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MULTIPLA ESCOLHA
Tradução
MiguelDei Castillo
.usQuErs
EDITORES
Nota do editor
9
.'
I. Palavra destoante
1 1
◄
1
1
......
1) Múltipla
A) diversa
B numerosa
e) não dita
o) cinco
E) duas
2) Escolha
A) voz
e) um
e) decisão
D) preferência
E) alternativa
3) Educar
A) ensinar
B mostrar
e) treinar
o) domesticar
E) programar
4) Copiar
A) cortar
B) colar
e) cortar
D) colar
eJ desfazer
5) Apaga
A) tira
B) anula
e) corrige
o) suprime
E) sedimento
6) Letra
A) maiúscula
B) minúscula
e) cursiva
/ti morta
E) miúda
7) Junta
A) medo
B) cadáveres
e) vontade
D) água
@ moedas
8) Salva-vidas
A) quebra-mar
B) gira-mundo
e) louva-a-deus
papa-léguas
guarda-chuva
9) .Máscara
A) socapa
e) disfarce
e) vé·u
o] capuz
B. caraça
10] Apag·ão
A) sombr;a.
B) pen'lun·bra
e) negrura
.D) noite
tr es.noita!d0
1 1
11) Achatar
A) nivelar
recuperar
es.magar
n) humilhar
-) .apla~ ar
· 2) -es1st~·n,c.ia
A) d·uraçã.o
e) co.n .1st·-nc1a
e) ·h.,o
--, ~,rdad e 1
D1) toleràn,cia
·~') insistência
13) Proteger
A) encobrir
B) cuidar
e) adorar
o) custodiar
E) vigiar
14) Prometo
A) silêncio
B) total
e) prometo
o) silêncio
E) total
15) Salvar
A) abrir
B) fechar
e) copiar
D) cortar
E) forte
16) Segredo
A) insinuo
B) escondo
e) conheço
D) revelo
B) nego
16
17) Digo
A) nada
:e) oorra
c)1 tro,te
n) na,da.
. ,) na:d,a
18) FamOia,
A) familiares
B,) ,herderros
e) sucessores
D) alfajores,
.B) ped,ofllia
.9) CWp,a
A) pecado
B) ,deslize
e) 1q,u,eda
D) tropeço
E) , u.a
20) ·:ova
A) mente
n) se te
e) fren:te
o, ferve
a)i febre
21) Tossir
A) fumar
B) tossir
e) fumar
o) tossir
E) fumar
22) Silêncio
A) mutismo
B) afonia
e) sigilo
o) omissão
E) covardia
23) Silêncio
A) fidelidade
B) cumplicidade
e) valentia
D) lealdade
E) confiança
24) Silêncio
A) silêncio
B) silêncio
e) silêncio
o) silêncio
E) silêncio
18
II ....p··-1-
.
- d
· ano .
..e red.açao
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,_ ,· _1·' ·,.
1
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•
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. '·1
-_. - 1
.' .
1
p,Iano1
,de re -ação"
1
25) Mil novecento ..·.e oiten_a e tanto
1
A) ,2 - 3 ,_l ·- 4 - 5
B) 3--1-2-4-5
e) :- 1 - .2,,_ .3_, s
D) 4,-5- -2, 3
B) 5 ....
,l - 2 ,3- 4
26) A segunda
1. Vocêtenta se lembrar de sua primeira comunhão.
2.. Tenta se lembrar de sua primerra masturbação. -
A) l ---5 - 2 - 3 - 4
B) l-2-·5-3-4
e) 1-2-3-5-4
D) 4-5-1-2-3
B) 4- 3 - 2 -· l- 5
-- -
J - - .....
~J1 -
-- - -
- - _I .....
..... .....
- -
'1
- - 2
28) , uacasa
1 Pertence a um 'banco mas você .Preferepensar1que,
é
, ,Ua..
2. Se tudo correr bemJvai terminar de pagá~Iaem 2033,
,3,~Mora nela bá onZJeanos. Primeiro com uma famíl,a
depoiscomalgun, ,fan.ta ma quetambémjá:~e,foram
4. - ,ãogo ta do bairro; :não há praça po.r peno.,o ar é
poluído.
5. Mas ama ,a ca a nunca vai abando ná ....Ja.
1
A) 2 - 3 - 4 - ,5--1
B) 3,-4-5,-1-2
e) 4-s-·1.-·2-3,
D) 3-1-2-4-5,
B) 1 - 2 - 4 - .3- 5,
1
) ersano
·29 Aru·-, 1
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A) ,5·- 1. 2 - 3 - 4
B)
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2-:-·
D. :2 - 3 .....
4 - 5 -·
:E) 1 - .2 - 3, - 4 - 5
i· ,_1
30) Duzentase vinte e tres
1. Você·se le.mbradas sardasnos peitos, nas pernas,na
barriga,na bunda dela. O número-exato:duzentase
vintee três pintas.Mil duzentos e sete diasatráseram
duzentase vinte e três.
2. Relêas mensagensque ela te mandava:sã.obonitas,,
divertidas..Par.ágraioslongos,frasesvivas,complexas.
Palavras.cálidas Ela escrevemelhor que você.
3 Lembra-sede quando dirigiupor cincohorasparavê..
-la por apenas dez.:minutos.Não foram dez minutos,
:foia tardeinteira mas vocêgostade pensarqueforam
dez minutos.
4 Lembra--sedas ondas, das pedras. Dassandáliasdela,,
de um machucado no pé. Lembra-se de seusolhosse
deslocandorapidamente das coxaspara os cíliosdela.
5. Nuncase acostum.oua estar com ela. Nunca, e acos-
tumoua estarsem ela.Lembra-sede quandoeladizia,
num sussurro, co,mose falasse consigomesma:está
tudobem~
A) 5,-1 ·....2 - 3 ....4
B) 4--_5....1--2-3
e) 3-4-5-1-2
D) 2 ...3 ...4 - 5 ....1
B) 1- 2 - 3 - 4 ....5
26
31) Os familiares
1. Vocêos classificaem duas listas: aqueles a quem você
ama e aqueles.a quem nã,oama
:2. Classifica-os em duas listas; os que não deveriam es-
tar vivos e os ,quenão deveriam es,tarm.ortos
3. Classifica-os. conforme o nJvel de confiança ,que eles
lhetransmitiamquandovocê·era criança.
4 Por um momento acha que descobre,algo importante,
algo que·es,tavapendente havia ano,s.
