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EDUCAÇÃO FÍSICA
UNIDADE I
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qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização,
por escrito, do Grupo Ser Educacional.
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Feitosa, Cristiane.
Tópicos Integradores I – Educação Física - Unidade 1 - Recife: Grupo Ser Educacional, 2021.
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SUMÁRIO
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DIMENSÕES BIOLÓGICAS E BIOQUÍMICAS DA ATIVIDADE MOTORA
UNIDADE 1
Os conteúdos que vamos estudar nesta disciplina são fundamentais para o seu curso,
pois esse conhecimento é necessário para entender o funcionamento do corpo humano
e o que acontece com o organismo, bem como o metabolismo dos nossos alunos
durante a atividade motora.
ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA
Aqui neste guia você encontrará uma explicação sobre as áreas de estudo da Biologia e da Bioquímica
e, em seguida, falaremos sobre as áreas de intervenção e suas finalidades, para podermos relacionar a
Biologia com a atividade motora. Ao final de nossa jornada, você será capaz de discutir sobre a origem
e desenvolvimento dos seres vivos, identificar as principais organelas e suas funções, relacionar essas
funções com as respostas e adaptações orgânicas à prática das atividades motoras, entender as relações
entre os tipos, as origens e as funções dos tecidos orgânicos, compreender os acontecimentos bioquímicos
resultantes das atividades motoras e argumentar sobre interação bioquímica, celular e histológica
relacionada com a prática de atividades motoras.
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Estimado(a) estudante, após lhe apresentar a disciplina e explicar um pouquinho dos conhecimentos que
vamos aprender aqui, chegou a hora de iniciarmos o nosso conteúdo. Para isso, primeiro vamos entender
o que é Biologia e Bioquímica e suas aplicações na atividade motora.
Como é sabido, a Educação Física estuda a atividade motora humana, salientando que o corpo humano
sempre busca estar em equilíbrio. Isso é chamado homeostase. Quando está em repouso (parado), um
indivíduo saudável está em equilíbrio, porém, quando se movimenta (sai do repouso) você tira seu corpo
desse estado de equilíbrio. No entanto, seu corpo continua tentando alcançá-lo e, para isso, faz algumas
ações nas suas estruturas e reações das substâncias químicas em resposta à atividade motora.
Biologia
O prefixo Bio significa vida, enquanto o sufixo logia significa estudo, ou seja, o termo Biologia é o estudo
da vida; assim, podemos dizer que é o estudo dos seres vivos.
Figura 1
Fonte: professora autora.
Bioquímica
Já a palavra Bioquímica é formada pelo prefixo Bio e a palavra Química. Então, podemos dizer que ela
estuda a Química nos seres vivos, ou seja, as reações das substâncias químicas dentro dos seres vivos.
Cerca de 98% do seu corpo é formado pelos seguintes elementos: Carbono, Hidrogênio, Oxigênio, Fósforo,
Enxofre e Nitrogênio; juntos, eles compõem a sigla CHONPS:
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Figura 2
Fonte: professora autora.
Figura 3
Fonte: professora autora.
VEJA O VÍDEO!
https://www.youtube.com/watch?v=ZVKB4F7XpHo.
Biologia
A Biologia é uma ciência (modo de obter conhecimento sobre a natureza) que faz parte das Ciências
da Natureza (junto com a Física e a Química). Ela estuda todos os organismos vivos, dos mais simples
(como os vírus – que alguns pesquisadores nem consideram seres vivos) aos mais complexos, como o
ser humano. E de vários níveis organizacionais, desde a célula (o nível organizacional mais simples) até
espécie homo sapiens (espécie do ser humano).
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Assim, a Biologia tem várias áreas de especialização, como a Citologia (estudo das células), a Bioquímica
(estudo das reações químicas nos seres vivos), a Genética (estudo da transmissão e ação do material
hereditário para os descendentes), a Embriologia (estudo da formação e desenvolvimento dos organismos),
a Histologia (estudo dos tecidos), a Taxonomia (estudo do grau de parentesco entre os seres vivos), a
Microbiologia (microrganismos), a Micologia (estudo dos fungos), a Zoologia (estudo dos animais), a
Botânica (estudo das plantas), a Fisiologia (estudo do funcionamento das células, dos tecidos, dos órgãos
e dos sistemas), Evolução (estudo da adaptação dos seres vivos ao ambiente em que vivem e como
surgem as novas espécies) e a Ecologia (estudo da relação dos seres vivos entre si e sua relação com o
meio ambiente em que vivem).
