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NÉFRONS

Líquidos Corporais
UNIDADE FUNCIONAL/FISIOLÓGICA DOS RINS

Urina  Região Glomerular: Arteríolas, cápsula de


Bowman e espaço capsular
 Região Tubular: Tubo contorcido proximal,
alça de Henle e tubo contorcido distal

 O exame de urina foi o primeiro teste REGIÃO GLOMERULAR – FILTRAÇÃO


laboratorial realizado na medicina  Ultrafiltrado parecido com o plasma
 UROSCOPIA: Primeiro método utilizado para sanguíneo exceto pela células e presença de
a visualização da cor da urina, associado a proteínas de alto peso molecular (Albumina)
avaliação do cheiro e sabor.  Arteríola Eferente e Aferente.
 MÁTULAS: Recipientes de vidro, parecido
com erlenmeyer, utilizado para visualização
da urina posto contra a luz. Dividido em REGIÃO TUBULAR – REABSORÇÃO E
quatro partes que correlacionava com: SECREÇÃO
cabeça, tórax, abdômen e sistema urogenital
 PROXIMAL: Células com microvilosidades que
 FASCILUS: Coleção que continha uma série
permitem a reabsorção de 80% do filtrado
de textos curtos em latim, dos quais o
primeiro abordava a urina e a uroscopia.
 ALÇA DE HENLE DESCENDENTE: Reabsorção
 Hindus associaram a urina doce com atração
de H20 + Na + CL
à formigas
 Meados de 1900 surgem métodos
enzimáticos em papel para análise da urina
 ALÇA DE HENLE ASCENDENTE: Impermeável a
 1941: Companhia Miles desenvolveu os
água e permeável a Na e CL
primeiros testes para avaliação da glicose
urinária e que desenvolveu as tiras de urina
 DISTAL: Contém a mácula densa que forma o
muito parecidas com as utilizadas atualmente
aparelho justaglomerular que regula a pressão
sanguínea através da síntese de renina

Aparelho Justaglomerular: As células


justaglomerulares são sensíveis a alteração da
 RIM: Formação da urina a partir da filtração
pressão sanguínea formando a molécula Renina.
do sangue
Angiotensinogênio Angiotensina I e é
 URETER: Conduz a urina até a bexiga convertida para Angiotensina II por meio da sua
 BEXIGA: Armazenamento enzima conversora. Induz as suprarrenais a
 URETRA: Transporta até a excreção produzirem a Aldosterona.

Hormônio Antidiurético: Ducto coletor. Age


reabsorvendo a água mesmo num ambiente
impermeável a água, garantindo sua osmolaridade.
PROTEINÚRIA

 Primeiro Jato: Bacterioscopia (uretrites)  Sensível para albumina não permitindo a


 Jato médio: EAS, URO, elementos específicos detecção de outra proteína.
 Urina 24h: Avaliação da função renal o Microalbuminúria: Técnicas imunológicas
 Punção Suprapúbica: Ideal para URO ou o Albumina: Detecção pela fita reagente
quando o paciente não consegue urinar. o Bence Jones: Mieloma múltiplo (Precipita a
60ºC e solubiliza a 100ºC)
o Ortostática: Postural
o Fisiológica: Podem aparecer na urina em
PARÂMETROS pequenas quantidades
Volume/cor/odor/aspecto/depósito/densidade

 Volume: Desnecessário
 Cor: Associada aos pigmentos urocromo,
urobilina, uroetrina  QUANTITATIVA: Células epiteliais, leucócitos,
o Vermelha – sangue, beterraba hemácias, cilindros
o Enegrecida – Distúrbio metabólico
 SEMI-QUANTITATIVA: Cristais, muco,
o Esverdeada – Medicação ou infecção
bactérias
por pseudomonas
 Aspecto e depósito: Presença ou não de  QUALITATIVA: Cistos e ovos, espermatozoide
elementos particulados. Ex.: células, muco e leveduras.
 Odor: Cheiro característico
o Cetônico: Diabetes, jejum prolongado
o Amoniacal: Proliferação de bactéria ERITRÓCITOS
o Xarope de boldo: Distúrbio metabólico
 Lisadas em urinas de densidade muito
o Bolor: Distúrbio metabólico
baixa, sendo causa de hemoglobinúria de caráter
 Densidade: Concentração
pós-renal
 MACROSCOPIA: Cor avermelhada ou não,
aspecto e depósito alterados, presença de
hemácias ou hemoglobina na fita, valores
normais abaixo de 10.000/ml
 Ph, densidade, bilirrubina, urobilinogênio,  PATOLOGIA: Lesão glomerular ou danos
glicose, corpos cetônicos, proteína, do TGU, infecções/inflamações, coagulopatias,
hemoglobina, estease ácida, nitrito. cálculo urinário, carcinoma
 NÃO-PATOLÓGICAS: Ciclo menstrual,
atividade física, febre.