5. Classifica-osem duas listas: os vivose os mortos.
A) 1-3-4-5-2
B) 5-2-1 ....3-4
,e) 3-,s-2-4
D) 3-4-5,-2-l
B) 1- 2. - 3 - 4 - 5
32 ) umchute no saco
1. Você pensa em todas as pessoas VJ.Vas ou m· .0 t .-
. - . . - chilenas
ximas ou distantes, . . . ou estrang,eiras rh··
as,Pró..
ou mulheres, que tem. "' .
mottvos , 0 lllens
para te dar ,,.,. ·h-
no saco - ""'-Llt e Ute,
B) 2-2-2-2-2
e) 3-3-3-3-.3
D) 4 4-4-4-4
E) S-5-5-5 .5
.....
28
33) A rima
1 Vocêprocura palavras,que rimem 00mseu nome..
1 1 1
3_ Seu nomie não rl.Dla com s,eu ·obr enom e, , as, voce
1 1
m,enem comseunome·nemcom.na a-
s- Voc•e· ão está ·maluco.
A) 1 - 2 .....3 ....4 .5
e) 1-2-3-4-,5
e:) 1-2-3-4-5,
D) 1 ....2-3-4-5
E) l - 2 - 3 - 4 - .51
34) Primeirape - ºª
i. Vocêacha que a única solução é ficar calado.
2. unca diz eu.
3 Graça a várias garrafas de vinho você aprendea dize
eu.
4. - unca diz nós-
5• Graçasa uma garrafa de pisco você aprendea di7.er
nós.
6. Estárecuperado.
A) 1- 2 - 3 - 4 - 5 - 6
B) 1-2-4-3-5-•6
e) 2-4-1-3-5-6
D) 4-5-6-2-3-1
E) 2- 3 - 6 4 -· 5 - 1
• so
35) adar
1
Pr,ecisaemagrecer.
2, Você est,á na piscina pública Sentado na bor-da com
os pés na á,gua, ob~erva aJgumas crian,ças apren--
dendo a nadar~ A profe,ssora é enfátlca, sua voz não
é doce. As criança parecem sérias demais.
,3,., Quando era criança v,o,cêadorava o silê:nc10,. D,e,pois
quis que as palavras te inundassem e te submer78,J.S ..
se,m.,Mas você sabia nad~ ninguém pr-ecisoute ens,i.
nar. Co.ma gente,,você pensa,,fizer-amque nem fazem
com os cachorros: ·'implesmenteno_jogaramna água
e ap,rendemo· a :nadarali na hora.
4., Ou talvez tenham 'te ensinado no colégio, sim..Talvez
1 1
p,e'· a,que vai ficar bem que vai p erder peso. Atira-se
1
A) l 2-3 ....4-5
B) 1-2-3 ....4-5
, ) 1-2-3 ....4-5
D) -2, ..,3 4-5
B) l - ,2 _, 3 ....4 - 5
31
36) Cicatrizes
1. Você pensa que a menor distância entre dois pontos
é o traçado de uma cicatriz.
2. Pensa: a introdução é o pai, o desenvolvimentoé o fi-
lho e a conclusãoé o espírito santo.
3. Lê livros muito mais estranhos que os livros que você
escreveria,caso escrevesse.
4. Pensa, como se fosse uma descoberta, que o último
ponto na linha do tempo é o presente.
5. Tenta ir do geral ao particular, mas vai do geral a um
general:Pinochet.
6. Tenta ir do abstrato ao concreto.
7. O abstrato é a dor dos outros.
8. O concreto é a dor dos outros incidindo sobre seu
corpo até invadi-lo por inteiro.
9. O concreto é algo que não pode fazer nada além de
crescer.
10. Algo como um tumor ou o contrário de um tumor:
filho.
u. No seu caso é um tumor.
A) 1- 2 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9 - 10 - 11
B) 1- 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9 - 10 - 11
e) 1- 2 - 3 - 4 - s- 6 - 7 - 8 - g - 10 - 11
D) 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9 - 10 - 11
E) 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9 - 10 - 11
32
III. Uso de conjunções
1 1
11 11 r 1 1 1 1
37) ____ mil reformas a ,quefoi subm1etidaa Coo tinu...
çao de 980 é uma m,erda..
A) Comas
e) Devido as
e) Ap· sar das
D) raças às,
B) Não obstante as
A) ma
e) ap- ar de que
e) 1enem sequer
n) porisso
E] e inclusive
1
i ) co, ,, do / tâ·o
B) m ./ quer·
e) ap ard 'Q.U /grav-m nte
D) porém Iam nt ve.lment / 1 alm, nt -
= 1
A] dormir / morrer
B) beber / pensar
e) ,estudar / protestar
D) chorar / ler
E) comprar / ficar olhando as Vltrmes
A) esperan,ças / a realidade
B) frustrações / a bebida
e) ilusões/ o vazio
D) pedras / a políc1a
E) neurônios / o crack
B) Tere -a / Paola
e) a ,direita/ a e querda
o) o capitao Kirk / o · enhor pock I
E) o pobre·- / o~ rico-
3
►
rao !
E) humo,r
O. . __ . _/. am··
-a.rgu·
.. ___ 1
_/.· seu 1·
_ _-r-·,a· e ·. -::
1vro
- 11 s.
-,
A) face
a) cos ela
e) canela
D) orelha
E) ovelha - - -
D) ·Ó
: ) D" m --qu~f
7' .
. ) ··bom / é .ma·u/ --~ -c;táerrado
') ,e-tá rrado /, ~s·.ácerto/ e tá a,q,u1
·) e ·tá.aqui/ -tá lá/ _,e,foi
1.•
e,n:ósestávamos __ jun.~os.
B) eu t , am / ~ u t amo / _u t - amo
,_) nem tanto / n -m tanto / nem tant:o
n) vo ê, abe d1s,o / você · abe disso / você sab - d.is .o
) ninguém --abe / ninguém sabe / ningu · .m ah :e,
54) Vocêfoium péssimo filho,mas---· Vocêfoiu
simopai, mas ___ . Está sozinho, mas rnPés.
40
Iv. Eliminação de orações
A) 1 'enhuma
B) 2
e), 4
o) s
E,) 6
56)
(1) Tem uns hambúrgueres na geladerra ..
1
A) enhuma.
B) 1 e·2
e) .2
D) 4
E) 7
44
57)
(1) 0 ·t!oquede recolher con iste na proibiçao de cirrcular
1
A) -enhuma.
e)
e) 1, 2 e 3
D) 4 e 5,
B,) 2
58)
(t) · ão queriafalarsobrevocê,mas é inCVitáveL
( 2) Agora mesmo estou faJando sobre,voe~·n
lendo, e sabe disso e. r., ·OCê
·· · ·
(3) Agoraeu so.uum textoque· ·oce estálendoe q . ..
. que -e-xi.
queria ·•tisse,.
. - -uellào.
(4) Te odeio
(s) Vocequeria ter o mesmo poder do censore
(6) Para que ninguém ma1 le se estas frases.
(7) Teodeio.
(e) Voc,êfodeu com a minha vida
(g) Agorasou um texto que vocênão pode apagar;
A) Nenhuma.
B) A
e) B
n) e
'E) D
►
59)
(1) oi diagnosticada com câncerde mama aos ,55anos.
(2) nv ram de extrairum de s · us · 1,0 .
1
A) ·Nenhuma
B) 1
e) 2
D) 4
B) 5,
1) ' V ha mã ré veze na vida ·ão
Je teve: mais de vinte,meno
_ cálculo da minha mã.e
( ) í. i que eio à nossa casade noite,
, · a dormir. Apre entou-no a . ero-
çula, que tinha quatro ou cincoanosera
· va q eu.
(3) - m um ·J para ua tia Verito ele di - e paramime
p·r m·nhairmã depo· ·euanotoasdatasdo·aniver-
ário d todo você , nunca e queço dos meusnetos.
(4) oram embora qua· e a meia-noite, numa Renoleta
azia frio Minha mãe acabou tendo que empretar
um , uéter da minha irmã pa a a Verito.
(s) unca vão te devolver esse suéter, minha mãedi ea
minha irmã, contendo a raiva, ou talvezreslgnadaen-1
A) Nenh.·ma. o) 7
B) 3 E) 8e9
e) 4e5
61)
(1) Enquanto preparamo o chá, Maneia m:econta que,
em , ,eucolégio havia uma freira grávida.
(2) Pergunto onde, quando No Mater Dei. Eu era muito
p quena, e tava no quarto ano do primário..
(3) Os olhos d M·art la sao castanhos. Por um segundo
consigo imaginar eu ro to quando criança.
(4) , le a deixavame condida, ma ,uma veza vimos,diz
Pediram que a gente guarda s ·egredo .obre,aquilo..
(5) Pergunto se guardaram me '.moo se.gredo. ão sei
quanto, a :minhas colegas ela responde, .ma··,euguar~
dei, ..un.,
(6,) Vocêé a p,rimeirape soa para ,que·meu conto,,diz.
(7) Trinta anos depois?'
(a) I O; trinta, ela diz.
(9) Baixao olhar em direção à - mãos. Tambémolho para
a, mão dela.
(10)HeUca ou acan ia uma migalha de pão. Acendeum
cigarro.
(11) Não, diz depoi , pen ativa: trinta e cinco.
• ·)
1
nhuma ..
B) 3
e) g
D) 10
e) n
49
62)
(1) No ,Chileninguém se cumprimenta dentrodoseleva.
dores. Você entra e finge que .não enxerga,queé cego.
E, se cumprimentar, te olham torto, às vezesnemse-
quer cumprimentam de volta. Compartilha-sea fragi-
lidade em silêncio, como um sacrifício.
(2) O que é que custa as pessoas se cumprimentarem,
você pensa, enquanto a porta se abre numandarin-
termediário. Já são nove, dez pessoas,não cabemais
ninguém. Dos fones de alguém ouve-seumamúsica
que você conhece e gosta.
(3) Seria mais fácil abraçar a mulher à sua frente.Oque
vocês compartilham agora é o esforçode evitaren-
costar um no outro.
(4) Você se lembra de um castigo que recebeuquando
criança, aos oito anos: estava no banheirofeminino
beijando uma colega. Não era a primeira vezquese
beijavam, era uma brincadeira, um desafio.Umapro•
fessora os flagrou, repreendeu-os e os levouparaadi·
1
retoria.
(5) O castigo foi o brigá-los a ficar no meio do pátioumde
frente para o outro, com as duas mãos dadas,olhan-
do ..se fixamente, durante todo o recreio,enquantoo
resto das crianças gritava bobagens para os dois.
(6) Ela chorava de vergonha. Você estava quasechoran-
do, mas conseguiu manter o olhar fixono rostodela,
sentindo uma espécie de fogo triste. Chamava-se
Rocío, a .menina.
(7) Quanto tempo durava o recreio? D;ezminutos,outal
v,ezquinze. Nunca mais você olhou para o rostode
alguém por quinze minutos inteiros.
50
(8) Seria mais fácil abraçar de uma vez a desconh,ec1da
a sua frente..Ambos baixam a vista, você é mais alto
e se concentra no cabe_o preto dela, que ainda está
molhado.;
(9) Os fios embolados do cabelo longo e liso::você pen-
sa nas cabe]eiras que já desembaraçou alguma . ma-·
nhãs, com cuidado Aprendeu a técnica. Sabe desem~
baraçar o cabelo dos outros.
( 10) Quase todos já saíram do ele~ador, ficaram apenas
voce e ela. Aproveitaramcada nova porção de esp,a-
ço disponível para e distanciat Podiam estar ainda
maisseparados,cada um -e aboletandoem seu can-
to, mas isso seria uma demonstraçã.ode algo, seria o
mesmo que e abraçar.
(11) Ela sai um andar antes do seu. Ê estranho e de algum
modo horrível que, ao ver seu próprio corpo multi-
plicado nos espelhos, você sinta o enorme alívioque
,está.sentindo agora.
(12) . o Chile ninguém se cumprimenta dentro dos ,ele-
vadores, você diz, de noite, num jantar com amigos
estrangeiros. No m.eupaís também não, alguém res-
ponde, talvez por educaçao. Ma no Chile realmente
ninguém se cumprimenta, ninguém olha para. run
guém num elevador,você insi te.
(ll3) Cada um fingea própria au -ência. É possívelque ve
lhos amigos,inimigo- ou me -mo amantes venham a
compartilhar o elevador em nunca sabê-lo.
( 14) Você acre centa lugar,e.-comuns sobre a identidade
chilena,rudimentos sociológicosAofalai;pensa que
está tramdo algo. ente uma pontada, o pe- da im-
po tura.
51
(is) 0Chile ninguém se cumprimenta dentro d
.. .. .. os ele~
vadores, diz de novo, como se fosse ttm ieh.!:.
A - llcfO, hl:Qn
.
A) enhuma.
B) 4,.5, 6 e 7
e) 8e9
D) .3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, li
E) I, 2, 3., 8, 9, 10, ll, 12, 13, 14, 15
63)
(1) Eu era amigo compadre dele. Eu o conhecia bem.
E não é verdade o que tão dizendo. Algumascoi as
sim, mas não todas. O que tão diz,endom,eincomo-
da, dói. '_como e e. tive .em falando de mim..
(2) É verdad q·ue, ___ r-=e--·u-
_ le_achava p g-·n . eq-u,-m-,
..an-;t- .e er-a b1c·ha
. __,
mas não mandou ninguém emborapor causa disso.
Todo mundo sabia que o Salazar queimava a rosca;
era só olhar para ele. Mas era um frouxo.Meu compa-
dre o despediu por ser frouxo,não por ser veado.
(3) ão é verdade que tratava mal a empregada. Se ela
ficou tanto anos na casa, por algum motivo deve ser.
Chamava-a com a campainha, às vezes até dizia por
favorao pedir as coisas.No Natal sempre dava de pre-
sente um uniforme novinho, impecável. E em feve
reiro a levavajunto para a casa em Frutillar.Um mês
vera an-d.O·d'_e g-r--a
n~·e~
- ___ _ velha-
ç-a., ·a.
. __ .
(4J ·· qual. é o problema, se me permite, da campainha?
Quer dizer,é me1hortratar a empregada a gritos?
(5) É verdade que ele não gostava dos mapuche mas é 1
,
o pai .
(7) Agora.há muit · -dizendo que não abiam do de· apa-
r cim -nto da -.tortura .,do a a -inato laro que
53
li
54
►
(12) Digam o que qui erem dele, é muito fácil falar mal
agora que está morto. Ma go taria que soubessem
que .meucompadrenão estátã!omortoassun, ele ain-
da tem a mim, nunca deixarei de e tar pronto para
o combate por ele. empre vou defende-lo.S1empre,
compadre:sempre.
A) Nenhum.aí
B) Toda .
1
e) 4
D) 9 e-10
E) 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11
55
)
(1) P _rgu.ntam por me,u nome, · u re pondo:· i' :anue] 1
1
nada
(3) orno é - er o filho d. um do ma1ore: crimino·o_da 1 1
~, 1
pai
(7) Dec_din.ão ter filh,o_,.Pr _,eis-i me de ·:cara meu _pai.
1 1 _
1
. 1 -e au'de ,,p-1_.
E e·e tá doente. A piora -f -_ -1e,e-tado 1 1 1- ·
l
blica,, :~ai :o J rn - , =:
(8) Quando meu pai morrer, poder i ter uma vtda. _um
filho. Ele será o filho de Manuel Contreras. . a nao
darei a ele·o non1e de Manuel. ·vou falar para a mã
escolher outro nome Não quero er o pai de Manuel
·Contreras.
(9) Jáfo10 ba··tante er o filho de Manuel Contrera. ão
quero ser também o pai de ManuelContreras.M,elbor
se for uma menina
(10) ão sou eu quem fala..Afgu.émfalapor mim. Alguém
que emula a minha voz.Meu pai vai morr r em breve·.
A pessoa que emu]a a nunha voz abe di_:o e·não· e
importa.
(n) Talvez meu pai já e t ja mort .,quando publicar m o
livro que o filho da puta que emula a minha voz ,e-tá
,escrevendo. a pe oa , pen arão qu em minha
vo.zfingida há algo de verdadeiro.Embora nao e1aa
minha voz. Embora eu nunca fossedizer o que e tou
dizendo a.,gora. mbora ninguém tenha o difeito de
falar por mim..De me expor ao ridículo. É fácil rir de
mim. Me culpar, se compadecer de mim. ão há mé-
rito literário algum nisso.
,C2)Palma para o . critor, por ua,engenho idad . Batam
palma_, omoaccgtipod g nt d V ,f_ b rpalma.
1
. angue.
(13) Agora está dizendo qu - dou orden., qu - -eiltorturar.
Que sou filho de pe1X. Agora · tá diz .-ndo qu ,eu
mando enfiar,emum perfurador de m.etaJno â u
dele.
(14 )• Agoraestá dizendo que eu não tenho O di . .
... _. . . ..-. " . d
_re110
desafiar
- meu p ópr10 desttno.
. . Que sou UID·,
· ~~no·e
mo
vo.Quedigoo que nao dig~.QueatélheagradeÇo .Vi
falarpor mim Agoracontinuaem buscadepai.POJ
Pa.ra tatuá-las em meu peito com a brocam· 'llises,p--
,
.
'IU .
avras.·. ,_. · ·
sa da furadeira -
A) Nenhuma
B) ·9
e) 10, u e 12
o,) 1.3e 14
E) 14
58
p
65)
(1) om o dinheuo da loteria, o velho decidiu realizar o
, onho de ua vida,mas como o sonho de sua vida era
ganhar na lot ria, não abia o que fazer,De cara com.-
prou um Peug ot 505e me contratoupara dirigi.-lo.
(2) Um ·ábado fui buscá-lo: o plano era ir ao Clube Hí-
pico,mas el ·tava assi tindo ao SábadosGigantese
,estavacom pr,eguiçade ait Ofir,eceu-m uma cerve-
ja, vimos juntos o quadro ·'vocênão Conhece o,Chi-
leu:Dom Franciscopasseavapor Ancude por Castro,
entrevistavaos habitantes de umas palafita .,a1udava
a preparar um curanto, ve tia com certa dificuldade
um gorro típic,ode Chiloé
(3) É isso que vamos fazer,me disse, comoque tendo uma
epifania p,ercorrero Chile no carro novo. Perguntei
por que não viajar pelo mundo, como o próprio Dom
Francisco em ''A câmera estrangeira,~Respondeu-m•e
que antes de conhecer o mundo era preciso conhecer
bem o próp,no país..Perguntei se com.eçaríamosp,elo
norte ou pelo . ui. Pelo norte, idiota, pelo norte,.como
é que vamos começar pelo sul?':Êde nane a sul que se
faz e .a m rda..
e
59
pedia para pôr umas fitas de Coco Legrandfazendo
piadas. Cheguei a odiar Coco Legrand: suas piadas 1
60
(g) Combinamos um valor por palavra, e a única coisa
que importava era que o livro fosse grosso. Pus-me
então a escrever a sua história. Encontrava-o todas
as manhãs para ouvi-lo. Era presunçoso, um péssimo
observador, arrogante, mas eu o escutava com aten-
ção e anotava tudo. Os espanhóis são simpáticos, di-
zia de repente, por exemplo. Os espanhóis de onde,
eu perguntava. Como de onde, imbecil, os espanhóis
da Espanha, respondia.
