FATOS JURIDICOS E OS EFEITOS: Aquisição, Conservação, Modificação e Extinção
de Direitos
No que concerne ao Direito, os fatos jurídicos e os efeitos, segundo Carlos Roberto
Gonçalves, é todo acontecimento da vida relevante para o Direito, que são fatos naturais, o qual é a conduta humana divididos em ordinários, tal como, o nascimento e a morte e extraordinário como nos casos de força maior ou caso fortuito, considerado como, por exemplo um acontecimento da natureza, quando não há repercussão jurídica. A doutrina o determina como fato de matéria ou ajurídico, para que um fato seja classificado como material ou jurídico deve-se analisar as circunstâncias do caso concreto e os efeitos produzidos. Entretanto, quando o fato se encaixar nas normas abstratas da lei, será um fato jurídico, uma vez que gera efeitos que o Direito tutela. O Código Civil tutela o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada, ademais o fato jurídico pode ser classificado quanto a licitude, isto é, se está ou não conforme o Direito, tal como, o art. 188 do C.C prevê. Entretanto, há Fatos Jurídicos Contrário ao Direito que produzem sanções em razão de violarem a ordem pública, devendo haver um comportamento humano que transgredir a norma e que subdividem em Ato-Ilícito subjetivo, que é a conduta transgredida pela culpa, para haver o ilícito subjetivo é necessário o dano, assim como, previsto no art. 186 do C.C. Já a outra parte da subdivisão é o Ato-Ilícito objetivo, que é quando há abuso do direito adquirido por fato humano que de alguma forma violou a ordem jurídica. A outra classificação é quando o Fato Jurídico Conforme a Lei Prevê, conhecido como Ato-Lícito, que categoriza em três Atos tutelados pelo Direito, não havendo sanções. Esses fatos produzem efeitos validos e pode ser Ato Jurídico, Ato-Fato Jurídico e Fato Jurídico em Sentido Estrito que se baseia na conduta volitiva humana, ou seja, vontade humana. Assim sendo, a primeira categoria Ato-Lícito, são ações humanas que exige manifestações de vontade que criam, modificam, transferem e extinguem direitos, são classificados como Negócio Jurídico ou Ato Jurídico Stricto Sensu, que o primeiro a pessoal natural ou jurídica que o realiza pode intervir nos efeitos do negócio que está realizando, o Código Civil prevê tal forma do art. 104 ao 184, pode se notar tal forma nos contras de compra e venda que uma pessoa decide sobre valor, forma de pagamento e entrega da coisa. Por seguinte, no Ato Jurídico Stricto Sensu, a pessoa não interfere nos efeitos, não podendo escolher, pois estes já são previstos pelo ordenamento. A intenção ou a declaração de vontade exigida por lei qualifica o ato jurídico, da mesma maneira que em casamentos, reconhecimentos de paternidade, são reconhecidos por lei e basta o reconhecimento, não cabendo condição, termo ou encargo. Além disso, o Stricto Senso possui duas formas, potestativo quando atos que a ordem jurídica confere efeitos somente ao resultado da ação, e participação quando atos significam somente declarações para ciência ou comunicados aos terceiros de intimações, notificações e interpelações que haverá destinatário, mas não conteúdo negocial. A segunda subdivisão do Fato Jurídico conforme o Direito é o Ato-Fato Jurídico, em que tal vontade será irrelevante para a aquisição, para que se realize o negócio jurídico, ou seja, o comportamento humano independe de vontade e a grande diferença da subdivisão anterior é que este ato não há necessidade volitiva. Assim, como, por exemplo, não se considera nula uma criança realizar uma compra de um doce ou sorvete, no qual é um negócio jurídico e sendo assim, mesmo sem capacidade para emitir vontade qualificada que se exige nos contratos de compra e venda. No mesmo contexto, atos reais: independe da vontade, importando apenas o resultado, como a aquisição de tesouro, especificação, produção de obras artísticas, literárias, pesca..., ato indenizatório: dever de indenizar prejuízo gerado a outrem, ainda que dentro da lei em atividade lícita, quando causa dano, como o caso em que vaza material radioativo de uma indústria e ato caducificantes: extinção de determinado direito devido à inércia e ao tempo, que não exprime resultados ao longo do tempo, tal como a prescrição e decadência. Segundo, Gonçalves(2014), com relação aos atos jurídicos lícitos que não sejam negócios jurídicos, o Código Civil abriu um título, com art. único em que determina, a semelhança do que diz o art. 295 do C.C de 1966, que seja aplicado no que couber as disposições disciplinadoras do negócio jurídico. A terceira e última categoria é o Fato Jurídico em Sentido Estrito que segundo Miguel Reale, trata-se de todo evento da natureza que traz consequências jurídicas, tal como, a morte, nascimento com vida, eventos de forças maiores, como, por exemplo, os terremotos, enchentes, decurso do tempo. Portanto, os temas do Direito Civil, previsto na Parte geral, são fundamentos para todo o entendimento, além de que não percebendo o seu alcance, por não conhecer sua aplicação, compreende que considerar a importância de revisar a fim de aumentarmos a compreensão quanto ao tema abordado e presentes no Direito Civil é valido, que quanto mais sustentação sobre o assunto e maior for, melhor será a formação do conhecimento sobre a matéria.