Figura 4
Fonte: https://image.slidesharecdn.com/1bfev2015-1cienciaebiologia-150212205718-conversion-
gate02/95/1em-1-cincias-e-biologia-fev2015-8-638.jpg?cb=1439311499
VEJA O VÍDEO!
https://www.youtube.com/watch?v=t-gZtyd3RgI&t=363s
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Bioquímica
A Bioquímica é um ramo da Biologia que estuda sua relação com a química. Então, para ficar melhor de
entender, é dividida em:
Bioquímica clínica, que estuda os materiais orgânicos, como sangue e urina, e como suas altera-
ções podem desenvolver doenças;
É do conhecimento da maioria das pessoas que a Educação Física tem muitos campos de intervenção, o
profissional dessa área pode atuar com a intervenção como conteúdo da Educação Física (para os que tem
a formação em licenciatura) ou fora da escola – em academias e clubes, entre outros (para os que tem
a formação no bacharelado). A intervenção fora da escola ainda se ramifica em intervenção no lazer, na
saúde e no esporte.
Entretanto, estimado(a) aluno(a), todas elas envolvem atividade motora. Toda atividade motora envolve
ação muscular e toda ação muscular envolve uma cadeia de mecanismos de ações celulares e reações
bioquímicas que são determinadas pelo nosso material genético e composição bioquímica corporal.
Por isso, para atuar em qualquer uma das áreas de intervenção, você precisa entender de Biologia e
Bioquímica.
Intervenção na saúde
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EXEMPLO
Maria é uma mulher de 58 anos, com diabetes (doença crônico-degenerativa relacionada à insulina -
hormônio que diminui o nível de açúcar no sangue). Para planejar um programa de atividade motora para
ela você precisa saber como a insulina responde à atividade motora (reação biológica) e se há alguma
influência dessa atividade na ação da medicação (reação bioquímica).
Intervenção no esporte
Na intervenção no Esporte, o objetivo é obter o melhor desempenho, com os menores danos ao organismo,
ou seja, melhorar a performance e, ao mesmo tempo a qualidade de vida e prolongar a carreira do atleta.
Assim, você deve entender como o organismo responde à modalidade esportiva escolhida em diferentes
intensidades. Com a evolução da ciência, existe uma grande diversidade de métodos bioquímicos
disponíveis para serem utilizados como parâmetros para o monitoramento e a prescrição do treinamento
esportivo.
EXEMPLO
Assim, o entendimento das respostas corporais ao exercício é importante para que a prática de atividades
motoras seja levada para a vida e fundamental para interromper o crescimento de doenças crônico-
degenerativa, que tem como uma de suas principais causas a hipocinesia (baixa quantidade de movimento
corporal).
Além de também estar inclusa, nesta intervenção, a intervenção na saúde. Pois, além de prevenir o
surgimento dessas doenças, a obesidade infantil, diabetes, hipertensão arterial e dislipidemias já são
uma realidade nas escolas.
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VISITE A PÁGINA
Uma sugestão para ampliar seu conhecimento, estudante, é fazer uso de pesquisas em
revistas especializadas:
http://revistas.unifoa.edu.br/index.php/cienciasmedicas/article/view/527
ORIGEM DA VIDA
Há muito tempo que se discute a origem da vida no nosso planeta. As seguintes teorias são as mais
expoentes:
CRIACIONISMO – acredita que a vida foi criada por Deus. Ela está ligada ao fixismo, não acredita na
evolução das espécies;
OPARIN – acredita na hipótese gradual dos sistemas químicos (chamada também de teoria heterotró-
fica).
Teoria de Oparin
Esta última, a teoria de Oparin, afirma que a atmosfera, inicialmente, tinha uma temperatura muito
elevada e era composta apenas por gases, como metano, amônia, hidrogênio e vapores de água que sob
o efeito de raios ultravioletas e tempestades elétricas sofreram reações químicas e alcançou níveis de
organização mais complexos, como monossacarídeos, aminoácidos, ácidos graxos e nucleotídeos.
