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O primeiro passo é explorar os materiais disponibilizados. Entre eles estão textos, vídeos,
entrevistas, apresentações, dicas de leitura e instrumentos para diagnóstico com tabelas de
apoio às práticas. Registre suas ideias, dúvidas, experiências e sugestões. Participe, então,
do Fórum da atividade avaliativa 1: conhecendo o nível de leitura e escrita dos
alunos. A atividade requer que você aplique com ao menos um aluno - ou criança do seu
convívio - uma das propostas de sondagem diagnóstica abordadas. Os resultados devem
ser compartilhados no espaço do fórum, conforme as orientações do enunciado. Retorne em
diferentes momentos para acompanhar as discussões. Sua contribuição é fundamental.
Fórum da atividade avaliativa 1: conhecendo o nível de leitura e escrita dos alunos 477
mensagens não lidas
A avaliação da atividade será realizada em até cinco dias úteis após a publicação. Para
acompanhar o seu desempenho no curso, acesse o quadro de Notas, localizado no menu
lateral, à esquerda da página.
1. Classes multisseriadas
Classes multisseriadas, talvez em virtude do terreno de desafios sobre os quais se sustentam,
costumam ser analisadas com crítica e desconfiança. Para Arroyo,
Para Teberoski (in GENTILE, 2018), práticas sociais cada vez mais individualizadas não
ajudam a formar uma comunidade alfabetizadora. E, neste viés, Molinari complementa: "ainda
que ninguém em um determinado grupo saiba ler e escrever convencionalmente, todos se
ajudam, não só permitindo, mas também facilitando a socialização dos conhecimentos. Dessa
forma, cria-se um ambiente favorável à aprendizagem" (in GENTILE, 2009).
Neste início de conversa, o que queremos destacar é que o trabalho coletivo, que valoriza a
diversidade de uma turma multisseriada, não tem como meta única fazer com que todos os
estudantes desenvolvam as atividades de forma correta, mas que, juntos, mobilizem
conhecimentos e experiências pessoais, complementando diferenças e enriquecendo
possibilidades. Para isso, sugere-se como organização de classe aquela em que os
participantes trocam informações e se ajudam mutuamente, colaborando para aprender.
Referências:
o ARROYO, Miguel González. Escola: terra de direito. In: ROCHA, M. I. A.;
HAGE, S. M. (Orgs.). Escola de direito: reinventando a escola multisseriada. Belo
Horizonte: Autêntica, 2010, p. 119-140.
o GENTILE, Paola. Claudia Molinari defende a diversidade no avanço de
classes multisseriadas. Revista Nova Escola. Jan. 2009. Disponível em:
<https://novaescola.org.br/conteudo/977/claudia-molinari-defende-a-diversidade-
no-avanco-de-classes-multisseriadas>. Acesso em: 15 maio 2017.
o GENTILE, Paola. Ana Teberosky: ''debater e opinar estimulam a leitura e a
escrita''. Revista Nova Escola. Mar. 2018. Disponível em:
<https://novaescola.org.br/conteudo/251/ana-teberosky-debater-e-opinar-
estimulam-a-leitura-e-a-escrita>. Acesso em: 19 junho 2019.
o MOÇO, Anderson. Alfabetização, leitura e escrita em sala multisseriada.
Revista Nova Escola. Fev. 2012. Disponível em:
<https://novaescola.org.br/conteudo/1979/alfabetizacao-leitura-e-escrita-em-sala-
multisseriada>. Acesso em: 15 maio 2017.
o MOLINARI, Claudia; SIRO, Ana. Un proyecto didáctico para leer y escribir en
contextos de estudio: experiencias en aulas multigrado rural. Programa de
Ayuda a La Escuelas Rurales. Fundação Perez Companc; Fundação Bunge y
Born, 1975/2004.
Identificando o nível de alfabetização de cada aluno
1. O que é estar alfabetizado hoje
De acordo com o Instituto Paulo Montenegro e a ONG Ação Educativa, por meio do Indicador de Alfabetismo Funcional (INAF), o Brasil tem
avançado no processo de alfabetização, mas ainda não conseguiu progressos visíveis em relação ao alcance do pleno domínio de habilidades
hoje tão importantes para a participação completa na sociedade letrada.
