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Serão tratadas as atualizações trazidas pela Lei n. 14.321/22, que inseriu o crime de vio-
lência institucional (Art. 15-A).
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Essa lei pode ser dividida em duas partes:
1. Parte geral: art. 1º ao art. 8º - disposições gerais. É a parte mais cobrada em provas
de concurso.
1. Âmbito de Aplicação (art. 1º): a lei usa a expressão “qualquer agente público”. O agente
público não precisa estar exercendo a função.
Por exemplo, “crime de carteirada” – o agente foi a um show e comete crime de abuso.
O aposentado não responde por crime de abuso, pois ele foi desvinculado da função.
O agente de férias ou de licença pode responder por crime de abuso.
5m
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LEGISLAÇÃO
Atualizada – ABUSO DE AUTORIDADE (LEI N. 13.869/2019)
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COMENTÁRIO
Com base em lei de abuso de autoridade, é sujeito ativo do crime (comete crime) de abuso
de autoridade qualquer agente público, servidor ou não, da administração direta, indireta
ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Municípios e de Território, compreendendo, mas não se limitando a Servidores públicos
e militares ou pessoas a eles equiparadas, Membros do Poder Legislativo, Membros do
Poder Executivo.
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Atualizada – ABUSO DE AUTORIDADE (LEI N. 13.869/2019)
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2. (CESPE / CEBRASPE - 2021 - PRF - Policial Rodoviário Federal) Qualquer agente pú-
blico, ainda que não seja servidor e não perceba remuneração, pode ser sujeito ativo do
crime de abuso de autoridade.
COMENTÁRIO
Qualquer agente público, ainda que não seja servidor e não perceba remuneração, pode
ser sujeito ativo do crime de abuso de autoridade.
COMENTÁRIO
O particular, para responder por crime de abuso, precisa agir nas circunstâncias do art.
30 do Código Penal, em concurso de pessoas com agente público, sabendo que é agen-
te público.
O doutrinador Renato Brasileiro entende que a lei de abuso não se aplica ao funcionário
público por equiparação, por exemplo, o que exerce função em empresa conveniada, pres-
tadora de serviço público de coleta de lixo, em razão de ausência de previsão legal.
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Atualizada – ABUSO DE AUTORIDADE (LEI N. 13.869/2019)
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COMENTÁRIO
COMENTÁRIO
De acordo com a Lei.º 13.869, de 05 de setembro de 2019 e suas alterações, é sujeito ativo
do crime de abuso de autoridade qualquer agente público, servidor ou não, da adminis-
tração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios e de Território.
6. (INÉDITA) É sujeito ativo do crime de abuso de autoridade qualquer agente público, ser-
vidor ou não, da administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de Território, que abuse do
poder que lhe tenha sido atribuído, desde que esteja no exercício de suas funções.
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COMENTÁRIO
É sujeito ativo do crime de abuso de autoridade qualquer agente público, servidor ou não,
da administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de Território, que abuse do poder que lhe
tenha sido atribuído, ainda que não esteja no exercício de suas funções, a pretexto de
exercê-las.
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COMENTÁRIO
8. (INÉDITA) O particular que atua em conjunto com agente público na prática de conduta
tipificada pela Lei n. 13.869/2019 pode responder por crime de abuso de autoridade,
desde que tenha conhecimento da condição de agente público do aliado.
COMENTÁRIO
O particular que atua em conjunto com agente público na prática de conduta tipificada pela
Lei n. 13.869/2019 pode responder por crime de abuso de autoridade, desde que tenha
conhecimento da condição de agente público do aliado, art. 30 do CP.
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Atualizada – ABUSO DE AUTORIDADE (LEI N. 13.869/2019)
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Não existe crime culposo de abuso de autoridade. O tipo penal culposo deve ser expresso,
e não lei não há previsão.
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GABARITO
1. e
2. C
3. c
4. E
5. d
6. E
7. E
8. C
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Diego Fontes.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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LEGISLAÇÃO
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COMENTÁRIO
a. Constitui crime de abuso de autoridade a conduta praticada pelo agente público com a
finalidade específica de beneficiar a si mesmo ou a terceiro.
b. O agente público, servidor ou não, que, no exercício de suas funções ou a pretexto
de exercê-las, abuse do poder que lhe tenha sido atribuído, comete crime de abuso de
autoridade.
c. Constitui crime de abuso de autoridade a conduta praticada pelo agente público com a
finalidade específica de prejudicar outrem.
d. A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas não configura
crime de abuso de autoridade.
e. Constitui crime de abuso de autoridade a conduta praticada pelo agente público por
mero capricho ou satisfação pessoal.
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COMENTÁRIO
É típica a conduta descrita em lei como abuso de autoridade quando praticada por mero
capricho ou satisfação pessoal do agente, sendo exigida a finalidade específica de preju-
dicar ou beneficiar outrem.
11. (CS-UFG - 2021 - TJ-GO - Analista Judiciário - Área Judiciária) Objeto de grandes
discussões na seara política e jurídica, a Lei n. 13.869/2019, contra o abuso de autori-
dades, ampliou o alcance penal no que tange às práticas abusivas por parte do poder
público, atingindo, para além dos integrantes do Poder Executivo, os integrantes do
Legislativo, Judiciário, Ministério Público, Tribunais ou Conselhos de Contas. Dentre as
inovações da referida lei, destaca-se que
a. a legislação não previu o instituto da vacatio legis, portanto entrou em vigor na data
de sua publicação, podendo retroagir para beneficiar o réu.
b. os crimes previstos no diploma legal podem ser dolosos ou culposos, mas, em qual-
quer caso, exigem a finalidade específica de prejudicar outrem ou beneficiar a si
mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal.
c. os servidores públicos da administração direta, indireta ou fundacional, de qualquer
dos poderes ou entes federativos, podem figurar como sujeitos ativos do crime de
abuso de autoridade.
d. a lei consagra, em seu artigo 1º, § 2º, o crime de hermenêutica, ou seja, a divergência
imotivada na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas, resguardando a
objetividade interpretativa
COMENTÁRIO
a. a legislação previu o instituto da vacatio legis de 120 dias.
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b. os crimes previstos no diploma legal podem ser dolosos. Não há previsão de crime cul-
poso na lei de abuso.
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c. os servidores públicos da administração direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos
poderes ou entes federativos, podem figurar como sujeitos ativos do crime de abuso de
autoridade.
d. não há crime de hermenêutica na lei de abuso.
COMENTÁRIO
Nos termos da Lei n. 13.869/2019, a divergência na interpretação de lei ou na avaliação de
fatos e provas não configura abuso de autoridade. A referida previsão se enquadra como
causa excludente de tipicidade.
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COMENTÁRIO
Os crimes da Lei de Abuso de Autoridade são de ação penal pública incondicionada, admi-
tindo-se, contudo, ação privada subsidiária.
Não precisa aguardar a conclusão do PAD, pois as esferas são independentes.
14. (CESPE / CEBRASPE - 2021 - DEPEN - Cargo 8 - Agente Federal de Execução Penal)
O Ministério Público perdeu o prazo para oferecer denúncia relativa a um crime de abu-
so de autoridade. Nessa situação, apesar de esse tipo de ação ser pública e incondicio-
nada, admite-se a apresentação de ação penal privada subsidiária.