Após bilhões de anos, esses elementos químicos se juntaram e formaram uma estrutura orgânica mais
complexa, os coacervados (não é o primeiro ser vivo). Posteriormente, essa estrutura se juntou ao ácido
ribonucleico (RNA) e formou uma célula primitiva, o probionte, considerado o primeiro ser vivo; o qual era
heterótrofo e anaeróbio.
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A resposta é a seguinte: sãos seres vivos que são divididos em AUTÓTROFOS ou HETERÓTROFOS, de
acordo com a forma como os seres vivos adquirem energia para sobreviver. Vamos conhecê-los?
Os Autótrofos são organismos vivos que obtém a energia que precisam para sobreviver da luz solar, por
meio do processo de fotossíntese. Eles ocupam a base da cadeia alimentar e servem de alimento para os
seres que não conseguem produzir seu próprio alimento. Por isso, também são chamados de produtores.
São exemplos de autótrofos os vegetais, as algas e algumas bactérias.
Já os Heterótrofos são os organismos vivos que não conseguem produzir seu próprio alimento e necessitam
consumir outros seres vivos para sobreviver. Utilizam as fontes de carbono que constituem outros seres
(plantas ou animais). Os heterótrofos podem ser herbívoros ou carnívoros. Os herbívoros são classificados
como consumidores primários, pois se alimentam diretamente dos autótrofos, os produtores da cadeia
alimentar; enquanto os carnívoros são considerados consumidores secundários, por se alimentarem dos
herbívoros.
EXEMPLO
O boi se alimenta de grama e serve de alimento para o ser humano. Nesse caso, a grama é o organismo
produtor, o boi é o consumidor primário e o homem, o consumidor secundário.
Os organismos podem obter a energia de que precisam, dos alimentos, por meio da respiração celular
ou por meio da fermentação. Nos dois processos, as moléculas de glicose obtidas nos alimentos são
quebradas em moléculas menores e a energia da quebra das ligações da molécula é liberada para a
célula.
Essa quebra pode ocorrer por dois processos, a respiração celular e a fermentação. Quando acontece pela
respiração celular, a quebra ocorre na presença de oxigênio e libera, como resultado, gás carbônico e
água. Por outro lado, na fermentação, a quebra é realizada na ausência de oxigênio, e tem como resultado
da quebra o álcool etílico e gás carbônico ou ácido lático. Assim, de acordo com a forma como adquirem
a energia de que precisam, os seres vivos podem ser classificados em AERÓBIOS ou ANAERÓBIOS.
Os organismos aeróbios dependem do oxigênio para obter energia, realizam respiração aeróbia – um
exemplo são os seres humanos, enquanto os organismos anaeróbios não precisam do oxigênio para obter
energia, realizando respiração anaeróbia. Um exemplo são as bactérias causadoras do tétano.
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ORIGEM E EVOLUÇÃO CELULAR
De acordo com a teoria de Oparin, antes de haver vida na Terra existiu um caldo primordial ao qual se
atribui o surgimento de polímeros, aminoácidos e nucleotídeos, os quais formaram as primeiras moléculas
de proteínas e ácidos nucléicos. Daí começou a duplicação, a partir dos ácidos nucleicos e moléculas
simples de RNA que evoluíram para moléculas mais complexas. Ao aparecerem essas moléculas, abriu-se
o caminho para as primeiras células.
Especula-se que moléculas de fosfolipídios foram formadas (ao acaso) e podem ter englobado conjuntos
de moléculas de ácidos ribonucleicos, nucleotídeos, proteínas e outras moléculas – assim constituindo a
primeira célula, com membrana fosfolípide.
A célula é a menor unidade do organismo dos seres vivos e contém tudo o que é necessário para realizar
as variadas funções do ser vivo, como respiração, nutrição, produção de energia e reprodução. As células
têm diferentes formas e tamanhos, porém as células do nosso corpo têm uma função específica e unidas
a outras, com a mesma função, formam os tecidos e os órgãos.
