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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Ensino à Distância

Centro de Recursos de Nampula

Segundo Trabalho de campo de Didáctica de Literatura

Aurélio Manuel Joaquim, Código: 708206074-Turma B

Nampula, Junho de 2023


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Nome dos elementos do grupo

Nordino António Rafael

Nilza Amisse

Olívia Rosário Nampula

Osvaldo Januário Mário

Onesma Rui

Palmira da Fátima Amade

Pildon Feleciano Castelo

Quinaldo mussa

Tabalho de Biogia 12ª turma B3

Trabalho de carácter avaliativo da


disciplina de Biologia 12ªclasse
orientado pelo docente: Justino
Licaneque

Escola secundária Marcelino dos Santos

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Nampula, Junho de 2023

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Índice
Introdução..........................................................................................................................3

1.1 O papel da escola/professor na formação do cidadão crítico e participativo na leitura


...........................................................................................................................................4

1.2 Procedimentos de análise e comentário de textos literários........................................6

1.3 Importância dos textos literários no desenvolvimento da competência linguística....8

1.4 Orientação didáctica e pedagógica no ensino literatura no ensino secundário...........9

Plano de aula....................................................................................................................11

Considerações finais........................................................................................................18

Referências bibliográficas...............................................................................................19

4
Introdução

A introdução ao texto literário conduz a universos que proporcionam reflexão e incorporação


de novas experiências, pois seu consumo induz as práticas socializantes, que se mostram
democráticas, porque igualitárias. Em termos educacionais, o texto artístico é essencial para a
formação do indivíduo, para seu aprimoramento intelectual e, sobretudo, ético. É preciso que
a escola exerça seu papel de mediadora do conhecimento elaborado, propiciando condições
para que sua apropriação aconteça, por representar uma forma fundamental de elevação
cultural para quem dele se apodera, visto esse conhecimento referir-se a um meio exterior que
favorece a produção de uma nova síntese de entendimento do mundo e da realidade.

Os professores de Língua Portuguesa e Literatura têm como arsenal básico para a sua prática
pedagógica o trabalho com a linguagem mãe de toda criação humana, ou seja, trabalham com
a essência da comunicação e do conhecimento. A retomada de um trabalho que reacenda as
brasas da verdadeira essência das relações sociais que, certamente, jazem em germe na alma
do homem embrutecido por valores de troca, compra e acúmulo de bens faz-se necessária.
Para tanto, são imprescindíveis a devolução de sua consciência crítica, a liberdade, a
reciprocidade e a responsabilidade.

A tarefa de inserção do homem na complexa teia da sociedade actual cabe, portanto, à


educação. É preciso, entretanto, que se tenha em vista que a transformação do animal humano
em cidadão consciente e crítico é efetuada não só através dos organismos especializados –
escolas, colégios, faculdades – mas, também, através dos meios de comunicação a que se tem
acesso, além das palavras e acções dos pais.

A literatura mediada pela actividade teatral conduzirá ao aperfeiçoamento e fluidez da leitura


e da escrita, ao desenvolvimento vocabular, ao estímulo das possibilidades intelectuais, ao
desenvolvimento da sensibilidade, do senso crítico e artístico, da sociabilidade e trabalho
colectivo.

A linguagem é instrumento fundamental para as relações humanas e a produção de cultura, é


nela, por meio dela, que o homem lê o mundo e a própria história. Ao abrir espaço para o
trabalho corporal com o texto literário, alcançar-se-á percepção da sociedade e a possibilidade
de transformá-la, para que haja coesão social.

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1.1 O papel da escola/professor na formação do cidadão crítico e participativo na leitura

A literatura é uma transposição do real para o ilusório por meio de uma estilização formal que
propõe um tipo arbitrário de ordem para as coisas, os seres, os sentimentos. Nela se
combinam um elemento de vinculação à realidade natural ou social, e um elemento de
manipulação técnica, indispensável à sua configuração e implicando uma atitude de
gratuidade. Gratuidade tanto do criador, no momento de conceber e executar, quanto do
receptor, no momento de sentir e apreciar (Cândido, 1965, p.53).

Nesse sentido, a criação literária corresponde a certas necessidades de representação do


mundo, às vezes como preâmbulo a uma práxis socialmente condicionada. Mas isso só se
torna possível graças a uma redução ao gratuito, ao teoricamente incondicionado, que dá
ingresso ao mundo da ilusão e se transforma dialeticamente em algo empenhado, na medida
em que suscita uma visão de mundo.

A conclusão de Cândido é que quanto mais igualitária for a sociedade, e quanto mais lazer
proporcionar, maior deverá ser a difusão humanizadora das obras literárias e, portanto, a
possibilidade de contribuírem para o amadurecimento de cada um. Sobre o que é leitura,
Cândido pensa que a leitura pode estar na palavra, no contexto e nas ideias de forma
simbólica, por isso ele fala da função total da literatura.

Os professores de Língua Portuguesa e Literatura têm como arsenal básico para a sua prática
pedagógica o trabalho com a linguagem mãe de toda criação humana, ou seja, trabalham com
a essência da comunicação e do conhecimento. A retomada de um trabalho que reacenda as
brasas da verdadeira essência das relações sociais que, certamente, jazem em germe na alma
do homem embrutecido por valores de troca, compra e acúmulo de bens faz-se necessária.
Para tanto, são imprescindíveis a devolução de sua consciência crítica, a liberdade, a
reciprocidade e a responsabilidade.

A tarefa de inserção do homem na complexa teia da sociedade actual cabe, portanto, à


educação. É preciso, entretanto, que se tenha em vista que a transformação do animal humano
em cidadão consciente e crítico é efetuada não só através dos organismos especializados –
escolas, colégios, faculdades mas, também, através dos meios de comunicação a que se tem
acesso, além das palavras e acções dos pais.

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Gullar (1983, p. 152), em discurso de abertura do XXV Congresso Mundial de Educação
Através da Arte, afirmou que:

Cada indivíduo é um professor a serviço da sociedade ou contra ela,


mas sempre em função dos valores estabelecidos. E não poderia ser de
outro modo. O homem é um ser social e sua vida não tem sentido se não
se insere na sociedade. Uma sociedade fundada sobre a injustiça educa
para a injustiça. Donde se conclui que a sociedade tem que ser
reeducada para poder educar. A educação exige que a sociedade seja
justa para que o educador possa cumprir a sua alta missão de
possibilitar a cada indivíduo o pleno desenvolvimento de sua
personalidade.

Assim, para que a escola alcance êxito em seu percurso educativo é preciso que a educação
institucionalizada tenha como premissa o homem integral. Moisés (2003) afirma que, no que
tange à questão cultural, é momento de encontrar, entre os escombros deixados pela barbárie
globalizada, alguma promessa de futuro que não seja apenas técnica e económica. Segundo a
autora.

A sociedade passa por um momento em que a luta não se trava mais entre concepções
diferentes de cultura, entre cultura e a contracultura, alta cultura e cultura de massa, mas entre
a cultura e a descultura pura e simples.

Segundo Zilberman (1990), luta com as consequências muito mais


directas sobre o real, entre o poder económico globalizado e as
aspirações políticas e culturais localizadas. Em termos filosóficos, é
uma luta entre universalismo e particularismos. Ou seja, é momento de
se pensar em uma educação solidamente assentada no saber
proporcionado pela arte, que vise preservar e estimular nas crianças e
nos jovens a criatividade, procurando prepará-los para resistir ao
processo de uniformização e pensamento único, uma arquitectura de
paralelismo sem igual que os mantém reféns da tecnologia e da ciência
que, de primeira à última análise, são conquistas do homem e cujo
objectivo deve ser, unicamente, trazer benefícios a ele, servi-lo e não
dominá-lo. A intencionalidade humana gera cultura, que gera objectos
que, por sua vez, transforma a cultura, em eterno círculo gerador.

O papel do professor, assim, é de ser um meio nessa engrenagem de elaboração da cultura, o


mediador que coopera para a elevação da qualidade de vida da sociedade.

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Urge que a escola exerça seu papel de mediadora do conhecimento elaborado, para que sua
apropriação aconteça como forma fundamental de elevação cultural, haja vista esse
conhecimento referir-se a um meio exterior que favorece a produção de uma nova síntese de
entendimentos do mundo e da realidade.

É preciso que a escola se constitua em espaço onde o indivíduo possa realizar a ruptura com a
situação cultural anterior, ascendendo a novo patamar onde possa ressurgir como outro,
resultante de elaboração personalizada, de pensamento e disposições próprias, livre de
amarras, sujeito de si e de seu conhecimento.

O grande desafio dos professores de Literatura é proporcionar condições para que seus alunos
rompam a cadeia do pensamento vertical, da hierarquização do conhecimento,
compartimentado e estanque. O grande desafio da escola é pensar um currículo que perceba o
ensino de literatura de forma diferenciada, incluindo em seu plano anual uma agenda que
contenha possibilidades de diversificar a relação com o texto.

1.2 Procedimentos de análise e comentário de textos literários

Segundo Lajolo (181), a análise literária é o acto de decompor


um texto no intuito de observar cada componente que o constitui. Ou
seja, de estudar os aspectos integrantes de uma narrativa. Desse modo,
se pode conseguir compreender, interpretar e assimilar os sentimentos e
valores de uma obra.

Porém, para atingir esse objectivo, é necessário aplicar correctamente a análise literária,
explorando todas as características do texto.

Para se realizar a uma boa análise literária, segue-se alguns procedimentos, a saber:

 Enredo

No texto narrativo, o enredo ou trama é responsável por sustentar a história. É quem irá
desenvolver ou construir o conteúdo por meio da conexão de fatos que fundamentem a acção
narrativa. Por meio dele, é possível encontrar o conflito ou tensão no texto que motiva
as personagens a se movimentarem. Onde está a força principal de todos os acontecimentos?
Quem segura o enredo? Lembre-se que enredo e personagem dependem um do outro.

Como visto, todo enredo está presente na estrutura do conflito. Desse modo, para analisar a
obra, é necessário encontrar três pontos principais: o início, desenvolvimento e clímax.
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 O início expõe o conflito do romance, da situação que culminará em todo o desenrolar
da trama;

 O desenvolvimento são todas as consequências que o conflito trará, ou seja, os níveis


(baixo e alto) de tensão apresentados para serem resolvidos;

 O clímax são os acontecimentos finais da problemática; é onde ocorre o desfecho.

Resumidamente, o enredo é o esqueleto de uma obra literária.

 Tempo e espaço

O tempo e o espaço se referem ao contexto histórico e ao local onde a narrativa se desenrola.


No decorrer do texto, podemos encontrar os acontecimentos históricos, presentes no romance,
e determinar em que época a história se passa. Também é possível identificar o local por
meio dos ambientes e lugares citados.

O tempo e o espaço podem estar presentes numa obra de forma clara, ou seja,
directamente mencionada pelo narrador ou personagem. Ou de forma mascarada, quando
apenas as descobrimos ao ligarmos alguns factores ao texto, como, por exemplo:

1. Se a narrativa nos apresenta a época da ditadura, pressupomos que a história acontece


em meados de 1964 e 1985;

2. Se a narrativa cita a Rua do Ouvidor, concluímos que o enrendo ocorre no Rio de


Janeiro, porque essa Rua é famosa naquela cidade. Além disso, podemos identificar o
espaço por meio da descrição do ambiente e da análise do aspecto social de um
determinado lugar.

 Narrador

O narrador é a entidade que conta a história, podendo se apresentar das seguintes formas:

 Heterodiegético: narrador que não é personagem da história, esse é o mais adoptado


pelos escritores;

 Homodiegético: narrador que faz parte da história, mas não é o personagem principal;

 Autodiegético: narrador que é o personagem principal da narrativa, protagonista.

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 Linguagem

Por meio da linguagem é possível analisar a forma como a obra é escrita e até mesmo narrada.
Por exemplo, ao pegarmos um livro antigo, observamos que o vocabulário é diferente do
actual.

 Personagens

As personagens devem ser analisadas tanto no aspecto físico como no aspecto psicológico.
Contudo, é necessário respeitar a ordem de importância das personagens da seguinte forma:

 Personagens principais (protagonista(s) e antagonista(s);

 Personagens secundárias.

1.3 Importância dos textos literários no desenvolvimento da competência linguística

Com uma simples leitura tiram-se muitas vezes grandes conclusões e ensinamentos para uma
vida. Porque o que se lê não é nada mais do que a nossa realidade transporta para o papel. Por
isso é extremamente ridículo substituir os livros por outras actividades, com um livro
enriquece-se o vocabulário e adquirem-se conhecimentos, enquanto que um filme, não existe
comparação possível.

