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E Hendrix... ele vai usar isso contra mim para arrancar tudo
que eu mantenho perto e querido em meu coração.
Eu poderia desprezá-lo.
Mas meu inimigo rancoroso tem uma ereção por me fazer
sofrer.
Ela não quer se casar comigo. Eu não quero me casar com ela.
Exceto nele.
Um muito poderoso.
E essa guerra de palavras que forjamos anos atrás só
aumentou em baixas, títulos embaraçosos de tabloides e algumas
amizades quebradas ao longo do caminho.
— Eu vou pular essa mão — ele diz aos homens com um rápido
vislumbre por cima do ombro. — A aniversariante quer falar
comigo.
Seu olhar fixo não vacila. — Você não acha que agora que você
e eu estamos na frente um do outro sem um de nós sangrando
ainda, ela não percebeu? Ela está estacionada em algum lugar por
aqui, provavelmente anotando a data e isso. E eu também não vi
sua irmã, então lá se vai o meu entretenimento da noite para
superar isso.
1
Quando alguém reage a um insulto insignificante, farpa ou piada, de maneira exagerada.
chegando um pouco alto demais. Fique com suas loiras que
querem ser esposas de Stepford2.
Pobre coisa.
2
Mulheres perfeitas.
— A mulher não deveria gozar primeiro, Hendrix? — eu
debocho, quase bufo, com o quão abertamente egocêntrico ele é, e
as mulheres que são vítimas dessa besteira. — Obrigada — digo à
garçonete, sutilmente dispensando-a. — Nós agradecemos.
A cadela traidora.
3
Trocadilho do nome dela com a palavra “bunda” em inglês
— Provavelmente a última vez que você fez? Esse boato gay
ainda está circulando, ou você cuidou disso?
Show.
4
Brinquedo de arma d’água.
— O que eu vou dizer para as garotas do clube depois que elas
lerem isso? Você quer me fazer parecer como se eu não soubesse
como criá-lo? Que eu apenas deixei você vagar por aí como um
vândalo sem nenhum meio de decoro ou etiqueta? As mães vão
manter suas filhas longe de você por causa desse tipo de manchete.
Dobrando meu jornal, dou meu foco total para a única mulher
que merece. Que me apoiou contra todas as decisões estúpidas
que já tomei.
— Mãe, não comece a suar por causa disso. Não vale a pena,
nem você me vê preocupado com isso. Eu poderia dar a mínima
para o que as pessoas dizem sobre mim, o que não é nada...
Não tenho certeza de quem ela contratou para tirar essas fotos.
No entanto, minha apresentação de slides em sua festa de
aniversário no fim de semana passado não foi o melhor que pude
fazer. Foi a única coisa que consegui fazer com minha mãe
presente. E por que não compartilhar alguns dos holofotes com
ela? Porque no dia seguinte, as pessoas postaram vídeos em suas
redes sociais da apresentação que fiz com meu assistente.
Garoto esperto.
Jesus, Cristo.
Pena que eu não poderia usar o dinheiro para acabar com cada
pedaço de colunista de merda e Aspyn Miller de ser a completa
ruína da minha existência.
— Então, eles já te contaram? — Estou me apoiando na minha
irmã mais nova, Berklee, enquanto observamos nossos pais
fazerem check-in em nosso hotel para essas férias em família
muito aleatória e improvisada que nos informaram três dias atrás.
— Hum... Aspyn...
— Sim?
— Pequeno problema.
Mamãe olha para o telefone e praticamente salta de seus saltos
de excitação.
Que porra?
Eu nunca pareço.
Não sei ao certo por que estou sempre me deparando com esse
idiota, mas nem mesmo estar no meio do Oceano Pacífico, em um
estado que não está conectado aos EUA continentais, pode manter
Hendrix Ford fora da minha vista.
— Filho da puta…
Ele sorri para ela – quero dizer, realmente sorri para ela – e o
gesto por si só já grita decepção. Uma entidade bonita com um
sorriso agradável e amabilidades doces, mas por baixo, ele está
cheio de tudo menos isso.
O que diabos está acontecendo aqui?
Pausa.
Não.
Não.
Meu inimigo olha para minha irmã pela primeira vez e ele não
se esconde muito bem do jeito que ele examina a regata apertada
e o jeans rasgado que ela está vestindo. E, pela minha vida, eu não
posso dizer se ele está genuinamente interessado nela ou se está
fazendo isso para me irritar.
A olho nu, isso pode parecer verdade. No entanto, ele teria que
observar mais de perto para ver que Bryce não gosta de mim como
Hendrix suspeita, mas não é de surpreender que seja para onde
sua mente viajaria. Claro, um homem teria que estar apaixonado
por mim para ousar enfrentar o infame Hendrix Ford. Quero dizer,
Deus me livre, qualquer um fazer isso por diversão para derrubá-
lo alguns pinos.
— Não é tão estranho que alguém como você conjure tal ideia
porque minha família é mais rica, muito procurada e sofisticada
para o que você deseja em um futuro marido.
Eu não estou.
E mesmo assim, por que abrir uma lata de minhocas para que
o outro possa aumentar sua vingança quando já fazemos o
suficiente?
De proporções épicas.
— Sou eu ou você?
Huh.
Agradável.
Eu suspiro. — E?
— Aspyn, o que sua mãe está tentando dizer — seu pai, Owen,
fala lentamente como se tivesse acabado de acordar. — É que
acreditamos que seria do seu interesse se você e Hendrix
começassem a namorar.
Eu estou enganado.
Aspyn zomba com desgosto. — Bem... hum, não vou ser eu.
Há muitas outras pobres almas para escolher.
Ah, segredos.
Sim, um desperdício.
Ela sorri para mim, seu cabelo loiro curto e sujo pelo vento do
jantar e comer fora. Seus gentis olhos castanhos olham para mim
como se eu estivesse sendo infantil ou não estivesse olhando
totalmente para a foto aqui.
Eu estou.
É o destino.
Claire Miller é sua melhor amiga, então por que ela não iria
querer que nos déssemos bem? No entanto, pela enésima vez, não.
Provavelmente não.
— Eu estou.
— Sim.
5
Nome da empresa de bourbon que ele quer abrir.
Bem, estamos apenas arrastando todas as grandes armas
agora, não estamos? Literalmente ameaçando puxar o tapete da
minha empresa de bourbon porque não vou me casar com a filha
de Satanás.
Uma risada triste sai dos meus lábios quando meu pai tem
zero remorso por aniquilar todo o meu futuro. A empresa na qual
estou me esforçando há anos e agora que estou quase na linha de
chegada, onde estou alinhando investidores.
— Veremos.
Não.
BRYCE: Para?
BRYCE: Berklee?
Eu reviro os olhos.
Se havia uma coisa que eu poderia dar a Aspyn, é que ela não
é tão estúpida quanto muitas dessas mulheres por aqui. No
entanto, ainda estou muito confuso e sem respostas.
Passando meu foco para ela, ela parece que está prestes a
estourar um vaso sanguíneo. Normalmente, esse aborrecimento é
direcionado a mim, mas é direcionado em uma direção diferente
pela primeira vez.
No meu pai.
— Tudo o que você tinha que fazer era me ameaçar com Aspyn
Miller e eu teria virado celibatário no dia seguinte.
BRYCE: De propósito?!
É pior.
Um maldito casamento?
— Ela não está prestes a ser colocada no meu lugar para você
envergonhar.
Interessante.
Talvez seja o clima tropical que faz minha cabeça zumbir com
os pensamentos de me acariciar enquanto ela fica lá e faz o que eu
digo para ela fazer. Uma fantasia porque isso nunca aconteceria,
mas mesmo assim.
— Não vamos fingir que nós dois estamos felizes aqui — Aspyn
emite com um aceno de desdém de sua mão. — Porque Hendrix e
eu não vamos ganhar nenhum Oscar por essa atuação. Ele já é
impulsivo, então uma cerimônia de espingarda serviria muito bem
para o nosso relacionamento.
— Sinto muito, Sra. Ford, mas você conhece seu filho? Ele me
odeia.
— Cale-se, Hendrix, antes que eu diga a ela que você fez xixi
na cama até os sete anos.
Fiquei com uma loira com peitos muito bonitos e uma boca
cheia de tantos votos de me fazer gozar que a convidei para o meu
quarto de hotel mais tarde. Tarde, quando todo mundo não estava
me checando para ver onde diabos eu estava, porque eu já tive
duas visitas da minha mãe antes de descer para ficar embriagado,
me perguntando se eu estava bem e que tudo isso vai ficar bem.
