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QUESTÃO 01 - (VUNESP – TJM-SP – Juiz de Direito Substituto – 2016) A empresa Alegria Ltda.,
visando parceria comercial com a empresa Felicidade Ltda. na comercialização de produtos para
festas, iniciou tratativas pré-contratuais, exigindo da segunda que comprasse equipamento para
a produção desses produtos. O negócio não foi concluído, razão pela qual a empresa Felicidade
Ltda., entendendo ter sofrido prejuízo, ingressou com ação de reparação de danos morais,
materiais e lucros cessantes, assim como na obrigação de contratar, ante a expectativa criada
pela empresa Alegria Ltda.
(A) Quem negocia com outrem para conclusão de um contrato deve proceder segundo as regras
da boa-fé, sob pena de responder apenas pelos danos que dolosamente causar à outra parte.
(B) A boa-fé a ser observada na responsabilidade pré-contratual é a objetiva, haja vista que esta
diz respeito ao dever de conduta que as partes possuem, podendo a empresa desistente arcar
com a reparação dos danos, se comprovados, sem qualquer obrigação de contratar.
(C) É assegurado o direito à contratação, em razão da boa-fé objetiva, e deverá a empresa que
pretendia desistir arcar com os danos comprovados, mas em razão da contratação, estes
poderão ser mitigados, principalmente quanto aos lucros cessantes.
(E) Não existe no direito brasileiro uma cláusula geral que discipline a responsabilidade pré-
contratual, de modo que não há que se falar em quebra de expectativa, vigorando o princípio
da livre contratação.
QUESTÃO 02 - A legislação civil aborda os contratos sob a ótica da obrigação como instrumento
de circulação de riquezas, dentre outras finalidades privadas, mas também sob o viés
constitucional, não se sobrepondo os interesses das partes aos ditames constitucionais. Desse
modo, que se estabelece o limite da liberdade de contratar na função social do contrato. Assim,
analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa correta:
I – Em regra, a proposta de contrato obriga o proponente, salvo se o contrário não resultar dos
termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.
III – A boa-fé objetiva é princípio contratual com várias funções, não se limitando à interpretação
do negócio jurídico.
QUESTÃO 03 - VALOR 2,5 - De acordo com a doutrina civilista, os conceitos correlatos à boa-fé
objetiva devem ser utilizados como função integrativa, suprindo lacunas do contrato e trazendo
deveres implícitos às partes contratuais. A esse respeito, assinale a única resposta correta:
(A) O tu quoque está relacionado à proteção de uma parte contra aquela que pretende exercer
uma posição jurídica em contradição com o comportamento assumido anteriormente.
(B) A surrectio refere-se a um direito que não exercido durante determinado lapso de tempo
não poderá mais sê-lo, por contrariar a boa-fé.
(D) O venire contra factum proprium proíbe que uma pessoa faça contra outra o que não faria
contra si mesmo, consistindo em aplicação do mesmo princípio inspirador da exceptio non
adimpleti contractus.
QUESTÃO 04 - VALOR 2,5 - Procurador – Câmara de Palmas – TO – COPESE – 2018) Com relação
à Teoria dos Contratos, importante matéria do Direito Civil, é incorreto afirmar que:
(A) os contratantes não podem criar situações jurídicas que prejudiquem terceiros, uma vez que
a autonomia privada não é um dogma inatacável, devendo a liberdade de contratar ser exercida
em razão e nos limites da função social do contrato.
(B) como regra geral as tratativas preliminares não possuem força vinculante, todavia, há
responsabilidades quando uma parte cria expectativas e sem motivo justificável as encerra.
(C) é nulo o contrato subordinado a eventos futuros, certos ou incertos, que limitam, mesmo
que parcialmente ou total, a sua eficácia contratual.
(D) nos contratos bilaterais nenhum dos contratantes pode exigir o cumprimento da parte do
outro, antes de cumprir a sua própria obrigação.
I - A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da
natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso. No entanto, deixa de ser obrigatória a
proposta se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a
retratação do proponente.
