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Unidade I

FARMACOLOGIA APLICADA À ENFERMAGEM

Prof. Juliano Guerreiro


Anti-inflamatórios, analgésicos e antipiréticos

 Processo inflamatório.

Fonte: livro-texto
Anti-inflamatórios, analgésicos e antipiréticos

Processo inflamatório

 Inflamação aguda.

 Inflamação crônica.
Anti-inflamatórios

Não esteroides
 Ácido acetilsalicílico.
 Derivados do ácido propiônico: ibuprofeno, naproxeno,
fenoprofeno e cetoprofeno.
 Derivados do ácido acético: indometacina, sulindaco
e etodolaco.
 Derivados do oxicam: piroxicam e meloxicam.
 Fenamatos: ácido mefenâmico e meclofenamato.
 Derivados do ácido heteroarila acético: diclofenaco e
cetorolaco.
 Inibidores seletivos da COX-2: nimesulida, celecoxibe
e etoricoxibe.
 Paracetamol.
Anti-inflamatórios

Esteroidais

Potencial como Ação


Nome Meia vida (h)
AIEs mineralocorticoide

Hidrocortisona 1 1 8

Cortisona 0,8 0,8 8

Prednisona 4 0,8 16-36

Dexametasona 80 0 36-54

Betametasona 30 0 36-54

Fluticortisona 15 200 -
Interatividade

Após jogar golfe, um homem de 64 anos sente dor


musculoesquelética de leve a moderada nas costas.
Ele tomou paracetamol, mas não melhorou. Sua anamnese
revela diabetes, hipertensão, hiperlipidemia, úlcera gástrica
(resolvida) e doença coronariana. Qual dos seguintes regimes
de AINEs é o mais apropriado para tratar a dor desse paciente?

a) Celecoxibe.
b) Indometacina e omeprazol.
c) Naproxeno e omeprazol.
d) Naproxeno.
e) Diclofenaco.
Fármacos que atuam no trato respiratório

 As principais doenças que afetam o trato respiratório são


a asma, a rinite alérgica e a doença pulmonar crônica
obstrutiva (DPOC).
 A asma é uma doença crônica caracterizada por vias
aéreas hiper-responsivas.
 A DPOC inclui enfisema e bronquite crônica.
 A rinite alérgica, caracterizada por olhos lacrimejantes,
prurido, rinorreia e tosse não produtiva, é uma condição
extremamente comum que diminui a qualidade de vida
segundo os pacientes. A tosse é uma defesa respiratória
importante contra os agentes irritantes e é citada como
a principal razão pela qual os pacientes procuram
cuidados médicos.
Antiasmáticos

 Modificadores de leucotrieno: montelucaste e zafirlucaste.

 Cromolina: é um anti-inflamatório profilático que inibe a


desgranulação e a liberação de histaminas dos mastócitos.

 Antagonistas colinérgicos: ipratrópio e tiotrópio.

 Teofilina.

 Omalizumabe: esse fármaco é um anticorpo monoclonal que


se liga seletivamente à imunoglobulina E (IgE).
Antiasmáticos

Beta-2 agonistas adrenérgicos:

 Alívio rápido (salbutamol e levossalbutamol).

 Controle por longo prazo (salmeterol e formoterol).

 Corticosteroides (CSIs): prednisolona, metilprednisolona,


prednisona, beclometasona, budesonida e mometasona.
Antialérgicos

 Anti-histamínicos (fexofenadina, loratadina, desloratadina,


cetirizina e azelastina).

 Corticosteroides intranasais (beclometasona, budesonida,


fluticasona, ciclesonida, mometasona e triancinolona).

 Agonista alfa adrenérgicos: são também chamados de


descongestionantes nasais e incluem a fenilefrina
e a oximetazolina.
Antitussígenos

 Opioides (codeína e dextrometorfano): diminuem a


sensibilidade do centro da tosse no sistema nervoso central
aos estímulos periféricos e diminuem a secreção da mucosa.
A codeína tem poder de causar dependência, já o
dextrometorfano apresenta menor risco de dependência.

 Benzonatato: suprime o reflexo da tosse por ação periférica.


Age anestesiando os receptores de estiramento localizados
nas passagens respiratórias, nos pulmões e na pleura.
Fármacos usados no tratamento da DPOC

 Broncodilatadores.

 Corticosteroides.

 Oxigenoterapia.
Interatividade

Qual dos seguintes fármacos antagonistas de receptor


de histamina entra facilmente no SNC e é conhecido
por ser sedativo?

a) Hidroxizina.
b) Cetirizina.
c) Desloratadina.
d) Loratadina.
e) Fexofenadina.
Fármacos que atuam no SNC

Fonte: livro-texto
Fármacos que atuam no SNC

Fonte: livro-texto
Antiepilépticos

Epilepsia

 É um grupo de distúrbios neurológicos caracterizado por


convulsões epiléticas. As crises epiléticas são episódios
que podem variar de períodos breves e quase indetectáveis
​a longos períodos de agitação vigorosa. Esses episódios
podem resultar em lesões físicas, incluindo ossos quebrados
ocasionalmente. Na epilepsia, as convulsões tendem a se
repetir e, como regra geral, não têm causa subjacente
imediata. As convulsões isoladas, que são provocadas
por uma causa específica, tais como envenenamento,
não são consideradas como epilepsia.
Antiepilépticos

 Ácido valproico: bloqueio de canais de sódio, bloqueio da


transaminase do GABA e ações nos canais de cálcio.
 Clonazepam, clobazam e diazepam: também conhecidos
como benzodiazepínicos: são potencializadores alostéricos
do GABA.
 Carbamazepina: bloqueia os canais de sódio, inibindo, assim,
a geração de potenciais de ação repetitivos no foco epilético
e evitando seu alastramento.
 Fenitoína: bloqueia os canais de sódio voltagem-dependentes,
ligando-se seletivamente ao canal no estado inativo e
tornando lenta a sua recuperação.
 Tiagabina: bloqueia a captação de GABA pelos neurônios
pré-sinápticos.
Antiepilépticos

