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Origem da Sociedade
1) Teoria Naturalista
*Instinto
*o homem se associa por necessidades
*a sociedade é uma condição essencial da vida humana, inerente a ela (Aristóteles, Cícero, São
Tomás de Aquino)
2) Teoria Contratualista
*Pactua
*Limitação
*o homem aceita perder sua liberdade para viver em sociedade e gozar de benefícios como a
segurança
*a sociedade é produto de um acordo motivado por interesses (Hobbes, Rousseau)
b) Teoria Finalista: é possível definir finalidade social por meio da vontade. Essa finalidade deverá
ser um valor, um bem que todos consideram como tal. A finalidade social é o BEM COMUM.
b) Ordem: ordem social (código de conduta socialmente aceito, valores mais profundos
relacionados à moral) e ordem jurídica (regras ou limites de convivência)
Origem do Estado
1) Estado enquanto Sociedade Política
*Bem comum
*Interesses Gerais e individuais
*Percepção mais ampla: autoridade superior Estado é uma espécie de soc. política
*Expressão “Estado” revela um momento histórico determinado e específico.
*Maquiavel – O príncipe (1513)
*Conceituação Polissêmica
-Correntes
a) O Estado sempre existiu
b) O aparecimento do Estado depende das condições concretas de cada agrupamento
c) Somente pode ser considerado Estado quando há o reconhecimento da ideia de soberania.
(séc XVII)
2) Formação do Estado
2.1) Classificação
-Originária (está relacionado ao avanço da organização ao agrupamento pela 1ª oportunidade, isto
é, sem que houvesse ordem política anterior)
-Derivada (agrupamento por meio de) Fracionamento
União
2.2) Teorias de Formação do Estado
a) Teorias Naturalistas Origem Familiar (considera que a família é a célula mãe da
sociedade política. A reunião de diversas famílias aumenta a
complexidade do grupo social e, assim, surgiu o Estado)
Origem Violenta (é o resultado natural da soberania do mais
forte, de superioridade de força de determinado grupo sobre o
outro)
Origem Econômica (considera que a reunião do sujeito em
torno de um aparato de poder organizado decorre de motivos
econômicos)
Origem no Desenvolvimento interno (considera que toda
sociedade humana tenha um “Estado” em potencial que surgirá
naturalmente em seu progresso)
b) Teorias Contratualistas
-Hobbes Reunião
-Locke Acordo
-Rousseau Pacto
1) Maquiavel
*Principal Obra: O Príncipe
*Ideias Centrais: a unificação da Itália, a manutenção do poder do Estado e a separação de Política e
Moral.
*Entre ser amado ou ser temido, é preferível ser temido, mas não a ponto de ser odiado pelo povo
*Para se manter no poder o príncipe deve agir de forma estratégica com Virtú (habilidades) e
Fortuna (ocasião oportuna ou sorte)
*Pregava a Monarquia Absolutista
CONTEXTO HISTÓRICO
O Iluminismo foi um movimento político e intelectual que abalou as estruturas feudais (antigo
regime) na Idade média, e foi coroado pela Revolução Francesa (1789), dominado pelo
individualismo secular (autonomia do indivíduo), racionalista (tentativa de uma explicação mais
matemática do mundo, vc pode questionar tudo, inclusive os fundamentos últimos de todas as
justificativas sociais) e progressista (por considerar a idade média como idade das trevas, um
apagamento das ideias intelectuais). Esse movimento teve como principais centros de sua ideologia
a França e a Inglaterra no final do século XVII.
Teóricos Contratualistas
HOBBES LOCKE ROUSSEAL
Principal obra Leviatã (1651) Dois Tratados sobre o *Do Contrato Social (1762)
governo (1689) *A Origem da desigualdade
entre os Homens (1755)
*Emílio ou Da Educação
Estado de natureza Estado de guerra (todos *o homem tende a ser bom “o homem é bom por
contra todos) *convívio harmonioso natureza, porém a sociedade
“o homem é lobo do (estado pacífico) o corrompe”
homem” *faltam juízes imparciais e *o homem vive em
* Busca da autopreservação poder coercitivo abundância, não há
“todos os homens ao necessidade de cercamentos
nascer possuem direitos *os frutos da terra são de
naturais” todos e a terra não de
*Em caso de invasão da ninguém
propriedade o indivíduo
possui o direito de exercer
uma vingança proporcional
à agressão sofrida
Direito Natural Vida Vida, liberdade e Liberdade política
propriedade privada (participação política)
Contrato Social Baseado na submissão ao Baseado no Consenso e na Garante a Soberania do Povo
poder soberano do Estado confiança *foi uma proposição feita
*uma vez quebrada esta pelos ricos sob a promessa de
confiança por parte do paz, segurança e justiça, mas
governante, agindo por má- que no fundo os tais ricos
fé ou não garantindo os continuariam cada vez mais
direitos individuais ou ricos e os pobres cada vez
naturais, deve ser mais pobres. Os pobres além
destituído do poder de não ganhar nada com esse
pacto, perderam a sua
liberdade.
