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1. Conceito
(AULA 01) – Prof. Ricardo Beckman Cruz
1.1 Sujeito: Ativo X Passivo (dupla subjetividade passiva)
Complementação do tema
DOUTRINA
Quem pode ser considerado SUJEITO ATIVO nova lei de abuso de autoridade?
ATENÇÃO!
Reputa-se agente público, para os efeitos desta Lei, todo aquele que exerce, ainda
que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação,
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo,
emprego ou função em órgão ou entidade abrangidos pelo caput deste artigo
(Parágrafo único do art. 2°)
Por quê?
Resposta: São condutas que atingem dois sujeitos passivos.
Em que pese o particular não constar na relação do art. 2° da Nova Lei de Abuso de
Autoridade, pode praticar o crime de abuso de autoridade quando atua em conjunto
com um agente público e, excepcionalmente, ainda que atue sozinho.
VAMOS PRATICAR
1. (Simulado – Carreira Policial – Método Aprovação em Concursos) A Lei n°
13.869/2019 não definem sem seu rol a possibilidade da prática do crime de
abuso de autoridade por parte de um Defensor público. Neste sentido, a doutrina
considera que o art. 2° da referida Lei é numerus clausus (lista fechada)
Certo ou Errado?
2. (Simulado – Carreira Policial – Método Aprovação em Concursos) Os crimes de
abuso de autoridade previstos na Lei n° 13.869/2019 são delitos de dupla
subjetividade passiva. Neste sentido, o sujeito passivo principal ou imediato é o
Estado e o sujeito passivo secundário ou mediato é a pessoa física ou jurídica.
Certo ou errado?
Pois bem, isso quer dizer que a lista é aberta, que além dos: I- servidores públicos e
militares ou pessoas a eles equiparadas; II – Membros do Poder Legislativo; III –
Membros do Poder Executivo; IV – Membros do Poder Judiciário; V – Membros do
Ministério Público; VI – Membros dos tribunais ou conselhos de contas; outros
agentes públicos podem figurar como sujeito ativo no crime de abuso de autoridade.
O item está errado.
TOME NOTA
Art. 1° Esta Lei define os crimes de abuso de autoridade, cometidos por agente
público, servidor ou não, que fique, no exercício de suas funções ou a pretexto de
exercê-las , abuse do poder que lhe tenha sido atribuído.
§ 1° As condutas descritas nesta Lei constituem crime de abuso de autoridade quando
praticadas pelo agente com a finalidade específica de prejudicar outrem ou
beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação
pessoal.
Certo ou errado
GABARITO COMENTADO
3. COMENTÁRIO: Pois bem, questão tranquila e muito importante para provas
futuras. Fique atento com as regras expostas em epígrafe, com certeza as bancas irão
cobrar muitas questões sobre este tema.
COMPLEMENTAÇÃO DO TEMA
DOUTRINA
Qual é a ação penal dos crimes previstos na nova Lei de Abuso de Autoridade?
Resposta: A Lei prevê expressamente que os crimes nela previstos são de ação penal
pública INCONDICIONADA.
Ainda, estabelece a Lei que será admitida a ação privada (no prazo de seis meses,
contado da data sem que se esgotar o prazo para oferecimento da denúncia) se a
ação penal pública não for intentada no prazo legal (Ação penal privada subsidiária da
pública), cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer
denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos
de prova, interpor recurso e, no caso de negligência do querelante, retomar a ação
como parte principal.
O Ministério Público tem um prazo previsto na lei para o ajuizamento da ação penal
pública. Se o membro do Parquet não oferecer a denúncia neste prazo, o
ordenamento jurídico permite que o ofendido (a vítma) tome a providência que o MP
deveria ter feito e ofereça a ação penal em nome próprio. Neste caso, o ofendido
apresenta uma queixa-crime substitutiva (supletiva) da denúncia.
Ação privada subsidiária é instrumento para suprir eventual inércia do MP, não para
se contrapor à providência adotada pelo órgão ministerial.
Se o ofendido oferecer ação privada subsidiária neste caso, o juiz deverá rejeitar a
queixa substitutiva por ilegitimidade de parte.
Resumindo, a ação privada subsidiária só pode ser ajuizada em caso de inércia do MP,
não servindo como instrumento para que o ofendido discorde da providência tomada
pelo Parquet.
§ 1° Será admitida ação privada se a ação penal pública não for intentada no prazo
legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia
substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova,
interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar ação
como parte principal.
Os crimes preceituados na nova Lei de abuso de autoridade são de ação penal pública
incondicionada e será admitida ação privada se a ação penal pública não for intentada
no prazo legal
Certo ou errado
GABARITO COMENTADO
4. COMETÁRIO: De acordo com o art. 3° da Lei 13.869/2019: Art. 3° Os crimes
previstos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada. § 1° Será admitida ação
privada se a ação penal pública não for intentada no prazo legal, cabendo ao
Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir
em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e,
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a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte
principal.
O item está certo.
FIQUE LIGADO!
Esse será um dos pontos mais cobrados nas provas de concurso.
TOME NOTA
Art. 4° São efeitos da condenação;
I – tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz,
a requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos
danos causados pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos;
II – a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo
período de 1 (um) a 5 (cinco) anos;
VAMOS PRATICAR
5. (Simulado – Carreira Policial – Método Aprovação em Concursos) Com base no
disposto na Lei n° 13.869/2019, que trata do abuso de autoridade, julgue o item a
seguir.
A condenação por crime de abuso de autoridade acarreta automaticamente a perda
do cargo, do mandato ou da função pública, além disso, será necessário a reincidência
no referido delito.
Certo ou Errado
TOME NOTA
Art. 5° As penas restritivas de direitos substitutivas das privativas de liberdade
previstas nesta Lei são :
III – (VETADO).
Parágrafo único. As penas restritivas de direitos podem ser aplicadas autônoma ou
cumulativamente.
VAMOS PRATICAR
6. (Simulado – Carreira Policial – Método Aprovação em Concursos) Com base no
disposto na Lei n° 13.869/2019, que trata do abuso de autoridade, julgue o item a
seguir.
A nova Lei de Abuso de Autoridade estabelece que poderá ser aplicada pena restritiva
de direitos consistente na suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato
pelo prazo de 1 (um) a 6 (seis) meses, sem a perda dos vencimentos e das vantagens.
Certo ou errado
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GABARITO COMENTADO
6. COMENTÁRIO: A pegadinha da questão está em afirmar que não haverá a perda
dos vencimentos e das vantagens durante a suspensão do exercício do cargo, da
função ou do mandato. De acordo com o Art. 5°: As penas restritivas de direitos
substitutivas das privativas de liberdade previstas nesta Lei são: II – suspensão do
exercício do cargo, da função ou do mandato, pelo prazo de 1 (um) a 6 (seis) meses,
com a perda dos vencimentos e das vantagens.
O item está errado.
Parágrafo Único. As notícias de crimes previstos nesta Lei que descrevem falta
funcional serão informadas à autoridade competente com vistas à apuração.
Art. 7° As responsabilidades civil e administrativa são independentes da criminal, não
se podendo mais questionar sobre a existência ou a autoria do fato quando essas
questões tenham sido decididas no juízo criminal.
Art. 8° Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no administrativo-disciplinar a
sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade,
em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de
direito.
Certo ou errado
GABARITO COMENTADO
7. COMENTÁRIO: A lei 13.869/2019 prevê em seu art.7°: As responsabilidades civil e
administrativa independentes da criminal, NÃO se podendo mais questionar sobre a
existência ou a autoria do fato quando essas questões tenham sido decididas no juízo
criminal. O ITEM ESTÁ CERTO
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1.2.4. Competência: Justiça Federal X Estadual X Militar
COMPLEMENTAÇÃO DO TEMA
DOUTRINA
De quem será a competência para julgar os crims da nova Lei de Abuso de
Autoridade?
Resposta: O primeiro passo para se definir a competência no caso de crimes da Lei de
Abuso de Autoridade é verificar se a Constituição Federal prevê foro por prerrogativa
de função para o agente publico que praticou o delito.
Se a autoridade que praticou o delito no exercício das suas funções goza de foro por
prerrogativa de função, deverá ser julgada pelo respectivo Tribunal.
Sendo a competência do juízo de 1ª instância, será necessário analisar se a
competência é da Justiça Estadual ou Federal.
A competência para julgar o delito será, em regra, determinada pela esfera ao qual
estiver vinculado o agente público que praticou o crime.
Assim, como o abuso de autoridade não está previsto no CPM, mas sim na Lei n°
4.898/65, este delito não podia ser considerado crime militar nem podia ser julgado
pela Justiça Militar.
ATENÇÃO!
Isso mudou com a nova redação dada pela Lei n° 13.491/2017 ao art. 9°, II, do CPM.
Com a mudança, a conduta praticada pelo agente, para ser crime militar com base
no inciso II do art.9°, pode estar prevista no Código Penal Militar ou na legislação
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Penal “comum”. Dessa forma, o abuso de autoridade, mesmo não estando previsto
no CPM pode agora ser considerado crime militar (julgado pela Justiça Militar) com
base no art. 9°, II, do CPM. Logo, a Justiça Militar pode sim julgar crime de abuso de
autoridade.
JURISPRUDÊNCIA
1. O foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos
durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas.
Súmula 147, STJ: Compete à justiça federal processar e julgar os crimes praticados
contra funcionário público federal, quando relacionados com o exercício da função.
VAMOS PRATICAR
8. (Simulado – Carreira Policial – Método Aprovação em Concursos) A justiça Militar
não possui competência para julgar crime de abuso de autoridade
Certou ou errado
O STF declarou que a expressão “para o interrogatório” prevista no art. 260 do CPP
não foi recepcionada pela Constituição Federal.
Assim, caso seja determinada pela condução coercitiva de investigados ou de réus
para interrogatório, tal conduta poderá ensejar:
BIZU!
Vejamos os pontos relevantes que devem ser cobrados nos próximos concursos:
1) Os crimes serão punidos somente com detenção e multa, ou seja, NÃO há reclusão;
VAMOS PRATICAR
09. COMENTÁRIO: Os crimes previstos na nova Lei de Abuso de Autoridade serão
punidos somente com detenção e multa, ou seja, não há reclusão.
TEMA POLÊMICO
O art. 22 §1°, inciso III desta nova Lei preceitua que : “cumprir mandado de busca e
apreensão domiciliar após 21h ou antes das 5h”.
VAMOS PRATICAR
10. (Simulado – Carreira Profissional – Método Aprovação em Concursos) Com base
no disposto na Lei n° 13.869/2019, que trata do abuso de autoridade, julgue o item a
seguir:
Para a nova Lei de abuso de autoridade, incorre em abuso de autoridade aquele que
cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar 18h (dezoito horas) ou antes das
6h (seis horas)
Certo ou errado
ATENÇÃO !
Algumas bancas têm por hábito expor redações vetadas como vigentes, por isso
chamo atenção para os preceitos que foram vetados para você não confundir na
prova e errar.
Fotografar ou filmar preso sem consentimento Não é possível o controle absoluto da captação
(exceção: produção de provas, documentação de de imagens por parte de particulares ou da
condições carcerárias). imprensa.
Usar algemas sem necessidade (a pena é dobrada Já existe súmula vinculante do STF
se o/a detido o/a for menor ou grávida ou se o regulamentando o tema (Súmula 11)
ato acontecer dentro de unidade prisional).
Certo ou Errado
GABARITOS COMENTADOS
11. COMENTÁRIO: O dispositivo citado na questão foi vetado, tendo em vista que o
planejamento e a logística das operações competem às forças de segurança.
BIZU!
Fique muito atento, por ter sido ponto de conflito há uma tendência que as bancas
cobrem mais essas condutas que voltaram a ser tipificadas na nova Lei de abuso de
autoridade.
Outro detalhe, a maioria dessas condutas estão ligadas aos direitos do preso ou
investigado, não se preocupe em decorar todo o artigo, mas a sua essência e os
pequenos detalhes.
Art. 16. Deixar identificar-se ou identificar-se falsamente ao preso por ocasião de sua
captura ou quando deva fazê-lo durante sua detenção ou prisão:
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Parágrafo Único. Incorre na mesma pena quem, como responsável por interrogatório
em sede de procedimento investigatório de infração penal, deixa de identificar-se ao
preso ou atribui a si mesmo falsa identidade, cargo ou função.
§1° Incorre na mesma pena, na forma prevista no caput deste artigo, quem:
I – coage alguém, mediante violência ou grave ameaça, a franquear-lhe o acesso a
imóvel ou suas dependências;
II – (VETADO);
III – Cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após as 21h (vinte e uma
horas) ou antes das 5h (cinco horas).
§2° Não haverá crime se o ingresso for para prestar socorro, ou quando houver
fundados indícios que indiquem a necessidade do ingresso em razão de situação de
flagrante delito ou de desastre.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem faz uso de prova, em desfavor do
investigado ou fiscalizado, com prévio conhecimento de sua ilicitude.
