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Elaboração
Fabiana Gomes Prais
Colaboradores
Danielle Aparecida Barbosa ¹
Maristela Esmério de Andrade Pessoa ²
Miriam Célia dos Santos ³
Roselaine de Jesus Medeiros ⁴
Belo Horizonte, MG
2024
_____________________________________________________________________________________
1. Formada em Pedagogia e Psicologia, Mestre em Psicologia, atua como Analista Executiva de Defesa Social na Diretoria de Ensino
e Profissionalização do Depen. 2. Formada em Letras, atua como Policial Penal, Diretora de Ensino e Profissionalização do Depen. 3.
Formada em Pedagogia, atua como Analista Executiva de Defesa Social, Coordenadora da Diretoria de Ensino e Profissionalização
do Depen. 4. Formada em Pedagogia, Mestre em Educação Prisional, atua na Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais.
Conversa Inicial 5
1. EDUCAÇÃO: DIREITO PARA AS PESSOAS EM SITUAÇÃO DE PRIVAÇÃO
DE LIBERDADE 6
1.1 Direito à educação em âmbito internacional 6
1.2 Como as legislações e normativos retratam o direito à educação para as
pessoas em situação de privação de liberdade 17
1.3 Panorama da oferta da educação formal no Sistema Prisional de Minas Gerais
20
1.4 A Diretoria de Ensino e Profissionalização (DEP) da Secretaria de Estado de
Justiça e Segurança Pública 30
1.5 Remição de pena 39
2. A COMUNICAÇÃO ENTRE A UNIDADE PRISIONAL E A ESCOLA 42
2.1 O papel do Analista Executivo de Defesa Social (ANEDS) - Pedagogo servidor
da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública - Sejusp 42
2.2 O papel do Pedagogo servidor/designado da Secretaria de Estado de
Educação 46
2.3 O Núcleo de Ensino e Profissionalização (NEP) 49
2.4 Organograma e fluxo de comunicação 50
2.5 O Conselho Disciplinar na Unidade Prisional 52
2.6 A Comissão Técnica de Classificação 54
3. O ACESSO DE SERVIDORES/COLABORADORES À UNIDADE PRISIONAL 56
3.1 Objetos de entrada proibida ou restrita 60
3.2 Entrada e utilização de equipamentos eletrônicos 61
3.3 Procedimento de revista 62
3.4 Vistoria e guarda de pertences 66
3.5 Como agir em situações de risco à segurança 69
4. O PROCESSO DE RESSOCIALIZAÇÃO DO PRESO 72
4.1 Acolhida 72
4.2 Assistência material 73
4.3 Assistência multiprofissional ao preso 75
CONCLUSÃO 77
Sugestões de Leitura 78
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 81
Conversa Inicial
Fonte: https://st.depositphotos.com/1428083/2946/i/600/depositphotos_29460297-stock-photo-bird-cage.jpg
5
1. EDUCAÇÃO: DIREITO PARA AS PESSOAS EM SITUAÇÃO
DE PRIVAÇÃO DE LIBERDADE
Fonte: https://racismoambiental.net.br/wp-content/uploads/2018/05/direito-educa%C3%A7%C3%A3o-pfdc-750x410.jpg
6
Começamos com uma importante reflexão sobre a garantia e o direito
das pessoas que se encontram em contextos de privação de liberdade. Para
iniciarmos, trazemos a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), de
1948 - documento orientador das ações tomadas pela Organização das Nações
Unidas (ONU), pelos países membros e signatários, como o Brasil, no que tange
o direito à educação. Percebemos que, embora o documento não destaque de
forma específica a educação nos contextos das prisões, podemos
compreendê-lo como uma referência normativa para se pensar a educação
nesses espaços, principalmente, pelo seu caráter humanitário e influenciador
que se estende para as questões que tratam das penalidades aplicadas às
pessoas privadas de liberdade.
7
importantes ao longo da história, sobre o direito à educação que se tornaram
preponderantes na construção das políticas públicas e legislações nacionais.
