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1.

OBJETO: PARCEIRIZAÇÃO PARA EXECUÇÃO DE OFICINAS


SOCIOEDUCATIVAS NOS SERVIÇOS DA PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA E
DA PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL DE MÉDIA COMPLEXIDADE DO
MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE

2. JUSTIFICATIVA: A Política Nacional de Assistência Social (PNAS/2004) e o


Sistema Único de Assistência Social (SUAS/2005) explicitam as diretrizes para
efetivação da Assistência Social como direito de cidadania e de responsabilidade do
Estado. Nesse contexto, a FASC realiza a gestão da Política de Assistência Social no
Município de Porto Alegre, sendo responsável por prover serviços, programas, projetos
e benefícios, através dos dois níveis de atenção: Proteção Social Básica e Proteção
Social Especial (Média e Alta Complexidades) para famílias, indivíduos e grupos que
dela necessitem.

A Proteção Social Básica apresenta caráter preventivo, tendo como objetivo


prevenir situações de riscos através do desenvolvimento de potencialidades, aquisições
e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Destina-se à população que
vive em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, privação, ausência de
renda, precário ou nulo acesso aos serviços públicos, assim como fragilização etárias,
étnicas, de gênero ou por deficiências, entre outras. (PNAS, 2004, p.27). Os serviços da
PSB são ofertados nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), principal
porta de entrada do SUAS. As famílias são acompanhadas nos CRAS através do Serviço
de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF.

A Proteção Social Especial de Média Complexidade é responsável por organizar


a oferta de serviços, programas e projetos de caráter especializado que requerem maior
estruturação técnica e operativa, destinadas ao atendimento às famílias e aos indivíduos
em situação de risco pessoal e social por violação de direitos. Opera através dos
CREAS, Centros Pop e Centros Dia do Idoso. As famílias e indivíduos encaminhados
aos CREAS são acompanhados através do Serviço de Proteção e Atendimento
Especializado a Famílias e Indivíduos – PAEFI, podendo fazer parte, também, do
Serviço de Execução de Medicas Socioeducativas em Meio Aberto ou do Serviço
Especializado em Abordagem Social.

A Proteção Social Especial de Alta Complexidade é responsável por garantir a


proteção integral, moradia, alimentação e vestuário para famílias e indivíduos cujos
direitos tenham sido violados e/ou em situações nas quais estão sem referências
familiares ou comunitárias ou, ainda, situações de ameaça, necessitando ser retirados de
seu núcleo familiar e/ou comunitário. Os Serviços constituem-se em Acolhimento
Institucional (abrigos para crianças, adolescentes, adultos e famílias), Casa Lar (para
crianças, adolescentes e idosos), Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI),
República e Albergue.

Historicamente, o planejamento, a contratação e a gestão das oficinas na FASC


ocorreram de forma centralizada na Proteção Social Básica. Desde 2014, a área técnica
tem buscado formas de viabilizar a realização de oficinas constituídas em cada nível de
proteção, de modo a contemplar suas particularidades em relação às formas de atuação e
em relação a especificidades do público atendido/acompanhado. Nesse sentido, o
presente projeto apresenta a proposta de desenvolvimento de oficinas junto a serviços da
Proteção Social Básica e da Proteção Social Especial de Média Complexidade,
especificamente junto ao Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para
Idosos (CRAS) e ao Serviço de Execução de Medicas Socioeducativas – MSE
(CREAS).

As oficinas constituem-se em importante instrumento para o desenvolvimento


dos objetivos propostos em cada programa e serviço. Com atividades culturais e
pedagógicas, as oficinas caracterizam-se como espaços coletivos nos quais, de forma
lúdica, os participantes podem refletir, compartilhar experiências e saberes,
constituindo-se como contextos para novas vivências e para contato com as mais
diversas formas de expressão. O objetivo das oficinas é “promover processos que
oportunizem, estimulem e incrementem a participação social de sujeitos e de populações
que, por motivos diversos, se encontram impedidas desta” (ABRATO, 2011). Dessa
forma, representam um meio para ampliar o universo pessoal e cultural, desenvolver a
sociabilidade, a expressão artística, fazeres, valores e habilidades exigidos na vida
cotidiana, atrelados a uma concepção de sustentabilidade.