Para explicitar sob qual perspectiva entendemos o que é estar alfabetizado, nos apoiamos nas
palavras de Emilia Ferreiro (in FERRARI, 2016), para quem a alfabetização supõe:
"… poder transitar com eficiência e sem temor numa intrincada trama de práticas sociais
ligadas à escrita. Ou seja, trata-se de produzir textos nos suportes que a cultura define
como adequados para as diferentes práticas, interpretar textos de variados graus de
dificuldade em virtude de propósitos igualmente variados, buscar e obter diversos tipos de
dados em papel ou tela e também, não se pode esquecer, apreciar a beleza e a
inteligência de um certo modo de composição, de um certo ordenamento peculiar das
palavras que encerra a beleza da obra literária. Se algo parecido com isso é estar
alfabetizado hoje em dia, fica claro por que tem sido tão difícil. Não é uma tarefa para se
cumprir em um ano, mas ao longo da escolaridade. Quanto mais cedo começar, melhor".
Referências:
FERRARI, Marcio. Emilia Ferreiro: ''O momento atual é interessante porque põe a escola
em crise''. Revista Nova Escola. Nov. 2016. Disponível em:
<https://novaescola.org.br/conteudo/238/emilia-ferreiro-o-momento-atual-e-interessante-
porque-poe-a-escola-em-crise>. Acesso em: 28 maio 2017.
A primeira etapa focaliza o processo diagnóstico das hipóteses de escrita orientado pela teoria
da Psicogênese (FERREIRO e TEBEROSKY, 1999), conforme apresenta a matéria de
Anderson Moço para a revista Nova Escola (2009). A segunda etapa aborda um jogo de leitura
por inferências adaptado a partir da atividade desenvolvida por Pajurkova et al. apud. McGinitie
et al. (1990). A palavra “Sarvalapo”, contudo, tem autoria desconhecida.
Apresentamos ainda uma sugestão de tabela para mapeamento das hipóteses de escrita dos
alunos, que ajudará a realizar um acompanhamento do desenvolvimento do grupo de
aprendizes .
Referências:
FERREIRO, Emília; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da Língua Escrita. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1999.
McGINITIE, Walter; MARIA, Katherine; KIMMEL, Susan. O papel das estratégias cognitivas
não acomodativas em certas dificuldades de compreensão da leitura. In: FERREIRO,
Emilia; PALACIO, Margarita Gomes. Os processos de leitura e escrita: novas perspectivas. 3.
ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.
MOÇO, Anderson. Diagnóstico na alfabetização para conhecer a nova turma. Revista Nova
Escola. Mar. 2009. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/2489/diagnostico-na-
alfabetizacao-para-conhecer-a-nova-turma>. Acesso em: 15 maio 2017.
Aline Kerber Bruniczack E.M.E.F. Arthur Martins, Maratá, Rio Grande do Sul
A profa. Aline, participante da oficina "Como meu aluno está lendo e escrevendo? Discutindo a
construção da língua escrita", oferecida pelo projeto Escolas Rurais Conectadas em 2013,
apresenta em depoimento suas impressões sobre a atividade de sondagem diagnóstica.
"Trabalhar as oficinas foi um fator fundamental para todos os profissionais e alunos da Escola
Municipal Franco, pois nos proporcionaram momentos reais de interação e suavizaram nossas aulas
com um toque mágico de novidades, despertando o interesse das crianças em relação às buscas e
instigando a vontade de ler para descobrirem os enigmas. A atividade com SARVALAPO foi tão
envolvente que as professoras se uniram na criação de mais enigmas para uma continuação do
processo, que foi inovadora e de grande proveito para todos os envolvidos no trabalho.
No começo, as crianças ficaram um pouco inseguras e com medo de se expressarem. Depois, foram,
aos poucos, se familiarizando, e o momento se transformou em uma competição divertida e
incentivadora, atingindo os interesses que a aplicação da atividade buscava. A palavra
SARVALAPO virou moda na escola. Foi muito legal e marcante o momento. Nossas expectativas
em relação às oficinas aumentaram ainda mais depois deste envolvente trabalho".
Nessa unidade, falamos sobre a importância do diagnóstico, que nos auxilia a identificar o nível
de escrita e leitura do aluno, e conhecemos algumas atividades que permitem realizar tal
identificação.
O que fazer?
Agora, chegou a hora de aplicarmos alguma das testagens apresentadas e compartilharmos os
resultados alcançados com o grupo de colegas.
Como fazer?
