Gestão - Processo de se conseguir obter resultados com o esforço
dos outros. Pressupõem a existência de uma organização.
Organização - É a forma como se dispõe um sistema para atingir
os resultados pretendidos, normalmente é formado por uma ou
mais pessoas que executam funções de modo controlado e
coordenado com a missão de atingir com eficácia um objetivo em
comum.
O papel do gestor - O principal papel do gestor é interpretar os
objetivos propostos e transformá-los em ação empresarial através
de 4 funções:
 Planeamento - É o processo de determinar
antecipadamente o que deve ser feito e como fazê-lo.
 Organização - É o processo de estabelecer relações
formais entre as pessoas e entre as pessoas e os recursos
para atingir os objetivos propostos.
 Direção - É o processo de determinar, isto é, afetar, ou
influenciar, o comportamento dos outros (motivação,
liderança e comunicação.)
 Controlo - É o processo de comparação do atual
desempenho da organização com os padrões
previamente estabelecidos, apontando as eventuais
ações corretivas.
Aptidões necessárias - Para ser eficiente e eficaz, o gestor deve
possuir e, continuamente, desenvolver várias aptidões essenciais,
tais como:
 Aptidão Conceptual - capacidade para apreender ideias
gerais e abstratas e aplicá-las em situações concretas.
Engloba a capacidade de ver a organização como um
todo.
 Aptidão técnica - capacidade para usar conhecimentos,
métodos ou técnicas específicas no seu trabalho
concreto.
 Aptidão em relações humanas - capacidade de
compreender, motivar e obter a adesão das outras
pessoas.
Mâo invisível - Conceito que inicialmente foi introduzido por
Adam Smith, este defende que se a economia for livre, sem
intervenção alguma de órgãos externos ou do governo, ela irá
regular de forma automática, como se houvesse uma mão invisível
por trás de tudo, fazendo com que os preços dos produtos fossem
ditados pelo próprio mercado, conforme sua necessidade.
Benefícios:
 Para os consumidores, a oferta de produtos estará
sempre alinhada com seus interesses.
 Tanto para fornecedores quanto para consumidores, o
nível de preços vai tender a um ponto de equilíbrio.
 Para os fornecedores, os recursos vão se colocar da forma
mais eficiente.
Perspetiva estrutural - Abarca as correntes de pensamento nesta
matéria em que às formas de organização do trabalho e das
instituições é atribuído relevo especial.
Os 4 princípios da gestão científica de taylor:
Princípio do planeamento: na realização do trabalho devem dar
lugar aos métodos baseados em procedimentos científicos =>
substituição da improvisação pelo planeamento.
Princípio da preparação: deve-se selecionar cientificamente os
trabalhadores de acordo com as suas aptidões, prepará-los e
treiná-los para produzirem mais e melhor de acordo com o método
planeado (o homem certo no local certo).
Princípio do controlo: deve-se controlar os operários para garantir
que o seu trabalho é executado de acordo com as normas e os
planos estabelecidos pela administração.
Princípio da separação entre a conceção e a execução do trabalho:
aos membros da direção compete a conceção de todo o processo
de trabalho. Aos operários compete apenas a execução das tarefas.
Henri fayol – a teoria geral da administração
Fayol dividiu as operações empresariais em seis atividades
fundamentais:
 Comercial;
 Técnica;
 Segurança;
 Contabilidade;
 Financeira;
 Administração - engloba as funções fundamentais do
processo administrativo e estão associadas ao papel do
gestor e são: (Planeamento; Organização; Comando;
Coordenação; Controlo;)
14 princípios gerais da gestão, segundo Fayol:
 Divisão do Trabalho
 Autoridade
 Disciplina
 Unidade de Comando
 Unidade de Direção
 Subordinação do Interesse Individual ao Interesse
Coletivo
 Remuneração
 Centralização
 Cadeia de Comando
 Ordem
 Equidade
 Estabilidade de Emprego
 Iniciativa
 Espírito de Equipa;
Max weber – a teoria da burocracia
Tal como a escola clássica, também a teoria da burocracia defendia
um sistema ordenado de supervisão e subordinação e uma unidade
de comando, mas nesta teoria fazia-se o apelo ao uso intensivo de
documentos escritos relativos a regras e regulamentos que eram
descritos detalhadamente em manuais, o que permitia que os
gestores assentassem a sua atuação em regras consistentes,
completas e com possibilidade de serem ensinadas. A ideia de
burocracia defendida por Weber conduziria a um tratamento
equitativo de todos os empregados, uma vez que a cada um eram
