Sem in Á Rio Pneumonia

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Infeções

Respiratórias
Seminário

Infeções Respiratórias
• As vias aéreas são uma área de contacto com o meio exterior e por isso
especialmente suscetíveis a agressões do meio ambiente, incluindo vírus,
bactérias,…

• As infeções, nomeadamente as das vias aéreas superiores, são por este


motivo, muito frequentes

• Embora, os vírus (rinovirus, adenovírus, coronavírus, influenza,


parainfluenza,…), sejam os agentes etiológicos mais frequentemente
implicados, bactérias e outros agentes, mais raramente, podem estar
implicados na etiologia

• A etiologia vai sempre depender da situação do hospedeiro e das sua


comorbilidades

• Geralmente são situações com gravidade ligeira a moderada, podem,


contudo, ainda que raramente, por a vida em risco (laringites,
pneumonias,…)
Infeções Respiratórias
• Vias aéreas superiors
o Constipação vulgar
o Sinusite
o Amigdalite
o Laringite

• Vias aéreas inferiors


o Tráqueo-bronquite
o Bronquiolite
o Pneumonia

Infeções Respiratórias
• “Constipação vulgar”
o Obstrução nasal
o Odinofagia
o Cefaleis
o Dores musculares
o Tosse
o Espirros
o Sensação de mal estar ocular e geral

• Etiologia
o Mais de 200 virus podem estar na causa desta situação, porém, os mais frequentemente
identificados são os rinovirus, metainfluenza, parainfluenza, enterovirus, coronavirus, …

• Tratamento:
o Sintomático
Infeções Respiratórias
Constipação Gripe
Surge gradualmente Aparece em poucas horas
Afeta principalmente nariz e garganta Muitos sintomas constitucionais–febre alta
Sente-se mal Intensa astenia,
Mantém tarefas habituais Mialgias violentas
Não é possível trabalhar, normalmente

Infeções Respiratórias
• Sinusite
o Dor e obstrução nasal
o Redução do olfato
o Descargas purulentas
o Cefaleias
o Febre

• Diagnóstico/Tratamento
o Vírica? / Bacteriana ?
Infeções Respiratórias
Laringite (Croup) Bronquiolite (crianças)
Rouquidão Tosse
Tosse irritative Pieira
Afonia Insuficiência respiratória
Odinofagia Especialmente graves em crianças com
menos de 2 anos
Dispneia (estridor) – situação grave rmãos frequentem escola

Infeções Respiratórias
• Amigdalite
o Odinofagia
o Febre
o Pode ser vírica
o Exsudados amigadlas – sugerem a possibilidade de ser bacteriana
(Estreptococus B-hemolitico do Grupo A)

• Diagnóstico / Tratamento
o Depende da etiologia
o Se vírica – tratamento sintomático
o Se bacteriana – Amoxicilina, Penicilina (claritromicina, azitromicina -
situações de hipersensibilidade à penicilina ou seus derivados
Infeções Respiratórias
• Tráqueo-bronquite
o Tosse
o Dor ao tossir especialmente localizada na parte anterio do peito
o Tosse produtivas com esputo amarelado/esverdeado
o Mal estar torácico
o Mal estar geral
o Febre>= 38ºC
o Cefaleias

• Diagnóstico e Tratamento, depende:


o Etiologia
o Comorbilidades do doente
o Sempre: promover hidratação, controlar a febre
o …

o
PNEUMONIAS
Pneumonia “Típica” versus “Atípica”

Estreptococus pneumonia Mycoplasma pneumonia


• Início brusco • Evolução menos aguda
• Febre • Tosse seca
• Arrepios • Sintomas ligeiros
• Tosse produtiva • Infiltrados não lobares
• Dor pleurítica • Queixas sistémicas
• Infiltrados lobares • Infiltrados difusos
PNEUMONIAS

ETIOLOGIA - DECISÃO TERAPÊUTICA


Community-acquired pneumonia and influenza

hospitalisations in northern Portugal, 2000-2005

J Dias, AM Correia (anacorreia@crsp-norte-min-saude.pt), L Queirós


Department of Epidemiology, Northern Regional Public Health Centre, Porto, Portugal
Pneumonias em Internamento Hospitalar
Distribuição e Características

Internamentos por Pneumonia 2015


15000
Nº DE INTERNAMENTOS

Parâmetro Nº Falecidos Taxa de letalidade


10000 Total de doentes 38741 9129 23,56
Dts c/episódio único 35009 8035 22,95
5000
Dts reinternados 3732 1094 29,31
Total Episódios 43267 9129 21,01 (p/episódio)
0
<=1 1-10 10-50 50-60 60-70 70-80 80-90 >90

GRUPOS ETÁRIOS

Hespanhol V & Bárbara C. https://doi.org/10.1016/j.pulmoe.2019.10.003


Pneumonias em Internamento Hospitalar
Distribuição e Características

Característica nº doentes(%) nº falecidos taxa de letalidade


Letalidade Hospitalar por Idade Mediana - 80 anos (0-109)

Pneumonia
Grupos Etários
≤1 795 (2,05) 2 0,25

2015 1-10 1324 (3,42) 3 0,23


10-50 2608 (6,73) 130 4,98
50% 50-60 2259 (5,83) 270 11,95
taxa de letalidade

40% 60-70 4197 (10.83) 630 15.01

30% 70-80 8903 (22,98) 1969 22.12


80-90 14230 (36.73) 4356 30.61
20%
>90 4425 (11.42) 1769 39.98
10%
0%
Género
<=1 1-10 10-50 50-60 60-70 70-80 80-90 >90
Masculino 20183 (52.10) 4912 24.34
Grupos Etários Feminino 18558 (47.90) 4217 22.72

Hespanhol V & Bárbara C. https://doi.org/10.1016/j.pulmoe.2019.10.003

LETALIDADE HOSPITALAR
Pneumonias em 8000 30

7000
25
6000
20
Internamento 5000

4000 15

3000
10

Hospitalar 2000
5
1000

0 0
2014 Jan Fev Março Abril Maio Jun Jul Agosto Set Out Nov Dez

Mortes TotalPNM Letalidade

Hespanhol V & Bárbara C. https://doi.org/10.1016/j.pulmoe.2019.10.003


PNEUMONIA
SINAIS FÍSICOS
• Normal
• Padrão ventilatório (taquipneia)
• Posição no leito
• Percussão - macissez
• Auscultação - crepitações - aumento da transmissão do ruído
tráqueo-brônquico
• Dor á palpação epigastro
• Cianose
• Alteração do estado mental (febre alta, hipóxia, meningite, ...)

PNEUMONIA
ALTERAÇÕES LABORATORIAIS
• Leucocitose com neutrofilia (desvio esquerdo da fórmula)
• Gasometria arterial:
Hipocapnia - alcalose respiratória
Hipoxemia - hipercápnia - acidose respiratória
acidose metabólica (^lactacto, falência renal, sepsis)

• Alterações hidro-electrolíticas e da função renal


PNEUMONIAS

ETIOLOGIA - DECISÃO TERAPÊUTICA

• A identificação do agente causal de uma infecção


respiratória é inferior a 50% (usando todos os testes
disponíveis)
• Frequente discordância entre o “Gram” e o resultado da
cultura
• A primeira decisão terapêutica é geralmente empírica
• A escolha da estratégia é definida a partir da prevalência
dos agentes

Infecções Respiratórias
Não Tuberculosas

• Testes rápidos disponíveis

o Atg estreptocócio
o Legionella (sangue/urina)
o Influenza
o VSR
o …

Charles Patrick GP et al. 2008 Curr Opin Pulm Med. 14: 176-182
PNEUMONIAS

ETIOLOGIA - DECISÃO TERAPÊUTICA

Pneumonias em Internamento Hospitalar


Etiologia – Distribuição Etária

Etiologia - Distribuição Etária


100%

80%

60%

40%

20%

0%
≤1 1_10 10_18 18_50 50_65 65_75 75_85 > 85

Pneumo Gram+ Atípicos Gram- StafR StafS


Pneumonias em Internamento Hospitalar
Etiologia

Etiologia - Grupo Etário ≤75 a Etiologia – Grupo Etário > 75a


100% 100%

80% 80%

60% 60%

40% 40%

20% 20%

0% 0%

Pneumococo Gram+ Atípico Gram- StafR StafS Pneumococo Gram+ Atípico Gram- StafR StafS

Hespanhol V & Bárbara C. https://doi.org/10.1016/j.pulmoe.2019.10.003

PNEUMONIA

DECISÃO DE HOSPITALIZAÇÃO
• Idade superior a 65 anos
• Doenças coexistentes (I.cardíaca, I.,renal, diabetes,..
• Pós-esplenectomia, alcoolismo cr., má nutrição
• Sinais físicos de alarme:
Frequência respiratória >= 30/min.
Pressão arterial sistólica <= 90mmhg
Pressão arterial diastólica < 60 mmhg
Temperatura > 38,3 ºC
• Evidência de locais extra-pulmonares da doença
PNEUMONIA

DECISÃO DE HOSPITALIZAÇÃO
• Alterações da consciência
• Valores laboratoriais :
Leucócitos < 4 x 10^9/L ou 30 x 10^9/L
Neutrófilos < 1x 10^9/L
PaO2 < 60 mmhg ou PaCO2 > 50 mmhg a FiO2=21%
• Necessidade de ventilação mecânica
• Creatinina superior a 1,2 mg/dl
• Rad.de tórax com envolvimento de mais de um lobo,
cavitação, derrame pleural ou evidência de progressão

PNEUMONIA

DECISÃO DE HOSPITALIZAÇÃO
• Hematócrito < 30% ou Hgb < 9 g/dl
• Evidência de sepsis ou de disfunção de orgão manifestada por
acidose metabólica ou alterações da coagulação
• Más condições sociais
• “Aparência desfavorável” mesmo sem nenhum dos critérios
(vigilância 24 a 48h)

PNEUMONIA É UMA DAS PRINCIPAIS CAUSAS DE MORBILIDADE E


MORTALIDADE
Pneumonia adquirida
na comunidade
Pneumonia Comunidade

Ambulatório Internamento

s/ d. CárdioPulm c/d. CárdioPulm doença ligeira doença grave


s/ modificadores e/ou modificadores
moderada
GRUPO I GRUPO II

c/d. CárdioPulm s/ d. CárdioPulm s/ risco Pseudomona risco Pseudomona


e/ou modificadores s/ modificadores aeruginosa aeruginosa
GRUPO III A GRUPO III B Grupo IV A Grupo IV B

American Thoracic Society 2001

Pneumonia adquirida na
comunidade
• Factores modificadores - tipo de microrganismo implicado na
pneumonia:
o S. pneumoniae resistente à penicilina e resistente às drogas:
• Idade > 65 anos
• Tratamento com b-lactâmico nos últimos 3 meses
• Alcoolismo, doença imunossupressora e comorbilidades
o Bacilos entéricos gram (-)
• Residência em lar de 3ª idade
• D. Cardíaca, comorbilidades e antibioterapia prévia
o Risco de pneumonia por P. aeruginosa
• Bronquiectasias
• Corticoterapia (10 mg/dia)
• Antibioterapia de largo espectro há menos de 7 dias
• Má nutrição

American Thoracic Society 2005


Infeções Respiratórias

Infeções Respiratórias
Pneumonia adquirida na
comunidade

Pneumonia adquirida na
comunidade
Pneumonia adquirida na
comunidade

Vacinação Pneumonia
evidência cientifica

• ≥ 65 anos, não vacinados – (vac. anti-pneumocócica)


• Imunodeficiências de acordo com protocolo
• Aleatorizados para PCV13 ou Placebo
• Objectivo Principal
o Demonstrar a eficácia da PCV13 em relação à prevenção do um
1º episódio de pneumonia, confirmada, com os serotipos vacinais
Pneumonia em Adultos
exemplos clínicos

• História clínica – Tosse persistente,


expectoração mucosa, febre 38,5ºC e
mialgias de aparecimento súbito,
toracalgia à direita
• Antecedentes Pessoais – diabetes,
DPOC, GOLD II
• Exame Físico – Polipneia (20ciclos/min),
sem cianose, crepitações inspiratórios
na metade superior do hemitórax dto
• Radiografia de tórax – Opacidade do
LSD aparentemente limitada pela cisura
que está deslocada superiormente
• Estudo analítico – hemograma
(leucocitose+neutrofilia), ionograma,
ureia e glicose e creatinine (normal)
• Gasometria arterial – ph – 7,470, PaO2 -
76 mmhg;PaCO2 – 24 mmhg HCO3 – 8
mmhg, SaT O2 – 97%
Como orientar este doente?
Pneumonia em Adultos
exemplos clínicos

• História clínica – Tosse seca febre 39,5ºC,


arrepios e mal estar geral
• Antecedentes Pessoais – fumador,
demensiado
• Exame Físico – FR: 14/min, sem cianose,
crepitações inspiratórios em grande parte
do hemitórax dto e ½ superior do pulmão
esquerdo
• Radiografia de tórax – Opacidade
envolvendo a quase totalidade do
pulmão direito e ½ superior do pulmão
esquerdo
• Estudo analítico – hemograma (anemia,
leucocitose) ionograma, ureia e glicose e
creatinine (normais)
• Gasometria arterial – ph – 7,370, PaO2 - 62
mmhg;PaCO2 – 54 mmhg HCO3 – 32
mmhg, SaT O2 – 91%
Como orientar este doente?

Importância da imagiologia
descreva a radiografia de tórax

• Elementos da avaliação
radiográfica
o Orientação da radiografia
o Centrada?
o Inspirada?
o Hemicúpulas, fundos de saco e
índice cardiotorácico
o Arcos do mediastino
o Partes moles e ossos
o Pulmão – opacidades,
transparências

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