Tanto faz.
Não vai, mas é uma cruz que tenho que suportar enquanto tiro
meu sonho do chão e corro. Temos uma semana, então muitas
dúvidas podem passar pela mente de Aspyn nesse período de
tempo.
É, não.
— Ela não seria loira, seria? — É aquela voz que ela faz. O tom
atrevido de bunda malcriada que me faz congelar ao pegar meu
moletom porque eu já reconheço o que ela fez. Não é preciso um
cientista ou ela me dizendo exatamente o que fez.
Quase.
Seus avelãs viram aço. — E nós dois sabemos que, se você não
continuar com isso, acabará com uma empresa sem um tostão.
Fantástico.
— Assim como você não pode pesar sobre eu ser fiel a você
durante esta farsa de casamento. — Isso chama a atenção dela, e
não é porque ela se importa, mas porque isso a envergonharia. —
Eu realmente espero que seja sua mãe falando quando ela disse
que você estava com medo de eu ainda ser um playboy. Já que não
vou transar com você em quase um século no horizonte, vou ter
meu pau sendo montado diariamente enquanto você escreve sobre
a próxima cor de esmalte que vai usar.
Uma de suas sobrancelhas perfeitamente formadas sobem até
o teto. — Você, sem dúvida, não sabe sobre o que eu escrevo, não
é?
— Vá em frente.
Porra.
— Pai–
— Eu disse–
6
Posse conjunta de propriedade.
lugar toda a sua vida. E estou disposto a comprá-lo se você se
casar com Hendrix Ford.
É um novo começo.
— Por que ele faria isso sem saber para quê primeiro?
— Aspyn.
— Não.
— Pai.
— Ele está.
Ele não vai querê-la. Ele preferiria não ter nada a ver com uma
criança. Ele manterá esse segredo pairando sobre minha cabeça
por quanto tempo meus pais exigirem que fiquemos casados.
É uma casa.
Eu concordo.
Eu tenho cinco dias para descobrir algo tão genial para fazer
meu inimigo mortal acabar com isso, e eu nem sei por onde
começar.
— Você não fez nada além de manter sua vida pessoal privada
— ela rebate. — É seu direito.
Ela está certa, isso vem. Eu queria a vida que tenho agora,
exceto que uma criança em meus olhos iria arruinar isso para
mim. Isso faria com que meus amigos, que não são amigos agora,
me tratassem como uma pária. Meu tempo teria sido limitado. Eu
não estava mais livre para fazer o que quisesse, e isso era mais
importante para mim do que respirar.
— Oh, merda, certo. — Ela sorri para mim por cima da borda
de seu copo. — Nossa, estou cansada.
— Como?
Não.
— Vai ser estranho você não morar com seu marido — o pai
dela retruca e o mais surpreendente é que esse homem está
bebendo limonada enquanto ele penhora sua filha para um cara
que entregaria sua bola esquerda só para não ter que fazer isso.
Strike um.
Olho para o meu velho, que ainda não olhou para mim. —
Ainda não responde minha pergunta.
Strike dois.
— Dante Channing.
— Desde quando?
— Desde sempre.
Faço um gesto com a mão para que ele continue. Minha raiva
tomando o melhor de mim. Não quero ficar nesta casa nem mais
um minuto. Preciso de tempo para digerir tudo o que me foi dito e
vou me preparar mentalmente para o que está por vir. Como estou
levando a fazer uma esposa funcionar em minha vida e uma que
eu não serei capaz de ficar a um centímetro da minha sanidade.
— Seu avô deixou uma grande soma de dinheiro para você —
Mamãe transmite suavemente. — E, como seu pai disse, era para
quando você se casar.
— Por que, para que você possa fodê-los a longo prazo? — ela
diz baixinho, mas em um volume que eu posso ouvir.
— Você não é — ela diz sem pensar duas vezes. — Então regra
número um, — ela joga aquelas avelãs cintilantes para mim — nós
não estamos morando juntos.
— Comece a praticar.
— E se um de nós quebrar essas regras, e daí? — Ela se inclina
um pouco para frente. — Você vai me deixar de castigo e não me
dar o jantar?
— O que seus amigos vão dizer quando você explicar que vai
manter seu sobrenome?
Idem.
Aluguei um espaço no prédio do meu pai para No Type e
quando não estou me esforçando com a minha marca, estou
trabalhando para ele caso ela fracasse sozinha. Fui ensinado a
sempre ter um backup. E enquanto eu sou bom com números e
pessoas, o negócio de investimentos do meu pai é a merda mais
mundana que eu tenho que suportar apenas para tornar meu
sonho realidade. Sufoca-me pensar que teria que viver em um
escritório de cinco a seis dias por semana, quando posso estar
alcançando novos clientes potenciais e oferecendo meu produto
para pessoas da vida real que realmente gostariam dele.
Mentiras.
Aposto.
Ela valsa de volta aqui e eu vou enterrá-la com zero foda dado
enquanto meu pai pode ir se foder querendo me arranjar com ela.
Certo.
7
Revistas de noiva
— Katie não tem sido nada além de maravilhosa. — Não
consigo parar de olhar para a Guia de Noivas com uma linda ruiva
na capa, literalmente zombando de mim que nunca sentirei a
felicidade de tal empreendimento. Um verdadeiro casamento. —
Não estou preocupada com isso.
— Bem, então, eu vou deixar você lidar com isso, mãe. Além
disso, você está cuidando de todo o resto para mim, não é?
— Aspyn!
Eu giro para minha geladeira. — Estou tão feliz que você pensa
assim.
— Mamãe…
— Eu não quero falar com ele sobre nada. Vocês duas apenas
me digam onde eu preciso estar.
Serve bem para ela e não me sinto culpada por isso, já que
posso resolver tudo isso sozinha.
— Deve voltar em breve.
— Tudo bem.
Estamos em abril.
Preferencialmente.
— Pergunte a Aspyn.
Seus olhos avelãs cavam minha frustração por ela estar aqui,
por tudo. Mas reconheço meu lugar e onde estamos.
— Parado aqui.
— Eu posso e eu fiz.
— Não importa se foi por você. Nós não… — Ela para de nos
entregar enquanto continua andando. Keaton segue logo atrás
enquanto caminhamos até a estação de recepcionistas e
manobrista.
— Você já sabe que eu não posso. O que você vai perder? Sua
coleção de sapatos?
— Sim, você.
Sua boca se curva e aquela tequila... eu sei que foi uma merda
cara, mas as consequências me deixaram mais observador do que
antes. Como se estivesse misturado com cocaína ou algo assim.
Estou ciente da fenda alta que vem, juro por Cristo, logo abaixo de
sua boceta. Como essa mulher anda por aí meio vestida, tortura
de salto alto, e talvez eu possa dobrá-la apenas para que ela
escute.
— Você não tem ideia — ela murmura, sua voz um pouco mais
rouca do que antes.
— Por que?
— Dificilmente.
— Se você queria uma chance, Miller, tudo que você tinha que
fazer–
Não, eu juro que às vezes ela faz toda essa merda de propósito.
— Então deixe-me–
— Estamos fazendo isso por nossas famílias, e você está presa
nessa bagunça, goste ou não. Então, enquanto isso, vamos
precisar encontrar uma maneira de tolerar cinco anos ou nos
tornarmos completos idiotas no processo. Nós flutuamos ou
afundamos, nossas carreiras destruídas e famílias humilhadas.
Então, levante a cabeça, Miller. Estamos entrando nisso e
podemos fazer isso da maneira mais fácil ou mais difícil.
Certo.
Eu, Hendrix Ford, alguém que tem namorada. Que vai se casar
até o final do ano.
— Eu te odeio.
Não.
Absolutamente não.
Tiffany.
Trinity.
Tina.
Eu gosto disso.
— Mantenha.
Porra.
Muito molhado.
Caos.
— Fabricação.
Eu deveria.
Rozlyn.
Eu preciso disso.
Mesmo.
— Eu quero escutar–
Sim, podemos dar voltas e voltas sobre não querer casar com
alguém, mas eu subestimei Aspyn Miller.
