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Diretoria de Ensino Região

São Bernardo do Campo

Núcleo Pedagógico

Orientação Técnica
Tema: Alfabetização e Letramento e
Educação Especial – Currículo Adaptado
PCNP Anos Iniciais: Márcia Battistini

PCNP Educação Especial: Cristhiane Penachio


PAUTA
 
ORIETAÇÃO TÉCNICA : ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO E EDUCAÇÃO
ESPECIAL - CURRICULO ADAPTADO
 
PERÍODO DA MANHÃ :

 Alfabetização e Letramento: apresentação ppt;

 Análise das produções dos alunos que apresentam dificuldades acentuadas em


leitura e em escrita de acordo com os alunos apontados na rede nº 48/2016.

PERÍODO DA TARDE:

 Educação Especial e Currículo Adaptado: apresentação ppt

 Apresentações práticas de currículo adaptado nas diferentes disciplinas do


currículo.
CRONOGRAMA
 Data: 16 de maio de 2016
Horário: 8h30 às 17h30
EE Bonifácio de Carvalho, EE Domingos P. da Silva, EE Edgar Alves da Cunha, EE João Batista Bernardes, EE João Firmino C. Araújo, EE José Jorge
do Amaral, EE Laudo Ferreira de Camargo (Ministro), EE Luiza Collaço Q. Fonseca, EE Maria Trujilo Torloni, EE Mauricio de Castro, EE Tito Lima, EE
Walker da Costa Barbosa e EE Yolanda N. Nascimento.
 
Data: 17 de maio de 2016
Horário: 8h30 às 17h30
EE 20 De Agosto, EE Adail Luiz Miller Doutor, EE Alexandre Grigolli Padre, EE Alfredo Burkart Professor, EE Amadeu Oliverio Professor, EE Anesia
Loureiro Gama Professora, EE Antonio Nascimento Professor, EE Clarice de Magalhães Castro Professora, EE Cynira Pires dos Santos Professora,
EE Euclydes Deslandes Professor, EE Faustina Pinheiro Silva Professora, EE Fausto Cardoso Figueira de Mello Doutor, EE Francisco Cristiano Lima
de Freitas e EE Francisco Emygdio Pereira Neto Doutor.
 
Data: 24 de maio de 2016
Horário: 8h30 às 17h30
EE Ayrton Senna da Silva, EE Carlos Pezzolo, EE Jacob Casseb, EE Joaquim M. Bernardes, EE Jorge Rahme, EE Luis dos Santos, Metalúrgico, EE
Maria Cristina S. Miranda, EE Maria Pires, EE Mauricio Antunes Ferraz, EE Mizuho (Abundância), EE Omar Daibert, Reverendo, EE Omar Donato
Bassani, EE Pedra de Carvalho e EE Vilma Apparecida Anselmo da Silveira
 
Data: 25 de maio de 2016
Horário: 8h30 às 17h30
EE Francisco Prestes Maia, Engenheiro, EE Idalina Macedo Costa Sodre, Dona, EE Ismael da Silva Junior Professor, EE Jean Piaget, EE Joana Motta
Professora, EE João Ramalho, EE Jose Fornari, Doutor, EE Julieta Vianna Simoes de Sant Anna Professora, EE Laura Lopes, EE Lauro Gomes de
Almeida, EE Marco Antonio Prudente de Toledo Professor, EE Maria Auxiliadora Marques Professora e EE Maria da Conceição Moura Branco
Professora.
 
Data: 31 de maio de 2016
Horário: 8h30 às 17h30
EE Maria Iracema Munhoz, EE Maria Luiza Ferrari Cícero Professora, EE Maria Regina Demarchi Fanani, EE Nelson Monteiro Palma Professor, EE
Neusa Figueiredo Marçal Professora, EE Neusa Figueiredo Marcal Professora, EE Robert Kennedy Senador, Rudge Ramos, Santa Dalmolin Demarchi,
Santa Olimpia, Sergio Vieira de Mello Diplomata, Tereza Delta, Wallace Cockrane Simonsen e EE Yolanda Ascênsio Professora