Proposta Criação de um Estado Criação de um Estado com
Absolutista que garanta poderes limitados
segurança
Consequência Renúncia e transferência de Cessão de direitos ao O governante é apenas um
titularidade dos direitos Estado, mas o indivíduo executor das leis
para o Soberano continua sendo o titular
desses direitos
Característica Liberdade vigiada Liberdade civil
Propriedade Pode ser expropriada. A É inviolável É a origem da desigualdade
propriedade inexiste no social, é o marco da perda da
estado de natureza e foi liberdade natural
instituída pelo Estado-
Leviatã após a formação da
sociedade civil. Assim
como a criou, o Estado
pode também suprimir a
propriedade dos súditos.
Ideia 1 O Estado possui poderes A limitação do poder do A Soberania popular é
absolutos para resguardar o Estado por meio da inalienável, indivisível,
direito a vida separação de poderes é infalível e absoluta
uma forma de garantir a
liberdade individual
Ideia 2 Poder centralizado, A interferência do Estado Só há liberdade política
exercido pela força deve ser mínima (Poder (participação no processo de
Descentralizado) criação das leis) na
Democracia Direta
Ideia 3 Direito de resistência ou de As decisões do governante
rebelião contra o devem estar alinhadas com a
governante que violasse os Vontade Geral a fim de
direitos naturais, rompendo reduzir a desigualdade social
com o contrato social e promover a educação
Forma de Governo Monarquia Absolutista Monarquia Parlamentarista Democracia
Resumo
Filósofo Thomas Hobbes John Locke J.J. Rousseau
Natureza O homem é bom, mas faz a O homem é bom, porém a
O homem é egoísta.
Humana guerra para se defender. propriedade o corrompeu.
Proteger a propriedade e
Criação Preservar a liberdade civil e os
Evitar a destruição mútua. assim fazer o homem
do Estado direitos dos homens.
progredir.
Monarquia absoluta, mas Monarquia parlamentarista,
Tipo de
sem a justificativa do sem a justificativa do Democracia direta.
Governo
Direito Divino. Direito Divino.
Revolução Inglesa Revolução Francesa
Influência Teria do Direito Moderno
e Constituição Americana Comunismo
"A natureza fez o homem feliz e
"O Homem é o lobo do "Onde não há lei, não há
Citação bom, mas a sociedade deprava-o
Homem." liberdade."
e torna-o miserável."
Em sua obra, Locke versa sobre a existência de 3 poderes que deveriam exercer as funções do
governo: Poder Legislativo, Poder Executivo e Poder Federativo.
Considerou o Poder Legislativo, o qual competia ao Parlamento criação as leis e fiscalização, como
um poder superior aos demais.
Ao Poder Executivo, incumbiu a aplicação das leis; enquanto ao Poder Federativo, atribuiu o
cuidado das relações internacionais do governo.
O Poder judiciário estava diluído no Legislativo e no Executivo
Questionário
1) Como funciona o judiciário em Locke?
Resposta: o Poder Judiciário não se configura como um poder autônomo, pois estava diluído nos
poderes Executivo e Legislativo.
5) Montesquieu
*O que são as leis e como funcionam? As leis eram explicadas sob uma perspectiva teológica,
então, ele contrapõe essa ideia afirmando que existem as leis da natureza e as leis positivas
*Existe várias formas de Estado, é necessário que se avalie o povo, os costumes e o comércio para
sabermos a forma de governo ideal.
2) princípios
a) na República destaca-se a VIRTUDE
b) na Monarquia destaca-se a HONRA
c) no Despotismo destaca-se o TERROR e o MEDO
*Essa tripartição impõe freios e contrapesos para que não haja extrapolação de poder
*Forma de governo ideal centrada nas leis e nas Instituições, ele defendia uma Monarquia
Constitucional tal como Locke.