Seu cabelo loiro arenoso está penteado para trás, seu queixo
quadrado dá um ar sobre ele, e eu não posso falar quando nunca
levantei uma ferramenta de jardinagem na minha vida; no entanto,
se eu estivesse entrando no negócio, certamente aprenderia como
fazê-lo antes de me aventurar nele. Ele está rapidamente se
tornando parte do clube playboy de Nova York com suas festas,
exceto que ele não chega às manchetes como outro homem que
conheço.
— Como em?
— Não.
Hendrix.
Eu engulo meu terceiro agradecimento nos últimos dois
minutos e fico aqui. Seus dedos se espalham sobre meu estômago,
reivindicando seu território enquanto Lucas avalia Hendrix antes
de se aproximar como um homem orgulhoso e estender a mão.
Lucas deixa cair a mão, mas não sua expressão azeda para o
intruso que acabou de cortar sua débil tentativa de me usar para
seu próprio ganho. Provavelmente para as manchetes e mais
atenção. — E você seria?
— Eu não estou–
Eu faço o mesmo.
Alice Yates.
Eu não quero.
Prefiro me jogar na frente de um táxi em movimento – vários
táxis em movimento – porém, permito que ele lidere o caminho e
percebo que eu estava certa.
Sim.
— Hendrix…
Touche.
Especial.
— Não é–
Meu Deus.
— Mãe–
Perfeito.
Não posso fazer Aspyn feliz, agora minha própria mãe. Isso
nunca vai acontecer. Sinto como se estivesse vivendo em um
universo alternativo onde digo coisas e minha mãe nunca as ouve.
Como se eu fosse o cara mau aqui porque Aspyn e eu não
funcionamos.
Nunca funcionou.
Se ela se deparar com ele, a criança não existe. Ela não diz
nada a ninguém como ela tem sido. Mesmo que ela não saiba quem
é o pai, seus lábios permanecem selados.
O que não combinava com o tema, mas quem sou eu para dizer
não a uma criança de três anos que é mimada pra caramba?
Meus pais chegam com Berklee por volta das três, enquanto
Katie vem também para comemorar. E enquanto tudo isso é
maravilhoso, é deprimente. Minha filha não tem amigos por causa
da minha decisão insensata de mantê-la em segredo e isso tem que
mudar.
Como?
Nenhuma ideia.
— É imaginário.
— Aspyn, ele–
HENDRIX: Onde?
— Mamãe?
— Eu quero torta.
Ela torce o corpo para frente e para trás. — Eu não quero bolo.
— Eu não quero–
Não é.
Pensei.
Eu estou, porém?
— Houve.
Ele iria.
Meu irmão mais novo, cabeça de alfinete, olha para mim sem
dar a mínima. — Você não acabou de dizer que não se importava?
Alfie passa a mão pelo cabelo suado. — Você acha que ela vai
te trair? — Ele balança a cabeça. — Primeiro, ela pareceria mais
idiota do que você. E, dois, você provavelmente terá mais boceta
de pena do que qualquer coisa. Na verdade, poderia funcionar a
seu favor se ela o fizer.
— Eu não sei por que você acredita que Aspyn vai trair você —
admite Bryce. — Ela ficou com a irmã o fim de semana inteiro.
— Bem.
— Foi bom ver você, Roz — eu descarto porque já que não vou
comprar nada aqui, eu poderia muito bem ir para casa. É terça-
feira, então posso terminar meu trabalho no Slow M’Ocean e enviar
meu artigo por e-mail para Cole, um dos editores do The Morning
Star. Não há necessidade de ficar na cidade e nada me mantém
aqui pelos próximos dias de qualquer maneira.
— Aspyn, eu…
— Então não gostar dele faz ficar tudo bem? — eu retruco por
entre os dentes. — Você era uma amiga. Eu não sabia que você
precisava de um tradutor sobre o que estava e o que não estava
bem.
— Eu acho que... uma vez que ele enfiou o pau em você era
praticamente você estando tudo bem com tudo o que fez comigo.
O que, honestamente, não partiu meu coração. Apenas
exemplificava o quanto eu não poderia ter você dentro do meu
círculo íntimo. Você me fez–
E aí está.
— Hendrix não é tão ruim quanto você diz que ele é, Aspyn.
Você tem que saber disso agora. Você está... — Ela levanta o
queixo, educada demais para gritar e perfeita demais para mostrar
qualquer emoção ao fato de que pode não gostar agora que estou
me casando com algum idiota que ela queria a longo prazo.
Deus, ele tem que dizer isso tão perto do meu ouvido?
Eu estou chateada.
Ela acabou de dizer Henny, porra?
Na prisão?
Hendrix gira, mas ainda anda para trás, confiante de que não
vai esbarrar em nada e que eu diria o contrário. — Querida, tenho
seu telefone grampeado. É assim que estou obcecado por você.
Foda-me.
— Por que?
— Então o que?
A minha noiva.
Que por acaso encontrou a única mulher com quem posso ter
tido uma chance de um futuro.
— Você pode apostar sua bunda doce que nós estamos. Vou
acabar com metade disso, sem problemas, então comece a comer.
Além disso, eu não sabia do que você gostava.
Ela ri, e não posso dizer neste momento que odeio o som disso.
— Por onde eu começo?
8
Pão indiano semelhante ao pão sírio.
— Não monopolize o mergulho porque vou tentar de tudo. —
Ela me olha como se sutilmente me alertasse, mas ela não perdeu
a elevação daqueles lábios macios.
— Jantar?
— Ele pode.
Apenas não.
Mas aquele gemido e o jeito que ela acabou de dizer que era
uma mordedora fez meu cérebro imaginar outra criança mais velha
– coisas adultas que ela poderia fazer com isso.
Aspyn estende a mão sobre a mesa e tira meu garfo dos meus
dedos, espetando um pouco de macarrão com queijo no caminho
de sua mão de volta à boca. Envolvendo aqueles malditos lábios
aos quais tenho prestado muita atenção.
Eu também não.
— Fazer o que?
Eu concordo. — Sim.
E eu não sou.
— Por que?
— Sim?
— Ele vai ficar furioso se você não for. — Eu abro minha boca
para dizer a ela que ele vai ficar bem, mas ele não ficaria. Os Fords,
não importa o que estejam celebrando ou que tipo de evento
beneficente estejam planejando, sempre organizam uma festa
estupenda. Quero dizer, eles são praticamente lendários neste
ponto em que minha própria mãe se torna uma fonte de inveja
sobre as habilidades de arranjo de sua melhor amiga. E ser a noiva
de Hendrix significa que estou lá, ponto.
— Eu preciso ir.
— Dirija devagar.
Eu bati nela com um olhar exasperado, mas sei que ela está
certa. Não vou morrer por causa de uma festa. Hendrix vai ter que
relaxar em todo o aspecto de quando eu apareço.
— De nada.
— Você está ótima — diz ele, então faz uma avaliação da minha
roupa. — Você nem notaria–
— Amor.
Deus não.
E, honestamente, eu também.
Seria uma maneira incomparável de afastá-lo de mim para
sempre.
Uau.
— Como foi?
— Marshall.
Merda.
Minha boceta me trai e pulsa na deixa de sua pergunta, e eu
não posso deixar de apertar minhas coxas sob meu vestido. Visões
de Hendrix e sua língua perversa fazendo isso comigo só dirigem
uma onda indesejada de ânsia me atravessando.
— Você é um porco.
— Você só está tornando isso mais atraente, Miller. Por que
casar com alguém que me ama quando já tenho alguém que me
odeia?
Meus olhos vão para Aspyn, que está olhando para o vidro do
chão ao teto da pequena padaria chique em que estamos. As
cadeiras são tão pequenas que metade da minha bunda está
pendurada nela. Estou tão fodidamente desconfortável que prefiro
ter toda a conversa sobre nos casarmos novamente sobre essa
coisa chamada móveis.
E o senso comum do porquê essas malditas mesas são tão
pequenas está do outro lado do que sou capaz de compreender,
porque não há espaço para todas as merdas que nossas mães
querem experimentar.
— Rum.
— Bem, quando foi a última vez que você me fez um bolo, mãe?
— Eu coloco meu menu nas minhas coxas. — Aspyn e eu estamos
tentando nos conhecer e sei que ela gosta de coisas frutadas. O
Jubileu de Cereja pode estar no seu beco. Você não estourou um
outro dia?
Seu gang bang imaginário com os funcionários do meu pai no
outro dia... Não posso dizer que odiei o rubor que subiu pelo rosto
dela quando perguntei a ela todas as coisas que eles poderiam ter
feito.