Ler é importante porque leva a pessoa a ter contacto com várias ideias diferentes (dos
autores), adquirindo assim uma visão mais ampla do mundo e dos conflitos que envolvem a
humanidade e a sociedade. Quando se tem uma visão mais ampla, se tem também mais
material para formar as próprias ideias e resolver de melhor forma os próprios problemas.

Ler também é um exercício de imaginação e prazer, pois ao ler, diferente do que acontece
quando se assiste a um vídeo, as imagens se formam na sua mente, pela sua bagagem cultural
e pelo seu estado emocional. Isso equivale a dizer que o texto se renova a cada leitura, visto
que amanhã, o mesmo leitor já saberá mais do que sabe hoje e estará em um outro estado
emocional, o mesmo texto terá para ele um “significado novo.”

Para que os indivíduos mantenham a capacidade de fomentar as suas opiniões e apreciações é


importante que continuem a ler por si próprios, a forma como lêem, bem ou mal, e aquilo que
lêem não pode depender deles, mas a razão pela qual lêem deve ser do seu interesse e no seu
interesse.
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Os textos literários lidos e estudados na disciplina de português do ensino secundário devem
ser escolhidos tendo em consideração os estádios de desenvolvimento linguístico, psicológico,
cognitivo, cultural e estético dos alunos, mas devem ser sempre textos de grande qualidade
literária, isto é, no sentido mais lídimo da expressão, textos canónicos: textos modelares pela
utilização da língua portuguesa, pela beleza das formas, pela densidade semântica, pela
originalidade, pela riqueza e pela sedução dos mundos representados.

1.4 Orientação didáctica e pedagógica no ensino literatura no ensino secundário

Volvendo o olhar para o passado e para a história da humanidade, vê-se que a utilização
pedagógica da obra literária não é novidade. Já na Antiguidade Clássica grega, os acedes
narradores profissionais da palavra – declamavam os feitos bélicos do passado com o intuito
de divertir e contar a história do povo. Lançavam mão desse trabalho para propagar ideais
como heroísmo, compaixão, coragem, ética relacional. Enfim, as tragédias tratam de
conteúdos valiosos para a captação do processo histórico e dos valores humanos fundamentais
que, na sociedade contemporânea, encontram-se gradativamente sendo desprestigiados.

Não se pode dizer que o carácter educativo da literatura tenha surgido durante o período da
civilização grega, no entanto, a tragédia foi o género que, nos transcorrer do século V,
propagou os ideais democráticos formulados pelas polis, agrupamentos sociais (cidades) onde
havia um espaço público, denominado scolae. Nesse local, os homens se reuniam para, assim
como seu ancestral primitivo, após o dia de trabalho, conversar, contar as experiências e
dividir o conhecimento.

No mundo ocidental, a literatura é introduzida na escola na partir da instalação da República


Francesa. Ainda que as escolas laicas surgidas nessa época se destinassem aos filhos da classe
burguesa, em acordo com o caráter burguês da revolução, é o princípio do experimento
cultural da divisão do conhecimento acumulado. A educação laica, assim, surgiu como vector
de prevenção da miséria cultural, como possibilidade de homogeneidade cultural e
consequente supressão da divisão de classes.

Para Zilberman (1990, p. 19), o texto literário introduz um universo


que, por mais distanciado do quotidiano, leva o leitor a reflectir sobre
sua rotina e a incorporar novas experiências o texto artístico talvez não
ensine nada, nem se pretenda a isso; mas seu consumo induz a algumas
práticas socializantes que, estimuladas, mostram-se democráticas,
porque igualitárias. O pensamento humano não é arbóreo, acontece por

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um sistema descontínuo, múltiplo, que sugere a metáfora do rizoma –
sistema formado de inúmeras linhas fibrosas que se entrelaçam e, ao
mesmo tempo, remetem-se de umas para outras e lançam-se para fora
do conjunto, abrindo-se para mil possibilidades e ao trânsito livre entre
os saberes.
As estruturas conceituais tornam-se fluidas, escorregadias e é possível, finalmente, rompê-las
e impedir a prisão do pensamento. O sabor das palavras cria novos saberes. Constitui-se,
dessa forma, a metáfora do rizoma, que cresce lateralmente, ocupando espaços e
transformando-se em outras compreensões, a partir do deslocamento de significados, que se
confundem, que se misturam, oferecendo novas possibilidades de leitura.