*O Juiz não é mais do que a boca que pronuncia as palavras da lei (o judiciário era um poder
enfraquecido)
6) Marx
*Objeto de estudo: as classes sociais
*Luta de Classes: Classe dominante (burguesia) x classe oprimida (proletariado)
* “A Religião é o ópio do Povo”. A crítica da religião liberta o homem da ilusão, de modo que
pense, atue e configure a sua realidade como homem que perdeu as ilusões e reconquistou a razão
*Até agora os filósofos se preocuparam em interpretar o mundo de várias formas, eu estou
preocupado em transformar a realidade. (IDEIA DE REVOLUÇÃO)
*A Revolução da burguesia trouxe apenas a emancipação dela própria, e não trouxe uma
emancipação social.
As revoluções de verdade só explodem no período em que se chocam em si dois fatores: as forças
produtivas e o regime de produção (transformações globais).
*o Estado sempre serviu aos interesses de determinada classe (relação Estado x Classes Sociais),
por isso, ele previa uma extinção do Estado e da propriedade privada.
*Ditadura do proletariado até chegar em uma fase em que consiga uma sociedade sem classe, sem
Estado.
*Dialética materialista: Marx concordava com o método dialético de Hegel TESE + ANTÍTESE =
SÍNTESE, mas criticou Hegel em razão de se limitar a abstração (mundo das ideias), faltando-lhe
concretude nas relações (fundamento material = realidade)
A título de exemplo vemos que o processo judicial é um processo dialético, composto da seguinte
forma: TESE (Petição Inicial) + ANTÍTESE (Contestação) = SÍNTESE (Sentença)
Quando um Defensor público apresenta uma petição inicial requerendo alguma coisa em juízo, o
advogado do réu vai apresentar uma outra peça chamada contestação, e o resultado disso será a
Sentença.
Principais Conceitos trabalhados por ele: MAIS VALIA, FORÇA DE TRABALHO, CLASSES
SOCIAIS, LUTA DE CLASSES, IDEOLOGIA, CETICISMO, ALIENAÇÃO, COMUNISMO,
EMANCIPAÇÃO SOCIAL E POLÍTICA.
Faz um estudo histórico acerca das classes sociais, que tais classes (1) sempre existiram e estão
ligadas ao modo de produção.
(2) Luta de classes sempre existiu, mas que a revolução é apenas uma agudização desse processo
*O Capitalismo guarda uma contradição, para ele está estável tem que está produzindo crises, ele
cresce até que em determinado momento para de acumular, entrando em crise e acaba reinventando
outro modo de acumular (ex: teletrabalho); sempre haverá crise no capitalismo, pois faz parte de sua
essência.
*Revolução em Marx é mais que ideologia política, é a conclusão basilar de todas as premissas,
pois a análise teórica e metodológica os leva a esta formulação.
Depois da queda do Capitalismo, é instalado o Socialismo, fase de transição, que vai desembocar no
Comunismo.
Exercício de Revisão Ciência Política
Questão 1: Com base nos conhecimentos sobre o pensamento de Maquiavel acerca da polaridade
entre virtú e fortuna na ação política e suas implicações na moralidade pública, considere as
afirmativas a seguir: *
Item II – ERRADO
A Virtú não tem nada haver com política ideal e não aborda felicidade dos súditos, mas se refere a
habilidade do príncipe em agir com estratégia, com astúcia e força para se manter no poder.
Questão 2: *
Item IV - ERRADO
O cumprimento do contrato é completamente dependente da subordinação política dos indivíduos
Questão 3:
Segundo Karl Marx o capitalismo conhece basicamente duas classes: a burguesia e o proletariado.
Para referido autor, como se dá a relação entre estas duas classes? Qual o papel desempenhado pelo
Estado nessa relação?
Há uma relação antagônica entre essas duas classes, uma relação de opressão e desigualdade, em
que a burguesia explora e aliena o proletariado. O Estado burguês é desigual, e sempre serviu aos
interesses de determinada classe (a burguesia), que não traz emancipação social e política.