As oficinas socioeducativas inseridas na política de Assistência Social, voltadas


aos usuários em condição de vulnerabilidade e risco social, devem olhar para estes
sujeitos pelo ângulo das suas possibilidades, pela capacidade da inclusão, da criação e
da experiência que cada pessoa apresenta, nunca pela falta. A vivência e a experiência
de cada um compartilhada nos grupos podem ser comunicadas e receber novos sentidos,
as atitudes de cada membro podem ser repensadas e as relações novas podem trazer a

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possibilidade de revisão e superação do que foi anteriormente vivido. O grupo é
definido como:

Um conjunto restrito de pessoas que, ligadas por constantes de tempo e espaço,


e articuladas por sua mútua representação interna, se propõe de forma explícita
ou implícita a uma tarefa, que constitui a sua finalidade, interatuando através
de complexos mecanismos de assunção e distribuição de papéis (Pichon Riviére,
1980).

Desta maneira, as oficinas socioeducativas são atividades desenvolvidas com


grupo de pessoas que propiciam a ampliação de conhecimentos, materializadas em
algum produto. As oficinas são atividades que pressupõem vivências concretas
resultantes da vida cotidiana das famílias e/ou indivíduos, podendo utilizar uma
abordagem lúdica ou estética. Servindo, assim, no conjunto de atividades desenvolvidas
pelos serviços, como importante instrumento pedagógico de socialização e inclusão.
As oficinas servem como um dos dispositivos no processo de organização, tanto
no âmbito individual quanto no coletivo, além de poder compor o Plano de
Acompanhamento Individual. Devem ser “significativas e se constituir através do
diálogo, das trocas de experiências, das vivências e da possibilidade da construção de
um novo olhar” (Vieira, 1996, p. 120), sempre levando em consideração a
heterogeneidade do grupo social (gênero, idade, entre outros) e a trajetória de vida de
cada indivíduo. Diante da importância da execução de oficinas socioeducativas nos
serviços ofertados pela política de Assistência Social, vislumbra-se que, atualmente, a
FASC não possui condições administrativas e de pessoal para desenvolver, com os seus
próprios recursos, as oficinas ora contratadas.

3. OBJETIVO GERAL: Desenvolver oficinas junto a serviços da Proteção Social


Básica (CRAS) e Proteção Social Especial de Média Complexidade (CREAS), como
um dispositivo para promover o fortalecimento de vínculos, inclusão social, promoção e
descoberta de potencialidades criadoras dos usuários, incentivando o exercício da
cidadania, autonomia e protagonismo, potencializando e qualificando o
acompanhamento que já vem sendo realizado.

3.1 Objetivos Específicos


 Possibilitar o acesso a experiências culturais, de saúde e de lazer;
 Possibilitar espaços diversificados para a reflexão;

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 Incentivar a participação em atividades coletivas;
 Contribuir no processo de construção de regras para a convivência e o trabalho em
grupo;
 Desenvolver a expressão da linguagem escrita, oral e corporal;
 Trabalhar inter-relações;
 Desenvolver ações a partir de conhecimentos já adquiridos e propiciar a produção
de novos conhecimentos;
 Possibilitar espaços de reconhecimento e resgate das diferenças e diversidade.

4. BENEFICIÁRIOS
Serão beneficiários do presente Projeto, 135 (cento e trinta e cinco) adolescentes
em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto nos CREAS e até 720
(setecentos e vinte) idosos atendidos pelos Serviços de Convivência e Fortalecimento de
Vínculos – SCFV.

5. IMPACTO SOCIAL ESPERADO


- Fortalecimento de vínculo entre as equipes e os beneficiários e entre os próprios
beneficiários
- Contribuir para uma resolução de conflitos e divergências no dia-a-dia de formas mais
saudáveis
- Estimular a capacidade de compartilhamento em grupo
- Desenvolver a sociabilidade e as habilidades exigidas na vida cotidiana
- Permitir o acesso a diversos direitos dos beneficiários, como cultura e lazer
- Estimular a autonomia e protagonismo dos beneficiários
- Contribuir para um envelhecimento mais ativo e saudável

6. FORMA DE EXECUÇÃO DO SERVIÇO


Para a exemplar prestação do serviço, a parceria deverá ofertar, no mínimo, os
materiais abaixo indicados na Tabela 1 e preencher os requisitos mínimos para
oficineiro:
6.1. Tabela 1 – Requisitos e Materiais para as Oficinas Socioeducativas
Modalidade Requisitos Mínimos para Materiais mínimos para
Oficineiro Oficinas
Artes Visuais a) Nível Médio Completo; - papel ofício branco e
b) Experiência comprovada na área colorido