Minha língua sai para molhar meu lábio inferior e ela segue o
movimento, apenas fazendo meu pau – o filho da puta – se
contorcer contra minha calça.
Fodidamente estúpido.
Aspyn olha para mim, e nem uma vez ela removeu aquele olhar
bonito na minha insinuação. — É isso? — Minha testa se ergue
porque acho que ela está me perguntando alguma coisa, mas ela
apenas repete o que sua mãe me diz. — É o próximo?
A resposta a essa pergunta... não é algo que vou dizer em voz
alta na frente das mulheres que nos deram à luz. — Eu acredito
que sim.
Ela deveria.
Além disso, no reino de não dar a mínima está uma loira que
não parou de roubar olhares para mim de uma máquina caça-
níqueis do outro lado do corredor. A quantidade de mulheres
bonitas no The Mirage em Vegas para minha despedida de solteiro
superou todas as minhas expectativas. Não que eu estivesse
querendo ganhar boceta durante todo o fim de semana enquanto
eu estava aqui, mas eu não ia acabar com a ideia também.
Estou cansado.
Estou cansado.
Fodidamente exausto.
— E por que você não faria isso? Você também pode liberar
tudo agora enquanto pode.
Reviro os olhos para sua chamada luz verde para pegar outra
garota antes do dia do nosso casamento. Se ela algum dia
descobrisse que eu fiz, em Vegas não menos, meu nome estaria
estampado não apenas na página seis, mas na primeira. — Ah,
Aspyn, minha doce futura esposa. Você honestamente não acha
que vou permanecer fiel a você, acha?
— Não. — Meus lábios se erguem porque gosto de pensar que
posso mantê-la vulnerável e humilde de alguma forma, como um
idiota. Que todo o orgulho feminino, a vibe eu posso prender a
bunda dele dela é algo que ela realmente acha que pode tirar de
mim.
Aspyn pode ser muitas coisas, mas solta não é uma delas. Eu
não ficaria surpreso se ela mandasse os homens enviarem um
currículo para ela antes de fodê-los. — Você não é esse tipo de
garota.
— E alto.
— Sobre o que?
— Mim.
— Então você tem que ser mais criativa do que isso, baby.
Obrigado, vovôs.
— Hum.
— Vá ao banheiro, Aspyn.
— Eu não preciso fazer xixi, Hendrix.
Não, minha futura está bem na minha frente, mas acho que
quero uma nova.
— Vegas.
— Vegas?
— O que aquele stripper tem que eu não tenho? Você não está
perdendo nada.
— Hum, um pacote de seis.
— Pergunte a ele.
— Sim?
— Deus, mulher, por favor, não me diga que você não está nem
um pouco no saco agora ou você vai explodir o meu.
— Pelo contrário — ela canta alegremente. — Eu mal estou
andando de salto alto.
Mais duro do que meu pau está ficando apenas pela ideia de
ouvi-la gemer no meu ouvido enquanto ela brinca consigo mesma.
— Feliz?
— Não posso.
— Não.
— Hendrix?
— Hum?
— Você não sabe o quão grato eu sou por você ter escolhido
meu pau sobre o de um stripper.
Oh. Merda.
— Aspyn?
— Sim.
— Você deveria ter ficado fora de Vegas, baby. Porque você não
é a única que vai tocar sua boceta esta noite.
Se eu não conhecesse aqueles olhos verdes, diria que não é
Hendrix Ford na minha frente, olhando para baixo através do
álcool e uma máscara de luxúria. Ele anda para frente, me levando
para os limites do elevador quando ele abre, e despachando
arrepios selvagens pelos meus braços e corpo.
Por quê?
Nenhuma ideia.
Você.
Não.
Ouse.
Fazer.
Isso.
Complicado.
— Como?
Sua mão chega até a testa. — Você tem uma linha de suor ao
longo da linha do seu cabelo. — Ele traça o seu com o dedo
indicador. — E suas bochechas estão um pouco coradas.
— Descubra.
Não sei.
Com sua mão grande, ele para e me conduz para fora, tirando
seu cartão-chave do jeans novamente para examinar a fechadura.
Ela abre com um bipe, me lembrando uma máquina de hospital
onde mede sua frequência cardíaca.
Eu sei que a minha está a um milhão de milhas por hora.
É absolutamente deslumbrante.
Em meus saltos, meus olhos vão direto para o nariz dele, então
ele não precisa ir muito longe quando se inclina. — Quer provar
um pouco?
— Por que?
— Dolorosamente.
— Acho que você não quer saber essa resposta. — Meu olhar
volta para ele, obviamente curioso. — Não me pergunte, querida.
Eu não quero estragar isso.
— Você acha que eu não estou ciente de que você teria dormido
com alguém em sua despedida de solteiro? — Sua testa franze um
pouco. — Esse não é o protocolo normal?
Aspyn come.
Ou talvez eu queira.
— Sim.
Merda.
A resposta automática, não está ajudando.
Pode.
Hum, não.
Mais.
Foda-me.
Eu conto – sim, eu conto – até vinte para que isso seja bom
para ela. Eu quero que seja.
— Hendrix, foda-me.
— Um pouco.
Boa boceta.
— Eu…
— Dentro?
Estou acabado.
Eu dentro dela.
Mas Vegas.
Sua munição.
Não é possível.
Tínhamos coragem líquida correndo em nossas veias, uma
cidade do pecado e uma noite em que nada estava fora da mesa.
Ele não ia ficar tão chateado com isso. Se qualquer coisa, ele
provavelmente teria ficado aliviado que eu não estava esperando
por ele para me propor de verdade e me dizer que ele queria tentar.
Eu tenho, porém?
Porque quando saio de Fire Island, sou jogada de volta ao caos
da cidade de Nova York.
Certo.
Ninguém tem.
Deveria?
— Você já terminou?
— Hum...
— Hendrix Ford. — Deus, mãe. — Dá azar ver a noiva de
vestido antes do casamento.
Ele apenas lhe dá um olhar, ficando evidente que ele não vai
dar a mínima na próxima vez que as Spice Girls vierem em turnê,
antes de virar aqueles olhos verdes escuros para mim. — Acho que
aquele navio já partiu.
— Hen...
— Então diga a ela que eu sou uma puta e não vou com você.
— Abrindo a porta do vestiário, eu a empurro apenas para fechá-
la, mas não imediatamente, aludindo que Hendrix entrou.
— O que?
— Se você está pensando que eu estou chateado por você me
permitir te foder e ir embora antes de eu acordar, eu não estou.
Você foi realmente perfeita. Eu não tive que fazer você sair sem
jeito. Eu deveria estar agradecendo a você.
No entanto, o que meu corpo parece não querer lidar é com ele
se casando com aquela pequena cadela adorável.
Esses olhos verdes escuros voltam para mim, e não consigo ler
o que há neles agora. Pode ser qualquer coisa, mas eu sei que ele
não gosta do lembrete. — Ela tem piadas hoje.
— Vire-se. — Meu corpo diz tudo bem, mas meu cérebro agora
sóbrio me diz que não.
— Para?
— Você precisa de ajuda para tirar este vestido.
Provavelmente.
Está bem entre nós, tenso e maligno. Ele está arrependido por
isso ter acontecido, mas ele começou.
Eu o odeio.
Eu sempre odiei.
Achei que talvez isso pudesse mudar alguma coisa para nós.
Talvez torná-lo mais gerenciável e tolerável. Nós nunca iríamos nos
apaixonar e viver felizes para sempre, mas pelo menos poderíamos
olhar um para o outro hoje e não querer nos matar aos olhos do
Senhor.
Eu nunca teria feito o que ela fez comigo. Eu não sei, eu senti
que era desrespeitoso para uma mulher me deixar entrar em seu
corpo e ficar em paz sem que algo fosse dito. Minha mãe me criou
meio burro nesse aspecto – não que ela me dissesse para fazer
isso. A primeira vez que apareci em um tabloide por transar com
uma ruiva no vestiário antes de um jogo de futebol, ela quase
desmaiou.
Nunca é.
Em Vegas.
Ela definitivamente não vai ser alguém que vai ser minha
melhor amiga, estar por perto quando minha saúde piorar e,
merda, ela vai gostar de ser a causa.
Quanta besteira.
Era.
Alguém que eu achava que não tinha bolas para fazer isso, na
verdade.