1. Após o estudo dos materiais da seção Identificando o nível de alfabetização de cada
aluno, aplique um dos testes com uma criança da faixa etária indicada. Pode ser um
aluno com quem você tenha contato de forma remota, neste período de distanciamento social
e férias letivas em algumas localidades. É possível utilizar o WhatsApp, por exemplo, ou um
recurso de vídeo-chamada para realizar a testagem.
2. Relate os resultados alcançados e descreva condutas da (s) criança (s) que chamaram sua
atenção aqui no fórum, em uma única postagem.
Abraços!
Para esta atividade fiz uma vídeo-chamada via WhatsApp. A princípio comecei com uma
conversa informal, para que o aluno sentisse tranquilo para a realização da testagem.
Depois deste momento, expliquei de forma clara como seria a atividade. Com o
entendimento do aluno, o mesmo deu início.
Após realizar a atividade proposta, foi possível diagnosticar que o aluno está no nível
(A) Alfabético. O aluno já consegue reproduzir adequadamente todos os fonemas de
uma palavra, percebendo o valor das letras e sílabas.
Algo da qual chamou minha atenção, foi perceber que mesmo no cenário de isolamento
social que estamos vivenciando, o aluno conseguiu desenvolver de forma tranquila e
confiante a atividade dentro do que estava sendo solicitado na testagem. Percebi que
quando realmente há parceria entre escola (aulas remotas) e família (acompanhamento
das atividades) é possível sim ver resultados.
Fórum da atividade avaliativa 2: histórias para todos 249 mensagens não lida s
A avaliação da atividade será realizada em até cinco dias úteis após a publicação. Para
acompanhar o seu desempenho no curso, acesse o quadro de Notas, localizado no menu
lateral, à esquerda da página.
1. Da teoria à prática
Interagir, comunicar e escrever para leitores reais são propósitos primordiais da língua. Mas
quando as crianças podem exercer esses papéis? Que práticas adotar, como educadores, para
encorajar esse tipo de ação em contextos de grande diversidade, como o que nos apresenta a
multisseriação? E que apoio podemos ter das tecnologias digitais para auxiliar os alunos a
ingressarem no mundo letrado?
Inspirações para a prática
1. Da teoria à prática
1.1. POU – um mascote virtual na construção da identidade e da escrita
No laboratório do Projeto Escolas Rurais Conectadas (hoje Inova Escola) desenvolvido no
município de Viamão (RS), na E.M.E.F. Zeferino Lopes de Castro, crianças de primeiro a
terceiro ano receberam, em 2013, a doação de tablets para suas práticas diárias. Cada aluno,
desde então, dispõe do seu dispositivo e pode levá-lo para casa.
O grupo do terceiro ano, ao conhecer o mascote virtual Pou (aplicativo gratuito disponível
em https://play.google.com/store/apps/details?id=me.pou.app&hl=pt_BR), ficou encantado. A
professora Rosa Stalivieri, então responsável pela turma, não pestanejou: aproveitou o
entusiasmo das crianças para iniciar um trabalho de fortalecimento da identidade e do hábito
da produção escrita.
As práticas de alimentação, cuidados com a saúde e com o lazer do mascote eram registradas
diariamente pelas crianças em um diário online. Cada uma delas escrevia segundo as suas
possibilidades. A criatividade dos pequenos também foi expressa por meio de histórias em
quadrinhos sobre cada “Pou” e da confecção de bonecos reais.
Ficou curioso (a) para conhecer o projeto? Quer conferir o que os alunos e cuidadores dos
mascotes criaram? Com a palavra, as crianças:
Inspirações para a prática
1. Da teoria à prática
Outro ponto de destaque foi a utilização de pesquisa por recurso de voz, que favoreceu às
crianças com hipóteses mais iniciais de escrita o pleno envolvimento no projeto e o contato
cada vez mais frequente com registros que poderiam contribuir com o desenvolvimento de
seus níveis de alfabetização.
Quer conhecer alguns dos autores desse trabalho? Neste vídeo, você acompanha o
depoimento da aluna Heloísa e da professora Jamile.
Referência:
Conheça o relato de Aline Carvalho Nascimento sobre a experiência da Escola Municipal José
Américo, na comunidade de Colônia, Itaetê, Bahia (páginas 10 a 14). O projeto descrito,
intitulado “Conhecendo mais sobre os animais peçonhentos”, foi realizado em uma classe
multisseriada em 2013 pela professora Nelma Silva Serafim, sob coordenação de Arlete
Almeida da Invenção.
Referência:
Enxergou uma adaptação bacana dessa prática para sua sala de aula? Quer saber mais sobre
o projeto? Clique aqui e leia na íntegra o relato da ação.