A imaginação é a memória do futuro e, nesse sentido, a literatura reflecte o passado e ilumina


o futuro. Por essa perspectiva, os jovens aproximam-se da compreensão de que podem ser
autores, pois, à medida que mergulham no oceano da literatura sem naufragar, descobrirão o
prazer da aventura literária. Literatura é arte e, como tal, está a serviço da fruição, do prazer,
da descoberta.

Um aluno sensibilizado reconstrói o texto, torna-se capaz de desvendar os estudos literários


em vários níveis, aproximando-se de saberes mais profundos, porque mais aberto para uma
realidade múltipla e sem fronteiras, na qual o pensamento pode desdobrar-se livremente.
Dessa forma, ler um texto, ou uma série deles, não significa trabalhar estilos e características
de época de forma fragmentada e horizontal, sem contextualização da arte elaborada com o
fazer humano ali subjacente.

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Plano de aula

Escola Secundária de Pebane

Professor: Aurélio Manuel Joaquim

Classe: 12ª A1

Unidade Temática: Literatura

Tema: Textos Narrativos

Tempo: 45 minutos

Data: 02.06.2023

Disciplina: Língua Portuguesa

Objectivos Específicos:

 Caracterizar os textos narrativos;


 Identificar as partes de um texto narrativo;

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Actividades
Tempo F.D Conteúdo Professor Aluno Método Meios Obs
.
10 min I.M Saudação, marcação de Saúda, faz a marcação de Responde a saudação, Elaboração Livro de
presença e verificação do presença conta a anedota colabora na marcação de Conjunta turma,
estado de higiene da sala de ou indica alguém para o presença e no conto da esferográfica.
aula e conto de uma anedota. efeito anedota.
25 min M.  Introdução textos Introduz a aula;  Acompanha a Expositivo Giz, quadro
A narrativos; Explica como está introdução da aula; Explicativo de escrever,
 Explicação sobre a constituído esta  Escuta a explicação caderno, livro
pertinência dos caracterizado o texto do professor; do aluno,
textos narrativos; narrativo, e como se  Passa os
identifica a mancha esferográfica,
 Definição dos textos apontamentos.
narrativos gráfica num texto apagador.
 Caracterização de narrativo; dita
textos narrativos. apontamento.
 Identificação da
mancha gráfica.
5 min D.C  Colocação de  Coloca questões;  Responde as Elaboração Caderno,
dúvidas;  Esclarece as questões; Conjunta esferográfica,
 Contribuição sobre o dúvidas  Coloca duvidas, giz, apagador,
tema em discussão levantadas.  Dá o seu contributo. livro.
5 min C.A  Marcação de TPC  Marca TPC  Passa para o seu Trabalho Caderno,

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caderno o TPC Independente esferográfica,
quadro de
escrever, giz,
apagador.

Justificativa

A razão pela qual levou-me a escolher este tema, é pelo facto de ser uma matéria chave quando se trata de literatura, o entanto é necessário e
pertinente que o aluno conheça com profundidade acerca dos textos narrativos pois são textos que dia após dia ele lida, seja na escola assim como
em conversa.

O texto narrativo é uma das formas mais eficazes de contar histórias. Ele reúne uma série de elementos que se completam para conferir lógica aos
acontecimentos, além de torná-los mais interessantes para o leitor.

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Anexo

Quais são os elementos de uma narrativa?


Sem os elementos a seguir, é impossível criar uma narrativa coerente e cativante, que prende a atenção do público do início ao fim. Confira!

Enredo
O enredo é toda a sequência de eventos que acontecem do início ao fim da história. Se o enredo (ou trama) não for bom, mesmo os melhores
personagens não poderão salvar sua narrativa.

Vamos falar um pouco mais sobre o enredo na hora de examinar a estrutura de um texto narrativo.

Tempo
O tempo trata de quando os eventos se desenrolam na linha do tempo da história. Pode ser no passado, no presente, no futuro ou até uma mistura
dos três.

Mas é preciso deixar claro o tempo em que a trama se passa. Não é necessário determinar um dia, mês ou ano específicos, mas é vital não
confundir o leitor sobre a ordem dos acontecimentos.

Espaço
O local onde a história se passa.