Agora, você vê por que ele gosta dela? Você e sua boca grande...
Eu tenho olhos.
Eu não a convidei.
Processe-me.
Talvez.
Exceto que eu não sou uma idiota. Ele parecia chateado que
Rozlyn o largou e apontou um dedo para mim por ser a causa.
Rozlyn é a estúpida que pensou mais tarde que eu consideraria
isso uma traição.
Eu disse que ela era gentil, não o giz de cera mais brilhante da
caixa.
Eu quero estrangulá-la.
Hendrix deve ter dito algo engraçado porque ela não consegue
apagar. Ela só me examina, o vestido estúpido e impulsivo que
estou usando, e deve pensar que sou uma maluca varrida. Quem
diabos usa vermelho quando o esquema de cores é rosa suave e
branco?
Realmente, é surpreendente.
Tudo fatos.
— Um jardim?
— Não, você não fez. Mas você namorou com ela para me irritar
e acabou com uma amizade.
— Boa menina.
Certo.
— Não.
Eu não me importo.
— Nada.
— Você está–
É interessante, realmente.
Ele está comigo desde que eu o peguei com a dele. Eu não sou
tão incrível.
Eu fiz.
— Então por que ele estava tentando falar com ela durante sua
recepção?
9
Mãe que fica pairando sobre os filhos. Controlando tudo.
disso, mãe. Se ouço mais uma palavra sobre mim e Aspyn, vou
enlouquecer.
— Mas...
Terminei.
— Um adendo.
— Você.
Mamãe sorri para mim. — Mas ela não se importa? Você estava
iniciando os primeiros passos do No Type e seu nome ainda não
era de alguém que estava entrando no negócio por conta própria.
Isso lhe daria exposição. Olhe para os Kardashians e o que uma
coisa negativa como uma fita de sexo fez por aquela família. Você
dormindo com seu suposto inimigo poderia ter feito um favor a
você. No entanto, a mulher sempre leva o peso de assuntos como
este, especialmente quando ela é a traidora. A destruidora de lares.
Você não tinha obrigações com uma mulher na época, mas ela
ainda teria sido marcada como prostituta, enquanto as pessoas
ficariam mais curiosas sobre você.
Talvez não.
— Ele pode ter como alvo nossas famílias, mas você gostaria
que ela se casasse com um homem assim?
Não.
Berklee ri. — Ah, vamos. Ele fez seu trabalho na outra noite.
Ouvi garotas desmaiando por toda a recepção.
— Por que não? Você também pode pedir uma trégua neste
momento.
— Não.
— Estou sugerindo.
— Aspyn!
Você já faz.
Eu não estou.
— Eu estava.
— Eu fiz–
— Jet lag.
Oh. Certo.
Eu me inclino para trás dele um pouco quando ele diz isso com
tanta indiferença. — Você caiu ou algo assim? — Ele não me
responde, apenas continua me encarando como um show de
horrores. — Você não vai se comportar. E isso–
Deus, me ajude.
Aquela faísca.
Ele é diferente.
Berklee.
Eu não entendo o que está acontecendo, mas esta é a coisa
mais próxima que vou chegar de algo que valha a pena mencionar
na minha cabeça da minha lua de mel... com minha irmã aqui.
Fale, boba.
— Você teve o seu beijo — eu emito com zero malícia por trás
disso. — Agora, saia.
Não por comida, mas eu aceno como uma boneca que está
quebrada porque essa resposta é mais fácil. — Claro.
Porra.
— Precisa de um minuto?
Provavelmente.
Foda-se novamente.
Eu sabia que era um tiro no escuro que ela faria isso. Estou
um pouco surpreso que eu fiz quando descobri as meninas na
parte de trás. No entanto, quando ela rompeu a superfície da
piscina naquele biquíni branco sem vergonha, tudo de Vegas
ressurgiu. Meu cérebro entrou em modo de distorção sobre o
quanto gostávamos de estar dentro dela, memórias de suas pernas
abertas e seus dedos brincando com sua boceta fazendo meu pau
duro novamente.
Era estranho, realmente.
Ainda é.
— Tal como?
— Fora do oceano.
10
É uma expressão em francês que significa “deixe fazer”.
Berklee se vira para Aspyn e fala sobre como sua mãe ligou
para ela mais de uma dúzia de vezes e porque ela deixou a cidade
tão de repente.
A merda só vai voltar ao que era quando você voltar para Nova
York. Você já fez isso antes e ela também não foi complacente. Ela
voltou a ser uma dor na bunda.
— Então, isso é um não, Ford? — Olho para Berklee, que está
olhando fixamente para mim em busca de uma resposta para uma
pergunta que não ouvi.
Pergunta carregada.
11
Euchre é um jogo de cartas com truques jogado comumente nos EUA. É jogado com um baralho de 24,
28 ou 32 cartas padrão, entre 2 a 9 jogadores.
12
Footsies é um jogo de paquera em que duas pessoas tocam os pés sob uma mesa ou outro lugar
escondido, geralmente como um prelúdio romântico.
coisa. Antes de deixá-la nervosa ou arrependida de qualquer coisa,
porque não é isso que estou procurando fazer.
Aspyn pode não ter entrado no meu quarto como uma manada
de elefantes, mas ela possui um meio de poder que pode ser
perigoso para o meu relaxamento ao jogá-la na minha cama e fodê-
la até dormir.
13
Em inglês (“hoes”) trocadilho com prostituto.
pretas e os shorts que revelam uma das minhas partes favoritas
de seu corpo.
— Não mais.
— Hendrix–
— Henny.
— É um apelido.
— Seu apelido.
— Porque ela sabe que eu odeio você e agora estou casada com
você.
— Ou o ar — ela murmura.
— Parece velhice.
— Ou sabedoria. Ou... — Meu olhar cai para seus lábios. —
Talvez eu esteja cansado de lutar com você, Aspyn.
Garota, recomponha-se.
É Hendrix Ford.
— Bom dia.
Mais ou menos.
— Aspyn?
— Qual delas?
— Eu sei que você não é tão ingênuo para pensar que eu trouxe
você para o meu quarto para consertar algo para mim — eu brinco,
sentindo minhas bochechas brilharem e apontando que eu não
sou a única estúpida na sala.
Ele vira a cabeça ligeiramente, absorvendo meu comentário em
sua cabeça. — Na verdade... eu pensei.
Seu pau duro salta livre no meu rosto, tornando tão fácil para
mim envolver meus lábios e tomá-lo.
Cinco anos.
— Merda.
Falando nisso…
— Eu estou.
— Hendrix–
Sua palma desliza pelo meu quadril até minha coxa e ele geme.
— Você pode ver o por quê? Você está fazendo sexo andando e é
toda minha. — Eu abro minha boca, mas ele rapidamente
interrompe. — Negue-me... faça isso, baby. Eu vou fazer você gritar
isso dia e noite, para que você entenda que é real. Eu tive um
pedaço de você... e eu quero a maldita coisa toda.
Nos últimos dois dias eu levei Aspyn para Gustavia, a capital
de St. Barts, e uma variedade de outras cidades para mostrar a ela
os locais históricos que eu tinha conseguido com meu agente de
viagens. Subimos penhascos e caminhamos pelas margens
motorizadas onde a água é tão azul turquesa que você pensaria
que era falsa. Eu a levei para algumas butiques de luxo que eu
pensei que ela iria gostar e comi em alguns dos lugares mais
badalados.
— Às vezes.
— Noites tranquilas.
— Como noites de cinema? — Ela assente enquanto eu dou a
volta para o segundo lance de escadas. — Pipoca amanteigada?
— Eu gosto.
— Que tipo?
— Claro.
— E musicais.
— Boa noite.
— Claro.
— Então talvez — ela faz questão de enfatizar a última palavra
— podemos ir mergulhar. Talvez.
— Achei que você tinha tirado essa ideia quando ouviu sobre
arraias e tubarões de recife.
— Sinto que ainda não vimos tudo aqui. — Nós meio que
vimos; no entanto, eu não digo isso a ela. São esses fatos simples
que ela está pensando em um futuro onde não estamos brigando
que estão fazendo isso por mim. É o que está me fazendo querer
erguer minha cabeça do travesseiro e ver o que ela está vestindo
só para me torturar com isso.
— Muitas coisas.
— Como?
— Você achou?
Foda-me.
Terminei.
Droga.
Estou fodido.
Traidor.