Referência:
SANTOMAURO, Beatriz. Nasce o registro escrito de uma língua indígena. Revista Nova
Escola. Abr. 2009. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/2536/nasce-o-registro-
escrito-de-uma-lingua-indigena>. Acesso em: 15 maio 2017.
Inspirações para a prática
1. Da teoria à prática
1.5. Projeto didático: recomendações literárias
"O projeto foi desenvolvido pela professora Márcia Regina Barreto, que atuava no
ciclo I, no ano de 2009, na Escola Municipal Barbosa Romeo, localizada em
Salvador, Bahia. Em primeiro lugar, a professora tinha clareza de que, para ensinar
seus alunos a produzir textos, seria importante desenvolver situações didáticas em
que as crianças pudessem atuar realmente como escritoras, independentemente de
estarem alfabetizadas ou não. Assim, ela precisaria planejar situações em que seus
alunos enfrentassem diversos desafios inerentes às atividades de leitores e
escritores 'de verdade'" (MONTEIRO, 2015, p. 20).
Referência:
MONTEIRO, Elisabete. Gestão da sala de aula / Elisabete Monteiro. São Paulo: Fundação
Victor Civita, 2015 (Coleção Classes Multisseriadas em Escolas do Campo; v. 4). Idealização:
Fundação Telefônica Vivo. Realização: Instituto Chapada de Educação e Pesquisa (ICEP).
Disponível em: <http://fundacaotelefonica.org.br/wp-content/uploads/pdfs/gestao-da-sala-de-
aula.pdf>. Acesso em: 28 maio 2017.
1. Da teoria à prática
1.6. Alfabetizando em contexto de um computador por aluno
Em 2007, a E.E.E.F. Luciana de Abreu (Porto Alegre/RS) foi uma das primeiras no país a
receber o laptop do projeto federal “Um Computador por Aluno” - PROUCA.
Embora não fosse uma classe multisseriada, a turma de 1º ano da escola era composta de
crianças de seis anos de idade em diferentes momentos do processo de construção da língua
escrita. Em julho, quando receberam os equipamentos:
o 7 alunos estavam pré-silábicos;
o 2 alunos estavam silábicos sem valor sonoro;
o 2 alunos estavam silábicos usando as letras;
o 2 alunos estavam silábico-alfabéticos;
o 6 alunos estavam alfabéticos.
o Por que os tiranossauros não ficam banguelas?
o Como o elefante bebe água?
o O que os leões fazem além de atacar e comer?
o Os morcegos chupam sangue?
o O que os golfinhos comem?
Com os laptops em mãos, os alunos participaram de muitos momentos de uso real da língua
escrita. A busca de imagens dos animais do projeto em estudo em motores de busca foi um
deles. As crianças, pouco a pouco, se familiarizaram com os passos necessários para acessar
a internet, digitar o endereço do buscador e fazer as pesquisas. Crianças em fase inicial de
construção da língua escrita utilizavam diferentes estratégias para escrever os nomes dos
animais.
Quase diariamente entravam no ambiente virtual e escreviam sobre suas descobertas acerca
das questões de pesquisa. As crianças faziam seus registros de acordo com suas hipóteses de
escrita. Em alguns momentos, a professora realizava intervenções com alguns alunos, com o
objetivo de desestabilizar suas certezas e fazê-los refinar suas hipóteses.
PARA REFLETIR
Esse tipo de prática contribui para o desenvolvimento da fluência da língua escrita, uma vez
que os alunos têm oportunidade de usá-la com significado e não apenas como a aprendizagem
de uma técnica de codificação e decodificação.
Veja, a seguir, alguns registros de alunos conforme sua hipótese de escrita no diário:
Registro 1
Registro 2
Registro 3
Além do registro dos projetos, o ambiente virtual permitia a comunicação por escrito entre os
alunos da turma e da escola. Os alunos pré-silábicos também participavam de todo esse
processo. Eles usavam suportes escritos para copiar algo para o ambiente virtual. Além disso,
aprendiam algumas formas fixas, como o nome dos animais do projeto.
O trabalho por projetos de aprendizagem, com suporte da tecnologia digital e da internet, em
um ambiente no qual os alunos podiam expressar suas hipóteses de escrita, criou sentido para
a leitura e a escrita, e favoreceu o processo de letramento desses alunos.
Referência:
ALMEIDA, Fernanda Lopes de; LINARES, Alcy. A curiosidade premiada. Porto Alegre: Ed.