COMENTÁRIO
O Ministério Público perdeu o prazo para oferecer denúncia relativa a um crime de abuso
de autoridade. Nessa situação, apesar de esse tipo de ação ser pública e incondicionada,
admite-se a apresentação de ação penal privada subsidiária.
10m
COMENTÁRIO
Caracterizado o crime de abuso de autoridade, caberá ao conduzido representar criminal-
mente contra a autoridade que determinou a medida, cuja representação não é condição
de procedibilidade para eventual ação penal. A ação é pública incondicionada.
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COMENTÁRIO
A Lei n. 13.869/2019 prevê expressamente a possibilidade de ação penal privada subsidi-
ária da pública, exercida no prazo de 6 (seis) meses, contado da data em que se esgotar o
prazo para oferecimento da denúncia.
4. Efeitos da Condenação (art. 4º): são os efeitos extrapenais, aplicáveis nas esferas cí-
veis, administrativas
15m
Efeito automático: será aplicado independentemente de motivação expressa na senten-
ça, pois decorre automaticamente da infração.
• Tornar certa a reparação dos danos – é a reparação dos danos. Na esfera cível, ape-
nas será decidido o valor da condenação.
– A vítima pode (é uma faculdade) requerer ao juiz da esfera criminal que seja arbitrado
um patamar mínimo de indenização.
Efeito não automático: depende de motivação específica, expressa do juiz. É necessá-
rio, também, reincidência específica (reincidência em crime de abuso de autoridade, no
prazo de 5 anos)
• Perda do cargo
• Inabilitação para exercício do cargo pelo período de 1 a 5 anos
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COMENTÁRIO
A perda do cargo é um efeito não automático.
COMENTÁRIO
A perda e a inabilitação do agente para o exercício de cargo, mandato ou função pública
são efeitos não automáticos.
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d. todos os itens
COMENTÁRIO
20m
I – tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz, a
requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos danos
causados pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos. O juiz “deve” se houver
requerimento da vítima.
II – a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de 1
(um) a 5 (cinco) anos.
III – a perda do cargo, do mandato ou da função pública
20. (CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-SE - Escrivão de Polícia) A perda do cargo em razão
de condenação por crime de abuso de autoridade é de efeito automático, procedendo-
-se o afastamento do servidor público a partir do recebimento da denúncia.
COMENTÁRIO
Esse efeito não é automático.
21. (INÉDITA) De acordo com a nova Lei de Abuso de Autoridade, para aplicar a perda do
cargo, do mandato ou da função pública, deve o Juiz motivar de forma específica na
sentença condenatória, desde que o réu seja reincidente em crime doloso.
COMENTÁRIO
Não é “em crime doloso”, é “em crime de abuso de autoridade”.
22. (INÉDITA) De acordo com a nova Lei de Abuso de Autoridade, para aplicar a inabilita-
ção para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de 1 (um) a 5
(cinco) anos, deve o Juiz motivar de forma específica na sentença condenatória.
COMENTÁRIO
Esse efeito é não automático, exige motivação específica. O juiz deve demonstrar o motivo
da perda do cargo, em razão da conduta praticada pelo agente.
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COMENTÁRIO
A perda do cargo, do mandato ou da função pública e a inabilitação para o exercício de
cargo, mandato ou função pública, pelo período de 1 (um) a 5 (cinco) anos, como efeitos
da condenação por crime de abuso de autoridade, nos termos da Lei n. 13.869/2019, são
condicionados à ocorrência de reincidência em crimes dessa natureza (reincidência es-
pecífica).
25m
i. Não se confunde com afastamento cautelar do servidor. Esse afastamento serve para
que o agente público não interfira na investigação. Nesse afastamento, o servidor continua
recebendo remuneração.
30m
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GABARITO
9. d
10. E
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22. C
23. C
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Atualizada – ABUSO DE AUTORIDADE III (LEI N. 13.869/2019)
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24. (PM-MT - 2021 - PM-MT - Sargento da Polícia Militar) Segundo os dispositivos da Lei
n. 13.869/2019, que define os crimes de abuso de autoridade, acerca dos efeitos da
condenação e das penas restritivas de direitos, assinale a afirmativa correta.
a. As penas restritivas de direitos podem ser aplicadas autônoma ou cumulativamente.
b. Deve o Juiz, a requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor máximo para repa-
ração dos danos causados pelo crime, considerando o caráter punitivo da obrigação
de indenizar.
c. A perda do cargo, do mandato ou da função pública decorre automaticamente da con-
denação por crime de abuso de autoridade.
d. Em caso de reincidência em crime de abuso de autoridade, é prevista pena de inabili-
tação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de 2 (dois)
a 8 (oito) anos.
e. O sujeito ativo do crime de abuso de autoridade poderá ser condenado à pena restri-
tiva de direitos cumulada com a privativa de liberdade.
COMENTÁRIO
a. As penas restritivas de direitos podem ser aplicadas autônoma ou cumulativamente.
b. Deve o Juiz, a requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para repa-
ração dos danos causados pelo crime, considerando o caráter punitivo da obrigação de
indenizar.
c. A perda do cargo, do mandato ou da função pública não decorre automaticamente da
condenação por crime de abuso de autoridade.
d. Em caso de reincidência em crime de abuso de autoridade, é prevista pena de inabili-
tação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de 1 a 5 anos.
e. A pena restritiva de direitos serve para substituir a privativa de liberdade.
25. (INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Escrivão de Polícia Civil) Referente à Lei de Abuso
de Autoridade (Lei n. 13.869/2019), assinale a alternativa INCORRETA.
a. A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas não configura
abuso de autoridade.
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Atualizada – ABUSO DE AUTORIDADE III (LEI N. 13.869/2019)
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a. A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas não configura
abuso de autoridade. Não há crime de hermenêutica.
b. Os crimes previstos nessa Lei são de ação penal pública incondicionada.
c. São possíveis efeitos da condenação, dentre outros, a inabilitação para o exercício de
cargo, mandato ou função pública, pelo período de um a cinco anos.
d. A perda do cargo, do mandato ou da função pública, como efeito da condenação, está
condicionada à ocorrência de reincidência em crime de abuso de autoridade e não é auto-
mática, devendo ser declarada motivadamente na sentença.
e. Entre as possíveis penas restritivas de direitos substitutivas das privativas de liberdade,
está a suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato, pelo prazo de um a seis
meses, com a perda dos vencimentos e das vantagens.
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Atualizada – ABUSO DE AUTORIDADE III (LEI N. 13.869/2019)
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COMENTÁRIO
a. Os crimes nela previstos se caracterizam se praticados pelo agente público com a fi-
nalidade específica de prejudicar outrem ou beneficiar a si próprio. Esse é um dos dolos
possíveis.
b. Prevê como sujeito ativo o agente público, servidor ou não, da administração direta, in-
direta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, incluídos os militares.
c. Os crimes nela previstos são de ação penal pública incondicionada, existindo previsão
da ação penal privada subsidiária.
d. Prevê como efeito da condenação, dentre outros, inabilitação para o exercício do cargo,
mandato ou função pública, pelo período de 1 a 5 anos, condicionado à ocorrência de rein-
cidência específica e não é automático, devendo ser declarado, em sentença.
e. Prevê como pena restritiva de direito substitutiva da privativa de liberdade, dentre outras,
a suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato, pelo prazo de 1 a 6 meses,
com prejuízo dos vencimentos e vantagens.
