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DISFUNÇÕES DA BUROCRACIA E MODELOS DE ORGANIZAÇÕES

Arthur Henrique Lopes Feitosa1


Gabriela Stefanne Castelo Branco da Silva2
João Vitor Sousa Ramos3
Karla Alexandra Chaves Chaves4
Lucas Felipe Cunha Loredo5
Rianderson Pereira Correa6

1 INTRODUÇÃO
No Capítulo 5 – Max Weber e a Teoria das Organizações, do livro Teoria Geral da
Administração, o autor trata sobre as disfunções da burocracia, suas consequências e novos
modelos de organização. Em contrapartida ao modelo ideal de burocracia de Weber,
pesquisadores como Charles Perrow, William Roth e Robert K. Merton propuseram listar as
disfunções da burocracia.
2 DESENVOLVIMENTO
Charles Perrow considera que o tipo ideal de burocracia weberiana nunca será
alcançado já que os funcionários das organizações não são seres exclusivamente burocráticos
pois os seus interesses pessoais coexistem com os profissionais. Dentre as disfunções
apresentadas por Perrow, temos particularismo, que ocorre quando as pessoas levam para
dentro das organizações os interesses de grupos em que estão inseridos; satisfação de
interesses pessoais, que consiste em usar a organização para satisfazer interesses pessoais;
excesso de regras, trata-se da multiplicidade de regras e exigências para obtenção de
determinado serviço; e hierarquia, que advém da negação da autonomia, espontaneidade,
criatividade, dignidade e independência.
Já William Roth cita o ponto de vista de Katz e Kahn de que as burocracias diminuem
a variação do comportamento dos empregados e considera que o crescimento das
organizações acentua as desvantagens da burocracia por conta de 5 obstáculos, sendo esses o
mecanicismo, onde a pessoa executa as funções de acordo com um escopo definido,
desperdiçando talento e levando o indivíduo a situações alienantes; a interrupção de fluxo de
informação, que consiste em muitos níveis de hierarquia, dificultando a comunicação entre
líder e quem executa determinada atividade, sendo corrigido no final do século XX, graças às
práticas de reengenharia e downsizing; desestímulo à inovação, onde o indivíduo em cargo de
chefia não tem nenhum interesse em descobrir novos talentos entre seus subordinados para
que não haja prejuízos; e indefinição de responsabilidade, considera que a administração
hierarquizada não tem a responsabilidade pelos resultados e sua eficiência não pode ser
avaliada com precisão.
Por último, Merton discorda de Weber e considera que seu modelo ideal de burocracia
negligência o peso do fator humano e destaca as seguintes disfunções, valorização excessiva
de regulamentos, excesso de formalidade, resistência a mudanças, despersonalização das
relações humanas, hierarquização do processo decisório, exibição de sinais de autoridade e
dificuldades no atendimento dos clientes.
Na década de 1960, novos modelos foram descobertos através de pesquisas e
mostraram que o funcionamento das organizações dependia muito mais das pessoas do que de
regras impessoais do tipo ideal de Weber. Eram chamados de modelo pós-burocrático, modelo
orgânico e Sistema 4.
3 CONCLUSÃO
Os novos modelos foram criados considerando o tipo ideal de Weber como régua para
análise do nível de burocracia das organizações. Segundo o autor, consideram-se dois tipos, o
mecanicista, mais adequado a condições ambientais relativamente estáveis, e o orgânico, para
ambientes organizacionais mais dinâmicos, com ênfase na cooperatividade de conhecimento e
não a especialização.

REFERÊNCIAS

MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Teoria Geral da Administração: da revolução


urbana a revolução digital. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.

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