmática. Além disso, a bomba de inalação
pessoal deve sempre estar presente e o uso de AINES deve
ser evitado.

• Gestantes: a primeira opção é sempre adiar qualquer


procedimento para depois do parto, mas se for necessário, dar
preferência ao segundo trimestre de gravidez.
As dicas são: evitar a posição supina, interromper o atendimento
corriqueiramente para que a gestante possa ir ao banheiro
(a pressão fetal na bexiga é bastante comum), evitar o uso dos
anestésicos prilocaína e articaína (pois poderão estimular o
desenvolvimento de metahemoglobinemia) e evitar o uso dos
vasoconstritores noradrenalina e felipressina (a primeira poderá
causar diminuição da irrigação placentária e a segunda poderá
aumentar ocitócicas/ aumento das contrações uterinas). Por isso,
indica-se a anestesia local com lidocaína associada à adrenalina.

• Pacientes com necessidades especiais: esses pacientes


possuem particularidades de cada doença e condição no qual
estão associados.
A dica é: sempre contate o médico de referência antes de realizar
algum procedimento que envolva anestesia local, ele irá orientar
corretamente o uso de fármacos para o paciente.
• Pediátricos: a principal dica para o atendimento desses
pacientes é o controle da dose anestésica. Para isso, temos uma
tabela abaixo que relaciona o anestésico com o peso do paciente.

10kg 15kg 20kg 25kg 30kg 35kg 40kg


Lidocaína 2%
sem vasoconstritor 1,25 1,87 2,5 3,12 3,75 4,37 5

Lidocaína 2% +
adrenalina 1:50.000 1,94 2,91 3,88 4,86 5,5* 5,5* 5,5*

Lidocaína 2% +
1,94 2,91 3,88 4,86 5,83 6,8 7,7
adrenalina 1:100.000

Lidocaína 2% +
1,94 2,91 3,88 4,86 5,83 6,8 7,7
adrenalina 1:200.000

Mepivacaína 3%
1,22 1,83 2,44 3,05 3,66 4,27 4,88
sem vasoconstritor

Mepivacaína 2% +
adrenalina 1:100.000 1,83 2,75 3,66 4,58 5,5* 5,5* 5,5*

Mepivacaína 2% +
1,83 2,75 3,66 4,58 5,5 6,41 7,33
adrenalina 1:200.000

Prilocaína 3% +
felipressina 0,03UI/ml 1,11 1,66 2,22 2,77 3,33 3,88 4,44

Articaína 4% sem
0,69 1,04 1,38 1,73 2,08 2,43 2,77
vasoconstritor

Articaína 4% +
epinefrina 1:100.000 0,69 1,04 1,38 1,73 2,08 2,43 2,77

Articaína 4% + 0,69 1,04 1,38 1,73 2,08 2,43 2,77


epinefrina 1:200.000

Bupivacaína 0,5% +
2,77 4,16 5,55 6,94 8,33 9,72 11,1
epinefrina 1:200.000

*Valor limitado pela dose máxima de tubetes vasoconstritor.


Fonte: adaptado de Ferreira (2007) e Malamed (2013).
SISTEMA NERVOSO CENTRAL:
podem causar depressão desse sistema. Na presença de
superdosagem, a primeira manifestação clínica é a convulsão
e, por isso, o controle da dose é tão importante.

MIOCÁRDIO E
VASODILATAÇÃO PERIFÉRICA:
diminuem a excitabilidade
elétrica do miocárdio, a
velocidade de condução e a
força de contração, além de
produzirem vasodilatação
periférica pelo relaxamento da
musculatura lisa das paredes
dos vasos sanguíneos.

SISTEMA RESPIRATÓRIO: exercem um efeito duplo sobre


a respiração. Em níveis normais, eles têm ação relaxante
direta sobre o músculo liso brônquico, enquanto em níveis
de superdosagem podem produzir parada respiratória.

Fonte: elaborado pelos autores


06Interações
frente ao uso
concomitante de
anestésicos locais
e outros fármacos
• O uso de anestésicos locais em pacientes que fazem uso
de antiarritmicos (como tocainida e mexiletina), pode acarretar
em depressão aditiva do Sistema Nervoso Central (SNC)
e Sistema Cardiovascular (SCV).

• Em pacientes que fazem uso de barbitúricos (Fenobarbital -


Gardenal), pode ocorrer depressão aditiva do SNC, depressão
respiratória e aumento da velocidade de metabolismo do
anestésico local.

• O uso de benzodizepínicos (Midazolan, Diazepam, Alprazolam,


Lorazepam e Oxazepan) diminui a neurotoxicidade do anestésico,
mas aumenta o efeito cardiodepressor. Pode ocorrer uma possível
depressão aditiva do SNC e depressão respiratória.

• O uso de anestésicos locais diminuem a ação dos bloqueadores


neuromusculares (Succilinicolina).