27. (CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-PB - Delegado de Polícia Civil) Em relação à Lei
n.º 13.869/2019 e a seus dispositivos, que se referem aos crimes abuso de autoridade,
assinale a opção correta.
a. A prática de crime de abuso de autoridade pressupõe vínculo estatutário do agente
ativo com a administração pública.
b. Alguns dos delitos previstos nessa lei processam-se mediante ação penal pública
condicionada à representação.
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COMENTÁRIO
a. A prática de crime de abuso de autoridade não precisa de vínculo estatutário do agente
ativo com a administração pública.
b. não há delitos de ação penal pública condicionada à representação.
c. Um dos efeitos da condenação pela prática de abuso de autoridade é a perda do cargo
público, que deverá ser fundamentada e pode ser aplicada em caso de reincidência, que
deve ser específica.
10m
d. Sem prejuízo das disposições do Código Penal, essa lei admite a substituição das penas
privativas de liberdade por restritivas de direitos, entre as quais a suspensão do exercício
do cargo, da função ou do mandato por prazo determinado.
e. não há crime culposo nessa lei.
28. [CETAP - 2021 - SEAP - PA - Policial Penal - Agente Penitenciário (Masculino)] É pena
restritiva de direitos substitutiva das privativas de liberdade previstas na Lei n.º 13.869,
de 05 de setembro de 2019 (Lei de Abuso de Autoridade) e suas alterações:
a. Multa.
b. Limitação de final de semana.
c. Perda de bens.
d. Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas.
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COMENTÁRIO
É pena restritiva de direitos substitutiva das privativas de liberdade previstas na Lei n.º
13.869, de 05 de setembro de 2019 (Lei de Abuso de Autoridade) e suas alterações Pres-
tação de serviços à comunidade ou a entidades públicas.
29. (INÉDITA) Todos os crimes previstos na Lei n. 13.869/2019 podem ter suas penas pri-
vativas de liberdade substituídas por penas restritivas de direito.
COMENTÁRIO
Os crimes cometidos com violência ou grave ameaça não podem ter suas penas privativas
de liberdade substituídas por penas restritivas de direito.
15m
Obs: o aluno deve ler a letra da lei, estudar o material do curso e responder questões.
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30. (MPM - 2021 - MPM - Promotor de Justiça) A Lei n. 13.869, de 5 de setembro de 2019,
dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade, cometidos por agente público. Sobre
os aspectos administrativos da nova legislação, assinale a alternativa correta:
a. A nova lei não se aplica aos membros do Ministério Público e do Judiciário, pois a sua
incidência no caso importaria em violação à autonomia funcional.
b. Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no administrativo disciplinar, a sen-
tença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em legítima defesa ou no exercí-
cio regular de direito.
c. Caso seja reconhecida, em sentença penal, a negativa de autoria ou a inexistência do
fato imputado como crime de abuso de autoridade, a responsabilidade administrativa
pelo mesmo fato praticado por agente público poderá ser apurada caso seja obtida
nova prova, não considerada na sentença penal absolutória.
d. A aplicação de sanção administrativa pela prática de ato tipificado também na legisla-
ção como crime de abuso de autoridade não depende do trânsito em julgado da con-
denação criminal correlata; todavia, a sanção administrativa aplicada será anulada
em caso de sentença penal absolutória por insuficiência de provas.
COMENTÁRIO
a. A nova lei se aplica aos membros do Ministério Público e do Judiciário.
b. Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no administrativo disciplinar, a sentença
penal que reconhecer ter sido o ato praticado em legítima defesa ou no exercício regular
de direito (excludentes de ilicitude).
c. Caso seja reconhecida, em sentença penal, a negativa de autoria ou a inexistência do
fato imputado como crime de abuso de autoridade, isso irá repercutir nas esferas adminis-
trativa e cível.
d. A aplicação de sanção administrativa pela prática de ato tipificado também na legislação
como crime de abuso de autoridade não depende do trânsito em julgado da condenação
criminal correlata; a sanção administrativa aplicada não será anulada em caso de sentença
penal absolutória por insuficiência de provas (não há repercussão necessária nas demais
esferas).
25m
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31. (NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia) A nova lei de abuso de autoridade
(Lei 13.869/19) trouxe inovações consideráveis. A legislação anterior, existente desde
1965, visava exclusivamente o Poder Executivo. Com a novel legislação, membros do
Legislativo, do Judiciário, do Ministério Público e de Tribunais ou Conselhos de Contas
também podem ser alvos de penalidades.
Sobre a lei de abuso de autoridade, considere as seguintes afirmativas:
1.A lei não traz sanções administrativas ou civis específicas a serem aplicadas no caso
de prática de crime de abuso de autoridade, mas apenas reforça a independência das
instâncias.
2.A decisão do juízo penal sobre as excludentes de ilicitude previstas no art. 23 do Códi-
go Penal é soberana, não podendo o tema ser revisto na instância cível e administrativa.
3.Em caso de reincidência, poderá haver a perda do cargo do serventuário ou autori-
dade e a inabilitação para a retomada ao serviço público por um prazo de até 5 anos.
4.Os crimes da lei de abuso de autoridade são perseguidos mediante ação penal públi-
ca incondicionada.
a. Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
b. Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
c. Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
d. Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
e. As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
COMENTÁRIO
1. A lei não traz sanções administrativas ou civis específicas a serem aplicadas no caso
de prática de crime de abuso de autoridade, mas apenas reforça a independência das
instâncias.
Efeito da condenação não é sanção administrativa. Suspensão não é sanção administrati-
va, é uma sanção penal.
Inabilitação para exercício do cargo, perda do cargo, reparar o dano são efeitos da
condenação.
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4. Os crimes da lei de abuso de autoridade são perseguidos mediante ação penal pública
incondicionada.
COMENTÁRIO
a. A condenação pela prática de crimes de abuso de autoridade não afasta a possibilidade
da aplicação de sanções de natureza civil ou administrativa relativas aos mesmos fatos. As
esferas são independentes.
b. A inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de um
a cinco anos, não é um efeito automático da sentença condenatória pela prática do crime
de abuso de autoridade.
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c. Por se tratar de crime próprio (o sujeito precisa ser agente público em sentido amplo),
os crimes de abuso de autoridade podem ser cometidos por servidor público, mas não se
limita a este.
d. A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas não é causa de
aumento da pena nos crimes de abuso de autoridade.
e. A perda do cargo, como efeito da condenação, é condicionada à ocorrência de reincidên-
cia em crime de abuso de autoridade e deve ser declarada motivadamente na sentença.
30m
COMENTÁRIO
As responsabilidades civil e administrativa são independentes da criminal, todavia não se
pode questionar sobre a existência ou a autoria do fato quando já decididas por sentença
penal definitiva.
34. [CETAP - 2021 - SEAP - PA - Policial Penal - Agente Penitenciário (Feminino)] Ela-
no, servidor público, praticou, no exercício de suas funções, conduta que se enquadra
em um dos crimes tipificados na Lei n.º 13.869, de 5 de setembro de 2019, e suas
alterações.
Essa mesma conduta também é considerada violação a dever funcional, passível de
sanção na esfera administrativa, além de ter causado danos indenizáveis a terceiro.