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através da apresentação de dois - papel pardo
certificados/atestados de curso e/ou - cola
declaração, de pessoa física ou - tesoura
jurídica, comprovando experiência - lápis e canetas
em oficinas de artes visuais. - lápis de cor
- EVA (cores diversas)
- fitas adesivas diversas
- giz de cera
- pistola de cola quente
- cartolina
- tinta tempera (cores
diversas)
- pincel
- régua
- novelos de lã
- tecidos diversos
- máquina fotográfica

Música / Canto a) Nível Médio Completo - violão


b) Experiência comprovada na área, - teclado
através da apresentação de dois - caixas de som
certificados/atestados de curso e/ou - tambor
declaração, de pessoa física ou - cavaquinho
jurídica, comprovando experiência - microfone
em oficinas de música / canto.

Dança a) Nível Médio Completo; - aparelho de som ou


b) Experiência comprovada na área; aparelho que reproduza
c) dois certificados/atestados de curso músicas (celular /
e/ou declaração, de pessoa física ou computador)
jurídica, comprovando experiência - músicas diversas (em CD,
em oficinas de dança. mp3, etc)

Recreação a) Nível Médio Completo; - bola de futebol


b) Experiência comprovada na área – - bola de vôlei
certificados/atestados de curso e/ou - bola de basquete
declaração, de pessoa física ou - jogos de mesa (ex.:
jurídica, comprovando experiência xadrez, dama e cartas)
em oficinas dessa modalidade. - cesta de basquete com
base móvel
- rede de vôlei
- jogos tabuleiro (ex.:
Imagem e Ação)
- kit de goleiras para
futebol
- frescobol

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6.2. Tabela 2 – Execução das Oficinas

Serviço Modalidade Requisito


Público Local Carga Horária Materiais
Responsável Oficina Oficineiro

3h semanais
Esporte 15 oficina +
CREAS Centro Tabela 1 Anexo I Tabela 1
adolescentes 2h mensais
reunião
3h semanais
15 oficina +
CREAS Eixo Música Tabela 1 Anexo I Tabela 1
adolescentes 2h mensais
reunião
3h semanais
Esporte 15 oficina +
CREAS Glória Tabela 1 Anexo I Tabela 1
adolescentes 2h mensais
reunião
3h semanais
Música 15 oficina +
CREAS Leste Tabela 1 Anexo I Tabela 1
adolescentes 2h mensais
reunião
3h semanais
Música 15 oficina +
CREAS Lomba Tabela 1 Anexo I Tabela 1
adolescentes 2h mensais
reunião
3h semanais
Artes visuais 15 oficina +
CREAS Norte Tabela 1 Anexo I Tabela 1
adolescentes 2h mensais
reunião
3h semanais
CREAS 15 oficina +
Música Tabela 1 Anexo I Tabela 1
Partenon adolescentes 2h mensais
reunião
3h semanais
CREAS Artes visuais 15 oficina +
Tabela 1 Anexo I Tabela 1
Restinga adolescentes 2h mensais
reunião
3h semanais
15 oficina +
CREAS Sul Artes visuais Tabela 1 Anexo I
adolescentes 2h mensais Tabela 1
reunião
135
TOTAL 126h
adolescentes
2h quinzenais
oficina +
CRAS Eixo
Dança Tabela 1 30 idosos Anexo I 2h mensais Tabela 1
Baltazar
reunião

2h quinzenais
oficina +
CRAS Noroeste
Dança Tabela 1 30 idosos Anexo I 2h mensais Tabela 1
Ampliado
reunião

6
2h quinzenais
oficina +
CRAS Nordeste Dança Tabela 1 30 idosos Anexo I 2h mensais Tabela 1
reunião

2h quinzenais
oficina +
CRAS Timbaúva Dança Tabela 1 30 idosos Anexo I 2h mensais Tabela 1
reunião

2h quinzenais
oficina +
CRAS Norte Dança Tabela 1 30 idosos Anexo I 2h mensais Tabela 1
reunião