Data: 01 de junho de 2016


Horário: 8h30 às 17h30
EE Antonio Caputo, EE Baeta Neves, EE Brazilia Tondi de Lima, EE Célio Luiz Negrini, EE Clóvis de Lucca, EE José Gonçalves A. Figueira, EE José
Gonçalves A. Figueira, EE Maria Osório Teixeira, EE Mario Franciscon, EE Maristela Vieira, EE Mathias Otávio R. Nobre, EE Nail Franco de M. Boni,
EE Palmira Grassioto F. da Silva, EE Vladimir Herzog e EE Yvone F. Prodóssimo.
Objetivos:

 Orientar quanto a alfabetização e o letramento dos alunos com


dificuldades e/ou defasagens de aprendizagem, bem como os alunos
com deficiência intelectual e as adaptações curriculares.

 Mediante a apresentação dos alunos matriculados no 6º ano em 2016


que ingressaram no Ensino Fundamental Anos Finais apresentando
dificuldades e/ou defasagens de aprendizagem e de acordo com a RES
61/2014, elaboramos uma ação para atender as expectativas de
aprendizagem desta fase acadêmica, contudo, as adaptações
curriculares devem fazer parte do cotidiano escolar.

 Análise das produções dos alunos com dificuldades / defasagens /


deficiência intelectual.

 Atividades do currículo com adaptações – PCNPs das diferentes


disciplinas.
ALFABETIZAÇÃO
e
LETRAMENTO
PCNP Márcia Battistini

“Letramento: estado ou condição de quem não apenas sabe ler e


escrever, mas cultiva e exerce as práticas sociais que usam a escrita.”
Magda Soares
“... Os objetivos pedagógicos que propomos para a
alfabetização estão além da possibilidade de decifrar um
simples bilhete, pretendemos que os alunos terminem a
escolaridade obrigatória sendo capazes de ler literal e
criticamente textos alheios, de reproduzir, variar e chegar
a criar os textos, adaptando-os aos diversos propósitos
comunicativos. Gostaríamos que os alunos chegassem a
dominar a escrita para resolver questões práticas, ter
acesso à informação e às formas superiores de pensamento e
desfrutar da literatura. Além dos usos sociais da escrita, os
alunos também deveriam chegar a dominar os usos sociais
das distintas formas notacionais que se utilizam em
nossa sociedade: gráficos, esquemas e ícones
convencionais.”
Ana Teberosky 1997
A avaliação é uma tarefa didática necessária e permanente do trabalho
docente, que deve acompanhar passo a passo o processo de ensino e
aprendizagem. Por meio dela, os resultados que vão sendo obtidos no
decorrer do trabalho conjunto do professor e dos alunos são comparados
com os objetivos propostos, a fim de constatar progressos, dificuldade
e, também, reorientar o trabalho docente. Assim, a avaliação é uma
tarefa complexa que não se resume a realização de provas e atribuições
de notas.
A escola não pode estar desvinculada da vida, do mundo que a rodeia,
mas tem de estar em sintonia com a comunidade e com o tempo em
que vivemos. Logo, a escola responsável não ensina a memorizar, mas
a refletir, fazer relações entre dados, informações e idéias, desafiar o
senso comum, aprender a pesquisar, saber trocar idéias, ou seja,
aprender a aprender aprendendo.
Alfabetização e Letramento

“alfabetizar e letrar são duas ações distintas, mas


não inseparáveis, ao contrário: o ideal seria
alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler e escrever
no contexto das práticas sociais da leitura e da
escrita, de modo que o indivíduo se tornasse, ao
mesmo tempo, alfabetizado e letrado.” (Soares, 1998,
p. 47)
Em 1985 a autora Magda Soares apontava sobre a busca das explicações
quanto ao fracasso escolar na fase da alfabetização e não ser suficiente
apenas aprender a ler e a escrever, visando o letramento, ou seja, a
função social e não mecânica do processo da leitura e da escrita.

Importante...

“... os determinantes sociais das funções e fins da aprendizagem da


língua escrita.” Soares, Magda – As muitas Facetas da Alfabetização – 1985,
apresentado em 1984 em Seminário em Porto Alegre
Em 2003, passados muitos anos a autora continuava
abordando as dificuldades de alfabetização e defendendo o
letramento...