 Fenobarbital: causa potencialização dos efeitos inibitórios dos


neurônios mediados por GABA.
 Gabapentina: o mecanismo é desconhecido.
 Lamotrigina: atua bloqueando os canais de cálcio, bem
como os canais de cálcio voltagem-dependentes.
 Oxcarbazepina: é um pró-fármaco que bloqueia os
canais de sódio.
 Topiramato: bloqueia os canais de sódio voltagem
dependentes, diminui as correntes de cálcio de alta
voltagem (tipo L), inibe a anidrase carbônica e pode atuar
em receptores de glutamato do tipo NMDA.
Ansiolíticos e hipnóticos

Ansiedade

 Os transtornos de ansiedade são um grupo de transtornos


mentais caracterizados por sentimentos significativos de
ansiedade e medo. A ansiedade é uma preocupação com os
eventos futuros e o medo é uma reação aos eventos atuais.
Esses sentimentos podem causar sintomas físicos, como um
aumento na frequência cardíaca e tremores rápidos. Há uma
série de transtornos de ansiedade: incluindo transtorno de
ansiedade generalizada, fobia específica, transtorno de
ansiedade social, distúrbios de ansiedade por separação,
agorafobia, transtorno de pânico e mutismo seletivo.
A desordem difere pelos sintomas que surgem no paciente.
Muitas vezes, as pessoas têm mais de um transtorno
de ansiedade.
Ansiolíticos e hipnóticos

 Benzodiazepínicos: os principais benzodiazepínicos são


alprazolam, clonazepam, diazepam, flurazepam, midazolam,
lorazepam, oxazepam, temazepam e triazolam.

 Antagonistas de receptor benzodiazepínicos: flumazenil.

 Barbitúricos: fenobarbital, tiopental e pentobarbital.

 Zolpidem.

 Anti-histamínicos: difenidramina, hidroxizina e doxilamina.

 Antidepressivos: trazodona e mirtazapina.


Interatividade

Qual dos seguintes é um fármaco de primeira escolha contra as


crises epiléticas do tipo tônico-clônicas generalizadas em
mulheres na idade fértil?

a) Topiramato.
b) Vigabatrina.
c) Levetiracetam.
d) Lamotrigina.
e) Fenitoína.
Antidepressivos

Depressão

 O transtorno do humor, também chamado de transtorno


afetivo, é um conjunto de transtornos que inclui mania ou
hipomania; humor deprimido, dos quais o mais conhecido e
mais pesquisado é o transtorno depressivo maior (comumente
denominado depressão clínica, depressão unipolar ou
depressão maior), e estados de humor que circulam entre
mania e depressão, conhecido como transtorno bipolar.
Antidepressivos

 Inibidores seletivos da captação da serotonina: são exemplos


dessa classe terapêutica citalopram, escitalopram, fluoxetina,
fluvosamina, paroxetina e sertralina.

 Inibidores da captação de serotonina e noradrenalina:


são exemplos dessa classe os fármacos venlafaxina,
desvenlafaxina e duloxetina.

 Antidepressivos atípicos: são fármacos que têm ações em


vários locais diferentes e os principais exemplos são a
bupropiona, a mirtazapina, a nefazodona e a trazodona.
Antidepressivos

 Antidepressivos tríclicos (ADTs): são fármacos dessa


categoria imipramina, amitriptilina, clomipramina,
doxepina e nortriptilina.

 Inibidores da monoaminoxidase (iMAO): são exemplos desses


fármacos fenelzina, tranilcipromina e selegilina.
Antipsicóticos

 A psicose é uma condição anormal da mente que envolve


uma perda de contato com a realidade. Pessoas com psicose
podem apresentar alterações de personalidade e transtornos
do pensamento. Dependendo da sua gravidade, isso pode ser
acompanhado por um comportamento incomum ou estranho,
bem como dificuldade de interação social e comprometimento
na realização de atividades da vida diária. Essa característica
é encontrada em pacientes que apresentam esquizofrenia.
Antipsicóticos

 Primeira geração: os antipsicóticos de primeira geração


(também denominados antipsicóticos tradicionais, típicos ou
convencionais) são inibidores competitivos em vários
receptores, mas seus efeitos antipsicóticos refletem o
bloqueio competitivo dos receptores D2 da dopamina.
Os antipsicóticos de primeira geração são os que mais
provavelmente causam transtornos do movimento conhecido
como sintomas extrapiramidais (SEPs), particularmente o
haloperidol. Os principais fármacos dessa família são
flufenazina, haloperidol, perfenazina e tiotixeno.
Antipsicóticos

 Segunda geração: a segunda geração de antipsicóticos


(também denominada de antipsicóticos atípicos) tem menor
incidência de SEP do que os de primeira geração, mas são
associados com maior risco de efeitos adversos metabólicos,
como diabetes, hipercolesterolemia e aumento de massa
corporal. A segunda geral de fármacos deve sua atividade
singular ao bloqueio dos receptores de serotonina, dopamina
e outros. Os principais fármacos dessa família são aripiprazol,
asenapina, clozapina, olanzapina, quetiapina e risperidona.
Interatividade

Qual dos seguintes antipsicóticos está associado com a


possibilidade de discrasias hematológicas, como
agranulocitose, em pacientes tratados contra esquizofrenia?

a) Clorpromazina.
b) Buspirona.
c) Lítio.
d) Clozapina.
e) Asenapina.
ATÉ A PRÓXIMA!

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