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PNEUMONIAS

NA
INFÂNCIA
PREVALÊNCIA
A pneumonia é responsável por 20% da mortalidade de menores de 5
anos ao redor do mundo. No Brasil, ocorrem em torno de 4 milhões de
casos anuais.
Nesse contexto, faz-se necessário o diagnóstico e tratamento
precoces e adequados a fim de reduzir morbidade e
mortalidade dessa doença.
Definição
Processo inflamatório que acomete o trato respiratório
inferior, mais especificamente o alvéolo, em resposta à invasão de um
agente agressor, podendo ser infeccioso ou não. Esse agente chega
até o pulmão, principalmente, pela diminuição da eficiência dos
mecanismos de defesa ou quando os agentes saturam as
barreiras de defesa do organismo.
Em relação às vias de acesso dos microrganismos aos
pulmões, são elas: aspiração de secreções das vias aéreas
superiores, via inalatória, via hematogênica, via de
contiguidade e via de translocação.
ETIOLOGIA
VIRUS SINCICIAL RESPIRATORIO (VSR)
É o agente mais frequente nas pneumonias, seguido pela influenza,
parainfluenza, adenovirus e rinovirus.
Os vírus são responsáveis por cerca de 90% dos casos de pneumonia em
menores de 1 ano e 50% em escolares.
Apesar da maior parte dos casos serem virais, uma pneumonia de etiologia
bacteriana tende a ser mais grava e ter uma maior mortalidade.

PNEUMOCOCO
Principal agente em todas as idades, exceto no período neonatal, mesmo
nas pneumonias complicadas
AGENTE ETIOLÓGICO

1 a 3 MESES 3 MESES a 4 ANOS > 5 ANOS


VÍRUS VÍRUS Pneumococo
Pneumococo Pneumococo Staphylococcus aureus
Chlamydia trachomatis Staphylococcus aureus Mycoplasma
Ureaplasma Haemophilus influenzae pneumoniae
urealyticum Moraxella catarrhalis Chlamydophila
pneumoniae
AGENTE ETIOLÓGICO

1 a 3 MESES 3 MESES a 4 ANOS > 5 ANOS


VÍRUS VÍRUS Pneumococo
Pneumococo Pneumococo Staphylococcus aureus
Chlamydia Staphylococcus aureus Mycoplasma
trachomatis Haemophilus influenzae pneumoniae
Ureaplasma Moraxella catarrhalis Chlamydophila
urealyticum pneumoniae
AGENTE ETIOLÓGICO

1 a 3 MESES 3 MESES a 4 ANOS > 5 ANOS


VÍRUS VÍRUS Pneumococo
Pneumococo Pneumococo Staphylococcus aureus
Chlamydia trachomatis Staphylococcus aureus Mycoplasma
Ureaplasma Haemophilus influenzae pneumoniae
urealyticum Moraxella catarrhalis Chlamydophila
pneumoniae
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Pneumonia típica

•IVAS, piora após 48-72 horas

•TAQUIPNEIA

•Sinais de esforço
respiratório
Shutterstock

•Ausculta pulmonar
Tipos Lobar ou típica

• Acometimento de um único
lobo ou segmento

• Principal agente (exceto RN):


Streptococcus pneumoniae
(pneumococo).
OMS e SBP
ATÉ 2 MESES ≥
60
DE 2 A <12
MESES

50
DE 1 ATÉ 5 ANOS ≥
40
Tipos Broncopneumonia

• Primário de vias aéreas e do


interstício ao redor

• Staphylococcus aureus e
Streptococcus pyogenes
Quando pensar em
estafilococo? Staphylococcus aureus
Coco gram-positivo em cachos ou isolado
Muito virulento Disseminação
hematogênica

✔ Comorbidades: FC
✔ Pneumonia muito grave
✔ Mais de uma complicação
✔ Infecções de pele
✔ Infecções
osteoarticulares
Tipos Intersticial/atípica

• inflamação intersticial e pode


evoluir com infiltração
parenquimatosa secundária

• Mycoplasma pneumoniae
Chlamydophila
pneumoniae
ESFORÇO RESPIRATÓRIO

Balanço de
cabeça
Gemência
Estridor

INTERNAR!
Ausculta

•Estertores finos localizados


•Aumento do frêmito toracovocal
•Broncofonia aumentada
•Diminuição MV (DP)
Classificação
AIDIPI
Um dos seguintes sinais: PNEUMONIA GRAVE
• Qualquer sinal de perigo
rigo DOENÇA OU
• Tiragem subcostal MUITO GRAVE
• Estridor em repouso

Respiração rápida PNEUMONIA


PNEUMO
Nenhum dos sinais acima NÃO É PNEUMONIA
Sinais de perigo
SINAIS DE PERIGO - AIDPI (OMS)

• Estridor em repouso
• Sensório alterado (sonolência, letargia, irritabilidade)
• Recusa de líquidos
• Vômitos incoercíveis
• Esforço respiratório grave (movimentos involuntários de cabeça, gemência, batimento de
asa do nariz)
• Cianose central
• SatO2 <92%
• Tempo de enchimento capilar lentificado
• Convulsões
Radiografia
• Não é necessária para casos sem
gravidade
• Realizar se: dúvida, internação, suspeita
de complicações
•ACHADOS
• Opacidade homogênea
• Pneumatoceles
• Broncogramas aéreos
• Derrame pleural
TRATAMENTO
Tratamento ambulatorial

•Sem necessidade de exames de imagem


•Amoxicilina 50 mg/kg/dia (12/12 ou 8/8hs)
•7 a 10 dias
•Obrigatório REAVALIAR EM 48 HORAS!!
Tratamento ambulatorial:
reavaliação
Persistência da febre:
•Descartar complicações (derrame, pneumatoceles
Aumentar amoxa para 80-90mg/kg/dia (pneumoresistente)

OU
•Amoxa-clavulanato (moraxela e hemófilus

OU
•Cefuroxima (moraxela e hemófilus)
Tratamento hospitalar

• PNEUMONIA COM SINAIS DE GRAVIDADE/COMPLICAÇÃO


• Hemograma, hemocultura (7%) e exame de imagem

• Ampicilina ou penicilina (até 2 meses associar


aminoglicosídeo)

• Estafilococo? OXACILINA!

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Tratamento hospitalar

om
c
•PERISTÊNCIA DA FEBRE

.
• Avaliar a presença de complicações: RX
s
o
• Sem complicações: ampliar o espectro
e
id
(cefalosporina de terceira geração)
b

v rou
• Suspeita de atípica: macrolídeos

ed i

o é o

m Có
a
p

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Derrame pleural:

om
c
•Principal complicação

.
os
•Quando suspeitar? Febre persistente sem
melhora

de
•Presença de líquido entre as pleuras

vi ❖ Semiologia: MV abolido e macicez


diminuição do frêmito TV r o
u b à percussão,

ed i
ãn
o é o
❖ Dor pleurítica (ventilatório-dependente)

m óp
•Radiografia, USG

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C
a
om
.c
os
de ♥

vi roub

ed i

o é o

m Có
a
p

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Derrame pleural: conduta

om
c
DP=Toracocentese

.
s
DRENAGEM EM SELO DÁGUA:

o
•Líquido purulento

de
•Bactéria no Gram ou cultura

i
•pH<7,1
b

v•Glicose <40mg/dl rou

ed •DHL:>1000
i

o é o

m p
Có (>50% do tórax)
•Derrame volumoso

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a
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Pneumonia atípica

om
.c
•Maiores de 5 anos

os
• Mycoplasma pneumoniae Chlamydophila pneumoniae

de
•Febre baixa no início, odinofagia,rouquidão,

i
otalgia, mialgia, cefaleia, exantema
b

v rou
•Quadro de tosse arrastada

ed n
•Ausculta inespecífica
i
ão é o
com estertores, sibilos

m Có
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Radiografia

om
.c
os
de INFILTRADO
INTERSTICIAL

vi roub BILATERAL

ed i

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Pneumonia atípica

om
.c
os
e
•Hemograma: normal

id
•Sorologia
b

v•Tratamento: macrolídeos r ou

ed i

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Pneumonia afebril do lactente

om
c
•Lactente jovem até os três meses

.
s
•Chlamydia trachomatis e Ureaplasma ureatyticum

eo
•Antecedente de parto normal

id
•Conjuntivite prévia
b

v•Afebril, tosse arrastada r ou

ed o é o
nã sibilos, taquipneia
•Ausculta com estertores,
i
m leve Có
a
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Radiografia

om
.c
os
e
•NORMAL

id •PADRÃO
b

v r o u
INTERSTICIAL

ed i

o é o

m
(SES) do Distrito Federal, 2015.

a
p
Fonte: Imagem extraída de uma prova do concurso da SECRETARIA ESTADUAL DE SAUDE
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Pneumonia afebril do lactente

om
.c
os
de
•Hemograma com eosinofilia

vi
•Tratamento macrolídeos
roub

ed i

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Pneumonia parasitária: sd
Loeffler
om
.c
os
• Condições precárias de saneamento
• Tosse, sibilância, dispneia

de
• Imagens algodonosa arredondadas

vi que
mudam s
de roub

ed posição
pi
ão é o
n

m
• Eosinofiliaó(>10%)
C
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om
.c
os
de ♥

vi roub

ed i

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Pneumonia parasitária: SANTA

om

.c
Strongyloides stercoralis

os
(estrongiloidíase)
Ascaris lumbricoides (ascaridíase)

e

d

Necator americanus (ancilostomose)

vi
Toxocara canis (toxocaríase)
r oub
Ancylostoma duodenale (ancilostomose)

d

é o o
ã

me Có
a
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n
Fonte: Cheema HA, Waheed N, Saeed A. Rare presentation of haemobilia and Loeffler's pneumonia in
a child by ascaris lumbricoides. BMJ Case Rep. 2019;12(8):e230198. Published 2019 Aug 28.
doi:10.1136/bcr-2019-230198).

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.c
Obrigada
o s
de
@dra.andreamakssoud

vi r oub
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