BIOSSEGURIDADE

EM FÁBRICAS DE
RAÇÕES
K I M B E R LY C R I S T I N A D E A B R E U A LV E S
Mestranda em Nutrição e Produção de Não Ruminantes
SUMÁRIO
• Introdução; – Requisitos higiênico-sanitários
• Desafios no controle microbiológico do pessoal;
das rações e seus impactos;
– Requisitos higiênico-sanitários
• Boas Práticas de Fabricação:
da produção;
– Procedimentos operacionais
padrões (POP);
– Controle de Resíduos e
Efluentes;
– Principais objetivos;
– Âmbito de Aplicação; – Controle Integrado de Pragas.
– Requisitos higiênico-sanitários das • Manual de procedimentos de BPF.
instalações, equipamentos e • Considerações Finais.
utensílios;
• Referências Bibliográficas.
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO

GRANDE PRODUTOR

4
INTRODUÇÃO

• EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS;
• QUALIDADE DA RAÇÃO
FORNECIDA

• Melhor produtividade das

aves
INTRODUÇÃO
• Produtores de ração:
–Objetivo: Produzir alimentos que atendam as metas de
produção e as exigências do mercado consumidor.
• O não cumprimento dos critérios de qualidade afetará:
–Desempenho dos animais;
–Ração inadequada para uso.
INTRODUÇÃO
• RAÇÃO ADEQUADA:
• Fabricação;
• Armazenamento;
• Distribuição
INTRODUÇÃO
• BIOSSEGURANÇA vs BIOSSEGURIDADE

• BIOSSEGURANÇA:
Refere-se quase que
exclusivamente a assuntos de
saúde humana e pode ser
definida como “prevenção” à
exposição a agentes de
enfermidades e/ou a produtos
biológicos capazes de produzir
doenças em seres humanos.
• BIOSSEGURIDADE:
Consiste em medidas para
evitar a entrada e propagação
de doenças no plantel,
garantindo a segurança dos
alimentos e saúde dos animais,
bem como o bem estar dos
trabalhadores.
 DESAFIOS NO CONTROLE
MICROBIOLÓGICO DAS RAÇÕES
• BPF  fundamentais no controle de enterobactérias
(Salmonella), que são os maiores desafios no controle
microbiológico;
• Principais fontes de contaminações nas rações:
–Ingredientes (origem animal e vegetal);
– Origem animal: o próprio ingrediente – ambiente propício;
– Origem vegetal: desafios ambientais (plantio, colheita,
armazenamento e transporte).
 DESAFIOS NO CONTROLE
MICROBIOLÓGICO DAS RAÇÕES
• Dificuldade das fábricas de rações:
– Equipamentos mal projetados (acúmulo de poeira, difícil
higienização);
– Transporte de equipamentos: recontaminação;
– Falta de tratamento químico nos ingredientes;
– Controle ineficaz de pragas;
– Barreira sanitária.
 DESAFIOS NO CONTROLE
MICROBIOLÓGICO DAS RAÇÕES
• IMPACTOS:
– Biosseguridade animal;
– Produtividade animal;
– Segurança de alimentos.
O que pode
ser feito?
Elos para controle microbiológico em fábricas de rações.
Fonte: BTA Aditivos
BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO

REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE AS CONDIÇÕES

HIGIÊNICO-SANITÁRIAS E DE BOAS PRÁTICAS DE
FABRICAÇÃO PARA ESTABELECIMENTOS
FABRICANTES DE PRODUTOS DESTINADOS À
ALIMENTAÇÃO ANIMAL.
 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS
PADRÕES (POP)
• 01: Qualificação de fornecedores e controle de
matérias-primas e de embalagens;
• 02: Limpeza/Higienização de instalações, equipamentos
e utensílios;
• 03:Higiene e saúde do pessoal;
• 04: Potabilidade da água e higienização de reservatório;
 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS
PADRÕES (POP)
• 05: Prevenção de contaminação cruzada;
• 06: Manutenção e calibração de equipamentos e
instrumentos;
• 07: Controle integrado de pragas;
• 08: Controle de resíduos e efluentes;
• 09: Programa de rastreabilidade e recolhimento de
produtos (Recall).
1. OBJETIVO DA IN
• Definir os procedimentos básicos de higiene e boas práticas de
fabricação (BPF) para alimentos fabricados e industrializados para o
consumo dos animais.
2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO DA IN