• O uso concomitante de anestésicos locais e de depressores


do SNC (álcool, antidepressivos, antihistamínicos, antipsicóticos,
anti-hipertensivos de ação central, relaxantes musculares, outros
anestésicos locais, substâncias ansiolíticas, fenotiazinas, etc) podem
provocar possível depressão aditiva do SNC e depressão respiratória.
E quando meu paciente
utiliza outros fármacos?
O que faço?
Quando há a indicação de se utilizar dose de vasoconstritor
com cautela, a recomendação é que a dose máxima seja de
aproximadamente 4 tubetes com solução de epinefrina
1:200.000 ou 2,2 tubetes de epinefrina 1:100.000.

• Antagonistas ꞵ-adrenérgicos não seletivos (ex: propanolol):


realizar dose mínima inicial de epinefrina (1 tubete contendo
solução 1:200.000) e, então, devem ser monitorados para
verificação de efeitos sistêmicos por 5 minutos (PA, frequência
e ritmo cardíaco). Após, dose adicional cuidadosa pode ser
injetada.

• Antidepressivos triciclos (ex: amitriptilina, amoxapina,


imipramina, nortriptilina e cloripramina): a administração de
noradrenalina e levonordefrina é contraindicada. Recomenda-se
a utilização de epinefrina e que a dose máxima seja de 5,5 tubetes
de solução 1:200.000 ou 3 tubetes de solução 1:100.000.

• Antipsicóticos ou bloqueadores ꞵ-adrenoceptores


(ex: haloperidol, tioridazina, fenoxibenzamin e prazosina): os
vasoconstritores devem ser utilizados com cautela, já que podem
produzir hipotensão significativa.

• Bloqueadores neuronais adrenérgico (ex: prometazina,


fenergam): o efeito colateral envolve o sistema cardiovascular
e a hipotensão postural. Os vasoconstritores devem ser usados
em doses reduzidas.
• Compostos fenotiazínicos (ex: clorpromazina, fluefenazina e
levomepromazina): podem causar hipotensão se ocorrer injeções
intravasculares; portanto, devemos ter bastante atenção ao
realizar a infiltração anestésica.

• Estimulantes do SNC (ex: anfetamina e metilfenidato):


deve-se utilizar vasoconstritor com cautela para que não
haja sobrestimulação do SNC.

• Glicosídeos digitálicos (ex: digoxina e digitoxina): aumentam o


risco de arritmias cardíacas. Consultar com médico do paciente.

• Sinais e sintomas de hipertireoidismo: vasoconstritores devem


ser usados com precaução. Doses altas podem acarretar um risco
de toxicidade cardíaca em pacientes que fazem uso de hormônio
tireoidiano (Tiroxina).

• Inibidores da monoamina oxidase - (IMAOs): (ex: fluoxetina,


clorgilina, isocarboxazida, moclobemida, pargilina, fenelzina,
selegilina, tranilcipromina, brofaromina, iproniazida, isoniazida):
podem potencializar as ações dos vasoconstritores. Quando
associados ao vasoconstritor fenilefrina, pode causar crise
hipertensiva, não sendo indicada essa associação.

ATENÇÃO: sempre que possível, não devemos administrar


vasoconstritores em pacientes que usaram cocaína no dia de
sua consulta. Níveis sanguíneos de cocaína alcançam seu pico
em 30 minutos e, usualmente, retornam ao normal em 2 horas.
No entanto, por via intranasal, o efeito pode durar por 4 a 6 horas.
Os procedimentos odontológicos eletivos devem ser adiados
por pelo menos 24 horas após a última exposição à droga.
O uso de fio de retração gengival impregnado com adrenalina
está absolutamente contraindicado nestes pacientes.
07
Intercorrências
Queimação à injeção
Uma sensação de queimação que ocorre durante a injeção de um
anestésico local não é incomum. Embora usualmente transitória,
a sensação de queimação à injeção de um anestésico local indica
que está ocorrendo irritação tecidual.

Como prevenir: diminuir a velocidade da injeção ajuda.


Não exceder a velocidade recomendada de 1,8 mL/min.

Trismo
Limitação da abertura bucal, reversível, relativamente comum e
que ocorre, geralmente, na realização da técnica anestésica do
nervo alveolar inferior ou alveolar superior posterior. A etiologia
pode estar associada ao trauma direto da agulha nas fibras
musculares, injeção rápida, volume excessivo de anestésico,
ou ainda de origem infecciosa.

Como prevenir: adequada antissepsia da região a ser


puncionada e correta execução da técnica anestésica, com menor
trauma possível e evitando múltiplas punções. O tratamento é
feito através de medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios
e relaxantes musculares, alem de fisioterapia com aplicação de
calor úmido e exercícios de abertura, fechamento e lateralidade
da mandíbula.
Fratura de agulha anestésica
Pode ocorrer por encurvamento intencional da agulha pelo
cirurgião-dentista antes da injeção, contato vigoroso com o
osso ou movimentos bruscos e inesperados do paciente.

