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Anestesias
Locais
Dra. Adriana Corsetti
& Dra. Taíse Simonetti
Su
má
rio
01 02
Introdução Tipos de Anestésicos
03 04
Como calcular a dose Como realizar a
anestésica para o meu anestesia local?
paciente?
05 06
10 dicas de como Farmacologia
administrar o anestésico
de forma adequada e
o menos traumática possível
07 08
Intercorrências Considerações finais
>Introdução
Segundo a International Association for the Study of Pain (IASP),
a dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável,
relacionada com lesão tecidual real ou potencial. A importância
da dor tornou-se ainda mais evidente quando a Joint Commission
Accreditation Health Care Organization (JCAHO) a incluiu como o
quinto sinal vital.
GRUPO AMIDA
2% sem vasoconstritor
Lidocaína 2% com adrenalina 1:50.000
2% com adrenalina 1:100.000
2% com adrenalina 1:200.000
3% sem vasoconstritor
Mepivacaína 2% com levonordefrina 1:20.000
2% com adrenalina 1:100.000
2% com adrenalina 1:200.000
3% sem vasoconstritor
Prilocaína 3% com felipressina 0,03UI
4% com adrenalina 1:200.000
Benzocaína Procaína
Cocaína Cloroprocaína
Tetracaína Propoxicaína
Importante:
O pH do tecido também influencia muito sua ação no bloqueio
do nervo. A acidificação do tecido diminui a eficácia do anestésico
local e resulta em anestesia inadequada quando os anestésicos
locais são infiltrados em áreas com infiltrado inflamatório
ou infectadas. Portanto, a realização de procedimentos
odontológicos em regiões afetadas deve ser postergada em
detrimento do tratamento medicamentoso, quando possível,
para que a anestesia tenha o efeito desejável.
Vasoconstritores
Todos os anestésicos locais injetáveis clinicamente eficazes são
vasodilatadores, trazendo maior aporte sanguíneo à região e
dissolução mais rápida dessas substâncias.
Lidocaína 2% + epinefrina
1:50.000 ou 1:100.00 60-90 minutos 170-300 minutos
Mepivacaína 2% +
60-90 minutos 130-300 minutos
levonodorferina 1:20.000
Mepivacaína 2% + epinefrina
45-60 minutos 120-400 minutos
1:100.000 ou 1:200.00
1ª ETAPA
Dose máxima da solução anestésica (lidocaína): 7,0mg/kg = 7,0mg
x 50kg = 350mg
Quantidade de mg em 1 tubete: 36mg
350mg/36mg = 9,7 tubetes
2ª ETAPA
Dose máxima de tubetes de solução anestésica (lidocaína):
13 tubetes
3ª ETAPA
Dose máxima de tubetes de vasoconstritor (adrenalina 1:200.000):
22,2 tubetes
Técnicas anestésicas
Há diferenças anatômicas importantes que alteram
as anestesias locais?
As variações anatômicas podem influenciar a anestesia, sim.
Há uma variação extrema de uma pessoa para outra, como
no tamanho e na forma da cabeça ou na espessura dos ossos.
As técnicas anestésicas são baseadas na média das medidas,
em indivíduos ditos normorreativos. Exemplos comuns de
variações anatômicas são observados na altura do forame
mandibular e mentual, na largura do ramo e na espessura
da cortical do osso. As causas mais comuns de insucesso na
anestesia, são as variações anatômicas e a realização da
técnica incorretamente.
E em crianças?
incisura infraorbitária
forame infraorbitário
Língua
Membrana
mucosa
alveolar
Tecido mole
extraoral
Forame
mentual
2) Nervo Lingual: é feita na sequência do Nervo Alveolar Inferior.
Então, a partir da posição final da técnica do Alveolar Inferior,
devemos recuar a agulha cerca de 1 centímetro e deslocar a seringa
da comissura labial do lado oposto para a linha média mandibular.
Confirmamos se a agulha segue em um ponto equidistante dos dois
planos oclusais e, então, injetamos ⅓ de tubete.
Forame
mentual
X X
Intraligamentar: punção diretamente no espaço periodontal do dente
a ser anestesiado. Essa técnica, por vezes, requer maior pressão durante
a infiltração devido à resistência do ligamento periodontal.
1.
O operador pode sentir aumento na resistência dos
tecidos à introdução da agulha. Por isso, recomenda-se
que as agulhas descartáveis de aço inoxidável sejam
trocadas após cada três ou quatro penetrações teciduais.
2.