atribuídas áreas especificas de atuação e responsabilidades na base
da sua competência e capacidades.
Perspetiva humana - Apresenta como traço fundamental a
preocupação com as pessoas que integram as organizações;
Douglas MCGregor: liderança e as teorias x e y
McGregor apresentou duas visões distintas da natureza humana e
comparou dois estilos opostos de administração:
A teoria X assume que os empregados não gostam de trabalhar, são
preguiçosos e não gostam de assumir responsabilidades.
 Trabalham apenas se forem obrigados a isso.
 Defende que o homem é profundamente egocêntrico e
que os seus objetivos pessoais se opõem aos objetivos da
organização.
 A sua natureza leva-o a resistir às mudanças, pois procura
segurança e não gosta de assumir riscos.
Estilo de Administração X
 Sem a intervenção da administração as pessoas seriam
totalmente passivas em relação às necessidades da
empresa, pelo que há necessidade de recompensar, punir
e controlar o seu comportamento;
 As pessoas são motivadas essencialmente por incentivos
económicos;
 A empresa deve utilizar a remuneração como um meio de
recompensa ou punição;
 Pretende que as pessoas façam exatamente aquilo que a
organização predefine, independentemente das suas
opiniões ou objetivos pessoais.
A teoria Y
 Os empregados gostam de trabalhar;
 São criativos;
 Procuram a responsabilidade;
 Podem exercer auto direção e autocontrole;
 Não são automaticamente resistentes à mudança.
Estilo de Administração Y
 A tarefa essencial da administração é a de criar condições
organizacionais e métodos de trabalho através dos quais
as pessoas atinjam melhor os seus objetivos pessoais (em
conformidade com os objetivos da organização);
 Defende a descentralização das decisões;
 Defende a delegação das responsabilidades;
 Autoavaliação do desempenho.
Teoria X:
Teoria pessimista, onde as pessoas encaram o trabalho como um
sacrifício a evitar, logo preferem e precisam de ser dirigidas e
controladas. (Estilo baseado na Escola Clássica)
Teoria Y:
Teoria otimista, os trabalhadores podem encarar o trabalho com
naturalidade, gostam de assumir responsabilidade e preferem o
autocontrolo. (Estilo baseado na Escola Comportamental e
Humanista)
Perspetiva integrativa - Traduz uma preocupação de equilíbrio
entre as tarefas (a estrutura) e as pessoas;
Análise Ambiental - Apesar do foco ser o ambiente externo, aqui
o olhar deve se iniciar de dentro para fora. Começando pela análise
das forças e fraquezas dentro da organização, como processos que
estão a funcionar, setores que precisam de reformulação etc. Após
isso, as oportunidades e ameaças do mercado devem ser analisadas
também, como concorrentes, implicações jurídicas do setor e
portas de possível crescimento;
A teoria contingencial de Burns e Stalker
Sistema mecanicista - adequado a organizações que beneficiam de
ambientes externos estáveis e praticamente isentos de incerteza.
 Estrutura mecanicista - Rígida (cada indivíduo tem um papel
perfeitamente definido). Quando surge agitação no exterior
da empresa, no seu envolvente, a estrutura deixa de funcionar
devido à sua extrema rigidez e falta de flexibilidade necessária
a uma rápida adaptação.
Sistema orgânico - adequado a organizações que enfrentam
processos de mudança tecnológica e incertezas de mercado,
porque se trata de um modelo flexível e descentralizado.
 Estrutura orgânica – A organização é mais flexível, menos
estruturada, permitindo uma maior influência dos
trabalhadores na tomada de decisão. Esta estrutura possui
uma maior facilidade de adaptação aos condicionalismos
externos, logo é igualmente mais resistente.
Conclusões de Burns e Stalker
 O sistema mecanicista é adequado a organizações que
enfrentam ambientes estáveis;
 O sistema orgânico é adequado a organizações que enfrentam
condições ambientais de mudança e inovação.
Lawrence e Lorsch – Os conceitos de integração e diferenciação
Objetivo da pesquisa - determinar que caraterísticas devem ser
cultivadas pelas empresas de modo a enfrentar com eficiência as
condições externas, isto é, tecnológicas e de mercado.
Concluíram que os problemas organizacionais básicos se resumem
a dois:
 Diferenciação: Divisão da organização em departamentos,
com tarefas especializadas e com um contexto ambiental
específico, se os ambientes específicos diferirem quanto às
exigências, surgirão diferenças na estrutura e na abordagem
empregue por cada departamento.
 Integração: Processo gerado por pressões vindas do ambiente