Ática, 1991.
A rede Escola Digital é uma plataforma gratuita que realiza a curadoria e disponibilização de
recursos e conteúdos digitais, distribuídos nas diferentes áreas do conhecimento, para
educadores e estudantes. A rede é uma parceria entre a Fundação Telefônica, o Instituto
Natura, a Fundação Lemann, o Instituto Inspirare e a Fundação Vanzolini. Conheça algumas
das possibilidades oferecidas pela plataforma ao desenvolvimento das hipóteses de escrita dos
estudantes.
Os jogos foram construídos pelo núcleo de computação aplicada do Colégio Cenecista Dr.
José Ferreira e integram o acervo da plataforma Escola Digital. Conheça os objetos a seguir.
Descobrindo palavras
Disponível em:
http://www.noas.com.br/ensino-fundamental-1/lingua-portuguesa/descobrindo-as-palavras/
Disponível em:
http://www.noas.com.br/educacao-infantil/lingua-portuguesa/domino-das-silabas/
Identificando palavras
Disponível em:
http://www.noas.com.br/ensino-fundamental-1/lingua-portuguesa/identificando-palavras/
Brincando de Ditado
Nosso Clubinho
Disponível em:
https://www.nossoclubinho.com.br/jogos-educativos-ditado/
Referências:
Ao longo do curso, foi possível acessar diversas possibilidades de conexão com competências
previstas na BNCC – Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2018), sobretudo no contexto
do componente curricular de Língua Portuguesa para o ensino fundamental (anos iniciais).
Todo o acervo de formações do Escolas Conectadas foi atualizado com a finalidade de
explicitar as integrações com a Base e auxiliar você na sua prática pedagógica. A seguir, são
destacadas algumas das contribuições. Bons estudos!
BNCC na prática
1. Competências e habilidades da BNCC
1.1. Apresentação
Competências específicas de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental relacionadas com o curso
Alfabetizando na diversidade*
Investir a língua de sentido de uso real é um dos desafios da escola desde os anos iniciais,
sobretudo com crianças em etapa de alfabetização, com hipóteses ainda incipientes de escrita.
Para a promoção da apropriação da linguagem escrita, é necessário entendê-la como
um meio primordial de acesso ao mundo, de produção de conhecimentos e de
construção da própria identidade. Incentivar a participação na cultura letrada é papel que
se estende à escola e à família, mas cabe à escola suprir a ausência ou a lacuna de trocas
simbólicas, em virtude do pequeno acesso a materiais escritos, ainda vivenciada, infelizmente,
por muitas crianças. Enriquecer seu repertório requer explorar diferentes meios e
suportes, físicos ou digitais, que oportunizem uma familiarização cada vez maior com recursos
textuais. Demanda também favorecer práticas e experiências literárias, que instiguem
a compreensão textual movida pela satisfação pessoal, pelo desejo de adentrar outras
dimensões, como a do lúdico e do imaginário. Todas são estratégias oportunas e
promissoras na trajetória de apoio ao desenvolvimento do letramento e da alfabetização.
E que práticas concretas podemos adotar? Veremos algumas possibilidades na próxima seção
– Mãos à obra!
DICA!
Neste vídeo, a profa. Cris, do canal Certa Mente Educação, aborda razões e técnicas de
sondagem para identificar o processo de desenvolvimento da linguagem escrita e,
consequentemente, embasar as intervenções pedagógicas em turmas de alfabetização.
O trabalho com textos concretos, providos de funções específicas, que considerem, portanto, a
situação comunicativa e o interlocutor, é importante para a inserção dos estudantes no mundo
letrado. No campo da vida cotidiana, temos as quadras, as quadrinhas, as parlendas, os trava-
línguas, as listas, as agendas, os calendários, os avisos, os convites. No campo das práticas
de estudo e pesquisa, é possível explorar diagramas, entrevistas, curiosidades, entre outros
gêneros do campo investigativo.
No campo artístico-literário, o repertório é muito amplo. Histórias podem ser contadas,
recontadas, adaptadas. No princípio, o professor pode exercer o papel de escriba.
Gradativamente, as crianças podem assumir partes do texto, assim como trabalhar
colaborativamente, auxiliando umas às outras, conforme as hipóteses manifestas por cada
uma. Na área da comunicação, também é possível experimentar práticas promissoras de
escrita com estratégias relativamente simples.
