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Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região

Ação Trabalhista - Rito Ordinário


0000866-22.2023.5.05.0039
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Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 01/12/2023


Valor da causa: R$ 177.530,00

Partes:
RECLAMANTE: ANTONIO SACRAMENTO PEREIRA
ADVOGADO: DIOGO OLIMPIO LIBORIO GOMES MARTINS
RECLAMADO: MAX FORTE SERVICOS DE SEGURANCA LTDA
PAGINA_CAPA_PROCESSO_PJE
Fls.: 2

EXMO. SR. DR. JUIZ DA VARA DO TRABALHO DE SALVADOR/BA

ANTONIO SACRAMENTO PEREIRA, portador do


RG 0574074791, CPF 717.029.465-68 e PIS 12602422071, residente e
domiciliado na Rua Vicente Celestino, 508, Cond. Vila Impereial, Bloco 06,
Apto. 404, Marechal Rondon, CEP 41.280-000, por seus advogados
infrafirmados, regularmente constituídos pelo anexo instrumento de
mandato, onde consta o seu endereço profissional, vem, perante Vossa
Excelência, propor a presente RECLAMAÇÃO TRABALHISTA contra MAX
FORTE SERVIÇOS DE SEGURANÇA LTDA, pessoa jurídica de direito
Privado, inscrita no CNPJ/MF sob nº 03.195.862/0001-05, com sede na Rua
Conde Filho, 160, Graça, Salvador/BA, 40.150-150, pelos seguintes motivos
fáticos-jurídicos:

01. Inicialmente, requer que as publicações


havidas no feito sejam em nome do bel. DIOGO LIBÓRIO, OAB/BA 28.154,
evitando-se posterior argüição de nulidade.

DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA

02. Esclarece que inexiste comissão de


conciliação prévia e, de resto, a não submissão da demanda à aludida

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comissão não ensejaria a extinção do processo, à vista da flagrante


inconstitucionalidade do dispositivo da Lei 9958/2000, que exige a submissão
do litígio a tal instância, por violar o direito de ação estabelecido no art. 5º,
XXXV, da Carta Magna.

03. Outrossim, de acordo com as decisões


liminares das ADI´s 2139 e 2160, o STF suspendeu a obrigatoriedade da
submissão das demandas às Comissões de Conciliação Prévia.

DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

04. Requer os benefícios da justiça gratuita, por


encontrar-se a Autora sem poder arcar com as despesas processuais sem
prejuízo da sua manutenção e de sua família, nos termos do art. 790, §3º, da
CLT.

DA ADMISSÃO // DESPEDIDA // FUNÇÃO //


SALÁRIO

05. O reclamante foi admitido em 05/11/2010, na


função de Vigilante.

06. O reclamante foi despedido, sem justa causa,


em 04/10/2022.

07. Os anexos contracheques provam a variação


salarial do autor, sendo salário médio de R$1.500,00.

JORNADA DE TRABALHO // JORNADA 12 X 36 //


DESCARACTERIZAÇÃO // HORAS EXTRAS POSTERIORES A 8ª DIARIA
// DOMINGOS E FERIADOS // DIFERENÇAS REFLEXAS

01. Inicialmente, cumpre salientar que o


Reclamante trabalhava sob o regime de 12 horas de trabalho por 36 horas

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de descanso, ou seja, jornada especial 12 X 36.

02. Entretanto, na prática, o reclamante


trabalhava, em média, das 18h30 às 08h.

03. Ademais, em média, 04 dias por mês, o


Reclamante estendia sua jornada até às 12h.

04. O Reclamante usufruía de apenas 15 minutos


de intervalo intrajornada.

05. Constata-se, dessa forma, que o sistema


compensatório é inválido, pela prática habitual, durante toda relação
havida, de horas extras, conforme determina a Súmula 85 do c. TST.

06. Assim, diante da imprestabilidade do sistema


12 x 36, em face da realização, de forma habitual, de horas extras, requer o
pagamento como extra (hora normal acrescida do adicional normativo, ou,
de forma alternativa, legal), pelo labor a partir da 08ª hora diária trabalhada,
tudo com reflexos nos repousos semanais remunerados e, após, em aviso
prévio, salários, férias acrescidas do terço constitucional e FGTS + 40%,
como se apurar em liquidação de sentença, por todo o contrato de trabalho.