• Todo estabelecimento fabricante ou fracionador de produtos

destinados à alimentação animal:
– Fábricas de rações/proteinados/premix/núcleo/sal mineral;
• Empresas privadas;
• Cooperativas;
• Integradoras.
 3. REQUISITOS HIGIÊNICOS-
SANITÁRIOS DAS INSTALAÇÕES
• Localização:
• Zonas isentas de odores
indesejáveis e
contamináveis;
• Fora da área de riscos de
inundações e alojamento
de pragas;
• Longe de outras atividades
industriais;
 3. REQUISITOS HIGIÊNICOS-
SANITÁRIOS DAS INSTALAÇÕES
• Localização:
• Área deve ser livre de riscos de contaminação de
produtos, pessoas e meio ambiente;
• Vias de trânsito interno:
–superfície compactada e resistente;
–Escoamento adequado.
 3. REQUISITOS HIGIÊNICOS-
SANITÁRIOS DAS INSTALAÇÕES
• Instalações:
• Sólida e sanitariamente adequada;
–Materiais utilizados na construção: não devem
apresentar risco ao produto final, edifícios construídos
de forma a controlar pragas e contaminantes.
 3. REQUISITOS HIGIÊNICOS-
SANITÁRIOS DAS INSTALAÇÕES
• Espaço devidamente adequado (setores):
–Produção;
–Armazenamento de ingredientes;
–Sacaria vazia; CONTAMINAÇÃO
CRUZADA
–Produtos acabados.

PROJETO: FLUXO UNIDIRECIONAL DE

PRODUÇÃO
 PROJETO: FLUXO
UNIDIRECIONAL DE
PRODUÇÃO
 3. REQUISITOS HIGIÊNICOS-
SANITÁRIOS DAS INSTALAÇÕES
• Paredes e divisórias: lisas, sem frestas ou rachaduras, fácil
limpeza/higienização;
• Áreas de manipulação de produtos úmidos: impermeáveis e
laváveis;
• Instalações aéreas/teto: materiais que não acumulam sujeira
e que reduza a condensação e formação de mofo. Fácil
limpeza.
 3. REQUISITOS HIGIÊNICOS-
SANITÁRIOS DAS INSTALAÇÕES
• Janelas, portas/aberturas: evitar acúmulo de sujeira;
proteção contra pragas e fácil limpeza;
• Armazenamento de produtos
recolhidos/tóxicos/inflamáveis: Local específico e fora da
área de produção;
 3. REQUISITOS HIGIÊNICOS-
SANITÁRIOS DAS INSTALAÇÕES
• Refeitórios, vestiários, banheiros: completamente separados
do ambiente de produção;
–Devem ser/ter:
• Bem iluminados e ventilados;
• Permitir o escoamento sanitário das águas residuais;
• Sabão líquido, detergente, desinfetante e meios para
secagem das mãos.
 3. REQUISITOS HIGIÊNICOS-
SANITÁRIOS DAS INSTALAÇÕES
• Lavagem das mãos nas áreas de produção:
–Local adequado e com avisos sobre os procedimentos
corretos.
• Água:
–Abastecimento/armazenamento/tratamento/eliminação
de águas residuais  aprovado órgão ambiental;
 3. REQUISITOS HIGIÊNICOS-
SANITÁRIOS DAS INSTALAÇÕES
• Iluminação:
–Natural ou artificial;
–Artificial: protegidas
–Instalações elétricas: embutidas ou exteriores
• Ventilação: adequada – calor excessivo:
–Ventilação forçada: fluxo contrário da produção;
 3. REQUISITOS HIGIÊNICOS-
SANITÁRIOS DAS INSTALAÇÕES
• Lixo:
– Isolado;
– Fácil acesso;
– Pragas;
– Identificação.

• Vias de acesso/pátios:
livres.
3. REQUISITOS HIGIÊNICOS-SANITÁRIOS
EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS
• Desenho/construção e
instalação  fácil limpeza;
• Material apropriado:
contato direto ou indireto
com o alimento;
• Superfícies lisas, sem frestas;
• Madeiras: paletes/estrados.
 3. REQUISITOS HIGIÊNICOS-
SANITÁRIOS
• Limpeza, desinfecção e lubrificação:
–Produtos: registrados pelo órgão competente; local
especifico; área de processamento.
– Lubrificantes: grau alimentício;
–Programa de limpeza;
 3. REQUISITOS HIGIÊNICOS-
SANITÁRIOS
• Limpeza, desinfecção e lubrificação:
– Pessoal treinado e capacitado;
– Roupas e objetos pessoais: áreas específicas
 4. REQUISITOS HIGIÊNICO-
SANITÁRIOS DO PESSOAL
• Treinamento sobre higiene pessoal e aspectos
higiênico-sanitários para processamento de produtos;
• Uniforme adequado: uso exclusivo;
4. REQUISITOS HIGIÊNICO-
SANITÁRIOS DO PESSOAL
• Áreas de manipulação de alimentos:
 4. REQUISITOS HIGIÊNICO-
SANITÁRIOS DO PESSOAL
• Exames médicos e laboratoriais: antes de iniciar
o trabalho e depois anualmente (no mínimo);

• Colaborador que apresentar doença ou lesão:

afastar da área de processamento de alimentos;
4. REQUISITOS HIGIÊNICO-
SANITÁRIOS DO PESSOAL
4. REQUISITOS HIGIÊNICO-
SANITÁRIOS DO PESSOAL
 5. REQUISITOS HIGIÊNICO-
SANITÁRIOS DA PRODUÇÃO
• Ingredientes e matérias-primas:
• Registrados no MAPA;