Diversidade Celular
Você já deve ter ouvido falar que a unidade básica dos seres vivos é a célula, e todos os organismos
são feitos de células. Entretanto, existem organismos que tem uma única célula, classificados como
UNICELULARES. Por outro lado, os organismos mais complexos, constituídos de várias células, como os
animais e plantas, são MULTICELULARES ou PLURICELULARES.
Célula procariontes
Nas células procariontes, o DNA fica concentrado em uma região que não tem uma membrana envolvendo,
denominada nucleóide, como você pode ver na figura abaixo. A única membrana que elas possuem é a
membrana plasmática. Elas não têm membrana separando o material genético do resto da célula. Os seres
vivos que possuem esse tipo de célula são chamados Procariotas, que são compostos pelas bactérias.
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Figura 5 - Célula procariótica
Fonte: flickr.com/photos/136003074@N02/22289330732/in/photolist-zWtp9j-zXCDtJ
Células eucariontes
As células são eucariontes quando a maior parte no DNA está na organela chamada de núcleo, que
apresenta uma membrana dupla, como mostra a figura abaixo.
A célula eucariótica é uma célula bem compartimentalizada, o que aumenta sua eficiência ao por separar
suas atividades, pois seus diferentes processos metabólicos são bem separados em diferentes organelas.
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Membrana plasmática
A membrana plasmática é a membrana que demarca todas as células vivas, tanto as procarióticas como
as eucarióticas. Ela é a parte mais externa do citoplasma e tem a finalidade de ser uma fronteira entre
o meio intracelular e o meio extracelular. Tudo o que entra e sai das células depende diretamente da
membrana plasmática.
Ela apresenta em torno de 7 a 10 mm de espessura, por isso só consegue ser vista pelo microscópio e em
eletromiografias apresenta duas linhas escuras com uma faixa clara entre elas. Devido a esse formato
trilaminar, semelhante a outras membranas encontradas na célula, chama-se unidade de membrana ou
membrana unitária.
Essas unidades de membrana são formadas por uma bicamada lipídica, formada por fosfolipídios com
algumas proteínas. Dessa forma, quanto maior a atividade da célula, maior a quantidade de proteínas,
pois elas são responsáveis pela maioria das funções da membrana.
Como você viu anteriormente, a célula possui diferentes organelas, cada uma com uma atividade e função
específica. Agora, conheça cada uma delas:
Mitocôndrias: são organelas esféricas ou, com frequência, mais alongadas. Possuem como função
liberar a energia da glicose e dos ácidos graxos que vem dos alimentos para produzir calor e moléculas de
ATP. É responsável pela respiração celular.
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Figura 8 - Mitocôndria
Fonte: https://www.instagram.com/p/CEaYftDn_8h/?utm_source=ig_web_copy_link
Retículo endoplasmático: é uma rede de vesículas achatadas, vesículas esféricas e túbulos, os quais
tem comunicação. Formam um sistema contínuo, porém são vistos separados nos cortes examinados com
o microscópio eletrônico. Possuem uma parede composta por unidades de membrana que constituem
cavidades chamadas de cisternas do retículo endoplasmático, as quais formam túneis que percorrem o
citoplasma. Existe o retículo endoplasmático rugoso ou granular e o liso.
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Ribossomos: são partículas que possuem ácido ribonucleico (RNA ribossômico ou rRNA) e proteínas
com um papel fundamental na síntese de proteínas. São um pouco menores que as células procariontes
e formados por duas subunidades de tamanhos diferentes que se associam apenas quando se ligam aos
filamentos de RNA mensageiro (mRNA). Vários ribossomos se associam a um filamento de mRNA, assim
formando os polirribossomos, os quais ficam dispersos no citoplasma ou presos na superfície externa do
retículo endoplasmático rugoso.
Figura 10 – Ribossomo
Fonte: https://s3.static.brasilescola.uol.com.br/img/2019/11/ribossomo.jpg
Figura 11 - Endossomo
Fonte:
http://www.atlasdocorpohumano.com/p/printImage/celulas/estruturas-celulares/espaco-intracelular/
citoplasma/estruturas-citoplasmaticas/organelas/vesiculas-citoplasmaticas/endossomos.jpg
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Aparelho de Golgi: também conhecido como zona ou complexo de Golgi, possui vesículas circulares
achatadas e vesículas esféricas de diversos tamanhos. É encontrado quase sempre próximo ao núcleo.
