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AO PRESIDENTE DO CONSELHO REGIONAL DE ODONTOLOGIA DO ESTADO

DE MINAS GERAIS
Ana, brasileira, solteira, dentista, portadora do RG nº ..., inscrita o CPF sob o nº ...,
com endereço eletrônico ..., residente e domiciliado na Rua..., nº..., Bairro..., CEP...,
Cidade..., Estado ..., por intermédio do seu procurador constituído(conforme
procuração em anexo), OAB..., endereço eletrônico..., com escritório profissional na
Rua..., nº..., Bairro..., CEP..., Cidade..., Estado...,onde recebe intimações, vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 335 e
seguintes do CPC, apresentar

DEFESA PRÉGIA

I- DOS FATOS

Conforme narrado na inicial, a Dra. Ana, dentista de renomada reputação,


emitiu uma receita de antibióticos em nome de Maria, funcionária da empresa
X, a pedido desta última, para que fosse utilizada pelo Chefe da empresa X.

A funcionária Maria, posteriormente demitida, ajuizou a presente ação alegando


desconhecimento da referida receita, bem como da consulta realizada com a
Dra. Ana.

No entanto, documentos anexados aos autos, incluindo um laudo médico que


atesta a condição de depressão e psicose de Maria, indicam que esta possui
instabilidade emocional e pode apresentar lapsos de memória ou confusão
mental.

Ademais, há declaração manuscrita do próprio Chefe da empresa confirmando


que instruiu Maria a retirar a receita em seu nome, tornando legítima a ação da
Dra. Ana.

A própria Maria retirou os medicamentos no centro de saúde, como


comprovado pela Dra. Ana, evidenciando que estava ciente da receita emitida
em seu nome.

II- Dos Fundamentos Jurídicos:

O Código de Ética Odontológica estabelece, em seu artigo 7º, que é vedado ao


cirurgião-dentista "permitir que seu nome seja utilizado em anúncio ou
receituário de entidade comercial".
Entretanto, no presente caso, a Dra. Ana não agiu em desacordo com o código
ético, uma vez que a receita foi emitida a pedido do Chefe da empresa e não
com finalidade comercial.

Além disso, o artigo 16 do referido código ressalta que é dever do cirurgião-


dentista "preservar a dignidade e integridade de seus pacientes".

A Dra. Ana agiu de acordo com este preceito, atendendo ao pedido do Chefe
da empresa para fornecer assistência odontológica, ainda que indiretamente,
através da emissão da receita para a funcionária Maria.

III- Da Inexistência de Punição Anterior:

3.1. É relevante destacar que a Dra. Ana nunca foi alvo de qualquer punição ou
processo disciplinar relacionado ao exercício de sua profissão, o que demonstra
sua conduta ética e profissional ao longo de sua carreira.

IV- Da Alegação de Desconhecimento da Receita:

4.1. A alegação de desconhecimento da receita por parte de Maria, embora


possa parecer verídica à primeira vista, é contrariada pelos elementos de prova
juntados aos autos.

4.2. A Dra. Ana, em anexo à presente defesa, apresenta comprovação de que


Maria retirou os medicamentos prescritos no centro de saúde, o que corrobora
a sua ciência em relação à receita emitida.

V- Da Vingança e Psicose de Maria:

O laudo médico juntado aos autos atesta que Maria sofre de depressão e casos
de psicose, o que pode ter influenciado suas ações e percepções.

Tendo em vista o contexto emocional e mental de Maria, é plausível supor que


sua atitude de negar o conhecimento da receita emitida pela Dra. Ana seja
motivada por vingança pela demissão e por sua condição psicológica.

Diante do exposto, é imperativo que Vossa Excelência acolha a presente defesa,


reconhecendo a conduta ética e legal da Dra. Ana, que agiu de acordo com os
preceitos da profissão odontológica e em atendimento ao pedido do Chefe da
empresa.

Pelo exposto, requer a improcedência da ação movida por Maria, com a


consequente absolvição da ré, Dra. Ana, de todas as imputações que lhe foram
feitas.
Termos em que,

Pede deferimento.

Local e data.

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