07. Entretanto, de forma sucessiva ao item 06,


requer a condenação da reclamada ao pagamento, como extra (hora normal
acrescida do adicional), a partir da décima primeira hora diária trabalhada,
bem como que seja deferido o pagamento do adicional sobre a 9ª e 10ª horas
diárias laboradas, utilizando-se o adicional normativo, tudo com reflexos nos
repousos semanais remunerados e, após, em aviso prévio, salários, férias
acrescidas do terço constitucional e FGTS + 40%, como se apurar em
liquidação de sentença, por todo o contrato de trabalho.

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08. E, por fim, de forma sucessiva aos itens 06 e


07, requer a condenação da reclamada ao pagamento, como extra (hora
normal acrescida do adicional), a partir da 12ª hora diária utilizando-se o
adicional normativo, tudo com reflexos nos repousos semanais remunerados
e, após, em aviso prévio, salários, férias acrescidas do terço constitucional e
FGTS + 40%, como se apurar em liquidação de sentença, por todo o contrato
de trabalho.

09. Ademais, tendo em vista que o sistema 12 X


36 restou devidamente descaracterizado em face da existência de horas
extras de forma habitual, faz jus o autor, também, ao pagamento dos
domingos e feriados laborados.

10. Assim, tendo em vista que a reclamante


jamais percebeu a folga compensatória (súmula 146 do TST), faz jus o seu
pagamento em dobro, gerando reflexos e diferenças nas demais verbas
resilitórias e contratuais havidas durante a vigência do extinto pacto laboral,
tais como: RSR, adicional noturno, diferença salarial, FGTS com 40%, férias
com 1/3, 13° salários e aviso prévio.

11. Outrossim, deverá, ainda, ser aplicada a


sanção prevista no artigo 71, parágrafo 4º da CLT, devendo a reclamada ser
condenada a remunerar o período correspondente ao intervalo intrajornada
não concedido como hora suplementar, acrescido do adicional de 50%
(cinqüenta por cento), incidindo reflexos e integrações no aviso prévio
indenizado, 13 salários, férias simples e proporcionais + 1/3, repouso
semanal remunerado, FGTS + 40% e demais verbas contratuais havidas
durante a vigência do extinto pacto laboral.

TRABALHO NOTURNO // REDUÇÃO FICTA //

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INEXISTÊNCIA // PAGAMENTO DE HORAS EXTRAS //


DESCARACTERIZAÇÃO DA JORNADA ESPECIAL 12 X 36

12. Ademais, importante destacar que JAMAIS


HOUVE A REDUÇÃO FICTA DE SUA JORNADA DE TRABALHO, em que
pese fazer jus.

13. Desse modo, requer que seja reconhecida a


aplicação da hora ficta noturna, deferindo o pedido de condenação ao
pagamento de horas extras, acrescidas do adicional normativo, bem como
sua integração ao salário e consequente pagamento de diferença de repouso
semanal remunerado, décimos terceiros, férias, aviso prévio, FGTS e multa
de 40%.

DO ADICIONAL NOTURNO // DIFERENÇAS

14. O reclamante faz jus ao recebimento de


diferenças de adicional noturno, já que trabalhava das 18h30 às 08h do dia
seguinte, não lhe foi pago o adicional noturno relativo às horas laboradas
entre as 5h e 08h.

15. Assim, requer que a reclamada seja


condenada ao pagamento do adicional noturno sobre as horas laboradas das
5h às 08h, no adicional normativo (50%), observando-se, inclusive a redução
ficta da hora noturna (art. 73, §1º, da CLT), com as devidas repercussões
nas férias + 1/3, natalinas, FGTS + 40% e RSR.

DO FGTS

16. A Reclamada não depositara corretamente as


parcelas do FGTS.

17. Logo, requer a apresentação das GRs e Res,

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na primeira audiência, sob pena de confissão e pagamento indenizatório dos


valores correspondentes a tais parcelas, acrescidos de juros e atualização
monetária.

RESCISÃO NÃO PAGAMENTO

18. O reclamante foi despedido sem justa causa,


entretanto não recebeu as verbas rescisórias a que faz jus.