Nesse caso, é correto “afirmar, conforme a Lei n.º 13.869, de 5 de setembro de 2019:
a. A ação penal somente pode ser intentada se forem também adotadas as medidas judi-
ciais para apuração da responsabilidade administrativa e da responsabilidade civil.
b. Em razão da independência entre as esferas criminal, administrativa e civil, a notícia
do crime que também descreve falta funcional não poderá ser informada à autoridade
competente com vistas à apuração.
c. Se ficar decidido no juízo criminal que Elano não praticou o ato, isso não poderá ser
mais questionado no âmbito civil.
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COMENTÁRIO
a. As esferas são independentes.
b. A notícia do crime que também descreve falta funcional deverá ser informada à autorida-
de competente com vistas à apuração.
c. Se ficar decidido no juízo criminal que Elano não praticou o ato, isso não poderá ser mais
questionado no âmbito civil. O fato foi elucidado.
d. As esferas criminal, administrativa e civil são independentes, caso fique constatado que
Elano praticou o ato em legítima defesa, a sentença penal fará coisa julgada em âmbito
cível e no administrativo-disciplinar.
Sanções previstas:
Não há pena de reclusão para crime de abuso. Todos os crimes de abuso são apenados
com pena de detenção.
35m
Novidade! Lei n. 14.321/22 → Art. 15-A (Violência Institucional). Pena – Detenção, de 3
meses a 1 ano + multa.
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LEGISLAÇÃO
Atualizada – ABUSO DE AUTORIDADE III (LEI N. 13.869/2019)
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COMENTÁRIO
Serão aplicados o rito e os institutos despenalizadores previstos na Lei n. 9.099/95 (tran-
sação penal e suspensão condicional do processo) aos crimes de abuso de autoridade.
– Nos delitos menos graves é possível aplicar a transação penal e a suspensão condicional
do processo.
– Nos delitos mais graves é possível aplicar a suspensão condicional do processo.
A Lei n. 9.099 não se aplica à esfera militar.
GABARITO
24. d
25. c
26. d
27. d
28. d
29. E
30. b
31. e
32. e
33. C
34. c
35. c
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Diego Fontes.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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Nesta aula, não seguiremos a apresentação da lei na ordem dos artigos. Optou-se por
uma abordagem temática e mais didática: os crimes foram divididos em eixos temáticos. Além
disso, dentro de cada eixo, os crimes serão estudados em ordem crescente de gravidade.
O PULO DO GATO
Algumas bancas costumam cobrar a quantidade de pena não de forma direta, mas sim
indireta. Um exemplo é o CESPE, que, no último concurso da Polícia Federal, apresentou
duas condutas previstas na Lei de Abuso de Autoridade, informando que essas condutas
tinham a mesma pena, e o candidato deveria saber a pena.
Eixos temáticos:
• Excessos na investigação ou na instrução
• Excessos contra os que sofrem restrição de liberdade
• Alteração da verdade/manipulação
• Violação da intimidade, honra, imagem e higidez psicológica
5m
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Atualizada – Abuso de Autoridade (Lei n. 13.869/2019) IV
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DIRETO DO CONCURSO
36. (ADAPTADA/CESPE/CEBRASPE/2022/DPE-TO/DEFENSOR PÚBLICO SUBSTITU-
TO) Suponha que, a despeito de o interrogado ter optado por ser assistido por defensor
público, um agente público tenha prosseguido com o seu interrogatório sem a presença
de um defensor público. Nesse caso, de acordo com a Lei n. 13.869/2019, o agente
público incorreu em crime de abuso de autoridade, podendo ter a perda do cargo como
efeito não automático de eventual condenação penal.
COMENTÁRIO
Se o agente público realizou interrogatório durante o período do repouso noturno, ele in-
correu em crime de abuso de autoridade, pois, além do consentimento do interrogado, é
preciso haver assistência de um defensor.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
38. (INÉDITA) Constitui crime de abuso de autoridade requisitar instauração ou instaurar
procedimento investigatório de infração administrativa, à falta de qualquer indício da
prática de ilícito funcional ou infração administrativa, mesmo nos casos de justificada
sindicância ou investigação preliminar sumária.
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COMENTÁRIO
Nos casos de justificada sindicância ou investigação preliminar sumária, não se confi-
gura crime.
20m
O art. 33 estabelece que é crime exigir informação ou obrigação (fazer ou não fazer) sem
expresso (escrito) amparo legal. É importante notar que exigir é diferente de solicitar.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
39. (INÉDITA) Alfredo, servidor público da Receita Federal, acreditando estar respaldado
pela legislação fiscal vigente, exigiu de administrado o cumprimento de obrigação sem
expresso amparo legal. Nessa situação, Alfredo cometeu crime previsto na nova lei de
abuso de autoridade.
COMENTÁRIO
Nesse caso, não há dolo, pois Alfredo não queria prejudicar o administrado ou se beneficiar.
Isso não significa, contudo, que ele não possa ser responsabilizado nas demais esferas. .
25m
O parágrafo único do art. 33 dispõe que também responde por abuso aquele que se utiliza
do cargo ou invoca essa condição para se eximir de obrigação ou obter vantagem ou privilé-
gio indevido. Isso, no entanto, não causaria perda do cargo, pois é preciso haver reincidência
em abuso de autoridade; mas é possível haver perda do cargo na esfera administrativa. .
30m
DIRETO DO CONCURSO
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COMENTÁRIO
Na primeira ocasião, Francisco cometeu o disposto no art. 33, parágrafo único, chamado
popularmente de “carteirada”. Na segunda ocasião, ele solicitou propina.
GABARITO
36. C
37. C
38. E
39. E
40. d
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preparada e ministrada pelo professor Diego Fontes.
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Continuaremos, neste bloco, estudando o primeiro eixo temático, que diz respeito aos
excessos durante a investigação ou instrução.
• Grupo 1: delitos menos graves (detenção 6 meses a 2 anos + multa)
O art. 31 estabelece que é crime de abuso estender injustificadamente a investigação
(em sentido amplo), procrastinando-a em prejuízo do investigado ou fiscalizado (ou
seja, a investigação pode ser na esfera administrativa também). Há, portanto, o dolo
específico de prejudicar o investigado ou fiscalizado. É importante notar que não ocorre
crime de abuso de autoridade quando há extensão de um procedimento em virtude de
sua complexidade, pois isso é feito de maneira justificada. Se não houver prazo para
execução ou conclusão do procedimento, também é crime estender a investigação de
forma imotivada. É invocado, aqui, o princípio da razoabilidade.
5m
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
41. (INÉDITA) Comete crime de abuso de autoridade o agente público que estende a inves-
tigação em virtude da complexidade das diligências empregadas.
COMENTÁRIO
O art. 37 dispõe que comete crime de abuso aquele que demora demasiadamente e
injustificadamente com processo que tenha requerido vista no órgão colegiado, com o dolo
de procrastinar o andamento ou retardar seu julgamento. Esse tipo penal faz referência a
situações de colegiado, como um tribunal de justiça ou uma turma. Nesse caso, foi requerida
vista, não para analisar melhor o processo, mas sim para atrasar seu andamento. O texto não
fala em “processo judicial”, apenas em “processo’’; logo, pode englobar também o processo
administrativo. .