“... tem sido também intensa, nos últimos anos, a discussão sobre
problemas da aprendizagem inicial da escrita; o que se quer destacar é que
os dois problemas – o domínio precário de competências de leitura e de
escrita necessárias para a participação em práticas sociais letradas e as
dificuldades no processo de aprendizagem do sistema de escrita...”

“... aprender a ler e a escrever é aprender a construir sentido para e por


meio de textos escritos, usando experiências e conhecimentos prévios...”

Soares, Magda – Letramento e alfabetização: as muitas facetas – 2003


E, em 2014 a autora Magda Soares em palestra:
Alfabetização na Idade Certa: teorias e práticas, ressalta o
letramento para atingir uma das metas estabelecidas no
Plano Nacional da Educação – PNE 2011 / 2020 –
“Alfabetizar todas as crianças até, no mínimo, os oito
anos de idade.”

Na palestra foi enfatizado...

ALFABETIZAR LETRANDO

LETRAR ALFABETIZANDO
Ainda na palestra, a autora questiona...

“Em que idade se começa a alfabetizar?

A importância dos estímulos...


 O que os nossos alunos esperam da escola?

Ler o quê?

Escrever o quê?

Estudar o quê?

Quais são os significados dos conteúdos


estudados?

Qual a funcionalidade da linguagem escrita?


A alfabetização por si só não dá conta
da inserção do indivíduo nas práticas
sociais, ela representa o começo de
um processo que será aprofundado
através do processo de letramento,
que permite a atuação efetiva do
cidadão crítico e consciente na
sociedade.
Como tem sido as práticas sociais em nossa escola?
LETRAMENTO
LETRAMENTO
A vivência pessoal na sociedade em que vivemos, o compartilhar das
experiências, a construção da história de vida e os registros

Leitura de mundo
argumentação
compreensão

criação
Segundo Emília Ferreiro, a construção do conhecimento da leitura e da
escrita tem uma lógica individual, na escola ou fora dela. No processo de
aprendizagem a criança passa por etapas com avanços e recuos, até
dominar o código lingüístico. O tempo para o aluno transpor cada uma
das etapas é bem variado. Duas conseqüências importantes a ser
respeitada em sala de aula é respeitar a evolução de cada criança e
compreender que o desempenho mais vagaroso não significa que a
mesma seja menos inteligente. A aprendizagem não é provocada pela
escola, mas pela própria mente das crianças, elas chegam a seu primeiro
dia de aula com conhecimento.
O SISTEMA DE ESCRITA...
PRÉ - SILÁBICO

A criança....
 Não estabelece vínculo com a leitura e a escrita;
 Acredita que a escrita é outra forma de desenhar ou de
representar, usando rabiscos, desenhos e garatujas para
escrever;
 Pode usar traçados de formas diferentes;
 Usa objetos e não o seu nome ex: para coisas grandes utiliza
várias letras
 Para coisas pequenas utiliza poucas letras.
 O aluno também usa letras do seu próprio nome ou números
na mesma palavra;
 A leitura é global. Só consegue ler o que escreveu;
PRÉ - SILÁBICO
oooooooooooooooooooooooo
PRÉ - SILÁBICO
PRÉ - SILÁBICO

SFSGDJFJFKFURTEFSFSARSW
MAR

CR
GOTINHAS
HIPÓTESE SILÁBICA

 O aluno supõe que a escrita representa a fala;

 Tenta fonetizar a escrita e dar valor sonoro às letras;

 Supõe que a menor unidade da língua seja a sílaba;

 Para cada sílaba oral corresponde uma letra ou um sinal;

 Em frases, pode escrever uma letra para cada palavra;


SILÁBICO SEM VALOR SONORO
SILÁBICO SEM VALOR SONORO
MARINA
ANDRÉ
N A K P
M A R S
INS TA LA CÕES
BI CI CLE TA
R M P
JA NE LA
D J A O
M J N PA TI NE TE
POR TA

I W BO LA
TE TO N E
RN
CHÃO O PIÃO É COLORIDO.
L J U ETP
SILÁBICO SEM VALOR SONORO
SILÁBICO COM VALOR SONORO
KAIQUE LUANA

K M Z A O P A D
COM PU TA DOR
CA MI SE TA
T L O N
J Q T TE LE FO NE
JA QUE TA
S U A
CE LU LAR
B E O
BO NÉ A D O
RÁ DI O

A MI TA URA EM
PEN
A MEIA ESTÁ T QOL J A E Ã T I
FURADA. KA
A TECNOLOGIA É
SILÁBICO COM VALOR SONORO
Silábico alfabético

A criança:

 Compreende que a escrita representa o som da fala;

 É a utilização das hipóteses silábica e alfabética da


escrita, por serem utilizadas ao mesmo tempo,
caracterizam a escrita silábico-alfabética. É um
momento de transição ( O ALUNO ESTÁ QUASE
ALFABÉTICO)
 A criança agrega mais letra a escrita, tentando
aproximar-se do princípio alfabético.
Silábico alfabético

APOTADO TEQUNOLOJIA
APONTADOR TECNOLOGIA
COUTADO
COMPUTADOR
CADNO
IPESORA
CADERNO IMPRESSORA

SELUAR
CATA CELULAR
CANETA
O COTROLE REMTO E DA
ETOJ TELEVIZAO
ESTOJO O CONTROLE REMOTO É DA
TELEVISÃO.
ALFABÉTICO
A criança lê e escreve, entretanto, existe a necessidade
de trabalhar a segmentação do texto e estrutura do texto.

Ortografia

u aç ão
Po nt
Parágrafo

rio
p
p ró
e
N om
to
d o tex
çã o
o du
a p r
or e
aut
O
AFINAL...
O QUE É ESCREVER?
A ESCRITA DO ALUNO E AS INTERVENÇÕES PONTUAIS DO PROFESSOR.

COMO É ESSE PROCESSO?

Conseguimos
entender as escritas?

Quanto ao tipo de
letra...
Entendemos a escrita, contudo, sem sentido de acordo com o tema pretendido.

Durante as aulas, como são as nossas comandas?


Os textos necessitam das
intervenções para rever a
pontuação.
A ilustração corresponde ao texto do slide anterior, ambos produzidos por
um aluno DI, sendo a capa do livro:

DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: REALIDADE E AÇÃO


Núcleo de Apoio Pedagógico Especializado
Para os avanços se faz
necessário...
 Intervenções pontuais do professor

 Acompanhamento constante

 Leitura diária do professor e dos alunos

 Adaptação curricular

 Propor boas práticas pedagógicas

 Comandas claras em cada proposta de atividade

 Trabalhos em duplas ou grupos

 Agrupamentos produtivos

 Agrupar dificuldades próximas

 Valorização das etapas vencidas / habilidades dominadas


Bibliografia

 Soares, Magda: As muitas facetas da alfabetização - 1985

Soares, Magda: Letramento e alfabetização: as muitas facetas – 2003

 Soares, Magda: em palestra 2014 – Alfabetização na Idade Certa:


teoria e práticas

 Soares, Magda: Letramento: Um tema em três gêneros

 Tebersky, Ana e Tolchinsky, Liliana: Além da alfabetização.


Sobre a principal autora da bibliografia:

Magda Soares, professora emérita da Faculdade de Educação (FAE) da


Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pesquisadora do Centro de
Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale), é um dos maiores nomes na área de
alfabetização e letramento, com ênfase em ensino-aprendizagem.
Finalizando...
Letramento não é um gancho
O que é Letramento?
em que se pendura cada som enunciado,
não é treinamento repetitivo
de uma habilidade,
nem um martelo
quebrando blocos de gramática. Letramento é diversão
é leitura à luz de vela
ou lá fora, à luz do sol.
São notícias sobre o presidente,
o tempo, os artistas da TV
e mesmo Mônica e Cebolinha
nos jornais de domingo. É uma receita de biscoito,
uma lista de compras, recados colados na geladeira,
um bilhete de amor;
telegrama de parabéns e cartas
de velhos amigos.
É viajar para países desconhecidos,
sem deixar sua cama,
é rir e chorar
com personagens, heróis e grandes amigos.
É um atlas do mundo,
sinais de trânsito, caças ao tesouro,
manuais, instruções, guias,
e orientações em bulas de remédios,
para que você não fique perdido.
Letramento é, sobretudo,
um mapa do coração do homem,
um mapa de quem você é,
e de tudo o que você pode ser. In: SOARES, Magda. LETRAMENTO um tema em três gêneros. 2. ed. 8. reimpr. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
Obrigada pela participação.

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