19. Desta forma, requer a condenação da


Reclamada ao pagamento das verbas rescisórias:

- Aviso prévio, com integração ao tempo de serviço


e reflexos;

- Saldo de salário;

- Férias simples com 1/3;

- Férias proporcional com 1/3;

- 13º salário proporcional;

- Liberação do FGTS com 40% ou indenização


substitutiva;

-Multa de 40% do FGTS;

- Liberação das guias de seguro desemprego ou


indenização substitutiva;

- Multa do artigo 477 da CLT;

- Multa do artigo 467 da CLT.

DANOS MORAIS

20. O Reclamante não recebeu as verbas

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rescisórias a que fazia jus, o que lhe causou grande prejuízos financeiros,
tendo em vista que precisaria de daquela renda apara sustentar
momentaneamente sua família.

21. Outrossim, a Reclamada obrigou o


Reclamante a assinar um acordo extrajudicial para ser homologado na sob a
ameaça de não receber nada, acordo esse não homologado pela justiça, eis
que o documento só beneficiava a Reclamada, causando enorme
constrangimento de ordem emocional

22. Desta forma, provado o dano, deverá a Ré ser


condenada ao pagamento de indenização por danos morais no importe de
R$20.000,00.

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
SUCUMBENCIAIS

23. Requer que a ré seja condenada ao


pagamento dos honorários advocatícios sucumbenciais.

DOS PEDIDOS.

24. Ante o exposto, requer digne-se V. Exa.


determinar a notificação da Reclamada para responder aos termos da
presente RECLAMAÇÃO, querendo, sob pena de não o fazendo vir a ser
aplicada às regras do Art. 348 e seguintes do C.P.C., aplicável
subsidiariamente à matéria trabalhista, vindo, ao final, a ser condenado aos
pedidos abaixo discriminados:

a) Concessão dos benefícios da gratuidade da justiça;

b) Pagamento como extra (hora normal acrescida do


adicional normativo, ou, de forma alternativa, legal), pelo

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labor a partir da 08ª hora diária trabalhada, conforme


CCT aplicável à espécie, tudo com reflexos nos repousos
semanais remunerados e, após, em aviso prévio,
salários, férias acrescidas do terço constitucional e FGTS
+ 40%, como se apurar em liquidação de sentença, por
todo o contrato de trabalho, R$60.750,00;

c) Entretanto, de forma sucessiva ao pedido “b”,


requer a condenação da reclamada ao pagamento, como
extra (hora normal acrescida do adicional), a partir da
décima primeira hora diária trabalhada, bem como que
seja deferido o pagamento do adicional sobre a 9ª e 10ª
horas diárias laboradas, utilizando-se o adicional
normativo, tudo com reflexos nos repousos semanais
remunerados e, após, em aviso prévio, salários, férias
acrescidas do terço constitucional e FGTS + 40%, como
se apurar em liquidação de sentença, por todo o contrato
de trabalho, R$55.400,00;

d) E, por fim, de forma sucessiva aos pedidos “b” e “c”,


requer a condenação da reclamada ao pagamento, como
extra (hora normal acrescida do adicional), a partir da 12ª
hora diária utilizando-se o adicional normativo, tudo com
reflexos nos repousos semanais remunerados e, após,
em aviso prévio, salários, férias acrescidas do terço
constitucional e FGTS + 40%, como se apurar em
liquidação de sentença, por todo o contrato de trabalho,
R$48.500,00;

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e) Sanção prevista no artigo 71, parágrafo 4º da CLT,


devendo o reclamado ser condenado a remunerar o
período correspondente ao intervalo intrajornada não
concedido como hora suplementar, acrescido do
adicional de 50% (cinqüenta por cento), incidindo
reflexos e integrações no aviso prévio indenizado, 13º
salários, férias simples e proporcionais + 1/3, repouso
semanal remunerado, FGTS + 40% e demais verbas
contratuais havidas durante a vigência do extinto pacto
laboral, R$10.200,00;

f) Pagamento em dobro dos domingos e feriados


trabalhados, gerando reflexos e diferenças nas demais
verbas resilitórias e contratuais havidas durante a
vigência do extinto pacto laboral, tais como: RSR,
adicional noturno, diferença salarial, FGTS com 40%,
férias com 1/3, 13° salários e aviso prévio, R$6.100,00;