2h quinzenais
CRAS Norte Dança Tabela 1 30 idosos Anexo I Tabela 1
oficina

2h quinzenais
oficina +
CRAS Santa
Dança Tabela 1 30 idosos Anexo I 2h mensais Tabela 1
Rosa
reunião

2h quinzenais
oficina +
CRAS Partenon Canto Tabela 1 30 idosos Anexo I 2h mensais Tabela 1
reunião

2h quinzenais
oficina +
CRAS Lomba do
Dança Tabela 1 30 idosos Anexo I 2h mensais Tabela 1
Pinheiro
reunião

2h quinzenais
oficina +
CRAS Leste 1 Canto Tabela 1 30 idosos Anexo I 2h mensais Tabela 1
reunião

2h quinzenais
oficina +
CRAS Leste 2 Dança Tabela 1 30 idosos Anexo I 2h mensais Tabela 1
reunião

2h quinzenais
oficina +
CRAS Restinga
Dança Tabela 1 30 idosos Anexo I 2h mensais Tabela 1
Ampliado
reunião

2h quinzenais
oficina +
CRAS Sul Dança Tabela 1 30 idosos Anexo I Tabela 1
2h mensais
reunião
2h quinzenais
oficina +
CRAS 5ª
Dança Tabela 1 30 idosos Anexo I 2h mensais Tabela 1
Unidade
reunião

7
2h quinzenais
oficina +
CRAS Extremo
Dança Tabela 1 30 idosos Anexo I 2h mensais Tabela 1
Sul
reunião

2h quinzenais
oficina +
CRAS Centro
Dança Tabela 1 30 idosos Anexo I 2h mensais Tabela 1
Sul
reunião

2h quinzenais
CRAS Centro
Canto Tabela 1 30 idosos Anexo I oficina Tabela 1
Sul

2h quinzenais
oficina +
CRAS Hípica Dança Tabela 1 30 idosos Anexo I 2h mensais Tabela 1
reunião

2h quinzenais
oficina +
CRAS Farrapos Dança Tabela 1 30 idosos Anexo I 2h mensais Tabela 1
reunião

2h quinzenais
oficina +
CRAS Centro Dança Tabela 1 30 idosos Anexo I Tabela 1
2h mensais
reunião
2h quinzenais
oficina +
CRAS Ilhas Canto Tabela 1 30 idosos Anexo I 2h mensais Tabela 1
reunião

2h quinzenais
oficina +
CRAS Ampliado
Dança Tabela 1 30 idosos Anexo I 2h mensais Tabela 1
Glória
reunião

2h quinzenais
oficina +
CRAS Cruzeiro Dança Tabela 1 30 idosos Anexo I 2h mensais Tabela 1
reunião

2h quinzenais
oficina + 2h
CRAS Cristal Dança Tabela 1 30 idosos Anexo I Tabela 1
mensais reunião

TOTAL 720 idosos 140h

7. REQUISITOS PARA A PARCERIA


- Ser Organização da Sociedade Civil com atuação na área da Assistência Social, ainda
que preponderantemente.

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- Possuir experiência na prestação de serviços na Proteção Social Básica e/ou Especial
de Média Complexidade, comprovada através de, no mínimo, 2 (duas) declarações.
- Estar regularmente constituída, com registro no CMAS;

8. DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO
1 – Proposta de Plano de Oficina (Anexo III)
2 – Certidão Negativa de Débitos relativos aos Tributos Federais e à Dívida Ativa da
União
3 – Certidão da Regularidade com a Fazenda Estadual
4 – Certidão da Regularidade com a Fazenda Municipal
5 – Certificado da Regularidade do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
6 – Estatuto Social vigente
7 – CNPJ emitido pela Secretaria da Receita Federal
8 – Plano de Trabalho

9. RESPONSABILIDADES DA ORGANIZAÇÃO:
São responsabilidades da Organização na execução da parceria:
9.1. Deverá se comprometer a cumprir o calendário de datas e horários.
9.2. Garantir a participação do(s) oficineiro(s) em reuniões mensais para planejamento e
avaliação das oficinas durante toda a execução contratual.
9.3. Participar do preenchimento, junto ao coordenador do Serviço, da Avaliação
Técnica das Oficinas, a ser realizada de modo trimestral (Anexo II).
9.4. Avisar, com, no mínimo, 2 horas de antecedência algum imprevisto que afete a
realização da oficina junto ao Serviço.
9.5. A locomoção e a alimentação dos oficineiros serão de responsabilidade da parceira.
9.6. O oficineiro será responsável pelos registros sistemáticos, ao final de cada oficina,
incluindo o registro da frequência semanal / quinzenal dos participantes, utilizando o
Instrumento de Aferição (Anexo IV), devendo entregar, mensalmente, às coordenações
dos CRAS e CREAS, no último dia de oficina do mês.
9.7. O oficineiro deve ser pontual e assíduo, admitindo-se atraso de, no máximo, 15
minutos do horário de início da oficina.
9.8. A parceira deverá providenciar a substituição imediata dos oficineiros nos casos de
descumprimento das suas responsabilidades especialmente com o horário e
metodologia.

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9.9. A parceira deverá observar e cumprir as regras trabalhistas.

10. RESPONSABILIDADES DA FASC:


São responsabilidades da FASC na execução da parceria:
10.1. Fornecer e colocar à disposição da Organização todas as informações que se fizerem
necessárias à execução da parceria;
10.2. Repassar mensalmente os recursos financeiros para a execução das Oficinas;
10.3. Avaliar e monitorar a parceria, através do Gestor, da Comissão de Monitoramento e
Avaliação e dos demais agentes públicos, notificando a Organização para regularizar a execução
da parceria, sempre que necessário, bem como emitir os respectivos Relatórios;
10.4. Solicitar as informações necessárias para o monitoramento e a avaliação da parceria;
10.5. Solicitar reuniões e encontros com a Organização destinados a analisar e avaliar o
desenvolvimento da parceria;
10.6. Analisar a prestação de contas apresentada pela Organização;
10.7. Indicar o Gestor da Parceria;
10.8. Disponibilizar local limpo e apropriado para a execução das oficinas;
10.9. Designar servidor em cada unidade de serviço para acompanhar a realização das oficinas
no local.
10.10. Realizar reunião mensal para planejamento e avaliação das oficinas, em conjunto com
o(s) oficineiro(s);
10.11. Preencher, juntamente com a Organização, de modo trimestral, a Avaliação Técnica das
Oficinas (Anexo II).
10.12. Outras responsabilidades previstas na Lei nº 13.019/2014, regulamentos e no Termo de
Colaboração.

11. CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DA ORGANIZAÇÃO


A seleção da organização parceira se dará através de critérios que preveem pontuações
de, no máximo, 10 pontos. A pontuação mínima deve ser de 5 pontos, considerando os seguintes
critérios:
I – Qualidade técnica do Plano de Trabalho (5 pontos):
a) Consistência teórica do Plano de Trabalho adequado a esse Projeto Técnico (até 2
pontos)
b) Demonstração da realização de trabalho em rede especificada no Plano de Trabalho (até
1 ponto)

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c) Demonstração no Plano de Trabalho ser a proposta financeira mais vantajosa para a
Administração Pública, considerando o limite de valor no item 13 desse Projeto (até 1
ponto)
d) Demonstração no Plano de Trabalho da experiência da Organização com a execução de
oficinas, tornado-a apta para a execução do serviço (até 1 ponto)
II – Qualidade técnica da Proposta de Plano de Oficina (Anexo III) (5 pontos):
a) Metodologia da proposta de oficina (3 pontos)
b) Temas a serem trabalhados nas oficinas, de acordo com o público beneficiário (2 pontos)

11.1. A OSC deverá apresentar 1(uma) Proposta de Plano de Oficina para cada modalidade e de
acordo com os beneficiários. Exemplo: 1 (uma) Proposta de Plano para a modalidade Música,
público Idosos e 1 (uma) Proposta de Plano para a modalidade Música, público adolescentes.

11.2. Em caso de eventual empate, os critérios adotados para desempate serão:


a) em primeiro lugar, a maior pontuação auferida na alínea “a” referente à Proposta de Plano de
Oficina (item II);
b) caso persista o empate, será usado o critério na alínea “d” referente ao Plano de Trabalho
(item I);
c) persistindo o empate, será considerada a vencedora aquela com maior pontuação na alínea “c”
referente ao Plano de Trabalho (item I);
d) permanecendo o empate, o desempate far-se-á por sorteio.