8
Assim, emergentes aos discursos construídos e das conferências
realizadas, ainda na década de 1990, destacamos, especialmente, a V
Conferência Internacional de Educação de Adultos (CONFINTEA), realizada na
Alemanha em 1997, promovida pela UNESCO. O discurso à época destacava que:
9
Nessa perspectiva, sobressai-se o conceito de educação ao longo da
vida, fundamental para a conquista do direito à educação para todos. Nessa
mesma direção, reflete-se a educação como um direito e não como uma forma
compensatória, como em muitos momentos foram caracterizadas as políticas de
educação de adultos em âmbito nacional. Com o objetivo de refletir sobre as
políticas públicas voltadas para EJA, as CONFINTEAs foram importantes
movimentos que fomentaram as reflexões que orientaram e fortaleceram os
compromissos dos Estados Membros sobre a temática, nesse movimento de
reafirmação e consolidação do direito:
10
situações de vida com melhor qualidade, recompõe identidades,
valoriza culturas marginalizadas, promove redes afetivas e permite
(re)conquistar a cidadania. (ONOFRE, 2017, p. 173).
11
acordo com as características e modalidades adequadas às suas necessidades e
disponibilidades.
Fonte:https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRKZ20emuvcNZKvH9lgZGyEhvNlr-95oIa3EA&usqp=CAU
12
Essa orientação legal confere aos Estados autonomia para ofertar essa
modalidade, resguardando suas características locais. Dessa forma, o
entendimento da educação deve abranger a vida familiar, o trabalho, a
valorização dos movimentos sociais e as manifestações culturais, o que nos
remete a pensar, entre outros, na pluralidade de seus sujeitos que recebem as
políticas promovidas pelo Estado.
13
recolhimento temporário suficiente ao preparo do indivíduo ao
convívio social e não implica a perda de todos os direitos (TEIXEIRA,
2007, p. 17)
14
A educação é direito de todos e dever do Estado, inclusive para quem
não teve acesso na idade regular e visa ao pleno desenvolvimento da pessoa
humana, independente da condição em que se encontra (BRASIL, 1988). Isso é
importante, pois a sociedade tende a pensar que a função das prisões é castigar
aquelas pessoas que cometeram algum tipo de crime/delito. Diferente desse
pensamento, a prisão cumpre uma importante função social no
encaminhamento dos seus custodiados, para viverem novamente em sociedade.
Fonte: https://ponte.org/a-luta-pelo-direito-a-educacao-de-pessoas-jovens-e-adultas-nas-penitenciarias/
15
Sustentada no fato de que a educação é um direito que deve ser
estendido por toda a vida para todas as pessoas, Maeyer (2006) reconhece que
não se trata apenas da recepção de conhecimentos e conteúdos científicos, mas
de aprendizagens que façam sentido para os aprisionados, ajudando-os a
refletirem, inclusive, sobre as condições que os levaram para aquela situação e
suas possibilidades de mudá-las. Corroborando essa ideia, para Julião (2016) a
educação nas prisões tem uma destacada função na conscientização das pessoas
encarceradas, de modo a tornar possível mudarem seus comportamentos ainda
dentro das prisões e fora delas, tentando assumir melhores condições para se
viver em sociedade.
16
convívio em sociedade, mas trata-se de garantir um direito humano inalienável
que todos devem ter acesso, estando livres ou não.
Fonte: https://www.redebrasilatual.com.br/wp-content/uploads/2017/07/e52e2a56-68fb-423d-b8b1-bc89971ab58a.jpeg
17
Prevenção do Crime e o Tratamento dos Delinquentes, realizado em Genebra
em 1955;
18
● Resolução CNE/CEB nº 02, de 19 de maio de 2010 - Dispõe sobre as Diretrizes
Nacionais para a oferta de educação para jovens e adultos em situação de
privação de liberdade nos estabelecimentos penais, no art. 3º, inciso I: “é
atribuição do órgão responsável pela educação nos estados e no Distrito Federal
(Secretaria de Educação ou órgão equivalente) e deverá ser realizada em
articulação com os órgãos responsáveis pela sua administração penitenciária”;
19
● O Plano Nacional de Educação (PNE/2001) - Instituído pela Lei nº 10.172
de 09 de janeiro de 2001;
Minas Gerais
20
de convênio firmado para promover a educação nos estabelecimentos penais do
Estado.