— É por isso que você joga na máquina de lavar para tirar toda
a água ou faz do jeito antigo e tira, Miller. Você realmente é uma
pirralha, não é?
— E você acha que eu vou acreditar que você vai ficar aí assim?
— Você é tão teimosa? — Eu arqueio para ele, mas ele se
afasta.
— Hendrix.
É ingênuo, eu sei.
É estúpido.
— O que é normal?
Eu.
Ele é magnífico.
— Seis.
— Estranhos como?
E voltamos a isso.
— Nós não temos que fazer tudo isso. É muito caro e... estamos
indo rápido demais.
— Oh, que gracioso de sua parte enfiar seu pau dentro de mim,
Hendrix. Eu me sinto tão honrada que você decidiu tomar o tempo.
— Quente.
— Hendrix, você não pode estar falando sério? Ela é uma linda
garota. Tenho certeza de que há toneladas de coisas com as quais
vocês dois podem concordar. — Meu celular zumbe na bancada e
meu pai dá uma olhada nele. — Se Marilyn não é o nome de um
vendedor, garoto, eu vou bater–
— Eu estou.
Mas não.
Hendrix Ford é um babaca pretensioso que só baixa a guarda
fora da cidade, mas nela, ele volta a tentar governar toda a maldita
cidade.
Ele é irritante.
— Isso seria ideal para você, mas não para mim. — Assustada
na voz masculina, eu já sei quem é antes de meus olhos se fixarem
no meu marido.
Seu terno cinza claro abraça seus ombros com uma camisa
preta por baixo que está desabotoada na parte superior. Seus
olhos verdes imediatamente caem na minha regata branca e na
calça bege de cintura alta, fazendo com que eu congele no lugar
enquanto ele faz sua avaliação lenta.
— Seis.
Oh, não.
— Claro — responde sua corretora de imóveis. — Eu estarei lá
embaixo. — Ela se afasta, saindo do quarto e levando o ar com ela.
— Quanto?
— É lindo.
Eu fiz.
Talvez.
— Eu deveria ter. Lamento que não falei. Acho que não queria
pensar sobre... aqui. — Relacionável pra caralho. — Vamos ver o
que Marilyn tem no papel e se você gostaria de ver mais alguma
coisa. Se não, vamos descobrir outra coisa.
— Ok.
— O que?
Uma risada suave deixa seus lábios. — Não. Mas vou manter
isso em mente da próxima vez que você me irritar.
— Mas?
Eu menti.
Eu tenho mentido.
— Posso ir lá fora?
Eu adoro isso.
— Você não casou — ela ri, então rouba um olhar para o fogão.
— Acho que queimei.
— O que é isso?
— Tenha um bom–
Apenas Aspyn.
Aspyn não espera, não vacila, não dá a mínima para que ela
pudesse passar como absolutamente insana quando cai no meu
comprimento e imediatamente começa a me foder como se sua vida
dependesse disso.
Ele ri sobre sua cerveja, dando uma olhada para seu amigo
sentado do meu outro lado. — Não, eu não acredito que você faria.
Ele disse que comprou uma bela casa para você.
— Eu te disse–
— Eu estou trabalh–
— Responda com a verdade, Aspyn. — Além disso, meu nome
apenas indica o quanto ele está ofendido. — Se você está me
traindo, apenas me avise para que eu não–
Acho que isso explica por que minha esposa levou um carrinho
de golfe pela rua em vez de seu carro. Também não me dá um sinal
de porque diabos estou 45 minutos nos arredores da cidade.
— E a mulher–
— Residente?
— Aspyn Miller.
— 237 Dunewood.
Eu não espero que ele retire as palmas das mãos do meu carro,
avançando porque minha apreensão está me corroendo. Meu
cérebro está perplexo com o motivo de nos sentirmos assim. Por
que nós ainda nos importamos quando mais de um mês atrás eu
não poderia dar a mínima para o que ela fazia.
Quero dizer, eu nunca iria pedir para minha casa ser decorada
assim, mas esse sou eu. Talvez ela tenha decorado.
Você não vai fazer isso. Você vai ficar tão enojado com ela.
— De novo, de novo!
Mova-se.
— Você vai–
— Então, o que faz você pensar que eu não estou? O que faz
você pensar — eu esbarro em seu peito e mal posso suportar sentir
sua suavidade em mim — que eu deveria ficar aqui e ouvir você?
O que lhe deu esse direito?
Machucado.
— É falso.
— Se ele for um cara tão decente quanto eu acho que ele é...
ele vai aceitar você e Brielle. É hora de parar de dividir seu tempo
entre os dois quando eles deveriam estar juntos.
— Você teve suas razões, irmã, e elas eram válidas. Ele tem
que entender suas reservas sobre o porquê você não contou a ele.
Se ele não fizer isso, então... oh bem. Então talvez você tenha
tomado a decisão certa. — Eu olho para ela, um pequeno sorriso
presente em seu rosto. — Vamos fazer isso. Você é uma Miller...
nós não recuamos.
— Não... nós não recuamos.
— O que?
— Você está casada com ele agora. Provavelmente era isso que
ela queria. E as mulheres... você sabe que elas farão qualquer coisa
para conseguir o que querem.
Minha irmã não quebra seu olhar inflexível. — Ela não é? Você
disse que ela afirmou que cometeu um erro. Esse é o passo número
um para fazê-lo começar a pensar sobre isso.
— Ele nunca–
— Por que ele não iria? — ela insiste sem qualquer suavidade
em seu tom. Ela está falando sério e eu preciso parar de pensar que
Hendrix não vai retaliar contra mim só porque nos casamos apenas
no nome. — As rodas já estão em movimento, A. Não subestime
nada nem ninguém. Ele era um playboy antes de vocês anunciarem
seu noivado. Só Deus sabe o que ele fez antes deste arranjo. E, foda-
se se sabemos se ele não vai voltar a isso.
E se ele faz isso com Rozlyn, não tenho certeza do que meu
cérebro é capaz de fazer.
— Estou bem.
Você é a vadia.
— Você me traiu.
— Porque você nunca faz nada que não queira fazer, a menos
que seja absolutamente necessário.
Porra.
Cara errado.
Cenário errado.
Mais perguntas para as quais ele não vai acreditar nas
respostas.
Cale-se.
Foda-se, não.
— É nisso que você está tão obcecado? Que eu tive uma vida
sem você?
Eu não posso ficar brava com ele por estar chateado comigo.
O curso do que ele acabou de mencionar, que sempre seria assim
conosco, tocando um acorde através do meu corpo.
Eu quero St. Barts e seu toque gentil. Eu quero que ele olhe
para mim como ele costumava fazer. Como se ele não pudesse ter
o suficiente. Que pudéssemos transformar nosso passado e mudar
tudo isso.
— Nós não temos sido... pessoas que não brigam uma com a
outra por tempo suficiente para eu te dar isso. Esse pedaço da
minha vida. Aquele pequeno humano que anda por essa terra que
não conhece nada melhor. Para ela, eu sou o sol e a melhor. Eu
toco música muito alto, nós dançamos e cantamos, e eu a alimento
com muita porcaria. Ela é minha melhor amiga. A única coisa que
tenho fora do meu mundo que não me julga como você fez e todos
os outros fazem. Você tem todo o direito de ficar bravo comigo,
Henny. Mas eu estava me abrindo para você também. E nunca foi
um pensamento fugaz que eu teria que revelar meu segredo mais
brilhante. Você se tornou mais do que eu imaginava. Eu julguei
você errado. Você pode ter sido um playboy, mas você é um bom
ser humano que é irritante, mas ainda assim... bom. — Eu inalo
minha primeira respiração profunda. — Então... se você quiser
saber mais alguma coisa, você sabe onde me encontrar. Se você
precisar de tempo, você leva o quanto precisar. Eu não vou a lugar
nenhum. Nunca.
— O quê, agora? — Olho para meu irmão, Bryce, se
engasgando com sua tequila e batendo no peito de terno com o
punho fechado. A notícia, tão chocante para ele quanto foi para
mim. No entanto, ele não está dividido sobre o que fazer porque...
acho que estou começando a gostar mais de Aspyn a cada dia que
passa.
Ou eu estava.
Ele vai lutar comigo sobre isso. Meu pai vai me xingar para ser
homem. Minha mãe vai ter um dia de campo no corredor de
garotas onde quer que você compre roupas de criança.
Era uma vez, quatro dias atrás, para ser exato, que essa noção
não era algo que eu queria.
Agora, eu preciso disso.
Um desafio.
— Hendrix?
Eu aperto meus dentes com mais força porque ela me deu um.
Paraíso e seu corpo se contorcendo sob o meu. — Você acha que
ir a algum lugar com Rozlyn é o que eu quero?
— Eu não sei o que você quer. Mas parece que é assim que vai
acontecer. Você vai conseguir uma amante e Rozlyn está
esperando pelo emprego. Ela é mais adequada para você de
qualquer maneira, Henny. — Ela esfrega o polegar para cima e
para baixo na seda da minha calça. — Doce, bem-humorada,
extremamente versada em não xingar ou apertar botões. Quero
dizer, ela é como uma marionete... e você tem as cordas.
— Não.
— Dante sabia?
— Porque sempre havia algo sobre ele que eu sabia que nunca
duraria. Além disso, eu nunca confiei nele o suficiente. Acho que
meus instintos estavam certos.
— Você também não confiou em mim.
— Não posso.
— Não ao meu.
— Sim, eu imaginei.
— Hendrix–
— Descubra.
— Você é tolerável.
— Graças à você.
— Eu?
— Tal como?
Merda.
Eu não pensei nisso, e eu preciso porque Aspyn está certa. Ela
tem alguém em sua vida que ela nunca será capaz de se livrar. É
a filha dela, pelo amor de Deus.
— Gostar de mim?
Espere, o que?
Eu não a suportava.
Agora não consigo imaginar um dia sem ela nele. O fato de ela
ser minha aos olhos do mundo rapidamente se tornando uma
necessidade desejada em minha vida.
— Você seriamente não tem que fazer isso por mim agora. Eu
entendo sua reserva e–
Como uma família que estava sempre junta, Hendrix fica para
o jantar, fazendo Brielle experimentar queijo em uma pizza pela
primeira vez e dando-lhe cinco dólares pelo esforço.
— Henny?
— Hum.
— Tem certeza?
— Positivo.
— Não sinta.
— Juntos.
Meu corpo começa a tremer com o segundo dedo que ele coloca
dentro de mim. A junta de seu polegar roça meu clitóris para cima
e para baixo, transformando minha própria respiração em
suspiros.
— Nós podemos–
— Quero você.
Abro a boca para dizer mais alguma coisa, mas ele só a usa
como meio de mergulhar a língua dentro dela e atrair meu orgasmo
para mais perto.
Este homem…
— Você é malvado.
— Sempre.
— Vamos, mamãe — Hendrix grita para mim, um sorriso tão
grande quanto a lua, dirigido para mim enquanto Brielle segura
sua mão. — Queremos visitar a floresta tropical.
Oh. Merda.
Eu amo Hendrix?
Eu estou…
Ele é perfeito.
Perfeito demais.
— Henny, isso é–
Porra. Eu.
Esse cara e a maneira como ele diz merda para mim apenas
acende uma nova chama de fome carnal por esse homem. É como
se ele tivesse certeza de que isso, nós, é o que ele quer.
Novamente, estupidez.
Dele.
Sim.
— Vamos ver o que você pode fazer, Ford — ela provoca, pronta
para explodir e possivelmente desmoronar no concreto embaixo de
nós.
Crianças.
Ela.
E a garota.
A criança sobre a qual ela mentiu. A garotinha que não tem
pai e que ainda não sei se Aspyn talvez saiba quem é ou se foi uma
daquelas coisas que fiz mais de cem vezes onde você fode e
esquece.
Minha cabeça se inclina para trás para olhar para ela. Isso não
fazia parte do acordo que assinamos. — Você fez o que?
Ela não seria capaz de dar a Brielle a vida que ela merece.
Se você se divorciasse.
— Promete?
— Garantido.
Com o trajeto de merda da cidade para Fire Island, não vejo
Hendrix há quatro dias... e sinto falta dele. Ele me manda
mensagens sempre que pode, me liga quando sai do trabalho e
garante todas as coisas sujas que vai fazer comigo quando me ver
neste fim de semana.
Ele está.
Sua ex.
A mulher com quem ele fodeu e talvez tivesse ficado se ela não
tivesse feito o que fez.
— Sobre o que?
— Henny... eu só queria–
— Sim ou não.
Acabamos.
Eu não tenho tempo para isso.
Especialmente Rozlyn.
Nunca.
Eu lembro.
Eu disse a Bryce para jogar a bunda dela fora, mas ele nunca
o fez. Eu fiquei tão maluco naquela noite que não precisei me
incomodar em vê-la. No entanto, eu me lembro do evento.
— E?
Não.
Você ficou tão chapado naquela noite por causa daquela garota.
— Henny... eu só queria–
— Sim ou não. — Eu espero com a respiração suspensa porque
a resposta vai acabar com todos os últimos sentimentos que eu
tenho por ela. Eu não posso continuar fazendo isso. Não posso
continuar tentando. Eu não posso continuar tentando fazer
funcionar. Ela está me dilacerando e se eu a deixar entrar mais
fundo em mim, então ela pode me destruir um dia.
— Sim.
— Eu não poderia–
A mão dela colide com o meu rosto com tanta força que ela
sacode por conta própria. Eu sei que o que eu disse foi para fazê-
la sofrer tanto quanto eu. Para compor uma divisão entre nós
porque Aspyn me arruinou. Estou ciente do gosto dela, como ela
se sente, e agora não quero mais nada.
Você sabe?
— Não sei.
— Eu não faço.
Eu a deixo.
Acabou.
— Isso é o suficiente por hoje, Katie. Obrigada pela ajuda. —
Ela deixa outra caixa em cima da pilha que tenho pronta para os
carregadores virem e entregarem tudo na Slow M’Ocean amanhã.
Eu mantive sua filha longe dele para meu próprio bem, assim
como para o de Brielle. Por despeito, acreditei sinceramente que
Hendrix tentaria me arrancar dela. Seria apenas outra maneira de
me destruir em algum assunto ou outro.
— Dante.
Seu corpo esguio vira para mim, já inspecionando o número
de caixas e reunindo suas próprias informações. Katie não me
segue, graças a Deus, cuidando da minha filha porque ela é uma
rocha por sempre pegar minha folga quando minha vida
simplesmente não vai desacelerar.
Ele sabe.
Não há nada a dizer, então eu não faço nada. Ele está aqui por
uma razão e eu quero essa causa sem parecer desesperada por
isso. Dante sempre teve um problema em se conter quando estava
me provocando em algo.
— Apenas lealdade.
— Uau... isso é péssimo para você porque ela quer meu marido
de volta. Essa seria a segunda mulher que você perderia para ele,
certo?
— Eu não perdi merda nenhuma para ele. — Ele olha de soslaio
por entre os dentes. — Ele vai tentar tirar essa criança de você.
— Não posso.
— Por que?
— Ah, bem.
— Ele nunca faria isso comigo. — Eu não estou tão certa sobre
isso. — Mas se você está procurando alguém para correr, ela seria
a tarefa perfeita.
No entanto, isso não diminui o que ele disse. Brielle vai ser
notícia de primeira página, e ele vai arrastar Hendrix pela mídia
como um pai caloteiro.
Eu sou.
Eu odeio isso.
— Isso não é uma coisa ruim — ouço Alfie dizer. — Você disse
antes que amava aquela garotinha. Qual era o nome dela?
Brianna?
Ele é mais adequado para ela do que eu? Pode haver muita
besteira tóxica que fica entre Aspyn e eu para onde ele sempre
levanta sua cabeça feia e decide ir contra o que estamos tentando
construir.
— Minha criança?
Eu estou.
— Por que?
Ele ignora. — Você está fodido. Você é tão cego para ver que
as coisas mudaram?
— Eu quero Brielle.
— Você não vai tirar aquela garotinha de sua mãe. — Bryce
entra na conversa, o primeiro sinal de irritação de tudo isso
afundando em suas palavras. — Você pode dividir a custódia, mas
não vai tomá-la.
— Parece que você a está matando com seu pau porque você
deu o esperma para aquela criança e a reivindicou.
— Eu não reivindiquei–
— Não, você não tem. Ela não fode caras irritantes, cara. Ela
namora pessoas com contas bancárias gigantes.
— Foda-se. Você não vai me deixar com esse cara. Este é a sua
casa.
— E?
— E eu vou bater em você por último. Eu lidei com ele por três
dias. Ele precisa tirar a cabeça da bunda por conta própria e olhar
para o que ele tem.
— Não foi isso que Berklee disse. — Com toda a minha força,
eu levanto minha cabeça e encontro meus irmãos parados na
minha frente – um pouco embaçados – mas lá, no entanto. — Ela
se mudou.
Meu rosto franze para Bryce. — Onde?
E meu pau.
É sabotagem.
— Olá?
— A casa dele?
Que porra?
Incrível.
E por mais que eu ame ouvir isso, ainda é sem mim na cena.
BRICE: Não.
ASPYN: Eu te amooooo.
ASPYN: Feito.
BRYCE: Porra.
— Bem, eu passei na inspeção? — Olhando ao redor da minha
cervejaria, eu queria mostrar o aspecto interno de quão sério eu
era para fazer esse trabalho e também dar uma visão interna de
como é o espaço interno.
Luna Nowak.
E este era o teste dela – dar uma boa festa para degustação e
eu daria uma chance a ela.
— Eu acho que posso ser muito útil, Sr. Ford — ela professa,
seu cabelo loiro claro liso e na altura dos ombros. Ele roça o topo
de seus ombros e o vestido preto que molda seu corpo que eu não
prestei atenção. — Eu adoraria a chance de mostrar a você.
— Sim.
— Sabia, o quê?
— De?
Lentamente, eu me inclino, puxando o veludo, longas mechas
de seu cabelo escuro, então eu sussurro em seu ouvido: — Se isso
te irrita ou não.
— Eu planejo isso.
Minha esposa.
— Perfeito.
— Não, como você ousa. Sua boceta não é exclusiva, e seu tipo
é um centavo em uma dúzia por aqui. Eu saberia.
— Faça com que ela não tenha mais medo de você, irmão. Não
é difícil. Foi assim que tudo começou. Você tem seu tratado de paz
com ela. E se ela não queria nada com você, ela não precisava vir.
— Preciso de tempo.
— Eu preciso de um menino.
Ele pode reclamar de mim por convidar nossos pais para sua
casa ou me deixar falar. De qualquer forma, nos deixará sozinhos
em um quarto que não compartilhamos há mais de uma semana.
E é isso.
— E o que é isso?
— Alguma objeção?
— Eu estava bêbada.
— Eu não estou.
— Ao chupar–
— Você não sabe o que seus lábios fazem comigo, baby. — Ele
se inclina para frente, couro e bergamota me cercando e me
provocando a fazer o que ele diz. Que ele ainda está atraído por
mim e precisa de uma saída. — Faça-me acreditar em você.
Não posso.
Eu o amo.
E eu preciso perdoá-la.
Eu gosto que ela prefira tênis Air Force aos saltos e que ela
ainda vai usá-los porque são familiares e me deixam louco pra
caralho. Eu também acho atraente, mais como sexy pra caralho,
aqueles shorts que ela usa que expõe suas coxas grossas que eu
amo apertar e ter enroladas na minha cabeça.
Aspyn é inteligente e criativa – sendo a base de muitos desses
empreendimentos engenhosos – e ela é gentil se você estiver do
lado certo. Ela come como se não fosse da conta de ninguém e
empurra a barra do que as mulheres acreditam que os homens
querem nelas.
Você me matou.
No entanto, não posso dizer que não estou grato por estarmos
aqui agora. Mas a confiança tem que estar lá. Eu tenho que ter
certeza de que ela não vai engravidar e fazer algo estúpido. Que eu
não estou girando minhas rodas e eu posso baixar minha guarda
novamente e não me queimar no processo.
Eu não sei o que isso significa em sua cabeça, mas ela volta a
me chupar, testando minha tolerância e resistência até que
finalmente se quebram na próxima garganta profunda.
Sobre mim.
Eu posso jogar este jogo o dia todo, mas ela está no comando.
Isso não é uma merda?
— Porra — Aspyn choraminga debaixo de mim, correndo a
ponta dos dedos para cima e para baixo nas minhas laterais. —
Você está me dando tão bem, papai.
Eu amo isso.
Quando ela disse isso mais cedo, foi a primeira vez que meu
pau se contraiu depois que eu a vi sentada no meu sofá e eu tive
nossa maldita filha em meus braços.
— Não, papai.
Para sentir o quão apertada ela está ao meu redor. Para sentir
seu corpo macio debaixo do meu e como ela apenas me ordenha
para me libertar.
Meu gozo.
Minha força.
Meu futuro.
Minha esposa.
Meu tudo.
Quando estou apenas com a respiração suspensa, me coloco
de joelhos e me levanto lentamente, esticando a mão para puxá-la
do chão, que ela pega.
Ela fica na ponta dos pés para um beijo, mas eu não estou
pronto.
— Eu vou matá-lo.
— Por escrito?
— Eu não falo.
— Eu tive.
— Vou foder você de novo até que você grite, Aspyn. Bem
naquela cozinha com uma parede longe deles.
— Verificando.
— Uma loja?
— Henny — diz Aspyn, sua voz tensa. — Você pode vir aqui?
— Sim, esposa?
— Comunicação, Hendrix.
— Então mova-as.
— Acho que não há nada que possa ser mal interpretado nesse
artigo. Você leu?
— Eu quero?
— É brega.
— Você me ama?
— Eu também.
— Terminar?
Meu nariz roça o dela quando eu negocio com ela — Que tal
eu te foder bem rápido antes de você subir e pegá-la.
— Dois minutos.
E não os afastamos.
Carnal.
— Parece que vamos ter que terminar mais tarde com a minha
surpresa — penso, pressionando um beijo em seu clitóris.
Os dedos de Aspyn passam pelo meu cabelo. — Só mais alguns
segundos.
— Você é horrível.
— Eu também te amo.
Brielle e Hendrix estão aconchegados juntos no sofá, comendo
macarrão com queijo depois que eu a acordei de um cochilo. O que
significa apenas que posso começar a torturar Hendrix mais cedo
ou mais tarde.
Pobre cara.
— Quem?
Meu cérebro corre atrás de quem poderia ter feito isso. — Ela
estava... — Estou fazendo um O com o polegar e o dedo indicador,
depois deslizo o oposto para dentro e para fora desse círculo. —
Channing. Ela é a esposa do governador.
Pra mim?
— Por que?
— Papai!
— O que?
Ela aponta para a camisa rosa que ela vestiu por cima da
outra. Nela, diz eu vou ser uma irmã mais velha.
E de novo.
— Estou grávido?
Eu balanço minha cabeça através de seus pensamentos
confusos. — Sim... claro, querido. Você está grávido.
14
Uma série de uma família com seis filhos.
15
Outra série com uma grande família.
— Oh, meu Deus... Henny... porra...
Sua boca envolve meu dedo e ela chupa, batendo seus cílios
longos. — Gosto da sua atenção.
Jesus Cristo.
Foda-me.
— Eu machuquei você?
Ela zomba de mim, não que ela jamais admitiria isso. — Não.
Se qualquer coisa, eu diria que você foi bastante gentil. — Sua
palma encontra minha bochecha. — Sabe, só porque estou
grávida, você não precisa ser tão suave.
— Meu filho está aí — eu retruco, pegando sua mão para
segurar. — E eu nunca sou suave com você, esposa. Acompanhe.
— Eu sei.
— Hum?
— Eu ainda acho que vai ser até que o ódio nos separe, marido.
— Eu criei um monstro.
— Nada.
Ela puxa seu corpo para trás e olha para mim. — Eu te amo,
Hendrix. Não importa a emoção, você sempre será meu.
— Ainda não.
Meu irmão olha para a TV, sem dar crédito ao que estou
dizendo, não que ele vá ouvir. — Relaxa. Eu não vou fo– falar com
a sua cunhada.
— Ah, aqui vamos nós — ele sussurra. — Você vai pegar uma
espingarda também?
— Garota esperta.
— Você sabe que no momento em que você saca seu pau que
Zyla vai começar a gritar como num assassinato sangrento. É
como se ela tivesse um sexto sentido assustador.
— Que você nunca usa porque quer estar perto das garotas o
tempo todo.
Eh, verdade.
Idiota, eu sei.
— A cada dois anos — diz ela. — Quero nossos filhos com dois
anos de diferença. Mesmo que Zyla seja três com Brielle, gostaria
que o resto ainda estivesse perto.
— Cinco?
— Promete?
Fim...