PIÓCITOS
 Urina muito diluída ou alcalina ocorre a
desintegração
 MACROSCOPIA: Cor xantocrômica ou não,
aspecto e depósito alterados, presença de
estease ácida na fita (detecta os neutrófilos),
valores normais abaixo de 10.000/ml
 PATOLOGIA: Infecções/ inflamações, GNA, CÉLULAS EPITELIAIS TUBULARES RENAIS
LES, nefrite intersticial, tumor, rejeição a
transplante renal (AUMENTO de linfócitos)  MORFOLOGIA: Túbulo contorcido
proximal (retangulares/colunares, núcleo
 NÃO-PATOLÓGICAS: Atividade física,
pequeno e citoplasma granular). Túbulo
febre.
contorcido distal (ovais ou arredondadas e
núcleo excêntrico). Ductos coletores (cuboides e
núcleo excêntrico).
 LOCALIZAÇÃO: Túbulos renais e ducto
CÉLULAS EPITELIAIS ESCAMOSAS
coletor.
 Urina mal conservada causa desintegração  SIGNIFICADO CLÍNICO: Necrose dos
 Porção terminal da uretra masculina e da túbulos renais – fatores que levam a necrose:
parede vaginal feminina pielonefrites, alergias, tumores, rejeição a
 SIGNIFICADO CLÍNICO: Não tem transplante alogênio, metais pesados,
significado patológico, porém pode se apresentar medicamentos, virose, hemoglobina/mioglobina.
como clue cells, infecção por Gardnerella
vaginalis, tornando as bactérias aderidas na
superfície dessas células tornando-a sujas.
Necessário exame citopatológico.

CILINDROS
 Exclusivamente do trato urinário e é
formado nos TCD e ducto coletor pela proteína
Tamm Horsfall com presença de proteinúria.
CÉLULAS EPITELIAIS TRANSICIONAIS  TIPOS: Hialino, hemático, leucocitário,
 MORFOLOGIA: Arredondada, poliédricas bacteriano, epitelial, granuloso, céreo, lipoídicos.
ou caudadas, núcleo pequeno e central
 LOCALIZAÇÃO: Pelve e cálice renal,
ureteres, bexiga e porção superior da uretra HIALINO
masculina  São os mais frequentes observados,
 SIGNIFICADO CLÍNICO: Processos estruturas bem translúcidas.
invasivos de cateter, malignidade está associada  FISIOLÓGICO: Estresse, exercícios,
a achados de vacúolos ou irregularidades desidratação e calor
nucleares, processo viral.  PATOLÓGICO: GNA, pielonefrite, DRC

HEMÁTICO
 Podem expressar cores alaranjada-
avermelhada ou marrom.
 PATOLÓGICO: Hemorragia dentro dos
néfrons (GNA)
LEUCOCITÁRIO o ALCALINOS: Fosfato triplo magnesiano,
fosfato amorfo, fosfato de cálcio, biurato
 Leucócitos em seu interior com bordas de amônio, carbonato de cálcio
irregulares.
 PATOLÓGICO: Infecção nos néfrons, logo,  CRISTAIS ANORMAIS NA URINA
a cistite não causa a formação desses cilindros. o Cristais de cistina, colesterol, leucina,
tirosina, bilirrubinas

BACTERIANO
CISTINA
 Raros de serem observados e podem ser
Ocorrem em distúrbios metabólicos, temos uma
confundidos com os granulosos.
má absorção de cistina pelos TCP levando a
 PATOLÓGICO: Presença de pielonefrite,
cistinúria, tendência de desenvolver cristais em
associação com cilindros leucocitários, positivo
idade jovem
para nitrito e estreasse ácida.

COLESTEROL
CÉLULAS EPITELIAIS
Raramente são visualizados, estão associados a
 Presença de células epiteliais em seu
lipidúria, relaciona-se a síndrome nefrótica.
interior e confunde com os leucocitários.
 PATOLÓGICO: GNA, agentes nefrotóxicos,
rejeição a enxerto.
TIROSINA, LEUCINA E BILIRRUBINA
Observadas em doenças hepáticas metabólicas.
GRANULOSO
 Desintegração de células dentro dos
cilindros. SULFONAMIDA
 NÃO-PATOLÓGICO: Lisossomos de ETR,
Observados em pacientes fazendo uso de
exercício físico intenso.
medicamentos (sulfas). Formas e cores variadas.
 PATOLÓGICO: Glomerulonefrites.

AMPICILINA
CÉREO
Observados em pacientes fazendo uso de
 Estease urinária estrema, desintegração
medicamentos (ampicilina).
dos cilindros granulosos, bordas serrilhadas com
interior homogêneo.

CRISTAIS OUTROS ELEMENTOS

São formados a partir da precipitação de solutos, MUCO: Proveniente de ETR e processos


não quer dizer que está relacionado a cálculos inflamatórios
renais.
BACTÉRIAS: Podem estar associadas à ITU,
 CRISTAIS NÃO-PATOLÓGICOS NA URINA geralmente BGN com teste de redução de nitrito
o ÁCIDOS: Ácido úrico, urato amorfo, positivo.
oxalato de cálcio
LEVEDURAS: Fungos

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