10m
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
42. (INÉDITA) Em qualquer hipótese, o agente público que demora demasiadamente no
exame de processo de que tenha requerido vista em órgão colegiado responde por
crime de abuso de autoridade previsto na Lei n. 13.869/2019.
COMENTÁRIO
Isso configura crime de abuso de autoridade apenas se houver dolo de procrastinar o an-
damento do processo.
Também é crime de abuso, de acordo com o art. 32, negar ao investigado acesso a docu-
mentos relativos a etapas vencidas da investigação. Isso está relacionado à Súmula Vincu-
lante n. 14 do STF: é direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo
aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por
órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
Isso não vale para procedimentos ou diligências em andamento (por exemplo, uma intercep-
tação telefônica), para não frustrar a eficácia do processo. .
15m
DIRETO DO CONCURSO
43. (CESPE/CEBRASPE/2022/IBAMA/ANALISTA AMBIENTAL/RECUPERAÇÃO AMBIEN-
TAL, MONITORAMENTO E USO SUSTENTÁVEL DA BIODIVERSIDADE, CONTROLE
E FISCALIZAÇÃO) É lícita a conduta de agente público negar a interessado acesso aos
autos de procedimento investigatório de infração penal, civil ou administrativa antes de
sua conclusão definitiva.
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GABARITO
41. E
42. E
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DIRETO DO CONCURSO
COMENTÁRIO
O acesso às diligências e aos procedimentos, nesse caso, pode ser negado; já os autos
não precisam ser definitivamente concluídos para que o interessado tenha acesso a eles.
De acordo com o art. 38, comete crime de abuso o responsável pelas investigações
(autoridade policial, Ministério Público etc.) que antecipa atribuição de culpa por meio de
comunicação, inclusive rede social, antes de concluídas as apurações e formalizada a acu-
sação (denúncia). Em outras palavras, a culpa só pode ser atribuída depois de formalizada a
5m
acusação, e essa atribuição de culpa é pública.
DIRETO DO CONCURSO
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COMENTÁRIO
Todos os crimes de abuso são de ação penal pública e punidos com detenção.
10m
• Juiz (regra)
• Autoridade policial
• Membros do Ministério Público
• Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI)
Art. 218. Se, regularmente intimada, a testemunha deixar de comparecer sem motivo justificado,
o juiz poderá requisitar à autoridade policial a sua apresentação ou determinar seja conduzida por
oficial de justiça, que poderá solicitar o auxílio da força pública.
Art. 278. No caso de não comparecimento do perito, sem justa causa, a autoridade poderá deter-
minar a sua condução.
Art. 201. Sempre que possível, o ofendido será qualificado e perguntado sobre as circunstâncias
da infração, quem seja ou presuma ser o seu autor, as provas que possa indicar, tomando-se por
termo as suas declarações.
§ 1º Se, intimado para esse fim, deixar de comparecer sem motivo justo, o ofendido poderá ser
conduzido à presença da autoridade.
Art. 260. Se o acusado não atender à intimação para o interrogatório, reconhecimento ou qual-
quer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, a autoridade poderá mandar conduzi-lo à
sua presença.
Parágrafo único. O mandado conterá, além da ordem de condução, os requisitos mencionados no
art. 352, no que lhe for aplicável.
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O art. 260 foi alvo de questionamento no STF, pois, durante a Operação Lava-Jato, fica-
ram muito famosas as conduções coercitivas (o conceito de condução coercitiva, basica-
mente, significa surpreender o sujeito).
O STF declarou que a expressão “para o interrogatório” prevista no art. 260 do CPP não
foi recepcionada pela Constituição Federal (já que o sujeito tem presunção de inocência).
Assim, caso seja determinada a condução coercitiva de investigados ou de réus para interro-
gatório, tal conduta poderá ensejar:
STF. Plenário. ADPF 395/DF e ADPF 444/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgados em 13
e 14/6/2018 (Info 906).
15m
A condução coercitiva pode ser manifestamente descabida, por exemplo, quando mesmo
após decisão do STF o sujeito é conduzido coercitivamente para interrogatório. Além disso,
deve haver dolo específico. E, ao trazer a hipótese de “manifestamente descabida”, a lei não
se limita à condução coercitiva em juízo, diferentemente do que ocorre na segunda hipótese
(sem prévia intimação de comparecimento ao juízo).
20m
DIRETO DO CONCURSO
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COMENTÁRIO
As penas apresentadas nas alternativas (c) e (e) não existem nessa lei; além disso, as
penas para crimes de abuso sempre vêm acompanhadas de multa.
COMENTÁRIO
A lei não exige que haja descumprimento de duas intimações válidas.
GABARITO
43. E
44. C
45. C
46. a
47. E
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
48. (INÉDITA/2022) Constitui crime de abuso de autoridade o fato de o agente público, com
o intuito de prejudicar terceiro, solicitar o depoimento de pessoa que, em razão de fun-
ção, ministério, ofício ou profissão, deva guardar segredo ou resguardar sigilo.
COMENTÁRIO
Mesmo que o agente público tenha o intuito de prejudicar terceiros, caso ele não tenha
atuado com a conduta que qualifica o crime de abuso de autoridade conforme a Lei n.
13.869/2019, não será constituído tal crime.
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COMENTÁRIO
A Lei n. 18.869/2019 expressa que será constituído o crime de abuso de autoridade quan-
do o agente prosseguir com o interrogatório daquele que optou por ser assistido por um
advogado ou defensor público, mas não especifica os meios.
COMENTÁRIO
Oferecer um acordo de colaboração não é prosseguir com o interrogatório, além disso, não
há dolo, pois oferecer tal acordo não é uma forma de prejudicar a pessoa interrogada.
10m
Grupo 2 – Delitos Mais Graves (Detenção 1 a 4 anos + multa)
Segundo o art. 22 da Lei n. 13.869/2019, é crime:
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A invasão ocorre quando a entrada no imóvel alheio ou de suas dependências é feita con-
tra a vontade do morador, enquanto que o ato de adentrar pode ser realizado por meio
da utilização de um artefato, de maneira astuciosa. O ato de adentrar pode ser encaixado
tanto na maneira clandestina quanto na astuciosa, mas o ato de invadir não se encaixa na
maneira astuciosa, pois essa maneira envolve um consentimento.
É configurado o crime de que trata o art. 22 quando, por exemplo, um agente da justiça
adentra um imóvel de maneira astuciosa, como utilizando um disfarce, para colher provas
durante uma investigação, o que não segue os procedimentos da lei.
O ato de permanecer no imóvel alheio ou em suas dependências sem que haja a concor-
dância do morador também configura crime.
Agir sem determinação judicial ou fora das condições estabelecidas em lei configura crime
de abuso de autoridade. Entretanto, não é crime entrar no imóvel alheio ou em suas depen-
dências para prestar socorro, em situações de flagrante de delito ou em caso de desastre,
que são determinações constitucionais.
Segundo o art. 22, § 1º, inciso I, da Lei n. 13.869/2019, é crime:
15m
Dessa forma, obter autorização viciada para acessar o imóvel alheio ou suas dependên-
cias também é proibido, constituindo crime de abuso de autoridade. Nesse ponto da Lei,
não está expresso que a pessoa que responder pelo crime de abuso de autoridade nessas
circunstâncias também responderá por violência ou grave ameaça que venha a causar na
vítima, mas é possível interpretar que sim.
No crime de violência ou grave ameaça não cabe substituição por pena restritiva de direi-
tos, visto que trata da prática de um crime de abuso de autoridade com o uso de violência
ou grave ameaça.
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DIRETO DO CONCURSO
51. (ADAPTADA/PM-MT/2021/PM-MT/SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR) De acordo com
a Lei n. 13.869/2019, que dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade, haverá crime
quando o agente policial
a. ingressar, à revelia da vontade do ocupante, em imóvel alheio ou suas dependências.
b. permanecer em imóvel alheio ou suas dependências, sem determinação judicial, para
prestar socorro.
c. ingressar em imóvel alheio ou suas dependências, quando houver fundados indícios
de situação de flagrante delito.
d. adentrar imóvel alheio ou suas dependências, quando houver fundados indícios da
necessidade do ingresso em razão de desastre.
Caso a ação inicie antes das 21 horas e acabe depois, por exemplo, não será configurado
o crime de abuso de autoridade, pois o que conta é o horário de início.
Esses horários foram estipulados para tais ações pois a Constituição Federal determina
que elas devem ser realizadas durante o dia, e esses foram os horários escolhidos por uma
questão de padronização.
20m
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DIRETO DO CONCURSO
52. (CESPE/CEBRASPE/2021/PC-DF/AGENTE DE POLÍCIA DA CARREIRA DE POLÍCIA
CIVIL DO DISTRITO FEDERAL) Caracteriza abuso de autoridade o cumprimento de
mandado de busca e apreensão domiciliar fora do horário do expediente forense, se
feito sem justa causa.
COMENTÁRIO
Se o mandado de busca e apreensão for cumprido antes das 21 horas e depois das 5 horas
não será caracterizado o crime de abuso de autoridade.
Será punido tanto aquele que obter a prova de maneira ilícita quanto aquele que utilizá-
-la possuindo conhecimento de sua ilicitude. É vedada a obtenção de prova ilícita durante
investigações, o que corresponde à esfera penal ou criminal, ou durante fiscalizações, o que
corresponde à esfera administrativa ou fiscal.
A lei indica o que é considerado ilícito, sendo assim, a ilicitude da prova é manifesta.
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
53. (INÉDITA/2022) Responde por crime de abuso de autoridade previsto na Lei n.
13.869/2019 o agente público que faz uso de prova ilícita em desfavor do investigado
ou fiscalizado, mesmo que só venha a ter conhecimento dessa ilicitude em momento
posterior, após recurso da defesa.
COMENTÁRIO
Aquele que não possui conhecimento da ilicitude da prova e faz uso dela não responde
pelo crime de abuso de autoridade.
COMENTÁRIO
A controvérsia é própria do fenômeno jurídico. Portanto, se a ilicitude da prova for contro-
vertida, ela não é manifesta, o que não configura crime de abuso de autoridade.
Grupo 2 – Delitos Mais Graves (Detenção 1 a 4 anos + multa)
Segundo o art. 26 da Lei n. 13.869/2019, é crime:
25m
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A Lei ainda possibilita que o juiz do processo corrija o bloqueio exacerbado do valor esti-
mado para a satisfação da dívida da parte, pois só é considerado o crime de abuso de au-
toridade havendo dolo e quando, após a parte recorrer, o juiz não modificar a sua decisão.
Dessa forma, mesmo havendo dolo, o bloqueio excessivo por si só não configura o crime
de abuso de autoridade.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
55. (INÉDITA/2022) Situação Hipotética: O Magistrado Rick decretou, em processo judicial,
a indisponibilidade dos ativos financeiros no valor de R$ 900.000,00 (novecentos mil
reais) do réu Renner por conta de uma dívida que este tinha com a parte autora no va-
lor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). O réu Renner peticionou pela reconsideração
da medida, requerendo a redução do valor bloqueado para patamar compatível à sua
dívida, mesmo assim o Magistrado Rick manteve a decisão inicial por mero capricho.
Assertiva: O magistrado Rick responderá por crime de abuso de autoridade, com pena
de detenção de um a quatro anos e multa.
COMENTÁRIO
Nessa situação hipotética, o crime foi consumado quando o Magistrado Rick manteve a
sua decisão inicial.
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LEGISLAÇÃO
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Havendo dolo, mesmo que o indivíduo não seja condenado, é configurado o crime de
abuso de poder quando for dado início ou proceder à persecução penal, civil ou administra-
tiva sem justa causa fundamentada ou contra quem é sabidamente inocente.
DIRETO DO CONCURSO
56. (CESPE/CEBRASPE/2021/CODEVASF/ASSESSOR JURÍDICO/DIREITO) Cometerá
crime previsto na Lei n. 13.869/2019 (Lei de Abuso de Autoridade) o funcionário público
que iniciar persecução administrativa sem justa causa fundamentada.
30m
COMENTÁRIO
A questão 56 cobra a literalidade da Lei de Abuso de Autoridade (Lei n. 13.869/2019).
GABARITO
48. E
49. e
50. E
51. a
52. E
53. E
54. E
55. C
56. C
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O ato de deixar injustificadamente caracteriza uma omissão dolosa, com um dos dolos
previstos na Lei do Abuso: o de prejudicar alguém, o de beneficiar a si mesmo ou a uma ter-
ceira pessoa, ou o dolo por mero capricho ou satisfação pessoal.
Apesar do CPP estabelecer que a comunicação à autoridade judiciária deve ser imediata,
na Lei de Abuso entende-se que não adianta comunicar a prisão ao juiz sem enviar o APF
(auto de prisão em flagrante), e a autoridade tem o prazo de 24 horas para envio do auto. Não
está errada a questão que informar que a comunicação deve ser imediata, mas a redação da
Lei de Abuso foi em homenagem ao entendimento sobre o prazo legal.
PEGADINHA DA BANCA
Sobre o prazo de 24 horas para entrega da nota de culpa ao preso, bancas como a AOCP
podem citar o prazo de 48 horas.
5m
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DIRETO DO CONCURSO
57. (CETAP/2021/SEAP - PA/POLICIAL PENAL/AGENTE PENITENCIÁRIO/FEMININO)
Determinado agente público deixou, injustificadamente e por mero capricho, de comu-
nicar prisão em flagrante à autoridade judiciária no prazo legal. Neste caso, é correto
afirmar, à luz da Lei n.º 13.869, de 5 de setembro de 2019, e suas alterações:
a. O fato é atípico.
b. Há na lei previsão expressa de redução da pena pela metade caso o crime tenha sido
praticado na modalidade culposa.
c. A pena é de detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
d. Embora o fato seja típico, não pode ser considerado crime de abuso de autoridade.
COMENTÁRIO
a. O fato é previsto na Lei n. 13.869/2019.
b. Todos os crimes de abusos são dolosos.
d. É crime de abuso de autoridade.
58. (INÉDITA) Responde por crime de abuso de autoridade o agente público que, pelo ex-
cesso de serviço e escassez de pessoal, deixa de entregar ao preso, no prazo de 24
(vinte e quatro) horas, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da pri-
são e os nomes do condutor e das testemunhas, conseguindo entregar a referida nota
apenas após 36 (trinta e seis) horas.