(10) Também tive que entrevistar os filhos dele, um ho-
mem e uma mulher com cara de desamparados, mais
ou menos da minha idade, que diziam amar e admi-
rar o velho, e também falei com sua ex-mulher, uma
senhora que estava sempre com um rosário na mão
direita e falava pelos cotovelos. Era óbvio que men-
tiam o tempo todo, não entendia por que haviam
aceitado colaborar. Depois soube que meu chefe ti-
nha duplicado a mesada de cada um.
(n) Uma vez perguntei, sem más intenções, se ele acha-
va que o dinheiro o havia mudado. Olha as perguntas
idiotas que você faz, seu merdinha: é claro que sim,
respondeu. O dinheiro muda qualquer um. Depois
perguntei sua opinião sobre Pinochet, que eu já sabia,
só queria checar. Era 1987, um ano depois do aten-
tado ao general, um antes do plebiscito: adverti-o de
que a opinião dos chilenos sobre Pinochet mudaria
nos anos seguintes, ganhando o sim para sua perma-
nência ou o não para sua saída do poder, e que por
isso talvez não fosse recomendável ele se revelar um
fervorosopartidário do ditador. Quero que fique claro
no meu livro que acho que Pinochet salvou o Chile e
61
Ili""
a
,,,..
que quero que esses mongo1s que tentarammatá-lo
apodreçam no inferno, respondeu.
(12) Perguntei o que pensava de Dom FranciscoDom
Francisco sempre foi minha mspiração, respondeu.
Dom Franciscoviajou o mundo todo, eu dissejá oPi-
nochet não é convidado para ir a lugar algum. ão ei
por que falei isso. Ele ficou pensando. Pegueiumas
batatas e acrescentei que Dom Franciscotinhano·
mostrado o Chile que Pinochet destruíra. Vaiparaa
puta que te pariu, ele respondeu.
(13) Fiquei calado, estava aco tumado a essas humilha-
ções.Afinal de conta , eu era apenas um ghost-writer.
Trabalhei mais dois meses e terminei o livro.Tre-
zentas e cinquenta e nove páginas. Tenho vergonha
de confessar que fiquei orgulhoso de algumaspa a-
gens, que me pareciam bem escritas,eloquentes.Oli-
vro era um lixo, mas ao meno havia algumasfra.e , a
meu ver~inspiradas,uma··vrradaselegantes,atémeio
barrocas. Ele pagou uma edição de quinhento exem
piares..Meu caminhopelomund.oe pelaminhapátria,
foi es e o título que escolheu
( 14) Pensei que nunca mais o veria. Durante quinzeano
não soube nada dele, até que me ligou. Perguntei
como con eguira meu número. Tenhomeusrecurso,
disse. Contou que estava doente,.que talvezmorre e
em breve, e queria que corrigíssemosalgumascoia
no livro,para uma egunda edição. Pergunteisea pri-
meiratinha esgotado. Sobraram un cem livro comi-
go, disse, mas não é suficiente. Que coi a vocequer
corrigir, perguntei. ó os erro de ortografia,o e1ho
de merda me r pondeu.
62
A) Nenhuma
B) Todas
e) Qualquer uma 1'
o) A
E) B
1·
63
66)
(1) Tenho seis filhos, quatro homebs e duas mu1here ..
Uma é lésbica, mas a amo mesmo assim,porqueé
uma boa pessoa. Se for classificar meus filhosne·-
ses termos, quatro são boas pessoas e dois sãomás
pessoas~ Cem por ce.nto das mulheres: boas Homens
maus: cinquenta por cento.
( 2) Conforme suas idades· o mais velho tem 45anose0
mais n.ovo, 29 c.onforme suas mães.:Eleonora(dois
rapazes e as duas meninas), Silvana (um),Daniela(o
caçula) ..
(3) Sugeri nomes para todos os meus filhos,massócon•
s,egui fazer minha vontade prevalecer em doisdos
.
seis casos.
(4) Filhos meus com pintas no rosto: três. Como ,que·ixo
repartido: dois. Cílios compridos: do·s.
(5) Quatro dos meus filhos foram me ver na clínicaquan-
do fui operado para extrair o rim esquerdo Osoutms
dois não foram, mas me ligaram.
(6) Porcentagem de filhos meus que algum dia disseram
te odeio· 33,3%.
( 7) Porcentagem de filhos meus que declararamseuódio
a mim não com palavra , mas com ações(socono
olho e--querdo ): 16,6%.
(a) Filhos meus que algum dia me pediram perdão:
quatro
(9) Dois de meus filhos aprenderam antesdostrêsanos
a cortar as próprias unha. e a amarrar os sap,atos
A todos en -ineí a dirigirantes dos dezoito
(10) Filhos m-eus qu.e já atropelaram cachorros:dois.Fi-
lho · :m u- qu.e já.at ·opelaram pe oa-: um.
64
(u) Filhos .meus que trabalham no setor público: dois.
Privado· dois. Nem público nem privado: dois.
(12) Eleições presidenciais do Chile, ano de 2013,votação
dos m.eusfilhos no primeiro turno:
Michelle Bachelet. dois..
Marcel ,Claude.zero.
Marco Enríquez-Ominarni:zero.
Tomás Jocelyn Holt: zero..
Ricardo Israel: um.
EvelynMatthe1:um.
Roxana Miranda. um.
Franco Paris.i.:zero.
Alfredo sieir: um
Votos nulos. zero.
Votos em branco: zero.
(13) Votação dos meus filhos no segundo turno: três em
Bachelet, um em M'atthei, um nulo, um - uma - não
foi votar.
(14) Filhos meus que já dormiram na cadeia mais de duas
noites seguidas· zero.
(15)Filhos meus farmacodependentes: cinco. Fluoxetina·:
dois. Clonazepam: dois. Lítio:um. Filhos meus com
pés chatos· l 00%..- ilhas meus com pés chatos que se
negaram a usar palmilhas: dois. Filhos meu opera-
dos de apendicite~três.
(16) Cinco dos meus filhos têm miopia e quatro padecem,
também, de a tigmatismo.
(17) Dos meus cinco filhos.com problemas na vista, doi.
quiseram.operar, mas não tinham dinheiro para isso.
Três usam óculos, dois preferem lentes de contato.
Dos três que usam óculos, dois preferem armações
retangulare e gros as. O restante não tem Jeito: usa
-
armações redondas, mesmo sabendo que quemtem
rosto redondo deveria usar armações quadradas ou
retangulares.
(18)No geral, quando organizo meus almoços,doisdos
meus filhos falam sobre política e dois sobrefutebol.
O mais velho costuma relatar suas intermináveis con-
fusões amorosas e o outro permanece emsilêncio ab-
soluto, do jeito que fazia quando era criança,sempre
olhando para o prato, como se estivesseanalisando a
comida com rigor.
( 19) Filhos meus que costumam me pedir dinheiroem-
prestado para comprar remédios: dois.Parair aohi-
pódromo: um. Para pagar dívidas:dois.
(20) Filhos meus pelos quais eu daria a vida:pelomenos
três.
(21) Filhos meus planejados: quatro.
(22) Filhosmeus que, nos momentos de angústia,mecon-
tam seus problemas: três. Filhos meus aosquais,nos
momentos de angústia, conto meus problemas:dois.
(23) Filhos meus que estarão presentes no meu funeral:
seis.
(24) Filhosmeus que cuspirão no meu túmulo:um.
(25) Filhos meus que têm filhos: zero.
A) Nenhuma.
B) Qualquer uma.
e) Todas.
o) 21
E) 25
66
V.Compreensão de leitura '
1
1
qu.·~apr ··ndemo·..·._·
...p ri· ·ição,c)ontud.o,o qu nunca --~,quecería.--
1 C·
matéria num minú cuia, 'bilh,ete,de ônibus.l Mas d,e po,u.co servi-
ria. ss,a obra admiráv l e não tiv ·ss mo,~ades, .eza _ a audá.-
c:ia nec·essárias nos momen -os-chave~ o talento ·pa .a ·~ er, ····ber o
in-tant · .-m que o p•-o~-·.·.;orbaixava a gu.arda e come.••'·vam.·.·.s
-dez,vinte .segun,do·_: de,oulio..
Ju;_tame-._e :nes~e colé.gio1 em eoria o mais, e·xi,g nt do
1 1 1 1
e-· e, cotar ,era ·be ma'·• fácil, ·pois bo,apa ,te das prova.seta
1--.
·-_.-· t. 1 ••
1
• • 1
.--
70
J
eram difu os: era um, egredo, era algo d lica o .Dequalqu r
m.odo,logo e ·qu cerno ·do a ...unto..
inco ano· depois, em 1993, quando já tá. an10 no últi-
mo ano do col gial, num dia em qu . eu, ord ro, arragu z •
o pequeno Carlosmatamo ·aula, • n ontramo com profe>or
de religiãona saída do bilhar d arap,acá.., ão da ·a ai. aula ,
tinhavirado condutor do metrô,era •eudia d -folga.Pa ou uma
Coca-Colapra gente e p,ediuum pi co pequeno, m a fo· -
,cedopar.acomeçar a beber~· oi então que ·enfimn con ou a
história dos gem.eosCovarrub1as.
•••
71
ficaramem turmas diferentes. Estavamvisivelmentepe·rdido
naquele colégio tão gigante e impessoal, mas eram forte, esc..
tavam.dispostos a sobreviver em suas novas vidas.Ape·ar da
avalancheincontrolávelde olhares e piadas estúpida do cole-
gas ("pareceque estou vendo do1s' semprese juntavampara
1
),
lancharno recreio.
No fim da sétima série tinham de escolher ·entreanespiá -
ticas e música, e os dois escolheram artes plásticas e perando
que o acaso os unisse novamente, mas não tiveramsorte. o
fim da oitava,. quando tinham de optar entre france e· gles,
pensaram em escolher francês; que, como atraía pouco. can
didatos, praticamente garantia que e tariam Juntos de no·o,
mas depois de um sermão de Covarrubia pai obre a impor-
tância de saber inglês no mundo competitivo e selvagemde
hoje, resignaram-se. o primeiro e no segundo ano do colegial
a coisa não melhorou para eles, pois a divisão era por notas,
mesmo ambos tendo ótimas qualificaçôes.
Quando passaram para o terceiro ano escolherama área
de humanas e, por fim, ficaram na mesma turma, o Terceiro
F. Voltar a ser colegas após quatro anos era divertidoe e tra•
nho. A semelhança física continuava impressionante,embora
o rosto de Luis fo ·se mai infe ·tado de e pinha e Antoniode -
.e sinais de querer se diferenciar com eu cabelo compr·do,.ou
o que na época era tido como cabelo comprido: a camadade
gel que ordenava seus fios dava a Antonio uma aparênciame-
nos convencional que a d ·eu irmão,.que mantinha um corte
clássico,ao estilo militar,com o cabelo a dois dedos da camia,
como estipulava o regulamento. Antomo também u avacalça
largas, de afi.a11doa normas, e cos ·w:na.vaiI ao colégio de t,êni
preto mv·zd· apato
72
i o pnm iro me e , o .g'"'meo Se ·entavamjunto ·,prote~
1
•
1
•••
73
....
74
iria con eguir as altís imas pontuações necessárias,para entrar
em direito na Univer idade do Chile,como o irmão~A ideia foi
de Antonio,naturalmente,mas Luisaceitou de cara, sem chan-
tagen , nem condições,e sem um pingo de,medo, porque em
nenhum momento achou que fos, po ível erem de cober
tos. Em dezembro daquele ano, Lui ovarrubia •se apre .ntou
com a carteira de :identidadede ,euirmão ntoniu para faz _r a
prova pela segunda vez, e s e Jorçou bastant , tentando con
seguir uma pontuação ainda m,elhor,quea sua no ano anterior ·
·e, de fato, conseguiu a maior pontuação nacional na prova de
ciências sociais.
•••
75
Continuamos em silêncio já era tarde, quasenoite.Elese
sentou de novo,absorto em seus pensamentos..Eutiravaboas
notas, disse, quando achamos que não haveria maispa1avras:
era o melhnr da turma, do colégio todo, nunca colei Masna
prova fui um desastre e por isso tive que estudarpedagogia da.
religião,sendo que nem acreditava tanto em Deus.Perguntei se
agora,.comocondutor do metrô,ganhavamaisgranaOdobro,
respondeu. Perguntei se acreditava em Deus e ele respondeu
que sim, que agora, mais do que nunca, acreditavaemDeus.
Nuncame esqueci, nunca vou me esquecerdestegesto:com0
cigarro aceso entre o dedo indicador e o médio, olhouparaas
costas de sua mão e querda como se procurasse as veias,e.a
seguira virou,talvezpara comprovarque as linhasdavida,da
cabeça e do coração continuavam ali. Despedimo-noscomose
fôssemosou tivé semos sido amigos. Ele entrouno cinemae·
nós seguimos pela Bulnes em direção ao parque Almagro para
fumar uns baseados.
Nunca mais soube de Segovia.Às vezes,no metrô,quando
vouno primeirovagão,.olho para a cabinedo condutorepenso
que o professor está lá, apertando botões e bocejando.Quanto
ao gêmeosCovarrub:ia. ·, parece que nunca.mai- se separaram.
Tornaram-se advogado idênti o ; dizem que é diflcHsaber
qual é o mais brilhante e qual o mais corrupto.Dividemumes-
critório em Vitacura e cobram o me mo, cobram o queumser-
viçobo · J i o val :
67) De acordo com o texto a experiênciados gêmeo. Covar-
1
77
68) O melhor título para este conto é:
70) O fato de dividir seu nome entre seus filhos gêmeo de-
monstra que o senhor Luis Antonio Covarrubias era:
A) Inovador.
B) Engenho o.
78
......
.) .qu,â·:· - ~ .
D 1
) Maçom.
-.) Idiota.
'légio.
dante·· _n.c.hen_cO·-i0
de d:evere,.·. 1
···•
1
pagos.
o) Eram cruéis e ·-evero,', p orque ·-tavam tri~· ..·,;-,_--odo
1 1
também4,
qualq·ue.r,.~r h ~ mano..
.) 'Os estud.ante.se ~ m.pi ores --ota _,na~ ·p.ro;va
1 1 ·,de ,entrada 1
-c.)igl- O~
[ 1
7
73) A finalidade deste co,nto é-
ao
TEXTON'º!2
81
até de tirar um cochilo -emudar ,d:eroupa antes de os amigos
1
82
p
84
m r ~ Qu núm ro?' atgu'm p r ·unl u. O núm-ro rqu t - dã
na · p· ra, ilnb il r , p nd am.. ou · um il n i ,
total .· u aptoveitJ para fi char o olh _ 1na abri- d olta
im d1.tam. nt tudo gir a a m u r dor
oc , fal nito pra aralho :ait di _ n ,ã , po ta,1
8.
aprovado, o divórcio seria mais caro que a anulação.Explicou-
-nos o processo: sabíamos que o juízo da anulaçãoeraridículo,
mas ao nos inteirarmos dos pormenores nos pareceutambém
imoral. Tínhamos de declarar que nem ela nem eu morávamo
nos endereços que constavam na certidão de casamento, preci-
sávamos conseguir testemunhas que confirmassemisso.
Que estupidez, falei para a noiva aquela tarde, num caféda
rua Agustinas: que mediocridade, que vergonha ser umjuiz
que escuta alguém mentir e finge que não sabe quea pessoa
está mentindo. Que estupidez o Chile, ela disse,e achoquefoi
a última vez que concordamos totalmente sobre algo.Nãoque-
ao
ríamos a anulação, mas era o justo, em certo sentido.Agora,
pensar sobre tudo, o melhor resumo de nossa históriaseriadi-
zer que fomos anulando um ao outro até que nos anulamos por
completo.
•••
86
PP E
o
Exercícios:
A) Melancólico.
e) Humorístico.
e) Paródico.
o) Burlesco.
B) Nostálgico.
'1
77) Quem ,.ão, a e·u ver, r,es.pectivamente,vítima e al,gozn1e.
ta
h1 tó.ria.7
) A .noiva / o,noivo ..
e) 0 po eta / Maite.
1 1
e) Chile / Chile..,
·o) F'ígad,o/ beberagem.
E) Destilados / não destilados.
,,
eraumpa1s·
-
~pre-ália ..
e) Diz que ·esq·uecer,á até o n,omeda mulhe~,ma , al ·ezj á 1
chi ta
') ,e- verm , e·,to faland0 ,c,,o;c-·.~
voe_,_ 1
88
,
O) a·-ordo , om o t -O a 1 i do di. ór-io nã - foi apr
1
1 1 '- . 1-
os covardes.''(Voltaire)
90
,,•
A) I, U e 1V
i • • •
B) X
e) Todas
D) viiiexi
•
B) Xll
91
º iad
mi, 1
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qu u,· -
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h ua mã ínha
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ra raal oq
. · _O1D
d un an ,.
rd
n
. h da minha
d · ,-cr
a ___ ho
- n·
'É um pensamento esmagador,uma porta que leva ,ànoite
mais escura,,a.escuridão total, mas também à p,enumbra e, as 1
mas não ··e pod ~ ap. gar o· filho , não pod. · apagar o pai ..
ei qu você tentou m apagartm.a, não co : egu·u -e· que,
para você, eu tenho exi tido demasiadam,ent. Que ambém te..
nho extsndo por ausencia. ,Quandonão estava com voe , quan
do pa · ava emana . em te ver, aqu,eleano em qu,efiquei fora
do Chile, por exemplo:mesmo nesse ano eu eXJtia de,maia~
dam .nte,porque eu não e tav,apre ente ma• minha au ,ên ia,
sim.Por1s·oachoqu émeudevertedizerquetamb'mt nt 1te
apagar::todo ,o pai fanta iam ,comuma vida irr pon áv I d·
juventud . et rna, d - úbito hero:í,mo . a d form ça d al o
-S
que -e fr_lava antigamente, tentan-do dar a frase certa den idade
1
g6
P'
1
'm daqu-1 , víd · o qu nao ei e para o bem ou para o
mal u: má r· ·olveut m trar, ntendo que oce nã po ui
· ualqu r J. mbrança d no a vida a tr ~ -. - o et ano oc m _
• ontou ,qu aJgun do u oi ga - de turma mora am com
pai a mã vo ~ achava t' o chato, porque -l - tinham a -
na .uma ca a. a hora u ri, qui a reditar lit, ralm nt naquilo
i que n - a fra ha ·a também uma dor, uma r -imina-
ão inc -n· .•i nt , talv z.n - -ntanto, · into qu ~ e - bi m
qu no para ' ma1 .profundo e irr · ogáv_l qu -o abi m •q •.·
o. tum a ,epararo filho d · u pai
ao·cac:a.orro,
batizou-o d- ·mo,.- nquantu oltá amo· p·_ra
sentia totaltnent dobrado, nã.ocon i o p _n ar• m
Nl8Vlra. dobrado. nt ndi, enquanto · aminhá ·am ,
•111◄1ne momento começava uma luta qu u p -rd ria
luta q ·.talv z o a, om ta palavra. -u ~ , )a
vez
7
Abri a porta já convencido, disposto a respeitar a sua deci-
são, e no começo sua mãe concordou. Mas naquela noite, de..
pois de algumas horas de falsa harmonia, começou a escalada
de acusações mútuas, até que ela disse: a gentejá tem um.Per-
guntei como era possível que ela falasse de você como se fos-
se um animal de estimação. Ficou calada, e creio ter ouvidoas
trombetas da vitória, mas depois, tendo discutido sobre muitas
outras coisas de que não me lembro, quando já tínhamos acei-
tado que ficaríamos com o Cosmo, fui eu que disse exatamente
a mesma frase, no mesmo sentido: a gente já tem um.
Nem sua mãe nem eu falávamos sobre você. Falávamos,
sim, mas para ferir um ao outro através de você. Competíamos
pelo troféu de quem te amava mais. Fazia anos que concordá-
vamos que não concordávamos em nada. E naquela noite eusaí
de casa. E em pouco tempo sua mãe levou o Cosmo para meu
apartamento, o que acabou sendo bom, porque, como todas
as crianças, havia alguns fins de semana que você não queria
ir para a casa do seu pai, mas sua mãe te lembrava que você
precisava cuidar do ,Cosmo. Você não vinha me ver, vinha vero
Cosmo.
- 98
gensemqueestamosnós.,quete causamosalgum mal,mas que
você não pode apagar.Paraque vocênos veJaem câmera.lenta
ou normal ou rápida.Ou que não nos ve1a.mais,mas saiba que
estamos ali, esticandovezapósvezo filmeabsurdo da vida.
.,
'99
Exercícios:
rnação demon·,tra:
i. . .··, ontradiçfie de ·uma geração que, com o pret .·. 10 d
uma visão pessunisi a. do mun.do, preferiu te,r annnai,_
d·eestimação a ter filhos. 1
:-.··lho
-
_-
)
,e111
•1
11
l
. 1
) ,. il
e) Apenas1
) Ape.nasn
·) Apena- ui
84) Um título razoável para o texto lido seria:
102
J
86) Com qual dos personagens do conto você se identifica?
A) Com nenhum.
e) Com o filho, é claro.
e) Com o pai.
o) Comos pais do pai e com a mãe. Mastambém um pou-
co com o pai e com o filho.E com o cachorrinhoCosmo.
E) Com a mãe, porque também fiquei grávidanessa ida-
de, mas abortei. Arrependi-me tantas vezes; sempre
que penso nisso ficodeprimida. Mas,depoi de ler este
texto, acho que não foiuma decisãotão errada assim.
03
88) Qual seria, a seu ver, a pasta mais adequada no e-maD
para armazenar um texto como este?
A) Mensagens enviadas.
e) Rascunhos.
e) Caixade entrada.
n) Spam.
E) Men agens não enviadas.
104
me preocupar. Na última sessãome recomendou ten-
tar encarar a vida com mais "positivismo':
B) -u o abraçaria e agradeceriasua sinceridade.Aprovei-
taria para contar que na semana passada eu e Marce
fomos a uma clínica clandestina, estávamos muito
nervo os, mas deu tudo certo. Seria o momento per-
feito para confessar que pagamos o aborto venden-
do uns colaresda minha mãe, além da tevê grande, o
processador e o m1cro-ondasrazão pela qual precisei
fingir que tinham roubado tudo, e por um momen-
to fiquei morrendo de medo, porque a polícia veio ,e
achei que iam perceber que o roubo era fal o Diria
também que conseguio resto da grana vendendo suas
primeiras ediçõesde poesiachilenanum sebo da ave-
n·da ManuelMontt,então não precisamais continuar
procurando por elas.: -)
e) Quem dera que meu pai estivessevivo.Talvezlse ele
estivesse vivo e me dissessetudo isso, eu ficariafeliz.
Pensaria·é um imbecil,mas pelo menos está vivo Mas
meu pai não era um imbecile nunca teria me dito algo
assim, nunca teria me escrito uma carta como esta.
Outra coisa, aproveitando o espaço, sobre cachorros
e gatos:os pais querem que o filhossejam cachorros,
ma·. os filhos sempre são gato . O pai· querem do-
mesticaros filhos,mas os filhos,co.moos gatos,não
são domesticáveis.
o) Não se.icomo reagjr.ia..Que tipo de pai.diz essas coi.•
sas para um filho? Me1hor eria bater nele. Melhor
seria enchê-lo de sopapos. Será que ·le não tinha ou-
tra mane·ra de descarregar uas fru trações além de
atacar o filho?Era realmente neces ário dizer que ele
fo.ium filho na.od sejado? Eu ambéma ho que fui
105,
,,-
um filho não desejado, mas prefiro não sab er. Por
nós ,filhos, temos que saber tantas coisas sº~~
b que
pais? Por que eles nunca ficam calados? ssos
E) Daria um papagaio. para .meu pai, mas antes euoens·
naria - ao papagaio - a dizer: velho cuzão, velhocu - 1-
velho cuzão. Zào,
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A B C D E A B C D E A B C
100000 3l Ü Ü Ü Ü Ü 61 Ü Ü Ü Ü Ü
2 00000 32 Ü Ü Ü Ü Ü 620·0000
3 00000 33000010 6300000
4 00000 3400000 6400000
5 00000 35 Ü Ü Ü Ü Ü 65 00000
6 00000 3600000 6600000
7 00000 3700000 6700000
3800000 6800000
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9 00000 39 Ü Ü Ü Ü Ü 6900000
10 Ü Ü Ü Ü Ü 4000000 1000000
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27 Ü Ü Ü Ü Ü 57 Ü Ü Q Ü Ü 87 Q, Ü Ü Ü Ü
2800000 ssooooo sao,oo,oo
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