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TRILHOS FERROVIÁRIOS
Hoje em dia os trens são um dos meios de transporte mais importantes para o abastecimento e
para o deslocamento da população. Desde as primeiras construções de malhas ferroviárias no
Brasil, as tecnologias aplicadas para a melhoria da estrutura das plataformas de deslocamento e
dos próprios trens só avançaram, o que gerou a necessidade de desenvolver diferentes tipos de
trilhos, mas isso não impediu que uma quantidade numerosa de quilômetros de malha ferroviária
fossem totalmente abandonadas. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT),
responsável por toda a divulgação de dados sobre os transportes do país, aponta em
levantamento recente que cerca de 8,6 mil km dos mais de 28 mil estão sem os devidos cuidados.
Mesmo assim, ainda temos cerca de 20 mil km de malha ferroviária disponível para uso.
Os trens são veículos extensos, já que possuem uma grande quantidade de vagões, fundamentais
para alocar as cargas que serão transportadas. Os vagões são como compartimentos e estão
presos uns aos outros, formando uma fila. As estruturas de montagem dos vagões e a quantidade
de cargas carregadas, com o passar do tempo, sofreram modificações para atingir,
principalmente, a resistência necessária para os tipos de trilhos que estavam sendo construídos.
Para a implantação da linha ferroviária, é preciso estar atento a diversos fatores, como o tipo de
terreno, as construções presentes ao redor, os materiais que serão utilizados e, principalmente, o
atendimento às normas que regulamentam o peso dos vagões e dos trens que passarão pela via
férrea.
Portanto, o deslocamento dos trens é feito pela movimentação das rodas e das ferramentas
complementares sobre os trilhos. Mas você sabe exatamente como funciona essa movimentação
e quais são os tipos de trilhos presentes nas malhas ferroviárias brasileiras? Bom, continue a
leitura do artigo e conheça mais sobre de que forma os trilhos podem ser montados e como eles
se comportam.
Índice do Conteúdo
O perfil de trilho mais usual nas linhas férreas brasileiras é o trilho vignole e a sua estrutura é
composta por três pontos fundamentais. A base, que é acoplada ao terreno, é a principal forma
de sustentação do aparato e é conhecida como patim. Já na altura do trilho, onde as rodas do
trem passam efetivamente, há o boleto ou cabeça. A parte central, por sua vez, que conecta a
base com a parte superior, como um tronco do trilho, é chamada de alma.
Fonte:https://www.trilhos.com.br/trilho-padrao-tr.html
Fonte: https://www.trilhos.com.br/trilho-padrao-tr.html
Para começar, falaremos dos trilhos mais encontrados no brasil em ordem de pesagem,
começando dos mais leves e encerrando com a abordagem sobre os mais pesados. Essa
numeração dos trilhos de TR 32 e TR 37 significa que o metro da barra de um trilho na
composição pesa em torno de 32 kg e 37 kg, respectivamente.
O peso da barra de um trilho está totalmente ligado ao tipo de trem que irá se movimentar por
aquela via férrea específica. Ou seja, quanto menor o peso dos tipos de trilhos,
consequentemente será menor o peso permitido aos vagões e às cargas transportadas.
Esse tipo de trilho costuma ser ideal para locomotivas, que têm as pesagens dos eixos dos vagões
equivalentes à 16 e 18 toneladas, respectivamente. São muito comuns, ainda, em outros espaços
como nos ambientes industriais, pontes rolantes e transporte de minérios extraídos das
mineradoras.
Essa especificação do peso dos eixos dos vagões é formulada propriamente para o tipo de linha e,
a construção do trilho para o espaço é consequência das regulamentações estabelecidas, uma vez
que quanto mais pesado o trilho, mais cara é a sua produção. Por isso, é preciso estabelecer
limites para o peso. Se a linha permite que os eixos dos vagões pesem 16 kg, não há a
necessidade de construir trilhos com pesagens maiores e, naturalmente, mais caros.
Trilho TR 45
Fonte: https://www.trilhos.com.br/trilho-padrao-tr.html
Como percebemos, conforme o piso do material do trilho vai aumentando, a pesagem do eixo dos
vagões dos trens presentes na linha também aumenta. Portanto, esse tipo de trilho mencionado
neste parágrafo suporta pesagens mais elevadas nos vagões que os citados no tópico passado.
Os trilhos TR 45 são bastante utilizados em linhas férreas brasileiras e suportam até 20 toneladas
por eixo. Eles são versáteis, construídos em espaços para transporte de cargas sem
especificações, por isso são muito presentes na malha ferroviária do país.
Trilho TR 57 e TR 68
Fonte: https://www.trilhos.com.br/trilho-padrao-tr.html
Fonte: https://www.trilhos.com.br/trilho-padrao-tr.html
Os tipos de trilhos a seguir são os mais abundantes nas ferrovias do Brasil. Quando o assunto é
atender à necessidade do carregamentos de grandes cargas, esses trilhos são os mais
recomendados para a construção.
Esses trilhos suportam maiores pesagens dos eixos de vagões e podem receber 25 e 30 tonelados
por eixo, respectivamente. O transporte de materiais e cargas pesadas é efetuado por esses dois
tipos de trilhos, principalmente em setores de mineração e trabalho com grãos, itens
indispensáveis para a economia brasileira.
Basicamente, esses são os principais tipos de trilhos que encontramos, atualmente, na nossa
linha ferroviária. Apesar de muitas linhas ferroviárias estarem abandonadas, como citados no
começo do texto, é possível observar uma maior utilização das malhas para o transporte de
cargas, muito por conta da necessidade de dividir o trabalho com as linhas rodoviárias, ampliando
as opções de transporte do país.
Sistemas de pesagem podem utilizar trilhos, do mesmo perfil da via, como o elemento sensor.
Chamados de trilhos instrumentados esses recebem extensômetros que são colados a alma do
trilho, estes sensores medem a deformação ocorrida com a passagem de uma roda, esses
valores, por sua vez, são passados por uma equação matemática de calibração ou multiplicados
por valores de ganho, que irão transformar o valor de deformação em valores de peso. Esta é
uma técnica de pesagem em movimento bastante difundida e usual desde a década de 1980. Com
o advento de sistemas eletrônicos e computacionais mais rápidos e robustos, pôde-se adicionar
diversas células de pesagem, que melhoram a precisão e aumentam velocidade do trem durante
a pesagem.
Independentemente do tipo de trilho que será construído, é muito importante que suas
estruturas sejam montadas com o maior grau de proteção possível, tanto para a linha como para
os trens. Caso contrário, há uma série de problemas que seriam muito prejudiciais para as
empresas construtoras das linhas, tais como:
desgastes na estruturação dos trilhos, refletindo em um uma melhor experiência com esse tipo
de transporte.
Leia mais conteúdos sobre o setor ferroviário no nosso Blog.
https://www.ufjf.br/ep/files/2009/08/tcc_jul2009_fernandamacedo.pdf
https://www.tecmundo.com.br/trem/78418-trilhos-trem-construidos-dia-surpreenda.htm
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