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Imunologia da Sepse

● Começa com a sepse, evolui para o caso


de choque séptico. → SIRS (Síndrome da Resposta Inflamatória
● Indispensável iniciar na primeira hora Sistêmica)
→ Intervenção da 1° hora. Qd 2 ou + dos critérios:
1. Medir lactato sérico e o caso acima de 2 1. FC > 90 bpm
mmol/L, medir novamente; 2. Temperatura < 36° ou >38°
2. Obter culturas antes da administração 3. Contagem global de leucócitos <
de antibióticos; 4.000/mm3 ou > 12.000/mm3
3. Iniciar rapidamente antibióticos de 4. FR: > 20 irpm ou PCO2 < 32 mmHg
grande espectro;
4. Iniciar rápida reposição volêmica com
cristalóide (30 mL/kg) com lactato ● Fisiopatologia
maior ou igual 4 mmol/L ou caso haja → A sepse inicia-se com uma reação
hipotensão; inflamatória intensa com liberação de citocinas
5. Iniciar vasopressores caso o paciente pro inflamatórias, por vezes, mencionada como
permaneça hipotenso durante ou após uma tempestade de citocinas em resposta a um
reposição volêmica, objetivando uma insulto infeccioso.
PAM acima de 66 mmHg. → As citocinas frequentemente influenciam a
síntese e as ações de outras citocinas
→ Sepsis-3 → Ação local ou sistêmica
- Autócrina: mesma célula
- Parácrina: célula próxima
- Endócrina: circulação
→ Iniciam suas ações pela ligação a receptores
de membrana específicos nas células alvo.
- Pequenas quantidades de citocinas
provocando efeitos biológicos
● Citocinas
qSOFA. (Beira Leito)
→ TNF-alfa.
1. Alteração da consciência
- Principal mediador da resposta
2. Taquipneia (FR>22 respirações por
inflamatória aguda;
minuto)
- Produzida por fagocitos
3. PAsis < igual 100
mononuclerares ativados, NK e
mastocitos em resposta a antígenos - Funciona em conjunto com o TNF-alfa
bacterianos (LPS); na inflamação
- Estimulam neutrófilos e monócitos a - Células produtoras: fagocitos
migrarem para o sítio de infecção; mononuclerares, neutrofilos, células
- Induz a expressão de moléculas de epiteliais, células endoteliais
adesão pelas células do endotélio - Sua produção é induzida por moléculas
vascular, permitindo assim a migração bacterianas (LPS) e por TNF-alfa.
de células para os tecidos; - Mediador da inflamação local - atua sob
- Induz macrofagos e células endoteliais o endotélio aumentando a expressão de
a produzirem quimiocinas; moléculas de adesão
- Induz a produção de IL-1 por fagocitos - Assim como TNF-alfa, pode ter efeitos
mononucleares. sistêmicos em altas concentrações,
- Quando produzido em larga escala, em como indução de proteínas de fase
infecções severas, leva a alterações aguda e febre, mas por si só não causa
patológicas severas Induz aumento da choque séptico.
temperatura corporal no hipotálamo - A via de diferenciação Th1 é a resposta
- Aumenta a síntese de proteína amilóide aos microorganismos que infectam ou
A e fibrinogênio pelos hepatócitos ativam os macrófagos e aos que ativam
(proteínas de fase aguda) as NK. É ativada por microrganismos
- Altas quantidades: perda de tônus intracelulares, vírus e protozoários. É
muscular induzida por IL-12.
- É capaz de induzir um choque séptico
sozinho.
- IL-1, IL-12, INF-gama, TNF: juntas induz
o choque séptico

- A via de diferenciação de Th2 ocorre em


resposta a helmintos e alérgenos, que
causam estimulação cronica de LT, com
→ IL-1. pouca ativação de macrófagos. É
induzida por IL-4. Participa de
respostas mediadas por IgE e pelos
eosinófilos e mastócitos.

TEMPO É VIDA

A resposta final a um agente infeccioso é


sempre um equilíbrio que resulta de fatores pró
e anti-inflamatórios

● Fluidoterapia.
A ressuscitação volêmica imediata é crucial na
primeira hora de abordagem do paciente
séptico. As diretrizes atuais recomendam a
pronta infusão de 30 mL/kg de cristalóide, em
caso de hipotensão mensurada.

● Drogas Vasoativas.
Um marcador essencial da estabilidade do
paciente séptico é a PAM. É um indicador
essencial para deduzir a adequada perfusão
tecidual. Se a PAM está baixa após ressuscitação
volêmica, a utilização de vasopressores é
fundamental. A primeira linha de tratamento é
feita com Noradrenalina/Norepinefrina. Caso
assim mantenha a necessidade de outro
vasopressor para atingir a meta da PAM, estado hiperglicêmico eleva a mortalidade em
devemos utilizar vasopressina ou adrenalina. 30 dias. De outro lado, a insulina pode modular
para baixo a ação do sistema imune, inibindo o
● Culturas. processo fagocítico e diminuindo a eficiência do
Culturas devem ser obtidas dentro da primeira processo de defesa. Indica quando
hora de abordagem da sepse. o paciente suspeito Insulinoterapia quando a glicemia ultrapassar
deve ter duas amostras colhidas previamente a 180 mg/dL, tendo a meta de manter abaixo de
administração do antibiótico. Contudo, caso a 180 mg/dL
coleta seja um fator que atrase a administração
de antibiótico, a preferência deve ser dada a ● Hemodinâmica.
infusão do medicamento. O resultado positivo de A perfusão sistêmica pode ser definida como o
hemocultura é uma evidencia mensurável de equilíbrio entre a oferta de oxigênio e glicose
infecção sistêmica. (DO2) e o consumo (VO2). Representada pela
fórmula:
● Procalcitonina.
É precursor do hormônio da calcitonina, é um
biomarcador estudado na sepse. Está elevada em
infecções bacterianas sistêmicas. Dessa
maneira, os estudos utilizam sua indicação como
um bom demonstrador de resposta terapêutica
adequada a antibioticoterapia.

● Lactato
É um bom biomarcador para se avaliar extensão
e gravidade de doenças no caso da sepse. O
lactato mensurado se dá tanto por anaerobiose
causada por hipoperfusão tecidual, como por
alto consumo de glicose ocasionada pela
extensão da infecção.

● Glicemia.
O controle na sepse por si só é uma situação de
ambivalência fisiopatológica. A hiperglicemia
apresentada pode gerar um efeito
imunossupressor, deixando o organismo do
hospedeiro vulnerável à ação de germes
infectantes.O fato é que a persistencia de um

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