Você está na página 1de 2

RESPONSABILIDADE

CIVIL NO DIREITO
TRABALHISTA

GRUPO 6
ALANA ARAÚJO
ANDERSON COSTA GRUPO 6
ALANA ARAÚJO

DENILSON Jr.
ANDERSON COSTA
DENILSON Jr.
LETÍCIA CARDOSO
MARCOS RODRIGUES
MARIA CASTRO
GRUPO 6
ALANA ARAÚJO
ANDERSON COSTA
DENILSON Jr.

LETÍCIA CARDOSO
LETÍCIA CARDOSO
MARCOS RODRIGUES
MARIA CASTRO

MARCOS RODRIGUES
MARIA CASTRO

PROTEJA SEUS DIREITOS LEGAIS


A importância da responsabilidade civil para a atuação profissional
no campo do Direito do Trabalho

A importância da responsabilidade civil para a atuação profissional no campo do


Direito do Trabalho é indicada pela constatação de que entre os assuntos mais
demandados na Justiça do Trabalho é a indenização por dano moral ocupa a 2ª
posição nas Varas do Trabalho e a 3ª posição nos Tribunais Regionais do Trabalho,
apenas atrás de pedidos relativos à extinção do contrato de trabalho (verbas
rescisórias e seguro-desemprego) e remuneração. Já a indenização por dano material
ocupa, respectivamente, a 9ª e 16ª posições, conforme dados divulgados pelo
Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Enquanto o empregador, via de regra, está submetido a riscos de natureza
patrimonial, o empregado fica exposto a riscos em sua maioria, corporais, colocando
em risco sua própria vida ou integridade psicofísica, em um ambiente de trabalho que
é controlado pelo empregador, ao qual cabe o dever de proteção, prevenção e
precaução.
Com a entrada em vigor da Lei 13.467/17 houve inovação significativa quanto ao dano
expatrimonial, que passou a ter normas jurídicas próprias na CLT, em seus artigos
223-A a 223-G.
Para que seja invocado o direito a indenização, deve existir o dano, que é o elemento
determinante para a existência da responsabilidade civil. O dever de indenizar é um
dever jurídico sucessivo, de recomposição ou compensação do dano decorrente da
violação de um dever jurídico originário.Para que haja a reparação integral do dano,
deve-se buscar a reposição da vítima ao status anterior, na maior medida do possível,
como forma de justiça. Contudo, em caso de excessiva desproporção entre a
gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir equitativamente a indenização, de
acordo com o artigo 944 do Código Civil.
Existem duas modalidades de dano, o dano patrimonial (material) e o
extrapatrimonial (moral).
Caracteriza-se o dano patrimonial pela redução do patrimônio da vítima, seja quanto
a bens corpóreos ou bens incorpóreos.
O dano patrimonial ainda pode decorrer da lesão a direitos de personalidade, como a
integridade física e psíquica, a imagem, a honra. Enquadram-se nessa hipótese as
despesas com tratamento de saúde, decorrente de acidente de trabalho, ou a perda
de clientela do empregador em virtude da difamação praticada por empregado.
Já no caso do dano extrapatrimonial ou moral, que é assegurado pela Constituição
Federal em seu artigo 5º, V e X, este pode ser conceituado como “dor da alma”, ou
seja, como o sentimento de sofrimento e humilhação, ou ainda, o dano que decorre
da violação a um bem ou atributo da personalidade (direito de personalidade) que
afeta a dignidade da pessoa humana, sendo possível sua cumulação com o dano
material.
Ademais, quando se adota esta premissa, significa dizer que o dano moral não fica
condicionado a uma vivência de dor psíquica. E mais, se esses sentimentos não
tiverem como origem a violação de um direito de personalidade não há falar em dano
extrapatrimonial.
O nexo causal é pressuposto para caracterização do dever de indenizar a ser
analisado, ou seja, só é indenizável o dano que é consequência do ato ilícito.
O direito brasileiro adota a responsabilidade subjetiva como referencial
predominante nas relações entre particulares (Código Civil, art. 927)
Isso significa que, como regra geral, além do dano em si, o dever de indenizar
pressupõe a prática de um ato ilícito em sentido estrito (Código Civil, art. 186)[3] ou
abuso de direito (Código Civil, art. 187)[4]. O ato ilícito em sentido estrito
corresponde a uma conduta voluntária culposa (dano ou culpa em sentido estrito) do
agente que viole um dever jurídico e cause danos a terceiro.
No campo das relações de trabalho, a responsabilidade civil subjetiva tem relação
direta com a culpa empresarial.
Ademais a culpa levíssima ainda assim gera o dever de indenizar, embora seja
passível a redução do valor da indenização em tal caso. Especificamente nos casos
de danos decorrentes de acidente de trabalho, o art. 7º, XXVIII, da Constituição
menciona expressamente o dolo ou culpa do empregador.
O abuso de direito é caracterizado quando o titular de um direito, ao exercê-lo,
excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela
boa-fé ou pelos bons costumes (Código Civil, art. 187). O abuso de direito, conforme
essa definição legal, não é pautado pela ideia de culpa em seu sentido tradicional,
mas sim pelos limites impostos pela boa-fé, bons costumes e o fim econômico ou
social do direito. Trata-se de ato ilícito de matriz objetiva, pautada pelos meios ou
modo de exercer um direito ou posição jurídica, sendo desnecessária a comprovação
da culpa.No Direito do Trabalho, observa-se a tendência da doutrina e dos Tribunais
em admitir a aplicação supletiva do art. 927, parágrafo único, do Código Civil nas
relações de trabalho, diante do caráter supletivo do Direito Civil (CLT, art. 8º) e da
definição legal de empregador também fazer menção a que lhe cabem os riscos do
negócio (CLT, art. 2º). Essa aplicabilidade da responsabilidade objetiva nas relações e
trabalho tem abrangido, inclusive, os casos de acidente de trabalho, não obstante o
texto do art. 7º, XXVIII, da Constituição aponte para a responsabilidade subjetiva.
Sendo assim, conclui-se que a responsabilidade civil nas relações de trabalho é um
dos temas mais demandados perante da Justiça do Trabalho, conforme dados do
Conselho nacional de Justiça. Isso se deve à peculiar natureza do contrato de
trabalho, que envolve uma prestação de fazer que compromete a própria integridade
biopsíquica do empregado, bem como o caráter estruturante do poder empregatício
e seus desdobramentos sobre os direitos de personalidade. Em que pese à
importância da segurança jurídica almejada com a alteração realizada pela Lei
13.467/17 essa não pode ser implementada de modo a criar um regime jurídico
indenizatório mais restritivo e tarifado de reparação, colocando o trabalhador em
uma situação de subcidadania, principalmente quando comparado com o regime
jurídico do dano extrapatrimonial em outras áreas do Direito.

Você também pode gostar