O fato é: toda história precisa de uma ambientação, um local. Esse lugar é o seu espaço.

Narrador
É quem conta a história. Existem três tipos de narrador, que são:

 Narrador personagem: além de contar a história, o narrador está presente nela como um dos personagens da trama. Nesse caso, a
história é contada em primeira pessoa, e tudo é relatado do ponto de vista de quem narra;

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 Narrador observador: ele não é parte da história, apenas conta os fatos, sem julgamentos ou ponto de vista. A história é contada na
terceira pessoa, de forma relativamente distante das emoções de cada personagem;
 Narrador omnisciente: apesar de não ser um personagem e de a história também ser contada em terceira pessoa, o narrador omnisciente
sabe tudo o que acontece, inclusive as motivações dos personagens.

Personagens
São os atores na história, com quem se desenrolam todos os acontecimentos. Dependendo da história, os personagens podem ser pessoas,
animais, seres fantásticos e até objectos inanimados.

O que determina isso é o tipo de história e a criatividade de quem a conta.

É importante, porém, que os personagens se encaixem bem entre si, que tenham coerência em suas acções e sejam capazes de cumprir o
objectivo da narrativa enquanto prendem a atenção do público até o fim.

Estrutura de um texto narrativo


Mesmo com todos os elementos certos e bem definidos, ainda não há garantia de que a narrativa será bem contada.

Tudo depende de como esses elementos serão introduzidos na estrutura da história, que deve seguir a seguinte ordem:

Introdução
Na introdução é que o leitor terá seu primeiro contacto com os elementos principais da história, ou seja: tempo, espaço, personagens e narrador.

A introdução pode apresentar um cenário pacífico, que logo será desfeito, ou iniciar já com o problema em foco, explicando o contexto do
conflito, para causar impacto desde o princípio.

Desenvolvimento
Depois de apresentar o conflito, é preciso desenvolvê-lo de forma cativante e convincente. Isso é feito conforme o escritor se aprofunda nos
personagens e em suas motivações, além de usar tempo e espaço para despertar emoções no leitor.

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Quanto mais complexo o enredo, mais rico precisa ser o mundo criado pelo escritor, e maior será o desenvolvimento para abranger tudo isso de
forma apropriada.

Clímax
A ideia é que o desenvolvimento se aprofunde mais e mais, deixando o leitor cada vez mais sedento para o grande acontecimento da história, que
é chamado de clímax.

Esse é o momento em que se revela a identidade do assassino, seguido da luta final para prendê-lo. Ou o momento da grande batalha entre os
exércitos pelo controle do reino.

É o momento de os protagonistas brilharem para vencer seus maiores medos sem se importar com as possíveis consequências.

Conclusão
A conclusão mostra as consequências e o desfecho do clímax. O final pode ser bom, com o assassino preso e o reino seguro, ou negativo,
dependendo das decisões do escritor ao contar o ápice da história.

Também é possível deixar o fim em aberto, para despertar a imaginação dos leitores ou abrir espaço para uma continuação em outra narrativa.

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Considerações finais

No que concerne no papel da escoa e do professor na formação de um cidadão crítico na


leitura, concluiu-se que é preciso que a escola se constitua em espaço onde o indivíduo possa
realizar a ruptura com a situação cultural anterior, ascendendo a novo patamar onde possa
ressurgir como outro, resultante de elaboração personalizada, de pensamento e disposições
próprias, livre de amarras, sujeito de si e de seu conhecimento.

O grande desafio dos professores de Literatura é proporcionar condições para que seus alunos
rompam a cadeia do pensamento vertical, da hierarquização do conhecimento,
compartimentado e estanque. O grande desafio da escola é pensar um currículo que perceba o
ensino de literatura de forma diferenciada, incluindo em seu plano anual uma agenda que
contenha possibilidades de diversificar a relação com o texto.

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Referências bibliográficas

Cândido, António; (165); A literatura e a formação do homem. Ciência e Cultura.

Gullar, Ferreira. (1989), Indagações de hoje; José Olympio. Rio de Janeiro.

Lajolo, Marisa; (1981); O que é literatura. São Paulo: Brasiliense.

Zilberman, Regina; Silva, Ezequiel Theodoro da. (1990). Literatura e pedagogia;: Mercado
Aberto; Porto Alegre

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