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ESTILOS COGNITIVOS – “QUAL É O SEU?

O que significa estilo cognitivo?


O modo habitual de processar a informação e de utilizar os recursos cognitivos é
conhecido como estilo cognitivo. Em outras palavras o conceito de estilos cognitivos refere-se ao
conjunto de diferentes maneiras de perceber, processar, armazenar e usar as
informações disponíveis no meio. É um conjunto de habilidades principalmente cognitivas que são
influenciadas por diferentes aspectos e que governam a maneira como capturamos o que nos
cerca, o que, por sua vez, influencia nossa maneira de agir.

Conheça os 03 estilos mais estudados pela ciência.


Os estilos cognitivos mais estudados referem-se a três dimensões: impulsividade e
reflexividade de resposta; convergência e divergência de pensamento; independência e
dependência de campo. A primeira dimensão citada está relacionada ao tempo de execução de
uma tarefa, sendo que na impulsividade ocorre um baixo tempo de latência entre a
apresentação da tarefa e a resposta, enquanto que a reflexividade da resposta estaria relacionada
à ponderação prévia de uma resposta. Na segunda dimensão, a convergência aparece associada
ao pensamento lógico, ou seja, o raciocínio e o pensamento divergente aparecem associados
à criatividade. E, contextos de aprendizagem com maior ou menor estruturação estariam
relacionados à independência e dependência de campo, a terceira dimensão.

Temos ainda mais 05 estilos que também faz parte na lista dos principais, veja:
1. Sensorial vs. Intuitivo – Nesta ocasião, o estilo cognitivo usado pode variar entre o uso dos dados
disponíveis através dos sentidos e o uso da imaginação e intuição para capturar relacionamentos
além do perceptível. O sensorial é baseado nas informações existentes , enquanto o intuitivo
tende a ter uma mentalidade um pouco mais focada na elaboração espontânea e ir além do que os
dados têm.
2. Verbal vs. Visual vs. Haptic – Desta vez, a divergência está na maneira pela qual a pessoa
captura melhor as informações, seja por meios icônicos ou auditivos. Há também o háptico, que
captura melhor a realidade através do toque. Este último geralmente está ligado a bebês e
idosos, enquanto os dois primeiros são mais típicos de jovens e adultos.
3. Global vs. Analítico / Holístico vs. Serial – Semelhante à dependência e independência do
campo, mas desta vez já focado no objeto ou situação em si, e não no contexto. O estilo global
concentra-se na identificação do objeto como um todo como uma única unidade e realiza sua
análise como tal. Tudo é processado em bloco. No entanto, o estilo analítico subdivide o todo em
detalhes diferentes dos quais começa a processar as informações sem a necessidade de
conhecer todos os dados.
4. Leveler vs Sharpener – Os estilos cognitivos dessa dimensão se referem à capacidade ou grau
em que os sujeitos são capazes de ver semelhanças e diferenças entre estímulos. Enquanto o
nivelador tende a ignorar ou subestimar as diferenças entre os elementos para simplificar, e isso
permite generalizar com mais facilidade, os apontadores tendem a reter as diferenças e destacá-
las, distinguindo elementos claramente mais diferentes.
5. Tolerante vs. Intolerante – Essa dimensão refere-se à capacidade de cada pessoa ter
flexibilidade e abertura mental para a possibilidade da existência de elementos divergentes com o
que era esperado e estabelecido pela norma ou pela própria observação. O tolerante aceita a
possibilidade de outras alternativas e é capaz de modificar suas estruturas cognitivas para
envolvê-las, enquanto o intolerante não faz isso.

Os estilos cognitivos são um elemento importante pois, pode nos ajudar a entender melhor
como cada pessoa processa informações do ambiente ou de dentro.

Plasticidade Neural, um conceito fundamental no funcionamento do Sistema Nervoso


na Aprendizagem

Plasticidade neural, um conceito fundamental no funcionamento do sistema nervoso e na


aprendizagem humana. A plasticidade neural refere-se à capacidade do cérebro de se adaptar e
reorganizar estrutural e funcionalmente em resposta a experiências, estímulos ambientais e
mudanças nas demandas cognitivas.

Existem dois tipos principais de plasticidade neural:


1. Plasticidade Sináptica:
* Potenciação de Longo Prazo (PLP): Refere-se ao fortalecimento duradouro das sinapses após
uma estimulação persistente, como ocorre durante a aprendizagem. Isso envolve a modificação da
eficácia da transmissão sináptica.
* Depressão de Longo Prazo (DLP): Envolve o enfraquecimento duradouro das sinapses,
contribuindo para a eliminação de informações irrelevantes.
2. Plasticidade Estrutural:
* Neurogênese: Em certas áreas do cérebro, como o hipocampo, novos neurônios podem ser
gerados mesmo na idade adulta. Esse processo, conhecido como neurogênese, é uma forma de
plasticidade estrutural.
* Reorganização Cortical: As conexões entre os neurônios podem ser reorganizadas,
especialmente em áreas corticais. Essa reorganização é influenciada pela experiência e pode
resultar em mudanças nas representações neurais.

A plasticidade neural é essencial para a aprendizagem ao longo da vida. Quando uma


pessoa aprende algo novo, ocorrem mudanças nas conexões sinápticas e, em alguns casos, podem
ocorrer alterações na estrutura cerebral para acomodar essa nova informação.
Além disso, a plasticidade neural desempenha um papel crítico na recuperação após lesões
cerebrais. O cérebro pode reorganizar suas funções em torno de áreas danificadas, permitindo
a recuperação de habilidades cognitivas e motoras.

A compreensão da plasticidade neural tem implicações significativas em áreas como


a neurociência cognitiva, a reabilitação neurológica e a otimização do aprendizado
A plasticidade neural destaca a capacidade notável do cérebro humano de se adaptar a novas
circunsttâncias e experiências, sendo um componente essencial para a flexibilidade cognitiva e a
capacidade de aprendizado ao longo da vida.

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