• Rejeitar matéria-prima ou ingrediente contaminados

(parasitas, microrganismos, substâncias tóxicas ou
estranhas).
 5. REQUISITOS HIGIÊNICO-
SANITÁRIOS DA PRODUÇÃO
• Prevenção da contaminação cruzada:
• Medidas eficazes: contaminação por contato direto ou indireto
nas diversas áreas;

• Sequência fixa no processo de fabricação – considerar: origem

animal, aditivos, produtos veterinários, sensibilidade das
diferentes espécies e categorias;
 5. REQUISITOS HIGIÊNICO-
SANITÁRIOS DA PRODUÇÃO
• Armazenamento separado de
cada matéria-prima e
produtos;

• Produtos de origem animal:

linha de produção separada.
 5. REQUISITOS HIGIÊNICO-
SANITÁRIOS DA PRODUÇÃO
• Uso da água
– Controle da potabilidade da água:
• Água em contato na elaboração dos produtos.
– Água não potável:
• Tubulações separadas.
 5. REQUISITOS HIGIÊNICO-
SANITÁRIOS DA PRODUÇÃO
• Produção:
– Programa de treinamento:
• cronograma, conteúdo, carga horária, qualificação
dos instrutores, plano de avaliação de eficácia do
treinamento.
– Funcionários capacitados em BPF;
– Supervisão qualificada;
5. REQUISITOS HIGIÊNICO-
SANITÁRIOS DA PRODUÇÃO
• Produção:
– Etapas do processo contínuas, sem
acúmulos de materiais, matérias primas ou
produtos;
–Devem garantir a inocuidade e integridade
do produto final.
 5. REQUISITOS HIGIÊNICO-
SANITÁRIOS DA PRODUÇÃO
• Embalagem:
• Área específica e identificada;
• Material apropriado e seguro: produto e condições de
armazenamento;
• Primeiro uso, íntegras;
• Envase: apenas uso imediato.
 5. REQUISITOS HIGIÊNICO-
SANITÁRIOS DA PRODUÇÃO
• Controle de Qualidade:
• Treinamento e conhecimento suficiente sobre BPF:
– Identificar perigos: inocuidade e qualidade;
– Estabelecer processos de controle.
 5. REQUISITOS HIGIÊNICO-
SANITÁRIOS DA PRODUÇÃO
• Documentação e Registro:
• Processos:
– Elaboração, emissão, circulação e controle da
documentação;
–Registros: chegada da matéria-prima até a expedição
do produto final.
 5. REQUISITOS HIGIÊNICO-
SANITÁRIOS DA PRODUÇÃO
• Armazenamento, conservação e transporte:
• Armazenamento e conservação:
• Matérias-primas, ingredientes e produtos acabados:
–Identificação (rótulos);
– Armaz. separadamente;
–Conservados p/ garantir integridade (temperatura e
umidade);
– Validade (PV-PS).
 5. REQUISITOS HIGIÊNICO-
SANITÁRIOS DA PRODUÇÃO
• Armazenamento, conservação e transporte:
• Transporte:
– Limpos;
– Evitar contaminações;
– Específicos para rações;
– Carga e descarga: locais apropriados (cobertos).
 6. CONTROLE DE RESÍDUOS E
EFLUENTES
• Resíduos:
• Evitar proliferação de insetos e contaminação das
rações;
• Recolhimento: sempre que necessário (1x/dia);
• Área exclusiva;
• Recipientes: adequados.
 6. CONTROLE DE RESÍDUOS E
EFLUENTES
• Efluentes:
• Evitar contaminação do meio ambiente;
• Contaminantes: filtros;
• Projeto: Órgão ambiental
7. CONTROLE INTEGRADO DE PRAGAS
(CIP)
•Empresas
especializadas;
•Produtos utilizados:
registrados;
•Evitar: abrigo, água,
alimento e acesso.
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DE BPF
• Cada estabelecimento tem o seu;
• Todas operações de acordo com o manual;
• Deve ser claro e preciso;
• Pode ser mais rigoroso que esse Regulamento.
*pop faz parte do manual.
 BENEFÍCIOS
• Qualidade e segurança dos produtos;
• Reclamações diminuem;
• Ambiente de trabalho;
• Contaminação cruzada.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

• As boas práticas de fabricação em fábricas de

ração animal tornam o sistema de produção
mais seguro, controlando possíveis agentes que
possam prejudicar a qualidade do produto final.
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• ABPA – Associação Brasileira de Proteína Animal. Relatório Anual
2023. Disponível em: https://abpa-br.org/quem-somos/abpa-
relatorio-anual/ . Acesso em 26 de Maio de 2023.

• BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 4, DE 23 DE FEVEREIRO
DE 2007. Brasília, DF: MAPA, 2007.
 OBRI GADA!
Kimberly Alves
kimberly.alves@estudante.ufla.br