Uma função muito importante apresentada pelo complexo é a separação e direcionamento das moléculas
sintetizadas na célula.
Lisossomos: têm forma e tamanho variáveis (de 0,5 a 3,0 µm de diâmetro), com interior ácido e enzimas
hidrolíticas (que rompem células com a adição dos átomos das moléculas de água), chamadas hidrolases.
Alcançam atividade ótima em pH ácido. São considerados depósitos de enzimas usadas, pela célula, para
digerir moléculas.
Figura 13 – Lisossomos
Fonte: https://i1.wp.com/pontobiologia.com.br/wp-content/uploads/2017/04/lisossomos.png?ssl=1
Peroxissomos: são caracterizados pela presença de enzimas oxidativas que transferem átomos de
hidrogênio de diversos substratos para o oxigênio. Tem tamanho variável e uma matriz celular envolvida
por membrana. Eles também têm a função de desintoxicação.
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Figura 14 – Peroxissomo
Fonte: https://1.bp.blogspot.com/-Jpz6irA1Vk4/XRLt3dVr_fI/AAAAAAAA5h4/VGKFQmPQRt4ZI8_
JyuRlG9eUvZ0FFftPQCLcBGAs/s1600/Peroxissomos.jpg
Fonte: https://lucianomende.blogspot.com/2020/01/depositos-citoplasmaticos.html
Núcleo: possui uma membrana dupla chamada de envoltório celular, a qual apresenta poros que re-
gulam o trânsito de macromoléculas do núcleo para o citoplasma e vice-versa. As moléculas de RNA do
citoplasma são sintetizadas no núcleo e as moléculas proteicas do núcleo sintetizadas no citoplasma. Sua
membrana externa tem ribossomos, compondo o retículo endoplasmático rugoso.
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Cromatina: composta de ácido desoxirribonucleico (DNA) associado a proteínas.
Nucléolo: são corpúsculos esféricos que têm grande quantidade de ácido ribonucleico (RNA) e de
proteínas básicas, além de pequena quantidade de DNA.
Figura 16 – Nucléolo
Fonte: http://4.bp.blogspot.com/-YjoeWSJHV-4/UYKy2SivjKI/AAAAAAAAABE/2RfEPaiGX1g/s1600/
nucleo-da-celula.bmp
Esqueleto celular: conhecido também como citoesqueleto, tem a função de estabelecer, modificar e
manter a forma das células, além se ser responsável pelos movimentos celulares, como a contração, a
formação de pseudópodes e o deslocamento intracelular de organelas, cromossomos, vesículas e grânu-
los. É formado por microtúbulos, filamentos de actina e filamentos intermediários.
Figura 17 - Citoesqueleto
Fonte: https://static.todamateria.com.br/upload/57/d9/57d9a9cd276ef-citoesqueleto.jpg
A histologia é o estudo da anatomia microscópica de células e tecidos, como se organizam para constituir
os diferentes órgãos e suas funções que, assim como outros componentes do seu organismo, se
correlacionam com a prática de atividades motoras.
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Origem Embrionária dos Tecidos
O zigoto é formado a partir da fusão dos gametas feminino e masculino. Depois da fertilização ele passa
por várias divisões celulares, as quais são chamadas de clivagem. Após essa sequência de clivagens, é
formada a mórula. Em seguida, é formado o blastocisto, no qual são formados dois tipos diferentes de
células, o embrioblasto e o trofoblasto, o qual se desenvolve em um sinciotrofoblasto e um citotrofoblasto.
Assim como o trofoblasto, as células da massa celular interna se diferenciam em duas camadas: o
hipoblasto (endoderma primitivo) e o epiblasto (ectoderma primitivo). As duas formam um disco achatado,
denominado disco embrionário bilaminado, que fica entre a cavidade amniótica e o saco vitelino. Esse
saco, posteriormente, dá origem ao mesoderma extraembrionário e as células do mesoderma formam um
tecido conjuntivo (mesênquima).
Posteriormente ocorre a gastrulação, em torno de 15 dias após a fertilização. Nesta, o disco bilaminado
composto pelo epiblasto e hipoblasto se transformam em um disco embrionário trilaminado, composto
das três camadas germinativas principai: o ectoderma, mesoderma e endoderma, que dão origem aos
tecidos do seu organismo.