global da organização, no sentido de se alcançar unidade e
coordenação entre os vários subsistemas ou departamentos.
Conclusões de Lawrence e Lorsch
 Para serem competitivas as organizações necessitam de se
ajustar e reagir apropriadamente às contingências dos seus
ambientes externos;
 Quanto mais complexo e incerto for o ambiente externo, mais
os processos de integração e diferenciação estão presentes no
funcionamento interno das organizações;
 Não existe nenhum modelo organizacional ótimo para as
organizações;
 O mais eficiente e competitivo é aquele que se consegue
adaptar melhor às contingências ambientais através da
diferenciação e da integração.
Contribuições
 As organizações são sistemas abertos que dependem do seu
ambiente externo;
 As estruturas organizacionais resultam do esforço de
adaptação da empresa às contingências do ambiente externo;
 Não existe nenhum modelo organizacional melhor para o
alcance da eficácia e eficiência organizacional;
 Trata-se de uma abordagem integrativa, na medida em que
procura absorver os conceitos das diversas teorias de gestão
no sentido de alargar os horizontes e mostrar que nada é
absoluto.
Limitação principal
 Tal como a Teoria dos Sistemas, a abordagem contingencial é
muito abstrata;
 Pode parecer de pouca utilidade para os práticos da gestão já
que falha em dar
As soluções emergentes da gestão
O que são? - São soluções práticas e que atendem às emergências
impostas pelas mudanças e transformações.
Equipas de Alto Desempenho – São aquelas que, com regularidade
e consistência, atingem e superam as metas que lhes são impostas.
Isso acontece através do uso dos conhecimentos e habilidades
necessárias, do trabalho em equipa, da colaboração, da iniciativa,
da independência responsável e da motivação com foco em
objetivos.
Objetivo:
 Aumentar a participação das pessoas;
 Procurar respostas rápidas às mudanças no ambiente de
negócios;
Não basta construir e desenvolver equipas. É necessário levá-las a
um padrão de desempenho excelente.
Os principais atributos das equipas de alto desempenho são:
 Participação – Procura pelo fortalecimento e autoajuda.
 Responsabilidade – Responsáveis pelos resultados do
desempenho
 Clareza –Todos compreendem e apoiam o propósito da equipa
 Interação –Todos comunicam num clima aberto e confiante.
 Flexibilidade –Todos desejam mudar para melhorar o
desempenho
 Foco – Dedicados ao alcance das expectativas do trabalho.
 Criatividade –Todas as ideias e talento são utilizadas em
benefício do grupo.
 Velocidade –Todos agem prontamente sobre problemas e
oportunidades.
AMBIENTE, O QUE É? - Ambiente das empresas ou envolvente ou
contexto é, o terreno onde as empresas atuam e costuma dividir-
se em:
 Ambiente Geral
 Ambiente de Tarefa
Quais os fatores externos que influenciam uma
organização?
Ambiente Geral - É o conjunto amplo e complexo de condições e
fatores externos que envolve e influencia difusamente todas as
empresas. É constituído pelas variáveis:
 Variável Tecnológica - Grau de desenvolvimento científico e
técnico de uma sociedade. As invenções técnicas, aplicadas,
desenvolvimento;
 Variável Política - O clima político e ideológico geral.
 Variável Económica - O nível de atividade económica do país,
o nível de desenvolvimento económico da região, o grau de
industrialização do país ou da região, a distribuição do
rendimento per capita; Atinge de um modo sensível a atuação
da organização e a sua margem de liberdade;
 Variável Legal - Conjunto de leis reguladoras, controladoras,
incentivadoras ou que restringem um determinado tipo de
comportamento empresarial;
 Variável Social - As tradições culturais do país/ região.
 Variável Demográfica - Caraterísticas principais da população;
 Envolvente ecológica - Condições físicas e geográficas e a sua
utilização por parte do homem.
O ambiente da tarefa ou específico - As organizações tendem a
valorizar mais o ambiente específico; O ambiente específico de uma
organização depende fortemente do seu ninho de mercado. Os
ambientes específicos incluem as seguintes envolventes:
 Clientes - As organizações existem para responder às
necessidades dos clientes;
 Fornecedores - Inclui todos os indivíduos ou organizações que
providenciam equipamentos, matérias-primas, recursos
financeiros, etc.
 Concorrentes - Mercado concorrente de empresas que
disputa recursos e mercados.
 Grupos reguladores - Incluem sindicatos, governo,
associações de empresa.