Questão 4: *
Questão 6: *
O Homem é mau. Direito Natural: vida. Estado de guerra (todos contra todos). “o homem é lobo do
homem”. O contrato social proposto por Hobbes baseia-se na ideia de submissão ao poder soberano
do Estado, as pessoas renunciam e transferem a titularidade de seus direitos para o Soberano, dessa
forma, o Estado possui poderes absolutos para resguardar o direito à vida.
Questão 7: *
Em Locke a propriedade é Direito Natural do homem, sendo, portanto, inviolável. O Contrato social
proposto por ele visava garantir a defesa da propriedade privada, Estado não intervencionista,
sociedade sem intervenção da autoridade política na vida econômica e social. Sua teoria é a raiz do
Liberalismo político.
Já para Marx a propriedade privada é fruto de todas as desigualdades sociais e tem que ser abolida,
pois foi utilizada com uma forma de acumulação de riquezas e de exploração de uma classe. Sua
teoria é a raiz do Socialismo.
Questão 1: “Dizer que um pensador é um clássico significa dizer que suas ideias permanecem.
Significa dizer que suas ideias sobreviveram ao seu tempo e que são recebidas por nós como parte
da nossa atualidade. Não pretendemos afirmar, com isso, que os clássicos se coloquem fora da
história. Pelo contrário, são, com frequência, os que pensaram de modo mais profundo os temas
de sua própria época. E foi precisamente por que pensar de modo radical seu tempo que
sobreviveram a ele e chegaram até nós. Os Clássicos não são atemporais. Eles são parte da nossa
atualidade porque são parte das nossas raízes. São, por assim dizer, a declaração da nossa
historicidade”. (Apresentação. In Weffort, F. Os Clássicos da Política). Com base nos
conhecimentos adquiridos nesta 1ª Unidade sobre os autores clássicos da Ciência Política julgue
as assertivas a seguir em verdadeiras (V) ou falsas (F), justificando as falsas. (Pontuação total:
3,0. Cada item vale até 0,75, sendo que o acerto da alternativa Verdadeira vale 0,75, e o acerto da
alternativa Falsa vale 0,25 da marcação + 0,5 da justificativa): *
I – Verdadeiro.
II - Falso, pois os três poderes previstos em Montesquieu são: Executivo, Legislativo e
JUDICIÁRIO. Era Locke quem previa o Poder Federativo.
III – Falso. O pacto em Hobbes é de submissão, ele renuncia sua liberdade em prol do Soberano e
não em prol de todos.
IV – Falso. Rupturas globais.
b) Contrato Social:
I) baseado no CONSENSO e na confiança;
II) uma vez quebrada esta confiança por parte do governante, agindo por má-fé ou não garantindo
os direitos individuais ou naturais, deve ser destituído do poder.
Já em Rousseau, temos:
a) Estado de Natureza:
I) “o homem é bom por natureza, porém a sociedade o corrompe”;
II) o homem vive em abundância, não há necessidade de cercamentos;
III) "os frutos da terra são de todos e a terra não de ninguém";
IV) A propriedade privada é a origem da desigualdade social, é o marco da perda da liberdade
natural;
b) Contrato Social:
I) garante a SOBERANIA DO POVO;
II) visava eliminar esse estado de insegurança, fazendo com que os indivíduos abandonem o estado
de natureza e assumam a liberdade civil;
III) serviria para estabelecer a IGUALDADE entre os indivíduos e preservar a liberdade civil e os
direitos dos cidadãos.
2) Estado Grego
*Pólis cidade-Estado
-Noção de Democracia, decisões políticas tomadas em praça pública, uma nação
politicamente fragmentada.
-Democracia formal: onde a participação política é limitada
#mulheres, crianças, escravos e estrangeiros não participavam, apenas cidadão
nascido na Pólis tinha participação política.
-Função Peculiar do indivíduo. Elites compõem a classe política
-Dimensão descentralizada de território e do poder
-Critérios de participação política: nacionalidade, gênero, classe, idade
*O exercício do poder estava restrito aos cidadãos gregos (homens livres), estavam excluídos dessa
participação política mulheres, crianças, escravos e estrangeiros.