Figura 18
Fonte: extraída do livro de Tortora (2010)
As células se reproduzem por meio da divisão celular. Dependendo do tipo de célula, essa divisão pode
se dar por meio da mitose ou da meiose, as quais têm objetivos diferentes. Existem dois tipos diferentes
de células: as células somáticas e as células sexuais, sendo que as células sexuais são os gametas (óvulo
e espermatozoides) e as células precursoras deles, enquanto as células somáticas são todas as outras
células, que não são sexuais.
A divisão celular das células somáticas ocorre por meio da mitose, pois elas têm o objetivo de formar
células idênticas a elas, com o mesmo número e tipo de cromossomos. Esta divisão repõe as células
lesadas ou mortas e adiciona novas células para o crescimento do tecido.
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Por outro lado, a divisão das células sexuais acontece por meio da meiose, pois o objetivo, nessa divisão
é produzir os gametas. Assim, é uma divisão especial que possui duas etapas e que reduz o número de
cromossomos pela metade.
É constituído por células dispostas em lâminas contínuas, em camadas múltiplas ou simples, unidas
firmemente umas às outras. Ele tem três funções principais:
barreira seletiva, para limitar ou auxiliar a transferências de substâncias para dentro e para fora do
corpo;
proteção.
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Histologia Básica do Tecido Conjuntivo
É formado por células e matriz extracelular (material localizado entre células muito espaçadas). Tem
várias funções:
É formado por dois tipos de célula, neurônios e neuroglia. Os neurônios são células sensíveis aos estímulos
que os convertem em sinais elétricos, denominados potenciais de ação. Estes são os impulsos nervosos.
Já a neuroglia não gera nem conduz impulsos nervosos, mas é fundamental no suporte.
É constituído de células alongadas, chamadas de fibras musculares, as quais usam ATP para se contraírem
e gerar força para realizar movimento. Porém, ele tem outras funções:
manter a postura;
gerar calor.
PARA RESUMIR
Então, recapitulando, você viu neste capítulo que a Biologia estuda os seres vivos, enquanto a Bioquímica
é um ramo da Biologia que estuda a química dos seres vivos. Viu também que essa disciplina é importante
e está presente em todas as áreas de intervenção com as atividades motoras. É preciso entender sobre
elas para ser um bom profissional.
Depois disso se aprofundou nos principais conceitos da Biologia e aprendeu que existem várias teorias
para a origem da vida aqui na Terra, ainda que a teoria que tem tido mais credibilidade seja a de Oparin,
que fala que no início de tudo eram apenas gases, até que se formou o coacervado (que não é um ser
vivo, lembra?), para depois gerar a primeira célula, o probionte (esse, sim, foi o primeiro ser vivo, o qual
era heterótrofo; não produzia seu próprio alimento) e o anaeróbio (sobrevivia na ausência de oxigênio).
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PARA PESQUISAR
Depois de tudo que foi explanado, para fechar nosso Guia de Estudos da Unidade 1,
deixo um link de pesquisa para você se aprofundar acerca do assunto tratado.
https://pt.khanacademy.org/science/biology
Finalizando o primeiro guia de estudo da disciplina “Tópicos Integradores I – Educação Física”, em que
tratamos as dimensões biológicas e bioquímicas da atividade motora, espero que tenha absorvido bem os
conceitos e definições básicas da Biologia e da Bioquímica, para poder seguir para as outras disciplinas
sem dificuldade, bem como aprofundar seus conhecimentos.
Espero que tenha não apenas compreendido o que foi apresentado, mas também aplique os conhecimentos
aqui adquiridos em sua prática profissional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2018.
MCARDLE, W. D.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologia do Exercício: nutrição, energia e desempenho
humano. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
NELSON, D. L.; COX, M. M. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2019.
REECE, J. B.; URRY, L. A.; CAIN, M. L.; WASSERMAN, S. A.; et al. Biologia de Campbell. 10. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2015.
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ROBERGS, R. A.; ROBERTS, S. O. Princípios fundamentais de Fisiologia do Exercício. São Paulo: Phorte,
2002.
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios da anatomia e fisiologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2010.
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