A organização e a sua envolvente

 Nenhuma organização atua isoladamente;

 As organizações são sistemas abertos;
 Não se compreende uma organização se não se compreender
e conhecer a sua envolvente;

Envolvente = Ambiente externo da organização (Forças exteriores

à organização e que potencialmente afetam o seu desempenho.)
Ética em gestão Teorias da responsabilidade social

No âmbito da gestão, a ética pode ser entendida como um conjunto
de normas de conduta que permitem distinguir os
comportamentos certos dos errados.
O comportamento ético pode ser regulado por um código moral
que permite distinguir o «bem» do «mal».
No plano empresarial, a ética está ligada aos comportamentos e à
tomada de decisões, ou seja, às escolhas efetuadas face a uma
pluralidade de hipóteses, tendo como pano de fundo o conceito de
moralidade aplicado aos negócios.
As organizações atuais enfrentam constantes mudanças e tentam
transformar-se para sobreviverem a essas mudanças.
Numa organização, a ética deve ser transversal, incluindo a forma
como são tratados os clientes, o estilo da gestão e a liderança, etc.
A organização deverá revelar comportamentos éticos
relativamente a todo o seu público estratégico.
Perspetiva clássica - A responsabilidade social consiste
simplesmente em produzir bens e serviços para a sociedade e em
obter lucros para os seus acionistas, mas a grande preocupação
reside na obtenção de lucro a curto prazo. Esta ideia teve como
principal defensor Milton Friedman.
Perspetiva Contemporânea - De acordo com a visão
contemporânea, as empresas, como membros importantes e
influentes da sociedade, são responsáveis por ajudar a manter e
melhorar o bem-estar dessa mesma sociedade como um todo.
Keith Davis, um dos mais defensores deste ponto de vista, afirma
que “a longo prazo, quem não usa o poder de uma forma que a
sociedade considere responsável está condenado a perdê-lo”.

A ética na gestão empresarial preocupa-se, acima de tudo, com a

verdade e a justiça e tem que ver fundamentalmente com:

 As expectativas da sociedade que dependem da sua cultura,

dos seus valores morais e nomeadamente do que é aceite
como função e objetivos das empresas;
 A concorrência leal, isto é, não utilização de práticas que
desvirtuem o comércio;
 A publicidade, no sentido de veicular com verdade as
características dos produtos ou serviços, não utilizando
publicidade enganosa, explícita ou implicitamente;
 As relações públicas, com vista a manter o público informado
sobre os negócios da empresa;
 A responsabilidade social, nas vertentes já atrás referidas,
nomeada- mente o ambiente em termos sociais e ecológicos;
 A autonomia do consumidor, que passa pela ausência de
ações que de algum modo limitem a liberdade do consumidor
enquanto tal;
 O comportamento da empresa, quer no plano externo quer
no plano interno, pela forma como se relaciona
institucionalmente com os seus trabalhadores.

Algumas empresas ainda entendem a ética como uma orientação

social cujo primeiro objetivo é o da orientação para o lucro. E estas
revelam reação social, ou seja, as empresas são reativas, reagem
voluntária ou involuntariamente face à pressão de outros grupos e
envolvem nos negócios fatores sociais como obrigação social.

Responsabilidade social - É a obrigação social, para além do

requerido pela lei e pela economia, de prosseguir objetivos de
longo prazo que sejam úteis para a sociedade; As empresas são
vistas como agentes morais que obedecem a determinados
comportamentos éticos.

Responsabilidade social nas empresas - Significa que concordar

com a responsabilidade social das organizações implica o
desenvolvimento de ações com interesse para a sociedade mesmo
que não contribuam diretamente para o lucro da empresa.