COMENTÁRIO
Se o motivo foi o excesso de serviço e escassez de pessoal não há dolo e portanto não
ocorre crime de abuso de autoridade.
Grupo 1 – Delitos Menos Graves (Detenção 6 meses a 2 anos + multa)
ANOTAÇÕES
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e. de abuso de autoridade.
COMENTÁRIO
Crime de abuso de autoridade.
PEGADINHA DA BANCA
Bancas menores e mais literais como a AOCP podem cobrar a quantidade de pena para
condutas menos ou mais gravosas.
Grupo 1 – Delitos Menos Graves (Detenção 6 meses a 2 anos + multa)
15m
Art. 16.
Não necessariamente a identificação ocorre durante a captura, pois esta é apenas uma
das fases da prisão. A identificação também pode ser em momento posterior, como na de-
legacia. Muitas vezes, no momento da captura isso não é possível, principalmente durante
operações policiais de alto risco, nas quais há forte cobertura da imprensa e comumente
os agentes usam balaclava para se protegerem da exposição pública. A balaclava é regu-
lamentada por decreto, pois a identificação não precisa ocorrer no momento da captura,
mas em momento posterior, através da apresentação do nome, e não necessariamente
somente de forma visual.
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COMENTÁRIO
A Lei de Abuso estabelece que a identificação deve ocorrer durante a captura, detenção ou
prisão, ou interrogatório durante a investigação. A Lei não cita que a identificação deve ser
feita em qualquer fase do inquérito policial ou da ação penal, portanto, a questão amplia as
hipóteses e diverge do que está na legislação.
20m
61. (INÉDITA) De acordo com a Lei n. 13.869/2019, constitui crime de abuso de autoridade
o agente público deixar de identificar-se ao preso quando de sua captura. Pode-se afir-
mar, portanto, que a referida lei criminalizou como abuso de autoridade a utilização de
balaclavas em operações policiais de alto risco.
COMENTÁRIO
Não houve criminalização do uso das balaclavas em operações policiais de alto risco.
Grupo 1 – Delitos Menos Graves (Detenção 6 meses a 2 anos + multa)
Art. 20
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25m
A lei trata apenas da audiência judicial. Se, por exemplo, durante uma CPI o presidente
dela impedir que o investigado seja entrevistado antes da audiência da CPI, tal conduta
não caracteriza-se como um abuso, pois não trata-se de uma audiência judicial. A doutrina
entende que o prazo razoável é de mais ou menos antes, mas não há um prazo expres-
so em lei.
O preso, réu ou investigado não pode ser impedido de sentar ao lado do advogado e co-
municar-se com ele durante a audiência, salvo em caso de interrogatório, pois nesse mo-
mento quem deve responder é a pessoa interrogada, e em audiência por videoconferência,
pois nela há uma advogado no fórum e outro no estabelecimento penal e o advogado que
está no fórum não se sentará ao lado do preso.
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so com seu advogado. Nessas situações, os dois policiais estarão sujeitos à mesma
sanção penal.
COMENTÁRIO
Dar início à persecução penal contra uma pessoa, sem justa causa fundamentada, tem
pena de detenção de um a quatro anos e multa. Impedir, sem justa causa, a entrevista
pessoal e reservada do preso com seu advogado tem pena de detenção de 6 meses a 2
anos e multa.
GABARITO
57. c
58. E
59. e
60. E
61. E
62. E
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. O crime previsto no art. 9º da Lei 13.869/2019, consistente em decretar medida de pri-
vação de liberdade em manifesta desconformidade com as hipóteses legais, é crime
material que se consuma tão somente após o cumprimento da decisão judicial abusiva.
COMENTÁRIO
É um crime formal efetivando-se ou não a privação da liberdade.
ATENÇÃO
um dos crimes mais importantes.
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
2. Comete crime de abuso de autoridade, previsto expressamente na Lei n. 13.869/2019,
o agente público que constrange o preso ou o detento, mediante violência, grave ame-
aça ou redução de sua capacidade de resistência, a exibir-se ou ter seu corpo ou parte
dele exibido à curiosidade pública. O referido agente público poderá, em tese, ser be-
neficiado pelo instituto da suspensão condicional do processo ou ter sua pena privativa
de liberdade substituída pela pena restritiva de direito de prestação de serviço à comu-
nidade ou a entidades públicas.
COMENTÁRIO
Instituto da Suspensão Condicional do Processo – pena mínima (1 ou menos que 1 ano).
Restritiva de direito de prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas – Art.
44, inc. I, do CP – veda a substituição em caso de violência.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
3. Comete crime de abuso de autoridade o agente público que, por mera satisfação pes-
soal, convence o preso a se exibir à curiosidade pública em programa de televisão de
viés editorial sensacionalista.
15m
COMENTÁRIO
Convencer não é crime.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
4. Responderá por crime de abuso de autoridade, previsto na Lei n. 13.869/2019, o agente
público que, mediante violência, constranger o preso a produzir prova contra si mesmo
ou contra terceiro, causando-lhe sofrimento físico.
COMENTÁRIO
O enunciado apresenta crime de tortura (Lei 9455/97) e não de abuso de autoridade.
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
5. (CETAP/2021/SEAP – PA/Policial Penal/Agente Penitenciário (Masculino) Considere
que determinado agente penitenciário, com a finalidade específica de beneficiar tercei-
ro, constrangeu preso sob sua custódia, mediante violência, a produzir prova contra si
mesmo. Nesse caso, é correto afirmar, conforme a Lei n.º 13.869, de 05 de setembro
de 2019 (Lei de Abuso de Autoridade) e suas alterações, que:
a. o agente não cometeu crime de abuso de autoridade, eis que não é considerado
como autoridade na forma da Lei n.º 13.869, de 05 de setembro de 2019.
b. o agente cometeu crime de abuso de autoridade, cuja pena cominada é de detenção,
de 1 (um) a 4 (quatro) anos, sem prejuízo da pena cominada à violência.
c. o agente não cometeu crime de abuso de autoridade, já que a conduta descrita não
está tipificada na Lei n.º 13.869, de 05 de setembro de 2019.
d. o agente cometeu crime de abuso de autoridade, dado o emprego de violência. Se,
no entanto, tivesse constrangido o preso mediante grave ameaça, a conduta seria
atípica, ainda que praticada com as mesmas finalidades.
COMENTÁRIO
a. O agente cometeu crime de abuso.
b. Soma com a pena cominada à violência.
c. O agente cometeu crime de abuso.
d. Não seria uma conduta atípica.
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
6. Comete crime de abuso de autoridade o magistrado que, após avaliar os fatos e as
provas, por não entender cabível, deixar de deferir ordem de habeas corpus. O referido
crime se consuma após a instância superior, acatando recurso do paciente, conceder o
habeas corpus por considerá-lo manifestamente cabível.
COMENTÁRIO
Mesmo sendo manifestamente cabível, é preciso que haja o dolo da lei de abuso.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
7. (ADAPTADA/FCC/2021/DPE-SC/Defensor Público) De acordo com a Lei de abuso de
autoridade (Lei n. 13.869/2019), é crime deixar de substituir, em prazo razoável, a pri-
são preventiva por medida cautelar diversa ou de conceder liberdade provisória, quan-
do manifestamente cabível.
COMENTÁRIO
Art. 9º, P.U.