III - Os requisitos ou condições de validade dos contratos de ordem geral incluem somente a
capacidade do agente e o consentimento recíproco.
IV - O erro e o vício redibitório se confundem, tendo em vista que em ambos o alienante espera
que a coisa adquirida tenha uma qualidade que não possui; dessa forma, toda vez que se
configurar o vício redibitório, tem-se um caso de erro.
A. V-F-V-F-V.
B. F-V-V-F-F.
C. V-V-F-F-V.
D. F-F-F-V-V.
QUESTÃO 06 - Quando a Gama S/A, firma de contabilidade, decidiu fechar seu escritório no
centro de Palmas, optou por vender as três impressoras seminovas que lá se encontravam. A
Grafet Ltda. comprou as três, mas constatou problemas após recebê-las. O rolamento interno
da impressora X estava desgastado pelo uso, embora isso não chegasse a prejudicar a impressão
ou o seu valor. A bandeja externa de papel da impressora Y estava quebrada e não encaixava
mais na máquina, tanto que foi recebida em separado. A impressora Z, por sua vez, funcionou
bem durante uma semana, mas depois parou: o técnico chamado informou que a causa do
defeito foi um cabeçote interno, que deveria ter sido substituído há pelo menos seis meses.
Diante disso, a Grafet pode enjeitar, por vício redibitório:
A. a impressora X;
B. as impressoras X e Y;
C. a impressora Y;
D. as impressoras Y e Z;
E. a impressora Z.
QUESTÃO 07 - A oficina Borrachex alugou uma prensa hidráulica usada de um ferro-velho local
por um ano para utilizar em sua atividade empresarial. Ficou tão satisfeita com a máquina que
resolveu comprá-la, tendo o ferro-velho, no âmbito do contrato de compra e venda, lhe dado
garantia convencional contra eventuais defeitos pelo prazo de vinte dias. Sobre o prazo de
garantia contra vícios redibitórios, nesse caso, é correto afirmar que:
A. a partir da aquisição começa a correr o prazo convencional de garantia, findo o qual começará
a correr o prazo legal por inteiro;
B. a partir da imissão na posse do bem se iniciou o prazo legal de garantia, que se sobrepõe ao
prazo convencional, já que superior ao disposto no contrato;
C. a partir da aquisição começa a correr o prazo legal de garantia, que se sobrepõe ao prazo
convencional, já que superior ao disposto no contrato;
D. a partir da imissão na posse do bem se iniciou o prazo convencional de garantia, findo o qual
começará a correr o prazo legal por inteiro;
E. a partir da aquisição começa a correr o prazo convencional de garantia, findo o qual começará
a correr o prazo legal, reduzido à metade por já estar a oficina na posse do bem.
I. Pedro Paulo adquire um Fiat Uno usado, ano 2015, com 60 mil quilômetros rodados, fundindo
o motor 120 dias depois da tradição do bem, sem que houvesse qualquer indício prévio de que
isso iria acontecer. O alienante, João Dirceu, conhecia o péssimo estado do motor, o que omitiu
por ocasião da venda. Nessas circunstâncias, prevê o Código Civil que é possível pedir a redibição
ou o abatimento no preço do veículo, sem prejuízo de eventuais perdas e danos.
II. Renato, professor universitário, adquiriu um automóvel usado de seu vizinho, Adalberto,
corretor de imóveis. Este lhe concedeu dois meses de garantia, iniciada a partir da entrega do
bem. Entretanto, três dias depois de expirada a garantia, o veículo pifou na estrada, exigindo de
Renato gastos com reboque e conserto. Diante disso, Renato nada mais pode pretender em face
de Adalberto, pois, tendo em vista a natureza da relação, a garantia contratual afasta a garantia
legal;
III. Carlos comprou um imóvel pertencente a Paulo mediante pagamento à vista. Ao receber o
imóvel, Carlos observou que este estava com alguns defeitos ocultos, inclusive, desconhecidos
de Paulo. Assim, pelo fato de Paulo desconhecer o vício oculto, Carlos não poderá rejeitar o
imóvel e redibir o contrato, pleiteando a restituição do valor pago.