Dicas de leitura:
Disponível em:
https://www.educacao.mg.gov.br/documentos-legislacao/resolucao-see-n-o-4-9
48-2024/
Disponível em:
https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2020/09/Caderno-II-Singularizacao
_eletronico.pdf
21
Plano Estadual de Educação para Pessoas Presas e Egressas no âmbito
de Minas Gerais
22
8. Promoção da igualdade efetiva e a garantia de assistência
educacional, considerando as especificidades das mulheres, idosos,
estrangeiros, população LGBTQIAP+, indígenas e minorias étnico-raciais, pessoas
com transtorno mental e pessoas com deficiência.
23
3- Disponibilizar a rede lógica totalmente isolada da rede da Unidade Prisional e
conectividade banda larga para acesso à internet nas escolas das Unidades
Prisionais, inclusive nos laboratórios de informática, bem como prover e
monitorar a segurança da rede e controle de acesso e uso da internet no que se
refere a configuração dos links ADSL, apontamento para central de acesso,
configuração do serviço de Proxy e DNS e definição das diretrizes;
24
10- Garantir o provimento e manutenção da composição do quadro de
profissionais da educação, de forma a permitir o pleno funcionamento dos
cursos e projetos desenvolvidos pelas escolas estaduais inseridas nas Unidades
Prisionais, de acordo com a legislação vigente;
25
16- Garantir o acesso, a permanência e a ampliação do atendimento na
Educação Básica aos indivíduos privados de liberdade, independentemente do
quantitativo de matrículas.
Compete à SEJUSP/MG:
1.1 - Nas Unidades Prisionais em que houver salas de aula ou salas passíveis de
adaptação e adequação, assegurar sua destinação para atividades educacionais;
1.2 - Nas Unidades Prisionais em que houver áreas disponíveis para edificação
de escolas, assegurar sua destinação para a construção.
26
5- Responsabilizar-se pela limpeza e conservação dos ambientes onde
funcionam as escolas de segundo endereço inseridas nas Unidades Prisionais,
bem como dos laboratórios de informática e bibliotecas escolares por meio de
mão de obra dos indivíduos privados de liberdade, devidamente classificados
pela Comissão Técnica de Classificação – CTC;
5.1 - Os dias da limpeza deverão ser definidos pelos Gestores das Unidades
Prisionais, em conformidade com a Direção escolar de modo a não prejudicar
nem comprometer os procedimentos diários de segurança, devendo a limpeza
do ambiente ser realizada no mínimo 2 (duas) vezes por semana.
9-Apresentar aos profissionais designados pela SEE para atuação nas escolas
inseridas em Unidades Prisionais as normas e os procedimentos de segurança,
por meio da Diretoria da Unidade Prisional e Núcleos de Ensino e
Profissionalização, bem como responsabilizar-se pela sua segurança na execução
do trabalho.
27
Prisionais, bem como os processos avaliativos de aprendizagem, propondo
reformulações, quando se fizerem necessárias;
13- Disponibilizar alimentação, para os servidores da SEE que atuarem por mais
de 4 (quatro) horas nas escolas inseridas nas Unidades Prisionais.