Caso ocorra, o que fazer? O profissional deve orientar o paciente


a não realizar movimentos. Se o fragmento da agulha estiver visível,
deve-se buscar removê-lo com uma pinça mosquito. Caso o fragmento
esteja imerso nos tecidos, um serviço de referência hospitalar deverá
ser procurado para avaliação da condição.

Taquifilaxia
Por vezes, o profissional tem que readministrar anestésico, pois
o procedimento odontológico ultrapassou o tempo de eficácia
e o paciente sente dor. A Taquifilaxia é quando há o aumento
da tolerância a uma droga que é administrada repetidamente,
não ocorrendo o controle eficaz da dor após reinfiltrações.
Hematoma
Coleção de sangue nos espaços extracelulares que pode ser
causada pelo trauma direto da agulha ou de algum instrumental
em um vaso sanguíneo durante o transcirúrgico, mas tem
regressão espontânea entre 7 e 14 dias. O hematoma ocorre
com maior frequência em pacientes em uso de antiagregante
plaquetário ou anticoagulante e portadores do coagulopatias.

Caso ocorra, o que fazer? Monitoramento de possíveis infecções


(os hematomas aumentam a incidência de infecção da ferida
cirúrgica). Possibilidade de aplicação de calor úmido após 72h da
cirurgia (para acelerar a reabsorção do hematoma).

Parestesia
Perda de sensibilidade de uma região que pode ser causada por
trauma da agulha durante a sua inserção/remoção dos tecidos,
hemorragias no interior ou ao redor da bainha neural e injeção
ou infiltração de soluções anestésicas alteradas contendo álcool
ou outras substâncias usadas para a assepsia dos tubetes.
Recomenda-se também evitar o uso do anestésico articaína para
bloqueio do nervo alveolar inferior.

Caso ocorra, o que fazer? A resolução espontânea da parestesia


é esperada e ocorre em um período aproximado de 8 semanas.
Entretanto, o efeito poderá durar até 24 meses. O tratamento
envolve fisioterapia, laserterapia de baixa intensidade e prescrição
de complexo B - vitamina B1 (ação antineurítica/inflamação de
nervos) e B12 (antinevrálgica/combate à dor neural) – além dessas
ações, a vitamina B também participa da formação da bainha de
mielina que reveste as fibras nervosas.
08
Considerações
Finais
A anestesia local é um procedimento que faz parte da rotina do
cirurgião-dentista. Executá-la com cuidado e conhecimento é
muito importante. Os anestésicos locais podem e devem ser
administrados de maneira não dolorosa ou atraumática.

Para tanto, o cirurgião-dentista deve conhecer a farmacologia e


administração dos anestésicos, a neuroanatomia e conhecer
seu paciente, no que concerne, seu medo e ansiedade. Apesar
de ser um procedimento seguro, os anestésicos locais não são
drogas absolutamente inócuas. O profissional deve procurar
descobrir o maior número possível de informações sobre o estado
físico e mental do paciente antes da administração de
um anestésico local.

E por fim, com relação as técnicas anestésicas, é imprescindível


que o profissional tenha treinamento e domínio sobre elas e saiba
diferentes possibilidades para obter o efeito desejado através da
associação de técnicas distintas, quando necessário.
PROFA. ADRIANA CORSETTI
• Mestre e Doutora em Odontologia
CTBMF UFRGS;
• Professora Adjunta, Fac. Odontologia
(UFRGS/HCPA);
• Professora Preceptora do Curso de
Residência em Saúde Bucal UFRGS;
• Especialista em Prótese Bucomaxilofacial
(ABENO), SP;
• Habilitação em Odontologia Hospitalar,
Conselho Federal de Odontologia (CFO).

TAÍSE SIMONETTI
• Cirurgiã-dentista formada pela UFRGS;
• Residência em Cirurgia e Traumatologia
Bucomaxilofacial pela UFRGS/HCPA.
Referências
MALAMED, S.F. Técnicas de Anestesia Maxilar. In: ___. (org.).
Manual de anestesia local. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
Cap 13, p. 188-224.

MALAMED, S.F. Técnicas de Anestesia Mandibular. In: ___. (org.).


Manual de anestesia local. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
Cap 14, p. 225-252.

MALAMED, S.F. Complicações locais. In: ___. (org.). Manual de


anestesia local. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. Cap 17, p.
292-310.

PURICELLI, E. Técnicas anestésicas em odontologia. In: ___. (org.).


Técnica anestésica, exodontia e cirurgia dentoalveolar.
Porto Alegre: Artes médicas, 2014. Cap 3, p.29-42.
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