Art. 28. Divulgar gravação ou trecho de gravação sem relação com a prova que se
pretenda produzir, expondo a intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou a
imagem do investigado ou acusado:
Art. 29. Prestar informação falsa sobre procedimento judicial, policial, fiscal ou
administrativo com o fim de prejudicar interesse de investigado:
Art. 32. Negar ao interessado, seu defensor ou advogado acesso aos outos de
investigação preliminar, ao termo circunstanciado, ao inquérito ou a qualquer outro
procedimento investigatório de infração penal, civil ou administrativa, assim como
impedir a obtenção de cópias, ressalvado o acesso a peças relativas a diligências em
curso, ou que indiquem a realização de diligências futuras, cujo sigilo seja
imprescindível.
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Pena – Detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Parágrafo Único. Incorre na mesma pena quem se utiliza de cargo ou função pública
ou invoca a condição de agente público para se eximir de obrigação legal ou para
obter vantagem ou privilégio indevido.
Art. 34. (VETADO)
Art. 35. (VETADO)
Art. 36. Decretar, em processo judicial, a indisponibilidade de ativos financeiros em
quantia que extrapole exacerbadamente o valor estimado para a satisfação da dívida
da parte e, ante a demonstração, pela parte, da excessividade da medida, deixar de
corrigi-la:
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Pena – Detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Art. 37. Demorar demasiada e justificadamente no exame de processo de que tenha
requerido vista em órgão colegiado, com o intuito de procrastinar seu andamento ou
retardar o julgamento:
Pena – Detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
VAMOS PRATICAR
12. (Simulado – Carreira Policial – Método Aprovação em Concursos) Com base no
disposto na Lei n° 13.869/2019, que trata do abuso de autoridade, julgue o item a
seguir.
Certo ou errado
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13. (Simulado – Carreira Policial – Método Aprovação em Concursos) Com base no
disposto na Lei n° 13.869/2019, que trata do abuso de autoridade, julgue o item a
seguir.
Constitui abuso de autoridade constranger o preso ou o detento, mediante violência,
grave ameaça ou redução de sua capacidade de resistência, a produzir prova contra si
mesmo ou contra terceiro.
Certo ou errado.
15. COMENTÁRIO: Nos termos do art. 28. Divulgar gravação ou trecho de gravação
sem relação com a prova que se pretenda produzir, expondo a intimidade ou a vida
provada ou ferindo a honra ou a imagem do investigado ou acusado.
O item está certo.
16. COMENTÁRIO: Art. 38. Antecipar o responsável pelas investigações, por meio de
comunicação, inclusive rede social, atribuição de culpa, antes de concluídas as
apurações e formalizada a acusação.
O item está errado.
TEMA POLÊMICO
No dia 24 de setembro de 2019 o Congresso Nacional derrubou o veto ao artigo 43
da Nova Lei de Abuso de Autoridade que altera a Lei n° 8.906/94 – Estatuto da
Advocacia e da OAB – para passar a prever o crime de violação à prerrogativa de
advogado, nos seguintes termos:
Com o advento da Nova Lei de Abuso de Autoridade somente a violação aos direitos
dos advogados previstos nos incisos II, III, IV e V do art. 7° da Lei n° 8.906/94 é
considerada crime.
Basta analisar todos os direitos e prerrogativas dos advogados dos advogados para
concluir que houve na verdade abolitio criminis, pois antes qualquer violação a
direitos dos advogados no exercício da profissão poderia ser considerada crime,
desde que presente, por óbvio, o elemento subjetivo do tipo (dolo específico). Agora,
somente as condutas previstas na Nova Lei de Abuso de Autoridade são
consideradas criminosas – e não mais qualquer violação aos direitos dos advogados
no exercício da função.
Para a ANTIGA Lei de Abuso de Autoridade (Lei 4.898/65) é suficiente que haja
qualquer atentado aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício
profissional para que o crime fosse consumado (crime de atentado), enquanto para a
Nova Lei de Abuso de Autoridade é necessário que a conduta reúna todos os
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Elementos do tipo penal para que haja a consumação. Ou seja, antes havia um rigor
maior, pois o crime de abuso de autoridade sempre seria consumado e para a nova lei
o crime pode ser tentado ou consumado e no crime tentado a pena pode ser reduzida
de um a dois terços.
18. COMENTÁRIO: Diante da Nova Lei de Abuso de Autoridade, o fato do juiz deixar
de receber advogados não poderá mais ser considerado crime de abuso de
autoridade, pois essa prerrogativa o advogado está assegurada no inciso VIII do art. 7°
de Lei n° 8.906/94 e a Nova Lei de Abuso de Autoridade prevê como crime violar os
direitos previstos nos incisos II, III, IV e V do art. 7° da Lei n° 8.906/94.
O item está certo.