28
Documentação para matrícula na escola referência da Unidade
Prisional
29
- Os indivíduos privados de liberdade que irão participar das atividades
educacionais deverão assinar o Termo de Compromisso, fornecido pelo ANEDS -
Pedagogo, que será inserido no Prontuário Geral Padronizado de Ensino (PGPE);
30
1.4 A Diretoria de Ensino e Profissionalização (DEP) da Secretaria de
Estado de Justiça e Segurança Pública
31
leitura, exames educacionais, programas de correção de fluxo, de qualificação
técnica, profissional e tecnológica, ensino superior, itinerários complementares,
socioculturais, artísticos e esportivos com primazia ao atendimento
individualizado capaz de identificar e valorizar as potencialidades dos presos;
32
A DEP está segmentada em três núcleos para ênfase nas ofertas
específicas que tratam da educação formal e não formal nas Unidades Prisionais
do Estado de Minas Gerais:
Educação básica
Fonte:
https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSFbf7yoIq-4jzqE70FBsk89shWShO48-7buqrIw74VayWHpjHOpfzzYZUNlP
vua2aYAx4&usqp=CAU
Dica de Leitura:
33
RESOLUÇÃO CONJUNTA SEJUSP/SEE/ MG No 10 DE 15 DE MARÇO DE 2023. Constitui
Comissão para o cumprimento das ações educacionais da rede pública estadual dentro
das unidades prisionais (convencionais, de custódias alternativas, as médico penais,
transitórias e de demais classificações) do Estado de Minas Gerais.
Educação Profissional
Você sabia?
34
As escolas certificadoras vinculadas à Secretaria de Estado de Educação
disponibilizam os certificados de aprovação no Exame Nacional de Certificação
de Competência de Jovens e Adultos (ENCCEJA) e Exame Nacional do Ensino
Médio (ENEM) para pessoas privadas de liberdade representadas pelos
responsáveis pedagógicos formalmente identificados.
seguranca.minas
Ensino Superior
35
De acordo com o Art. 442 do Regulamento e Normas de Procedimentos
do Sistema Prisional de Minas Gerais (ReNP):
36
Trata-se de nota técnica com a finalidade de apresentar manifestação do
Departamento Penitenciário Nacional e do Conselho Nacional de Justiça sobre
procedimentos quanto às ações de fomento à leitura, à cultura e aos esportes
em ambientes de cárcere, integrando a política de educação para o sistema
prisional.
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-n-391-de-26-de-agosto-de-202
0-274726255
https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2021/09/nota-tecnica-72-fomento
-a-leitura-cultura-esportes.pdf
37
Ensino Médio, de escolas públicas municipais, estaduais e federais, e escolas
privadas, bem como aos respectivos professores, escolas e secretarias de
educação, todos localizados no território brasileiro.
38
entrevista dos custodiados e os orienta sobre as oportunidades de ingresso em
atividades educacionais existentes (educação básica, cursos, remição pela
leitura, ensino superior, atividades socioculturais).
39
objetivo principal. Cabe ao Estado a responsabilidade de oferecer recursos e
oportunidades que a favoreçam, respeitando o direito constitucional de acesso
à educação.
Como documentar?
41
2. A COMUNICAÇÃO ENTRE A UNIDADE PRISIONAL E A
ESCOLA
42
Conheça as atribuições do responsável pelo NEP - Núcleo de Ensino e
Profissionalização. De acordo com a subseção III do ReNP - Regulamento e
Normas de Procedimento, art. 157:
- Solicitar, por meio de ofício, desde que o preso tenha informado qual foi
a última instituição de ensino em que estudou, histórico escolar, de modo
a dar celeridade ao processo de inclusão às atividades educacionais;
44
- Encaminhar, quando solicitado, o atestado de dias estudados e/ou
Certificado de Conclusão de Cursos de Educação Profissional de
Formação Inicial e Continuada ou Qualificação Profissional e/ou Certidão
de Conclusão do Ensino Fundamental ou Médio, obtidos por participação
em Exames de Certificação;
45
- Incentivar o pré-egresso para que dê continuidade aos estudos e à
profissionalização com vistas à sua reinserção social e sucesso pessoal;
46
Abaixo as atribuições dos cargos efetivos que compõem as carreiras dos
Professores de Educação Básica e Especialista de Educação Básica.
47
psicopedagógicos e como ordenador das influências que incidam sobre a
formação do educando;
48
4. Exercer atividade de coordenação pedagógica de área de conhecimento
específico, nos termos do regulamento;
49
Percebam que o Analista Executivo de Defesa Social - Pedagogo
atuante na Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP) e o
Especialista de Educação Básica (EEB) atuante na Secretaria Estadual de
Educação (SEE) possuem atribuições distintas.
50
Informará a DEP eventuais descumprimentos da SEE para o funcionamento da
escola, seja suprimento de materiais escolares, construção e reformas, ou
quaisquer outras intercorrências que venham a interromper as atividades
escolares
51
Caro(a) Cursista!
52
De acordo com o art. 91 do Decreto Estadual nº 46.647/2014, cabe à Diretoria
Geral “e) organizar o Conselho Disciplinar e a Comissão Técnica de Classificação”.
53
O Conselho Disciplinar é composto por, no mínimo, 06 (seis) titulares,
capazes e experientes, a saber:
IV – Membros votantes:
54
2.6 A Comissão Técnica de Classificação
55
3. O ACESSO DE SERVIDORES/COLABORADORES À
UNIDADE PRISIONAL
56
Vestir-se discretamente, sem acessórios chamativos, tais como brincos grandes,
colares, anéis, óculos de sol, maquiagem carregada, perfumes marcantes e
esmaltes de cores fortes ou escuras;
57
h) Cuidado e respeito no trato com as pessoas, subordinados, superiores e
colegas; praticar a cortesia e a urbanidade e respeitar a capacidade e as
limitações individuais de colegas de trabalho e dos usuários do serviço público,
sem preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião,
preferência política, posição social e outras formas de discriminação.
58
h) Ter manifestações de afeto, inclusive através de contato físico e
conduta libidinosa de qualquer natureza.
59
Estar pontualmente presente ao início da aula e permanecer até o
término do horário, exceto por medida de segurança quando solicitado pela
Unidade Prisional;
61
§ 6º Ficam autorizados, quando em diligências na Unidade Prisional,
Magistrados, Promotores de Justiça, Defensores Públicos, Membros
dos Departamentos Penitenciários, Membros do Conselho Nacional
de Política Criminal e Penitenciária e Membros do Conselho
Penitenciário, portarem aparelhos telefônicos móveis, no âmbito das
dependências administrativas do Estabelecimento.
62
Art. 318. Durante o procedimento de revista os menores de idade
deverão estar acompanhados do responsável legal ou pessoa por este
indicada.
I – bermudas e “piercing”;
Tipos
O SCANNER CORPORAL
63
Art. 321. Nas Unidades Prisionais que dispuserem de scanner corporal
será obrigatória a revista mediante passagem das pessoas pelo
equipamento, devendo ser observado o respectivo protocolo de uso.
Atenção!
64
II - previamente à realização da revista íntima, o Diretor da Unidade
Prisional fornecerá ao visitante declaração escrita sobre os motivos e
fatos objetivos que justifiquem o procedimento.
III - quando não houver tempo suficiente para sua expedição prévia,
o documento a que se refere o inciso II deste artigo será fornecido até
24 (vinte e quatro) horas depois da revista íntima, sob pena de sanção
administrativa.
REVISTA INVERTIDA
De acordo com o ReNP, art. 329, serão submetidos à revista apenas com
detector de metais:
65
IV - Vereadores do município sede da Unidade Prisional;
66
Subseção I – DA GUARDA DOS PERTENCES DOS SERVIDORES E PRESTADORES
DE SERVIÇO
Art. 340. Uma vez revistadas, as pessoas não poderão manter contato
com quem ainda não passou pelo procedimento e, todas as vezes que
necessitarem sair da área de segurança da Unidade Prisional ou ter
acesso a seus pertences deverão ser revistadas novamente.
68
Art. 346. Somente quando estiverem uniformizados, os servidores e
prestadores de serviços poderão adentrar na área de trânsito e
permanência de presos, podendo levar consigo apenas documentos
pessoais, objetos de higiene pessoal e alimentação para o dia, bem
como o equipamento de trabalho.
69
Art. 708. Configura rebelião o evento iniciado como motim em que há
perda parcial ou total da área de segurança da Unidade Prisional,
havendo ou não refém.
I - Diretor Geral;
II - Diretor de Segurança;
V - Coordenador de Tráfego;
VI - Diretor Administrativo;
IX - Equipe de Manutenção; e
Como agir?
70
De acordo com o ReNP:
71
4. O PROCESSO DE RESSOCIALIZAÇÃO DO PRESO
Caro Aluno(a)!
Vídeo: https://youtu.be/SCbxHE75S1I
72
4.1 Acolhida
I - assistência jurídica;
a) duas calças;
b) uma bermuda;
II - objetos pessoais:
e) um copo plástico;
g) um lençol;
i) um cobertor;
j) oito preservativos; e
74
§ 1º Os itens constantes no item II deste artigo serão trocados
periodicamente, mantida a quantidade descrita.
a) jurídica;
c) ensino e profissionalização;
d) trabalho e produção;
75
Para tanto, comporta os núcleos: jurídico, de saúde e atendimento
psicossocial, de ensino e profissionalização e de trabalho e produção.
76
III - respeitar as normas do regime prisional, estabelecidas por leis,
decretos, resoluções e portarias;
CONCLUSÃO
77
A vocês que trabalham, promovem e permitem que esse processo
transformador aconteça dentro das Unidades Prisionais, nosso reconhecimento,
admiração e respeito.
Sucesso!
Fonte:
http://www.depen.seguranca.mg.gov.br/index.php/noticias-depen-mg/3072-detentos-do-complexo-penitenciario-nelson-hungria-
recebem-diploma-do-ensino-medio
78
Sugestões de Leitura
79
“questão carcerária”, demarcada por superencarceramentos, motins,
organização de facções criminosas e constantes rebeliões no sistema
penitenciário. A obra demonstra como os conflitos penitenciários,
gradualmente, influenciaram para a formação do espaço de militância que se
ocupou em combater violações aos direitos civis e para, inclusive, mobilizar
intelectuais e militantes engajados, dispostos em institucionalizar políticas
educacionais para pessoas privadas de liberdade no Brasil.
80
Prisão: lugar de castigo ou de preparo para reconviver com a sociedade? A tradição
histórica é a da penitenciária, isto é, lugar de penitenciar-se, sofrer pelos pecados. Esta
visão insuficiente esquece que as penas são finitas e um dia o preso voltará à
sociedade. Como? Para delinquir ou viver uma vida nova? Em vez de ações educativas,
atividades culturais e formação profissional, instala-se a ociosidade no Brasil e em
muitos outros países. Este livro é um desafio ao clima de ócio: escrito por muitas mãos
do Brasil, Argentina e Portugal, de várias especialidades, apresenta experiências
concretas e reflexões sobre as prisões. Mostra que a mudança é possível, inclusive para
grupos mais vulneráveis entre os vulneráveis, como as mulheres. A obra se destina à
sociedade em geral, a educadores, operadores do Direito, àqueles que trabalham com
os internos. Eles podem, apesar dos muitos pesares, acender a luz da esperança e a
sociedade espera a sua esperança.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
81
BRASIL. Lei no 13.163, de 09 de setembro de 2015. Modifica a Lei no 7.210, de
11 de julho de 1984 - Lei de Execução Penal, para instituir o ensino médio nas
penitenciárias. Diário Oficial da União, Brasília, 2015.
84
SERRADO JUNIOR, Jehu Vieira. A formação do professor do sistema
penitenciário: a necessidade de uma educação reflexiva e restaurativa nas
prisões. FCT/UNESP, Presidente Prudente, 2008.
85
86