12. PRAZO DE VIGÊNCIA DA PARCERIA:


A parceria terá início a partir da data da assinatura do Termo de Colaboração, e vigência
por 10 (dez) meses prorrogável nos termos do art. 31 do Decreto Municipal nº 19.775/2017.

13. FISCALIZAÇÃO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO:


A avaliação das oficinas será realizada da seguinte forma:
- Através de registros sistemáticos e Instrumento de Aferição (Anexo IV), ao
final de cada oficina;
- Através da socialização e da discussão dos registros sistemáticos na reunião de
equipe dos CRAS e CREAS;
- Através do preenchimento trimestral da Avaliação Técnica das Oficinas
(Anexo II)

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14. HIPÓTESES DE DESCUMPRIMENTO DO TERMO COLABORAÇÃO:
As hipóteses de descumprimento serão as seguintes:
- Não atender os objetivos previstos nesse Projeto Básico, conforme a Avaliação
Técnica das Oficinas (Anexo II), preenchida de modo trimestral em conjunto pelo
Coordenador do CRAS ou CREAS e oficineiro.

13. RECURSO FINANCEIRO DA PARCERIA:


13.1. Para a aquisição de materiais e a contratação de oficineiros, a fim de efetivar a instalação
das oficinas, a FASC repassará para a OSC selecionada o valor de R$ 15.000,00 reais após a
assinatura do Termo de Colaboração.
13.2. Para a execução da parceria, a FASC repassará para a OSC, nos meses subsequentes, o
valor mensal de até R$ 18.000,00 reais.
13.3. A OSC terá o prazo de 15 dias, após o recebimento do recurso referido no item 13.1, para
iniciar a execução das oficinas.

14. PRESTAÇÃO DE CONTAS


A prestação de contas ocorrerá com base na lei 13.019/2014 e no Decreto nº
19.775/2017.

15. DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA:


Proteção Social Básica: 6004 – 2836 – 335043 – 6053
Proteção Social Especial de Média Complexidade: 6004 – 2840 – 335043 – 6054

16. NORMAS DE REGÊNCIA DA PARCERIA


a) Constituição da República Federativa do Brasil, de 05 de outubro de 1988.
b) Lei Nacional n° 13.019/ 2014, que estabelece o regime jurídico das parcerias voluntárias.
c) Decreto Municipal nº 19.775/2017, que regulamenta o regime jurídico das parcerias
voluntárias no Município de Porto Alegre.
d) Decreto Municipal nº 20.239/2019, institui o Sistema de Gestão de Parcerias.
e) Lei nº 8.742/ 1993, Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS).
f) Política Nacional de Assistência Social – PNAS 2004.
g) Resolução CNAS nº 109/2009, institui a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais.

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h) Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS Anotada e Comentada, NOB-
RH/SUAS. Brasília: 2011.
i) Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social (NOB/SUAS), 2004.
j) Orientações Técnicas Centro de Referência de Assistência Social – CRAS (MDS), 2009.
k) Orientações Técnicas Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS
(MDS), 2011.
l) Caderno de Orientações Técnicas Serviço de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto
(MDS), 2016.
m) Perguntas frequentes: Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), MDS,
2017.
n) Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Pessoas Idosas - Orientações
Técnicas (MDS), 2012.
o) Projeto Técnico que subsidia o Edital.