3) Estado Romano
*Surge a noção de Império, de dominação e expansão territorial e de Estado Unificado
*Lógica imperial de exercício do poder
*Tem como base a família, a influência do Cristianismo
*Expansão do domínio da cidade-Estado Roma Império Romano
*Grande extensão territorial e poder religioso atrelado ao poder político
*Agentes públicos – Magistrados (Pretores)
*Povo participava diretamente do Governo: famílias patrícias na participação política
4) Estado Medieval
*Influência do Cristianismo, invasões bárbaras
*Instabilidades (Política, econômicas e sociais)
*Feudalismo – Descentralização da ordem jurídica
- Cada Senhor Feudal estabelecia relações de vassalagem e servidão com regras próprias, de
forma bem HETEROGÊNEA, não havia um poder centralizado estabelecido.
*Conflito de interesses entre Clero, Nobreza, Rei
*período obscuro conhecido por alguns como “Idade das Trevas”
*HETEROGENEIDADE no exercício do poder
*Luta entre o papa e o Imperador
*Tentativa de separar (romper) o exercício do poder político do Estado das questões religiosas ...
5) Estado Moderno
*Centralização do poder nas mãos de um chefe de Estado (um rei, um monarca)
*Estado Absolutista
UNIDADE II
Conceito de Estado: é a “ordem jurídica soberana que tem por fim o bem comum de um povo
situado em determinado território” (Dallari, Elementos de Teoria Geral do Estado, 2001, p. 49).
*Vontade Geral: consiste na soma de vários poderes políticos exercidos na sociedade, pertencente a
cada grupo e indivíduo, e constituem em conjunto a vontade do Estado nas questões políticas e
decisórias.
*Aspecto interno: edição de leis, subordinação dos indivíduos que habitam o seu território
*Aspecto externo: relações recíprocas entre estados
2) Território (elemento físico): é a base física, o âmbito geográfico do Estado, onde ocorre a
validade de sua ordem jurídica. É composto por solo, subsolo, águas territoriais e espaço aéreo.
*Formação de territórios:
a) Ocupação/invasão – apropriação res nullius, soberania.
b) Acessão: é um acréscimo de território causado por fato natural.
c) Prescrição: ocorre com o domínio efetivo, ininterrupto, sem contestação do território por um
longo período, que indique renúncia tácita do seu antigo soberano.
d) Cessão: transferência de território entre Estados mediante acordo.
3) Povo (elemento subjetivo): conjunto de indivíduos ligados a um Estado por um vínculo jurídico-
político permanente, participando da formação da vontade do Estado e do exercício do poder
soberano.
O Estado é uma ficção jurídica para melhor viver em sociedade.
a) População: aspecto quantitativo, numérico dos habitantes de um país.
b) Nação: grupo de pessoas que partilham valores, identidade cultural, de história comum,
de língua comum, (vínculo cultural e moral)
c) Raças:
4) Finalidades e Funções
a) Finalidade é o objetivo do Estado. No conceito de Dallari o objetivo do Estado é o bem comum.
b) Funções são as formas/ações que concretizarão o alcance das finalidades.
c) Corrente minoritária: Estado com um FIM em si mesmo. O Estado seria a concretização de todas
as aspirações e forças sociais.
d) Corrente Majoritária: o Estado é apenas um MEIO para que os homens e as forças sociais
atingissem os seus fins, sejam individuais, sejam coletivos, na perspectiva do bem comum.
*Bem comum: encíclicas papal – Papa João XXIII – desenvolvimento integral da personalidade
humana
Dimensão social
Poder político segundo Neumman é o poder social que se focaliza no Estado, tratando da obtenção
do controle dos homens para fins de influenciar o comportamento do Estado.
No exercício do poder político deve haver uma conciliação (equilíbrio) entre as dimensões coletivas
e individuais, isso pode estar relacionado com o poderio econômico, com o lobby de grupos
políticos, mas não a ponto de haver extrapolação de uma dimensão sobre a outra.
Exemplo1: Caso Maria da Penha, em que a Organização dos Estados Americanos (OEA), em 2001,
responsabilizou o país por omissão e negligência no que diz respeito à violência doméstica,
utilizando como base o relato de Maria da Penha. A OEA recomendou ao Brasil que tomasse
medidas em prol da criação de políticas públicas que inibissem as agressões no âmbito doméstico
em desfavor das mulheres.
Exemplo2: Corte Interamericana de Direitos Humanos condena governo brasileiro por violação de
direitos dos índios Xucuru
Savigny concebe a personalidade do Estado como ficção, admitindo que os sujeitos de direito são
apenas os indivíduos dotados de consciência. Porém, foi-se estendido o conceito aos grupamentos
de interesses coletivos, como sujeitos artificiais, por criação da lei.
