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FACULDADE PALOTINA

CURSO DE FILOSOFIA
FILOSOFIA POLÍTICA E SOCIAL

Acadêmico: Patric Scolari Weber


Professor: Alceu Cavalheiri

DIREITO E MORAL EM KANT

Kant propõe que o direito e moral se distinguem entre si, embora se


relacionam, formando um todo unitário, que são relacionados dentro de sua
ética e política. Sua abordagem deontológica (de dever) à ética, que se
concentra nos interesses por trás das ações e não em suas consequências.
Enquanto o direito se mostra através da exterioridade, mediante leis que
garantem a liberdade externa regendo o mundo social, com o direito de ir e vir
garantido a todos o direito de viver e conviver respeitando a independência de
cada um frente a forças exteriores que garantem isso, o estado. Já a moral,
está relacionado a interioridade, a nossa liberdade interna, onde também
podemos nos referir a uma razão imperativa que determina o nosso dever, pois
está intrínseco a nós. Por exemplo, se vamos estacionar o carro em alguma
rua no centro da cidade, nos é cobrado uma taxa de estacionamento. Pagar
este tributo, pois a lei positiva nos obriga, deveria ser natural pois assim as leis
da cidade exigem que se faça.
“Na doutrina do direito, o agente livre escolhe fins inerentes às suas ações, uma vez
que da relação normativa entre lei e ação, é a primeira quem determina a segunda
justamente por ser um princípio cognitivo do dever. Desse modo, o arbítrio encontra-se
determinado de modo a priori pela lei do direito, a qual implica a adesão da liberdade
do agente com as demais liberdades subjetivas mediante uma lei universal. Disso não
é possível abdicar. Por sua vez, a doutrina da virtude determina que o fim da ação
contém a lei que comanda a ação, na medida em que estabelece a simples relação
entre leis e fins objetivos.
O texto nos diz que devemos agir, pela razão, conforme a lei nos obriga, pois é
moral e por si só deve ser cumprido, isto é, o imperativo categórico como o
princípio fundamental da moralidade. Ele afirma que devemos agir de acordo
com aquelas máximas que poderiam se tornar leis universais, ou seja,
devemos agir de acordo com princípios que poderíamos querer que todos
seguissem. A moralidade deriva da razão prática pura, especificamente da
aplicação do imperativo categórico, que é um princípio moral absoluto. Assim, a
moralidade para Kant está enraizada na racionalidade e na noção de dever,
independentemente de qualquer desejo ou consequência particular, porém,
nisso discordo de Kant, pois em determinadas circunstâncias se faz necessário
não pagar a taxa do estacionamento ao estacionar. De forma prática, podemos
ser punidos caso alguma autoridade pública fiscalize, porém, a cidade e as
ruas foram feitos para o homem com uso em comum e público.
Mas de acordo com o texto que discorre sobre ética e legislação, como no
trecho:
“Quer dizer, a legislação que erige uma ação como dever, e o dever, simultaneamente,
como impulso (vontade imediata), é moral. Pelo contrário, aquela que não compreende
essa última condição na lei, e que, consequentemente, admite um impulso diferente da
ideia do próprio dever, é jurídica.”
Fica, portanto, evidenciado que devemos cumprir aquilo que o estado nos
impõe, a fim de manter a paz no convívio e a liberdade em linhas gerais. A
moralidade e a juridicidade ou o direito são fundamentais para a construção de
uma sociedade justa e moral.
Achei um pouco pesado a leitura desse texto, a explanação em sala de aula foi
de mais fácil acesso e entendimento ao conteúdo proposto. Mas valeu a leitura
com certeza, em pesquisas extras também foi complementado as outras
dúvidas.

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