Utilize anestésico tópico. Os anestésicos tópicos produzem
anestesia dos 2 ou 3 mm mais externos da membrana mucosa.
Porém, a dor causada pela penetração da agulha na ausência
de anestesia tópica adequada pode ser eliminada em
odontologia pelo uso de agulhas de calibre não superior a 25.
4.
Determine se o cartucho anestésico ou a seringa devem
ser aquecidos. Cartuchos armazenados em refrigeradores
ou outras áreas frias devem estar em temperatura ambiente
antes do uso.
5.
Estabeleça um apoio firme para a mão. É essencial manter
controle completo o tempo todo. Fazer isso exige uma mão
firme, de modo que a penetração dos tecidos possa ser
efetuada facilmente com precisão e sem cortes inadvertidos
nos tecidos.
8.
Deposite lentamente a solução anestésica local. A injeção
rápida acarreta desconforto imediato (por alguns segundos),
seguido por irritabilidade prolongada (dias) quando a
dormência proporcionada pelo anestésico local se dissipa.
Lidocaína 2% +
adrenalina 1:50.000 1,94 2,91 3,88 4,86 5,5* 5,5* 5,5*
Lidocaína 2% +
1,94 2,91 3,88 4,86 5,83 6,8 7,7
adrenalina 1:100.000
Lidocaína 2% +
1,94 2,91 3,88 4,86 5,83 6,8 7,7
adrenalina 1:200.000
Mepivacaína 3%
1,22 1,83 2,44 3,05 3,66 4,27 4,88
sem vasoconstritor
Mepivacaína 2% +
adrenalina 1:100.000 1,83 2,75 3,66 4,58 5,5* 5,5* 5,5*
Mepivacaína 2% +
1,83 2,75 3,66 4,58 5,5 6,41 7,33
adrenalina 1:200.000
Prilocaína 3% +
felipressina 0,03UI/ml 1,11 1,66 2,22 2,77 3,33 3,88 4,44
Articaína 4% sem
0,69 1,04 1,38 1,73 2,08 2,43 2,77
vasoconstritor
Articaína 4% +
epinefrina 1:100.000 0,69 1,04 1,38 1,73 2,08 2,43 2,77
Bupivacaína 0,5% +
2,77 4,16 5,55 6,94 8,33 9,72 11,1
epinefrina 1:200.000
MIOCÁRDIO E
VASODILATAÇÃO PERIFÉRICA:
diminuem a excitabilidade
elétrica do miocárdio, a
velocidade de condução e a
força de contração, além de
produzirem vasodilatação
periférica pelo relaxamento da
musculatura lisa das paredes
dos vasos sanguíneos.
Trismo
Limitação da abertura bucal, reversível, relativamente comum e
que ocorre, geralmente, na realização da técnica anestésica do
nervo alveolar inferior ou alveolar superior posterior. A etiologia
pode estar associada ao trauma direto da agulha nas fibras
musculares, injeção rápida, volume excessivo de anestésico,
ou ainda de origem infecciosa.
Taquifilaxia
Por vezes, o profissional tem que readministrar anestésico, pois
o procedimento odontológico ultrapassou o tempo de eficácia
e o paciente sente dor. A Taquifilaxia é quando há o aumento
da tolerância a uma droga que é administrada repetidamente,
não ocorrendo o controle eficaz da dor após reinfiltrações.
Hematoma
Coleção de sangue nos espaços extracelulares que pode ser
causada pelo trauma direto da agulha ou de algum instrumental
em um vaso sanguíneo durante o transcirúrgico, mas tem
regressão espontânea entre 7 e 14 dias. O hematoma ocorre
com maior frequência em pacientes em uso de antiagregante
plaquetário ou anticoagulante e portadores do coagulopatias.
Parestesia
Perda de sensibilidade de uma região que pode ser causada por
trauma da agulha durante a sua inserção/remoção dos tecidos,
hemorragias no interior ou ao redor da bainha neural e injeção
ou infiltração de soluções anestésicas alteradas contendo álcool
ou outras substâncias usadas para a assepsia dos tubetes.
Recomenda-se também evitar o uso do anestésico articaína para
bloqueio do nervo alveolar inferior.
TAÍSE SIMONETTI
• Cirurgiã-dentista formada pela UFRGS;
• Residência em Cirurgia e Traumatologia
Bucomaxilofacial pela UFRGS/HCPA.
Referências
MALAMED, S.F. Técnicas de Anestesia Maxilar. In: ___. (org.).
Manual de anestesia local. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
Cap 13, p. 188-224.