- Realistas:
a) segundo Gerber o Estado não é mera ficção, mas um organismo moral existente por si e não
como simples criação conceitual.
b) Jellinek enxerga o Estado como sujeito em sentido jurídico, que não é uma essência, uma
substância, e sim uma capacidade criada mediante a vontade da ordem jurídica.
c) è Posição de Seydel: não existe vontade do Estado, mas sim vontade sobre o Estado, o qual é
somente objeto dessa vontade.
e) è Posição de Duguit: O Estado é entendido como uma relação de subordinação entre os que
mandam e os que são mandados.
Dada a inegável tendência histórica do ser humano de se organizar em grupo para melhor atingir
seus interesses, seria uma realidade social, cuja existência não é concedida ou inventada pelo
Direito, mas sim reconhecida.
Direitos do Estado: a independência, a igualdade, o direito de não ter seu território invadido, direito
de se organizar livremente de acordo com seu regime de governo, direito à soberania, ser informado
sobre assuntos estratégicos...
Regime Político: determina como se desenvolve a política dos cidadãos (Elizabeth Pedroso). Tal
conceito nos ajuda a entender como será que os cidadãos participam das pautas prioritárias nos
processos políticos.
Classificações arcaicas que predominaram até o fim do sec. XIX. Monarquia; Oligarquia;
Democracia.
*Características
-Centralização rígida do poder;
-Estado extremamente intervencionista;
-Não comprometimento com a continuidade conservadora em relação ao passado recente;
-Ideologia forte que deve ser aderida pelo conjunto da população sob tal regime;
-Controle sobre a comunicação e a informação: sistema de controle massivo dos meios de
comunicação pelo Estado ou partido único, e o direcionamento de informações e propagandas que
sistematicamente reproduzem uma visão histórico-ideológico de nação favorável aos ideais
totalitários;
-Nacionalismo exacerbado;
-Repressão política, censura, vigilância em massa e terrorismo do Estado
Tem a ver com a ausência de qualquer oposição, o Estado controla tudo, não só em termos políticos
e sociais, mas também exerce extremo controle na vida privada. Toda e qualquer forma de controle
e prestação de contas é eliminada. Uma de suas principais características é uma ruptura das políticas
anteriores, o Estado monopoliza as informações e passa a vincular a ideologia desse Estado. Ex: no
regime nazista havia propagandas que visavam convencer o povo alemão como algo bom. O
cidadão é extremamente vigiado, há um partido político único, há um terrorismo de Estado
(vigilância em massa), há uma anulação da oposição.
Regime Autoritário
*Características
-Pluralismo limitado
-Líder ou grupo exerce o poder dentro dos limites formalmente mal definidos.
-Sem ideologia elaborada
-Sem mobilização política intensiva
*Limites formalmente mal definidos: significa que passa por diversas alterações políticas sem
controle legislativo, como por exemplo, a experiência brasileira durante o governo militar
provisório que durou 21 anos, os limites constitucionais eram definidos por atos institucionais,
houve fechamento do Congresso Nacional. A oposição existe, mas ela é controlada.
Regime Democrático
*Características
-Povo
-Pluralismo de ideias
-Participação no poder, garantias individuais e coletivas
-Limites e controle social ao poder do Estado
-Mecanismos de participação popular e controle social
a) Formal: a lei é uma só para todos
b) Material: são iguais e desiguais de modo relativo
-As funções de mando são temporárias e eletivas
-Embasamento na CF
-Pluralidade de partidos políticos
-Princípio da igualdade
-Os atos dos governantes – princípio da responsabilidade e legitimidade
A democracia direta é o modelo que foi dominante na Grécia Antiga, especialmente, em Atenas.
Neste sistema, a população se reunião em grandes agrupamentos e decidia através do voto qual
solução empregar para os problemas locais. O crescimento da população e o aumento da
complexidade das relações sociais tornou esse modelo quase impossível de ser executado na
atualidade. A exceção são alguns locais da Suíça que utilizam o sistema da landsgemeinde 1.
A democracia indireta é aquela em que o povo entrega toda a responsabilidade pelas decisões
políticas aos representantes eleitos periodicamente.
1 Landsgemeinde ou "assembleia cantonal" é, um sistema de votação de cédula público não-secreta operando pela regra
da maioria , que constitui uma das mais antigas formas de democracia direta.