25m
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
8. Considere a seguinte situação hipotética
Valtuíno, Diretor de Estabelecimento Penal, temendo responsabilização administrativa
de sua gestão, impediu, injustificadamente, o envio de pleito de determinado preso à
autoridade judiciária competente para a apreciação das circunstâncias de sua custódia.
O magistrado responsável pela vara de execuções penais competente para apreciação
do pleito foi cientificado dessa situação por petição firmada por um dos agentes peni-
tenciários do referido estabelecimento penal, que estava revoltado com a injustiça da
situação enfrentada pelo mencionado preso. Ciente desse impedimento, o referido Ma-
gistrado se manteve inerte, não tomando as providências para saná-lo, pois era amigo
de Valtuíno.
Responda fundamentadamente aos seguintes quesitos
1) Valtuíno praticou algum crime? Em caso positivo, qual o crime praticado por Val-
tuíno?
2) O magistrado cometeu algum crime? Em caso positivo, qual o crime praticado pelo
magistrado?
3) Em caso de condenação criminal, quais efeitos extrapenais poderiam ser aplicados
aos agentes públicos mencionados na situação hipotética e quais seriam as condi-
ções para essa aplicação?
COMENTÁRIO
1. Valtuíno praticou o crime de impedir ou retardar, injustificadamente, o envio de pleito de
preso à autoridade judiciária competente para a apreciação da legalidade de sua prisão ou
das circunstâncias de sua custódia, com o dolo de se beneficiar.
2. O magistrado cometeu crime, pois, ciente do impedimento ou da demora, não tomou
providências para saná-lo, com o intuito de ajudar seu amigo Valtuíno.
3. Efeitos extrapenais – Efeito automático – tornar certa a reparação do dano e pode ainda
a vítima requerer ao juiz que arbitre patamar mínimo para a reparação dos danos cíveis na
sentença penal condenatória – Efeitos não automáticos – perda do cargo do mandato da
função e da habilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pelo prazo de 1 a 5
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anos – Efeitos não automáticos exigem reincidência específica em crime de abuso – moti-
vação expressa.
GABARITO
1. E
2. E
3. E
4. E
5. b.
6. E
7. C
8. Questão Discursiva
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Diego Fontes.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. Comete crime de abuso de autoridade o agente público que mantém, por mero capricho
ou satisfação pessoal, na mesma cela, criança ou adolescente na companhia de maior
de idade ou em ambiente inadequado.
COMENTÁRIO
Art. 21.
2. O agente policial que mantém homem e mulher no mesmo compartimento constritivo de via-
tura policial, por mero capricho ou satisfação pessoal, comete crime de abuso de autoridade.
COMENTÁRIO
Art. 21.
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
3. Constitui crime de abuso de autoridade, previsto na Lei n. 13.869/2019, prestar infor-
mação falsa sobre procedimento judicial, policial, fiscal ou administrativo com o fim de
prejudicar interesse de investigado. O referido crime se consuma quando o investigado
tem seu interesse efetivamente prejudicado.
COMENTÁRIO
O referido crime se consuma independente do investigado ter seu interesse efetivamente
prejudicado – é um crime formal.
4. Comete crime de abuso de autoridade o agente público que prestar informação falsa
sobre procedimento judicial, policial, fiscal ou administrativo, por haver feito uma errô-
nea apreciação da realidade, interpretando um sentido da informação que não corres-
ponde à verdade.
COMENTÁRIO
Nesse caso, não há um dolo – não é crime de abuso.
Obs.: responde por crime mesmo sem conseguir se eximir – crime formal.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
5. A autoridade que inova artificiosamente, no curso de investigação, o estado de coisa com
o fim de eximir-se de responsabilidade, responderá por crime de abuso de autoridade con-
sumado, previsto na Lei n. 13.869/2019, por mais que não consiga alcançar o seu objetivo.
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COMENTÁRIO
Sim, pois é um crime formal.
Obs.: não precisa haver o desvio efetivo do curso da investigação, diligência ou processo
para que o agente responda criminalmente – crime formal.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
6. O agente público que omite dados ou informações para desviar o curso de investigação
apenas responderá por crime de abuso de autoridade se verificado o efetivo desvio no
curso da referida investigação.
COMENTÁRIO
Não precisa haver o desvio efetivo do curso da investigação, diligência ou processo para
que o agente responda criminalmente – crime formal.
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
7. Responde por crime de abuso de autoridade o agente público que constranger, sob vio-
lência ou grave ameaça, funcionário ou empregado de instituição hospitalar pública ou
privada a admitir para tratamento pessoa cujo óbito já tenha ocorrido, por acreditar que
a referida pessoa ainda está viva e, desesperadamente, buscar tratamento médico.
COMENTÁRIO
Nesse caso, não é crime porque não tem um fim de trazer manipulação para prejudicar
a apuração.
COMENTÁRIO
Não é crime porque não há o constrangimento.
GABARITO
1. C
2. C
3. E
4. E
5. C
6. E
7. E
8. E
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Diego Fontes.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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Atualizada – Abuso de Autoridade (Lei n. 13.869/2019) XI
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Divulgar gravação ou trecho de gravação – sem relação com a prova que se pretenda
produzir, expondo a intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou a imagem do investi-
gado ou do acusado – Art. 28.
Exemplo: determinado magistrado responsável por uma determinada instrução proces-
sual penal e possui o conteúdo de uma interceptação telefônica – conteúdos relacionados a
investigação e outros conteúdos íntimos (não têm relação com a prova) – expor conteúdos
íntimos é crime de autoridade.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. A Juíza Sérgia Mara, titular de uma das varas criminais do TJDFT, divulgou trecho de gra-
vação sem relação com a prova que se pretendia produzir em sede de instrução processual
penal, expondo momentos íntimos do investigado Lolo com a sua amante, com o fim de
prejudica-lo. Nessa situação, a referida magistrada poderá responder por crime de abuso de
autoridade previsto na Lei n. 13.869/2019, sujeita à pena de reclusão de 1 a 4 anos, e multa.
5m
COMENTÁRIO
A pena é de detenção e não de reclusão.
COMENTÁRIO
Trata-se de crime de abuso de autoridade previsto na Lei n. 13.869/2019 a conduta de divulgar
ANOTAÇÕES
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LEGISLAÇÃO
Atualizada – Abuso de Autoridade (Lei n. 13.869/2019) XI
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gravação ou trecho de gravação sem relação com a prova que se pretenda produzir, expondo
a intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou a imagem do investigado ou acusado.
Majorantes
§1º Se o agente público permitir que TERCEIRO intimide a VÍTIMA DE CRIMES VIOLEN-
TOS, gerando indevida revitimização, aplica-se a pena aumentada de 2/3 (dois terços).
15m
§2º Se o agente público intimidar a VÍTIMA DE CRIMES VIOLENTOS, gerando indevida
revitimização, aplica-se a pena em dobro.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
3. Se o agente público, agindo por mero capricho ou satisfação pessoal, permitir que tercei-
ro intimide a vítima de crime de furto, gerando indevida revitimização, aplica-se a pena
de detenção prevista na Lei de Abuso de Autoridade aumentada de 2/3 (dois terços).
COMENTÁRIO
Vítima de crime de furto não é vítima de crime violento.
GABARITO
1. E
2. E
3. E
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