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DIREITO DO TRABALHO

NR 3 II
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NR 3 II

Neste bloco, serão aplicadas as etapas que a NR estabelece para que os auditores fis-
cais enquadrem um risco. Na primeira etapa, é analisado o risco atual, isto é, a probabilidade
de um problema acontecer e a consequência esperada.
Na segunda etapa, o auditor deve analisar o risco esperado para a máquina ou para o
ambiente de trabalho como um todo. Depois, as duas etapas devem ser comparadas para
entender qual é o excesso.

3.3.12 Para ambos os riscos, atual e de referência (definidos na primeira e na segunda etapas,
respectivamente), deve-se determinar a consequência em primeiro lugar e, em seguida, a proba-
bilidade de a consequência ocorrer.

A probabilidade se dá em relação a uma determinada consequência. Primeiro, é preciso


verificar qual é o problema do ambiente de trabalho para, então, determinar a probabilidade
de que essa consequência aconteça.
Após a análise da situação atual e do risco esperado, é feita uma comparação para deter-
minar a gravidade do risco. A partir disso, é possível estabelecer se o embargo e a interdição
serão possíveis.

3.4 Requisitos de embargo e interdição


3.4.1 São passíveis de embargo ou interdição, a obra, a atividade, a máquina ou equipamento, o
setor de serviço, o estabelecimento, com a brevidade que a ocorrência exigir, sempre que o Audi-
tor-Fiscal do Trabalho constatar a existência de excesso de risco extremo (E).
3.4.2 São passíveis de embargo ou interdição, a obra, a atividade, a máquina ou equipamento,
o setor de serviço, o estabelecimento, com a brevidade que a ocorrência exigir, consideradas as
circunstâncias do caso específico, quando o Auditor-Fiscal do Trabalho constatar a existência de
excesso de risco substancial (S).

Devem ser consideradas as circunstâncias do caso específico. Se houver risco extremo,


é possível embargar ou interditar; se houver risco substancial, depende de cada caso.
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3.4.3 O Auditor-Fiscal do Trabalho deve considerar se a situação encontrada é passível de imedia-
ta adequação.

É preciso analisar se há a necessidade de interditar, pois, muitas vezes, uma simples


adequação é o suficiente. Se realmente for necessário interditar ou embargar, isso deve ser
feito no menor tempo possível, para garantir o funcionamento da atividade econômica.
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3.4.3.1 Concluindo pela viabilidade de imediata adequação, o Auditor-Fiscal do Trabalho deter-


minará a necessidade de paralisação das atividades relacionadas à situação de risco e a adoção
imediata de medidas de prevenção e precaução para o saneamento do risco, que não gerem riscos
adicionais.
3.4.4 Não são passíveis de embargo ou interdição as situações com avaliação de excesso
de risco moderado (M), pequeno (P) ou nenhum (N).

O último item é de extrema importância e pode ser objeto de prova. Não será possível
embargar se o excesso de risco for moderado, pequeno ou comum, apenas se for extremo
ou substancial.
Para saber como identificar um risco, será utilizado o seguinte exemplo: um trabalhador
que faz hambúrguer em uma máquina defeituosa de achatar a carne, que está sem cadência
e sem sensor.
Esse caso pode ser enquadrado como uma consequência severa, pois pode gerar uma
sequela definitiva, como a perda de um membro.
A primeira coisa que um fiscal do trabalho deve fazer é identificar e classificar a
consequência.

O primeiro passo é definir a consequência; o segundo passo é definir a probabilidade de


que a consequência ocorra. No exemplo mencionado, é provável.
A segunda etapa é estabelecer a probabilidade de referência. Se a máquina estivesse
funcionando bem, a sua consequência seria quase nenhuma, isto é, leve.
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Feito tudo isso, é necessário cruzar as informações, que é a terceira etapa. Cruzando
todos os elementos, encontra-se um excesso de risco extremo, que gera a possibilidade de
interdição ou embargo.

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Quando for encontrado um excesso de risco extremo ou substancial, pode haver interdi-
ção ou embargo. Quando o excesso de risco for moderado, pequeno ou nenhum, são veda-
dos o embargo e a interdição.
Quando o excesso de risco for substancial, devem ser consideradas as condições do caso
específico. No entanto, quando o risco for extremo, sempre haverá interdição ou embargo.
Nessa tabela, há um excelente material de revisão. Quando tratamos de NR 3, esses são
os pontos mais importantes.

Esse segundo quadro é aplicado da mesma forma, mas ele só será aplicado se houver
uma consequência que atinja diversas vítimas simultaneamente.
As três etapas permanecem as mesmas: classificação do risco atual, classificação do
risco de referência e análise do excesso de risco.
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Primeiro, analisa-se a consequência; depois, analisa-se a probabilidade de essa consequ-
ência acontecer. Para chegar no excesso de risco, basta fazer o cruzamento das informações.
A NR é uma das normas regulamentadoras mais importantes, por isso ela tem muita
chance de ser cobrada em uma prova.
É importante que se crie o hábito de ler as normas regulamentadoras pelo menos uma
vez a cada dois dias, até o dia da prova.
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Assim que os conceitos forem entendidos, deve-se partir para a leitura da letra seca da NR.

3.5 Disposições Finais


3.5.1 A metodologia de avaliação qualitativa prevista nesta norma possui a finalidade específica
de caracterização de situações de grave e iminente risco pelo Auditor-Fiscal do Trabalho, não se
constituindo em metodologia padronizada para gestão de riscos pelo empregador.
3.5.1.1 Fica dispensado o uso da metodologia prevista nesta norma para imposição de medida de
embargo ou interdição quando constatada condição ou situação definida como grave e iminente
risco nas Normas Regulamentadoras.
3.5.2 O embargo e a interdição são medidas de proteção emergencial à segurança e à saúde do
trabalhador, não se caracterizando como medidas punitivas.

O embargo e a interdição não são multas, penalidades ou sanções administrativas. Eles


se justificam para evitar um prejuízo que foi analisado como grave.

3.5.2.1 Nas condições ou situações de trabalho em que não haja previsão normativa da situação
objetivo (risco de referência), o Auditor Fiscal do Trabalho deverá incluir na fundamentação os cri-
térios técnicos utilizados para determinação da situação objetivo (risco de referência).

O objetivo é que o auditor fiscal do trabalho consiga trazer parâmetros objetivos e fun-
damentação. A ideia é tirar a margem de discricionariedade em relação ao embargo e à
interdição.

3.5.3 A imposição de embargo ou interdição não elide a lavratura de autos de infração por descum-
primento das normas de segurança e saúde no trabalho ou dos demais dispositivos da legislação
trabalhista relacionados à situação analisada.
3.5.4 Durante a vigência de embargo ou interdição, podem ser desenvolvidas atividades necessá-
rias à correção da situação de grave e iminente risco, desde que garantidas condições de seguran-
ça e saúde aos trabalhadores envolvidos.
3.5.5 Durante a paralisação do serviço, em decorrência da interdição ou do embargo, os trabalha-
dores receberão os salários como se estivessem em efetivo exercício.

Enquanto houver o embargo ou a interdição, haverá uma hipótese de interrupção do con-


trato de trabalho.
20m

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula pre-
parada e ministrada pela professora Fernanda da Rocha Teixeira.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.

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