2) Em 2011, consultas feitas no Estado do Pará em que tratavam da possibilidade de
desmembramento dessa unidade federativa e da criação de mais dois estados nessa região – Carajás
e Tapajós –, nos termos dos decretos legislativos nº 136/2011 e nº 137/2011;
3) Em 2016, a nível local, proposta de transformação da região de Primavera em distrito
administrativo no município de Rosana/SP;
confirmem ou rejeitem
essa
decisão.
FORMAS DE GOVERNO
A classificação mais antiga das formas de governo que se conhece é a de ARISTÓTELES, baseada
no número de governantes. Distingue ele três espécies de governo:
a) a REALEZA quando é um só indivíduo quem governa;
b) a ARISTOCRACIA que é o governo exercido por um grupo, relativamente reduzido em
relação ao todo;
c) a DEMOCRACIA (ou REPÚBLICA segundo alguns tradutores) que é o governo exercido
pela própria multidão no interesse geral.
2) REPÚBLICA
*Temporariedade o Chefe do Governo recebe um mandato, com o prazo de duração
predeterminado. E, para evitar que as eleições reiteradas do mesmo indivíduo criassem um paralelo
com a monarquia, estabeleceu-se a proibição de reeleições sucessivas;
*Eletividade o Chefe do Governo é eleito pelo povo, não se admitindo a sucessão hereditária ou
por qualquer forma que impeça o povo de participar da escolha;
*Responsabilidade o Chefe do Governo é politicamente responsável, o que quer dizer que ele
deve prestar contas de sua orientação política, ou ao povo diretamente ou a um órgão de
representação popular.
FORMAS DE ESTADO
1) FEDERADO:
As decisões eram tomadas no âmbito da Confederação, mas alguns Estados não respeitavam o que
era acordado politicamente em congresso, alguns não conseguiam manter sua autonomia financeira,
havia sempre o risco de que alguns integrantes se retirassem, e assim, isso foi aos poucos
fragilizando essa união. Dessa forma, a Confederação era insuficiente para assegurar a união
permanente dos Estados e para dar a essa união os meios de que ela necessitava.
Surge então a Federação, o Estado Federado para que todos esses Estados estejam sujeitos a apenas
uma soberania em que a Constituição é que vai reger e vai dividir esse poder dentro do território
nacional, a constituição vai servir como base jurídica.
A diferença fundamental entre a união de Estados numa CONFEDERAÇÃO ou numa
FEDERAÇÃO está na base jurídica.
Na CONFEDERAÇÃO os integrantes se acham ligados por um TRATADO, do qual podem
desligar-se a qualquer momento, uma vez que os signatários do tratado conservam sua soberania e
só delegam os poderes que quiserem e enquanto quiserem.
2) UNITÁRIO
https://www.migalhas.com.br/coluna/federalismo-a-brasileira/279802/o-estado-unitario-e-o-estado-
federativo
SISTEMAS DE GOVERNO
Pela impossibilidade prática de confiar ao povo a prática direta dos atos de governo, é indispensável
proceder-se à escolha dos que irão praticar tais atos em nome do povo (critério de eleição).
Por mais imperfeito que seja o sistema eleitoral, a escolha por eleição é a que mais se aproxima da
expressão direta da vontade popular.
A morte de Emily Wilding Davison foi relatada em todo o mundo. Chamou a atenção global para a
luta pelos direitos das mulheres. Foi uma luta que levou à prisão de mais de mil mulheres britânicas.
Em 1918, o voto foi dado a certas mulheres com mais de 30 anos. Em 1925, a lei reconheceu os
direitos da mãe sobre seus filhos. Em 1928, as mulheres alcançaram os mesmos direitos de voto que
os homens.
SISTEMA ELEITORAL (Vide Pág 190-195/Dallari)
O Senado é uma representação de Estado, seu diálogo é mais voltado a nível de Estado,
comunicação direta com o governador do Estado. Sua visão e comunicação está voltada para dentro
do Estado.