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ANEXOS

ANEXO I

Relação dos Locais de Execução das Oficinas

Serviço Responsável Local de Execução da Endereço


Oficina
CRAS Eixo-Baltazar CRAS Eixo-Baltazar Rua Josefa Barreto, 150 - Passo das
Pedras
CRAS Nordeste CRAS Nordeste Rua Martim Berta, 2357 - Mário
Quintana
CRAS Timbaúva CRAS Timbaúva Rua Irmão Faustino João, 89 - Rubem
Berta
CRAS Noroeste CRAS Noroeste Rua Irene Caponi Santiago, 290 - Vila
Ampliado Ampliado Floresta
CRAS Norte CRAS Norte Ampliado Rua Paulo Gomes de Oliveira, 200 -
Ampliado Sarandi
CRAS Santa Rosa CRAS Santa Rosa Rua Abelino Nicolau de Almeida, 330
- Santa Rosa
CRAS Partenon CRAS Partenon Rua Barão do Amazonas, 1959 -
Partenon
CRAS Ampliado CRAS Lomba Rua Jaime Rollemberg de Lima, 137 -
Lomba Vila Mapa
CRAS Leste 1 CRAS Leste 1 Rua Jerusalém, 615 - Vila Bom Jesus
CRAS Leste 2 CRAS Leste 2 Rua Emilio Keidann, 50 - Morro
Santana
CRAS Ampliado CRAS Ampliado Rua Economista Nilo Wuff, s/nº -
Restinga Restinga Restinga
CRAS 5ª Unidade CRAS 5ª Unidade Rua N 2, 20 - 5ª Unidade/Restinga
CRAS Extremo Sul CRAS Extremo Sul Rua Gumercindo Oliveira, 23 -
Chapéu do Sol
CRAS Ampliado CDI Zona Sul Rua Silvio Silveira Soares, 2713 -
Centro-Sul Cavalhada
CRAS Hípica CRAS Hípica Rua Geraldo Tollens Linck, 235 -
Hípica
CRAS Sul CRAS Sul Av. Guarujá, 190. Bairro Guarujá
CRAS Ilhas CRAS Ilhas Capitão Coelho, 64 - Ilha da Pintada
CRAS Farrapos CRAS Farrapos Rua Maria Trindade, 115 - Vila
Tecnol. Navegantes
CRAS Centro CRAS Centro Rua Almirante Álvaro Alberto da
Mota e Silva, s/n – Cidade Baixa
CRAS Ampliado CRAS Ampliado Glória Rua Coronel Neves, 555 - Medianeira
Glória
CRAS Cruzeiro CRAS Cruzeiro Travessa Mato Grosso, 65. Bairro:
Medianeira
CRAS Cristal Clube de Mães Cristal Rua Curupaiti, 925 - Cristal
CREAS CREAS Travessa do Carmo, 50 - Cidade Baixa
Centro/Ilhas/Humaitá/ Centro/Ilhas/Humaitá/Na
Navegantes vegantes
CREAS Eixo Baltazar CREAS Eixo Baltazar / Rua Rua Petronilla Cogo, nº 34,
/ Nordeste Nordeste Bairro Santa Fé
CREAS Glória, CREAS Glória, Cruzeiro Rua Gomes Carneiro, 481 -
Cruzeiro e Cristal e Cristal Medianeira
CREAS Leste CREAS Leste Rua Porto Seguro, 261 – Bairro
Ipiranga
CREAS Lomba do CREAS Lomba do Rua Gervásio Braga, nº 642,
Pinheiro Pinheiro Bonsucesso, Parada 16
CREAS CREAS Norte/Noroeste Rua Paulo Gomes de Oliveira, 200 -
Norte/Noroeste Sarandi
CREAS Partenon CREAS Partenon Rua Everaldo Marques da Silva, 12 –
Partenon
CREAS CREAS Av. Macedônia, 1000 - Restinga
Restinga/Extremo Sul Restinga/Extremo Sul
CREAS Sul/Centro- CREAS Sul/Centro-Sul Rua Engenheiro Tito Marques
Sul Fernandes, 409 Bairro Ipanema

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ANEXO II

Avaliação Técnica das Oficinas

Este documento deve ser preenchido com atenção e assinado devidamente.


Deve ser preenchido em conjunto, pelo Coordenador da Unidade Executora, referência do
serviço, e oficineiro.
A carga horária executada não deve ultrapassar a prevista (2h SCFV Idosos e 3h Serviço
MSE).
No caso de discordância quanto à avaliação, o oficineiro deverá expor suas razões no espaço
destinado às observações.
Deverá ser marcado o item, em cada campo, que mais se aproximar da avaliação feita.
Deverá se pautar em aspectos significativos e em fatos concretos e observáveis no exercício
das atividades de competência do oficineiro.
As combinações referentes ao cumprimento da carga horária, atrasos, faltas e compensações
ficarão a cargo do coordenador do Serviço e do técnico da referência.
Este documento deverá ser enviado à PSB ou PSE na primeira semana depois de realizada a
avaliação.

1. Identificação:

Unidade Executora

Trimestre

Nome do Oficineiro

Modalidade Oficina

Carga Horária Prevista

Carga Horária Executada

2. Avaliação do Serviço:

ASPECTOS AVALIAÇÃO

RESPONSABILIDADE Demonstrou pouco Demonstrou bom Demonstrou falta de Mostrou-se muito


Considere o quanto comprometimento ao comprometimento comprometimento responsável,
assumiu os assumir seus com o seu trabalho. com seu trabalho, assumindo seus
compromissos do seu compromissos. prejudicando o compromissos com
trabalho. andamento do empenho e
serviço. comprometimento.