g) Pagamento do adicional noturno nas horas extras


labutadas, com base no adicional normativo, conforme
determina a súmula 60 do TST, incidindo reflexos e
integrações no aviso prévio indenizado, 13º salários,
férias simples e proporcionais + 1/3, repouso semanal
remunerado, FGTS + 40% e demais verbas contratuais
havidas durante a vigência do extinto pacto laboral,
R$5.980,00;

h) Pagamento da hora noturna reduzida, equivalente a


importância de 01 (uma) hora extra, como compensação

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pela redução do horário noturno previsto no parágrafo 1º


do art. 73 da CLT. Pela habitualidade, deverá incidir
reflexos e integrações no aviso prévio indenizado, 13º
salários, férias simples e proporcionais + 1/3, RSR,
FGTS + 40% e demais verbas contratuais havidas
durante a vigência do extinto pacto laboral, R$5.790,00;

i) Pagamento do adicional noturno sobre as horas


laboradas das 5h às 08h, para todos os dias em que a
Demandante tenha cumprido jornada noturna, no
adicional normativo (50%), observando-se, inclusive a
redução ficta da hora noturna (art. 73, §1º, da CLT), com
as devidas repercussões nas férias + 1/3, natalinas,
FGTS + 40% e RSR, R$9.600,00;

j) Integração ao salário das diferenças de repouso


semanal remunerado decorrentes das horas extras,
noturnas, dobras dos domingos e feriados laborados,
para fins de pagamento das diferenças de aviso prévio
indenizado, 13º salários, férias + 1/3, integrais e
proporcionais, repouso semanal remunerado, FGTS +
40%, multa normativa e multa do art. 477 da CLT,
R$15.840,00;

k) Integração das parcelas supra ao salário para todos


os efeitos legais e diferenças decorrentes em verbas
salariais e resilitórias: RSR; FGTS com 40%, horas
extras, noturnas, domingos, feriados, férias com 1/3 e 13º
de todo o período; bem assim aviso prévio, R$3.120,00;

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l) Pagamento da diferença de FGTS, R$10.620,00;

m) Pagamento das verbas rescisórias:

n) Aviso prévio, com integração ao tempo de serviço e


reflexos, R$4.650,00;

o) Saldo de salário, R$200,00;

p) Férias simples com 1/3, R$2.000,00;

q) Férias proporcional com 1/3, R$2.000,00;

r) 13º salário proporcional, R$1.250,00;

s) Pagamento da multa de 40% sobre o FGTS ou


indenização substitutiva, R$4.250,00;

t) Depósito e Liberação do FGTS com 40%;

u) Liberação das guias de seguro desemprego ou


indenização substitutiva, R$6.510,00;

v) Multa do artigo 477 da CLT, R$1.500,00;

w) Multa do artigo 467 da CLT, R$7.170,00;

x) Indenização por danos morais, R$20.000,00;

y) Honorários advocatícios sucumbenciais;

z) Juros moratórios;

aa) Correção monetária.

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25. Requer, também, a produção de todos os


meios de prova em direito admitidos, especialmente o depoimento pessoal
das reclamadas, sob pena de confissão, a ouvida de testemunhas e a juntada
de documentos, inclusive em contraprova, a fim de comprovar as alegações
aduzidas e ser julgada totalmente PROCEDENTE a presente reclamação.

26. Destaca-se, por oportuno, que os valores


apontados anteriormente se referem a estimativas, que poderão ser
alterados na fase de execução.

27. O reclamante dá à causa o valor de


R$177.530,00 (cento e setenta e sete mil, quinhentos e trinta reais).

P. deferimento.

Salvador, 01 de dezembro de 2023.

DIOGO LIBORIO

OAB/BA 28.154

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https://pje.trt5.jus.br/pjekz/validacao/23120112031334100000086371994?instancia=1
Número do documento: 23120112031334100000086371994
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https://pje.trt5.jus.br/pjekz/validacao/23120112033847200000086372019?instancia=1
Número do documento: 23120112033847200000086372019
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Assinatura

b334767 01/12/2023 12:04 Petição Inicial Petição Inicial

7d80176 01/12/2023 12:04 PROCURAÇÃO - Antonio Sacramento Procuração

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