Exercício de Revisão
Questão 1: “Cheguei tarde à cultura militante. Pertenço a uma geração que saiu do
fascismo, que não deixava nenhuma escolha entre a apologia e o silêncio...” (Fonte:
BOBBIO, Norberto. 1997, p. 91) A partir do depoimento acima apresentado, explique
como nos regimes totalitários se estabelecem as relações entre O Estado, os Meios de
Comunicação de Massa, e o Terror Policial. *
Minha resposta:
O Estado monopoliza as informações e passa a vincular a ideologia desse Estado. Ex: no
regime nazista havia propagandas que visavam convencer o povo alemão como algo
bom. O cidadão é extremamente vigiado, há um partido político único, há um terrorismo
de Estado (vigilância em massa), há uma anulação da oposição.
Resposta de Ornela:
Os regimes totalitários se concretizam a partir da centralização rígida do poder, neste tipo
de regime o Estado passa a ser extremamente intervencionista. Partindo dessa premissa
é possível perceber características dos regimes totalitários, como, por exemplo, a
elaboração de uma ideologia forte que deve ser aderida pelo conjunto da população sob
tal regime, o que se comunga com o controle dos meios de comunicação de massa.
Sobre esta última característica, importa mencionar que se configura como relevante
estratégia de doutrinação e dominação, ao adotar o sistema de controle massivo dos
meios de comunicação – como a imprensa, o rádio e o cinema – pelo Estado ou partido
único, e o direcionamento de informações e propagandas que sistematicamente
reproduzem uma visão histórico-ideológico de nação favorável aos ideais totalitários.
Aqueles e aquelas que se opusessem aos regimes totalitários eram constantemente
perseguidos e reprimidos, muitas vezes até assassinados, já que o terror policial era
utilizado para eliminar os opositores e garantir a prevalência da ideologia totalitarista.
O depoimento de Bobbio expressa bem as características citadas acima ao destacar o
monopólio da informação pelo Estado e a influência disto na vida das pessoas: ou se
manifestavam fazendo apologias ao regime totalitário ou silenciavam, pois, conforme já
mencionado, havia o extremo controle e violência aos debates e desenvolvimento de
ideias plurais e opostas ao governo.
Questão 2: Segundo Dallari, quais são os elementos constitutivos do Estado? Explique-
os, enfatizando o “elemento humano” do Estado. *
Questão 4: Segundo o
artigo 1° da
Semelhança: 1) ambos são sistemas de governo, que dizem da relação do poder executivo com o
legislativo. 2) Responsabilidade política.
*Características
-Centralização rígida do poder;
-Estado extremamente intervencionista;
-Ruptura das políticas anteriores;
-Ideologia forte que deve ser aderida pelo conjunto da população sob tal regime;
-Controle sobre a comunicação e a informação: sistema de controle massivo dos meios de
comunicação pelo Estado ou partido único, e o direcionamento de informações e propagandas que
sistematicamente reproduzem uma visão histórico-ideológico de nação favorável aos ideais
totalitários;
-Nacionalismo exacerbado;
-Repressão política, censura, vigilância em massa e terrorismo do Estado.
Esse tipo de regime tem a ver com a ausência de qualquer oposição, o Estado controla tudo, não só
em termos políticos e sociais, mas também exerce extremo controle na vida privada. Toda e
qualquer forma de controle e prestação de contas é eliminada. Uma de suas principais
características é uma ruptura das políticas anteriores, o Estado monopoliza as informações e passa a
vincular a ideologia desse Estado. Ex: no regime nazista havia propagandas que visavam convencer
o povo alemão como algo bom. O cidadão é extremamente vigiado, há um partido político único, há
um terrorismo de Estado (vigilância em massa), há uma anulação da oposição.
Questão 2: * (4 pontos)
2) Características:
a) Sendo um poder absoluto, a soberania não é limitada nem em poder, nem pelo cargo, nem por
tempo certo. Nenhuma lei humana, nem as do próprio príncipe, nem as de seus predecessores
podem limitar o poder soberano.
b) Como um poder perpétuo, a soberania não pode ser exercida com um tempo certo de duração.
Assim, se alguém receber o poder absoluto por um tempo determinado, não se pode chamar
soberano, pois será apenas depositário e guarda do poder;
Para ROUSSEAU
1) Conceito: a soberania é o exercício da vontade geral, sendo esta a vontade do corpo do povo e
tendendo sempre ao bem comum.
2) Características:
a) A soberania é inalienável por ser o exercício da vontade geral, não podendo esta se alienar nem
mesmo ser representada por quem quer que seja;
b) A soberania é indivisível porque a vontade só é geral se houver a participação do todo.