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2- Penalmente relevante
3- É necessária
A tese que mais tem sido invocada contra a tipificação do art.º 176.º, n.º 4, do CP, é a de que
“não é identificável (...) o bem jurídico que se quer tutelar, sendo claro que não é, de todo, a
liberdade ou autodeterminação sexual que está em causa porquanto no caso nem menores
ou outras pessoas aparentando ser menores existem”. Se o crime de pornografia de menores
se encontra, sistematicamente, no capítulo dos “crimes contra a liberdade e autodeterminação
sexual”, é de esperar que os delitos aí inseridos tenham uma ligação, uma qualquer ligação,
com a tutela de concretos menores. Talvez por isso alguns autores defendam que o legislador
apenas quis “mascarar uma intenção moralizante”, dada a dificuldade em justificara proibição
com apelo à autodeterminação sexual, quando nem crianças reais estão envolvidas na criação
do material pornográfico, ou pelo menos não o estão em parte. Fazendo nossas as palavras de
VERA RAPOSO, “por muito imorais que possam ser [as fantasias sexuais com crianças], não
poderão ser criminalizadas, uma vez que o mero pensamento não lesa efetivamente
ninguém
2- É crime de perigo, isto ofende a família, a família de origem estaria em perigo, danos
não há, não é por assinar um papel que a família fica desintegrada, quanto muito é
crime de perigo. O problema antes da questão penal é que estamos perante um
impedimento absoluto, em termos penais a consequência é que nem é possível
praticar este crime. Se é impossível cometer ninguém o comete, isto é um dos
problemas que é o foro civil. Faz sentido este impedimento? Em rigor é para proteger
os herdeiros. É um crime impossível então torna se desnecessário
2-A igualdade não é um bem jurídico. Autodeterminação sexual é o bem jurídico protegido no
atual artigo 173 dos atos sexuais com adolescentes. É totalmente irrelevante que os atos seja
homossexuais, era uma lacuna, uma omissão, a igualdade não é o fundamento dos bens
jurídico, é o que nos mostra que falta tutelar algo, o bem jurídico em ambos o artigos é a
autodeterminação sexual, mas antigamente so tutelava os menores que sofreram abusos com
relações homossexuais
2 b)- poe em perigo a vida de outros, porque quem se quer droga pode roubar, ferir se seja o
que for para conseguir se drogar, seria um crime de perigo.
3- Crime de perigo, isto é um ato sexual, não ofende nada, apenas potencia eventuais
problemas no feto. Não será a vida, mas qualidade de vida.
3 b) Roxin argumenta que : uma pessoa se não usar o cinto há a possibilidade de ficar
sem controlo do carro e assim provoca ofensas nas outras pessoas, isto claro é
absurdo. O cinto tem a finalidade não de evitar acidentes mas de diminuir os danos.
(Roxin costuma ter más soluções mas com excelentes argumentações)