UTILIZAÇÃO DE Necessita ter mais Utilizou os recursos Utilizou bem os Foi descuidado na
RECURSOS cuidado com os materiais disponíveis recursos materiais utilização dos

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MATERIAIS recursos materiais com muito cuidado e disponíveis. recursos materiais,
Avalie como foram disponíveis. zelo. causando danos aos
utilizados os recursos mesmos.
materiais disponíveis.

CONHECIMENTO DO O pouco Demonstrou ter bom Deve melhorar o Conhece muito bem
TRABALHO conhecimento das conhecimento do conhecimento do o
Considere em que atividades/ tarefas/ trabalho/atividades/ trabalho/atividades/ trabalho/atividades/
medida o trabalho tem tarefas que tarefas que tarefas
educador/oficineiro dificultado a desenvolve. desenvolve. desenvolvidas,
conhece o execução dos facilitando o
trabalho/atividades/tarefa serviços. andamento do
s a ele atribuídas. serviço.

ASSIDUIDADE E Cumpriu Demonstrou Apresentou faltas e Cumpriu


PONTUALIDADE integralmente as assiduidade, porém problemas parcialmente as
Considere a constância combinações apresentou problemas referentes à combinações
da frequência e da referentes à carga referentes à pontualidade. referentes à carga
pontualidade no período horária, sendo pontualidade. horária,
avaliado conforme assíduo e pontual. demandando
combinações de mudanças
execução da carga frequentes nos
horária. acordos.

PLANEJAMENTO Não apresentou Apresentou Apresentou Apresentou


Considere a apresentação planejamento das planejamento planejamento planejamento
do planejamento das atividades. organizado, criativo e superficial e pouco organizado, porém
atividades, conforme de acordo com as criativo. necessita qualificar
orientações técnicas do orientações técnicas. as propostas
projeto do SCFV. metodológicas.

ADMINISTRAÇAO DE Buscou inicialmente Não teve iniciativa na Resolveu os Investiu muito na


CONFLITOS resolver os conflitos e resolução de conflitos de maneira tentativa de
Considere a capacidade solicitou apoio conflitos, solicitando inadequada. administrar e
para enfrentar e resolver quando necessário. ajuda resolver os
as situações de conflitos constantemente. conflitos, criando
do grupo de idosos. novas estratégias
para soluções
restaurativas das
relações.

COMUNICAÇÃO E Estabeleceu boa Desenvolveu o Apresentou Desenvolveu seu


INTEGRAÇÃO COM A comunicação com os trabalho de forma dificuldades na trabalho muito
EQUIPE profissionais, no integrada com a comunicação e não integrado com a
Considere como o entanto não consegue equipe, mas trabalha de forma equipe,
oficineiro/educador trabalhar de forma apresentou integrada com a estabelecendo uma
estabelece a integrada com a dificuldades na equipe. comunicação clara
comunicação e trabalha equipe no maneira como se e positiva com os
de forma integrada com desenvolvimento das comunica com os profissionais .
a equipe do serviço. propostas. demais profissionais.

3. Medidas adotadas para que as dificuldades apontadas sejam solucionadas:

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4. Observações adicionais:

5. Parecer do Oficineiro sobre a avaliação:

6. Assinaturas:
Coordenação do Serviço

Referência do Serviço

Oficineiro

7. Data: -----------------------------------------------------

18
ANEXO III

Proposta de Plano de Oficina

Modalidade de ( ) Música ( ) Recreação


oficina
( ) Dança ( ) Artes Visuais

Público
( ) adolescentes ( ) idosos

Temas abordados /
trabalhados

Metodologia

Data: _________________________________

Assinatura: _____________________________

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ANEXO IV
Instrumento de Aferição
CRAS / MODALIDADE DE
CREA OFICINA:
S DE
SERVI SCFV
REFE MSE
ÇO DE Idosos
RÊNCI
REFE
MÊ A:
RÊNCI Nº de
A: RESPONSÁVEL:
S ENCONTROS:
Nº NOME 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
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30
· Legenda: Presença: P Falta: F Falta Justificada: FJ
Obs

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