Uma alternativa é promover capturas de fotos por parte dos alunos, preferencialmente, no
contexto de um pequeno projeto de comunicação (como o jornal da turma ou o anúncio de
uma ação da escola) e solicitar que eles próprios as nomeiem, introduzindo o princípio das
legendas. Diferentes portadores de escrita podem ser utilizados com esse propósito,
principalmente por crianças em etapas iniciais da alfabetização. É importante que as
crianças tenham a oportunidade de manusear, buscar, investigar para “criar” a palavra ou o
texto que melhor descreverá a imagem produzida. Essencialmente autoral, a atividade
proverá intervenções localizadas, do lado do professor, e providas de sentido para o aluno,
a fim de que as hipóteses de escrita avancem com qualidade.
Avatares na alfabetização
Uma possibilidade interessante de uso das tecnologias digitais para apoio ao processo de
alfabetização é a exploração de reprodutores de palavras e frases, como o Voki (editor de
avatares), disponível em https://www.voki.com/.
A ideia é que as próprias crianças possam testar suas hipóteses de escrita (mesmo as iniciais),
digitando da forma que conseguem e supõem correta para, em seguida, ouvirem os
“resultados” da sua escrita. Tudo o que digitarem, afinal, será “lido” pelo computador. Dessa
maneira, podemos facilitar a tomada de consciência sobre as irregularidades ou, ao menos,
gerar interesse para que elas continuem brincando (e essa percepção aconteça futuramente).
Referências:
BRASIL, Ministério da Educação. BNCC: Base Nacional Comum Curricular. Brasília: Ministério
da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2018. Disponível em:
<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 17 junho 2019.
ODDCAST Inc. Voki. Disponível em: < https://www.voki.com/>. Acesso em: 17 junho 2019.
Olá, professor(a)!
O que fazer?
Com base nesse movimento de ideias, queremos construir com você uma atividade sustentada
no princípio da diversidade. Então, o primeiro passo é escolher, entre os livros de literatura
infantil que você já leu, um para fazer uma recomendação de leitura
Como fazer?
Para isso, elabore uma divulgação do livro: um texto que gere no leitor o desejo de
conhecer a história. Construa um ou dois parágrafos para anunciar aos colegas a obra
escolhida e compartilhe aqui no fórum da unidade.
Abraços!
UNIDADE 3: PRATICANDO AS APRENDIZAGENS
Inicialmente, desenvolver a língua escrita de forma remota parecia uma prática impensável, não é
mesmo? No entanto, estamos diante da necessidade real de manter o distanciamento físico e teremos
que reinventar nosso planejamento, criando alternativas para manter o vínculo com nossos alunos e
engajá-los com as práticas de leitura e escrita do mundo letrado.
O que fazer nesta unidade?
Nesse panorama atípico que estamos vivendo e que nos desafia a nos reposicionarmos como
professores, nossa proposta é que você compartilhe uma estratégia que tem utilizado de forma remota
ou que acha ser possível desenvolver com crianças em processo de alfabetização durante o período de
Ensino Remoto Emergencial. Publique-a no Fórum da atividade avaliativa 3: estratégias para o
apoio remoto à alfabetização e aproveite o espaço de trocas para conhecer mais experiências e
inspirações.
Práticas e estratégias para alfabetização no Ensino RemotoLivro
Esta unidade não tem a pretensão de esgotar o tema, mas sim de oferecer algumas
referências para promover o processo de leitura e escrita remotamente e de propiciar um canal
de trocas de ideias entre vocês, educadores das mais diferentes regiões do Brasil, sobre como
trabalhar de forma significativa com os alunos.
Desafio!
Pense em práticas que vão além do envio de folhinhas de atividades. Procure propor uma
prática que:
Lembre-se de informar como será o contato com os alunos ou as famílias (se por ambiente
virtual, pelas redes sociais, pelo aplicativo WhatsApp, através de envio de atividades em papel,
etc.).
Os itens a seguir deverão guiar sua proposta:
Após o compartilhamento, não deixe de ler e comentar as propostas dos colegas. Elas poderão
inspirar suas futuras ações.
Referências:
Desafio!
Pense em práticas que vão além do envio de "folhinhas" de atividades. Procure propor uma
prática que:
Lembre-se de informar como será o contato com os alunos ou as famílias (se por ambiente
virtual, pelas redes sociais, pelo aplicativo WhatsApp, através de envio de atividades em papel,
etc.).
Os itens a seguir deverão guiar sua proposta: