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Universidade Católica de Moçambique


Instituto de Educação à Distância

O Tempo e Aspecto gramatical

Brenda Fobis Canhongo Almazia – 708221400

Curso: Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa


Turma:
Disciplina: Linguística Descritiva do Português II
Ano de Frequência: 3oAno
Primeiro trabalho
Tutor:

Tete, Abril, 2024


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FolhadeFeedbac
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Classificação
Categorias Indicadores Padrõe Pontuaçã Nota
Subtotal
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 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectosorga  Introdução 0.5
Estrutura nizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização(I
ndicaçãoclaradopro 1.0
blema)

Introdução  Descrição
1.0
dosobjectivos
 Metodologiaadequa
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trabalho
 Articulação

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Conteúdo
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linhas
NormasAPA6ªe  Rigor e coerência
Referências dição dascitações/referên 4.0
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citações e
bibliografia
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Folhapararecomendaçõesdemelhoria:Aserpreenchidapelotutor

Índice

CAPITULO I - INTRODUÇÃO...............................................................................................................5

1.Contextualização....................................................................................................................................5

1.1.Objectivos...........................................................................................................................................6
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1.1.1.Geral.................................................................................................................................................6

1.1.2.Específicos.......................................................................................................................................6

1.2.Metodologias.......................................................................................................................................6

CAPITULOII – FUNDAMENTAÇÃOTEÓRICA..................................................................................7

2.O tempo e aspecto gramatical................................................................................................................7

2.1.Categoria tempo..................................................................................................................................7

2.2.Categoria aspecto, sua relação com tempo e construção de sentidos.................................................7

2.2.1.Tempo verbal...................................................................................................................................8

2.2.2.Aspecto verbal..................................................................................................................................8

2.2.3.Aspecto perfeito...............................................................................................................................8

2.2.4.Aspecto imperfeito...........................................................................................................................8

2.2.5.Aspecto Perfectivo e Imperfectível..................................................................................................8

2.2.6.Implicações comunicativas..............................................................................................................9

2.2.7.Diferença entre Tempo e Aspecto Gramatical.................................................................................9

2.2.8.Distinção entre as Categorias Linguísticas Tempo e Aspecto.........................................................9

2.2.9.Outros Recursos que Veiculam Valores Aspectuais........................................................................9

CAPITULO III........................................................................................................................................11

3.Conclusão.............................................................................................................................................11

4.Referências bibliográficas....................................................................................................................12

CAPITULO I - INTRODUÇÃO
1. Contextualização
Neste presente trabalho da cadeira de Linguística Descritiva do Português II, tem como tema “O
Tempo e Aspecto gramatical”. Tem sido difícil entender, ou melhor, estabelecer claramente a
distinção entre TEMPO e ASPECTO gramatical, uma vez que ambos parecem referir-se a um
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mesmo conceito. Na verdade, eles são bem distintos. Se por um lado, é importante compreender os
conceitos de tempo de enunciação e tempo do enunciado, por outro, não é menos importante
entender que entre estes dois tempos existe o ponto de referência, que é intermédio entre aqueles
dois. Então, se debruce em torno da temática. Aspectos a ter em conta na pesquisa: A diferença entre
tempo e aspecto gramatical; A distinção da categoria linguística tempo e da categoria linguística
aspecto; outros recursos que igualmente podem veicularem valores aspectuais. Desde os primórdios
da linguagem, os seres humanos têm buscado formas de expressar não apenas o que está
acontecendo, mas também quando e como as acções são realizadas.

O tempo e aspecto gramatical são ferramentas fundamentais nesse processo, permitindo que os
falantes comuniquem não apenas eventos, mas também nuances temporais e aspectuais que
acrescentam profundidade e precisão à comunicação. Esses conceitos são universais, encontrados em
praticamente todas as línguas do mundo, ainda que manifestados de formas diversas.
Ao entendermos como o tempo e aspecto funcionam em uma língua específica, podemos não apenas
interpretar melhor o significado das expressões linguísticas, mas também comunicar nossas próprias
ideias de maneira mais eficaz e sutil.

Nesta análise, vamos explorar a distinção entre tempo e aspecto gramatical, examinando como esses
conceitos são utilizados em diferentes línguas e contextos linguísticos. Além disso, vamos investigar
outros recursos que podem ser empregados para transmitir valores aspectuais, enriquecendo ainda
mais nossa compreensão da linguagem humana. Ao fazer isso, estaremos mergulhando em uma
jornada de descoberta linguística que nos ajudará a desvendar as complexidades temporais e
aspectuais da comunicação verbal.

Quanto a estrutura, o trabalho é estruturalmente dividido em três (3) capítulos, nomeadamente:


Introdução, Fundamentação teórica; Considerações finais e referências bibliográficas.
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1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
 Conceituar o tempo e aspecto gramatical.
1.1.2. Específicos
 Diferenciar o tempo e aspecto gramatical;
 Explicar a categoria linguística tempo e a categoria linguística aspecto.
 Descrever outros recursos que igualmente podem veicular valores aspectuais.

1.2. Metodologias
Para a realização do trabalho recorreu-se a diversas fontes com a finalidade de reunir uma
informação satisfatória e de fácil compressão através de consulta de obras, revisões bibliográficas e
pesquisas que efectuamos na biblioteca electrónica, que versam sobre o tema em destaque nas quais
vem mencionadas no fim do trabalho.
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CAPITULOII – FUNDAMENTAÇÃOTEÓRICA
2. O tempo e aspecto gramatical
2.1. Categoria tempo
Assim como a pessoa e o espaço, o tempo faz parte das categorias da enunciação. Para conceituar a
categoria tempo, é necessário, primeiramente, distinguir o tempo físico, o tempo cronológico e o
tempo linguístico. O físico como “um contínuo uniforme, infinito, linear, segmentável à vontade”. É
possível entender esse tempo como o intervalo entre o início e o fim de um movimento do mundo
físico, como o dia é o intervalo entre o início e o fim do movimento de rotação da Terra. Relacionado a
este tempo está o tempo cronológico, denominado de tempo crónico, que é o tempo dos
acontecimentos, que engloba nossa própria vida enquanto sequência de acontecimentos. Para o autor, é
este tempo que faz parte da nossa visão de mundo e da nossa existência pessoal, pois é com ele que
localizamos os acontecimentos no tempo. Tempo e aspecto são conceitos fundamentais na gramática
que descrevem a maneira como o tempo é expresso e como as acções são vistas em relação a sua
conclusão ou continuidade. Aqui está uma breve explicação sobre ambos. (Benveniste, 2006).

2.2. Categoria aspecto, sua relação com tempo e construção de sentidos


Castilho (1968) define aspecto como sendo a visão objectiva da relação entre o processo e o estado
expressos pelo verbo e a ideia de duração ou desenvolvimento. Esta categoria expressa uma ideia mais
concreta e objectiva da acção, porquanto exprime as diferentes maneiras de se conceber a constituição
temporal interna de uma situação. A noção aspectual não é expressa apenas pelo verbo, posto que,
como afirma Castilho (1968), o aspecto é uma categoria de natureza léxico-sintática, pois, em sua
caracterização, interagem o sentido que a raiz do verbo contém e elementos sintácticos, tais como
adjuntos adverbiais, complementos e tipo oracional. (Amaral, 2003).

Tempo: Refere-se ao momento em que uma acção ocorre. Em muitas línguas, incluindo o
português, o tempo é expresso através de formas verbais que indicam o momento exacto, como
passado, presente e futuro. Exemplos em portugueses incluem "eu comi" (passado), "eu como"
(presente) e "eu comerei" (futuro). (Castilho, 2012).
Aspecto: Refere-se à natureza da acção em relação ao seu desenvolvimento ou conclusão. Existem
principalmente dois aspectos: aspecto perfeito e aspecto imperfeito.
Aspecto perfeito: Expressa acções que são vistas como completas, acabadas, ou pontuais. Em
português, é comummente expresso pelo pretérito perfeito, como em "eu comi", indicando uma
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acção completada no passado. (Castilho, 2012).


Aspecto imperfeito: Expressa acções que são vistas como contínuas, incompletas, ou em
progresso. Em português, é comummente expresso pelo pretérito imperfeito, como em "eu comia",
indicando uma acção contínua no passado. (Bagno, 2003).

Ambos tempo e aspecto trabalham juntos para fornecer uma imagem completa da ação em um
contexto específico, permitindo que os falantes comuniquem não apenas quando algo aconteceu, mas
também como essa acção se relaciona com o tempo e sua conclusão.

2.2.1. Tempo verbal


Em muitas línguas, os verbos são conjugados de acordo com o tempo em que uma acção ocorre. No
português, temos diferentes tempos verbais, como presente, pretérito (passado) e futuro, cada um
indicando um momento específico no tempo em que a ação ocorre. Por exemplo:
Presente: "Eu como"
Pretérito (passado): "Eu comi"
Futuro: "Eu comerei". (Ferreira, 2018).

2.2.2. Aspecto verbal


Além do tempo, os verbos podem expressar diferentes aspectos, relacionados à forma como a ação é
vista em relação à sua conclusão ou continuidade.

2.2.3. Aspecto perfeito


Expressa uma acção concluída, acabada, ou pontual. No português, é frequentemente expresso pelo
pretérito perfeito, como em "eu comi".

2.2.4. Aspecto imperfeito


Expressa uma acção contínua, incompleta, ou em progresso. No português, é frequentemente expresso
pelo pretérito imperfeito, como em "eu comia".

2.2.5. Aspecto Perfectivo e Imperfectível


Em algumas línguas, como o russo, além do aspecto perfeito e imperfeito, há a distinção entre aspecto
perfectivo e imperfectivo, que se relaciona mais directamente com a completude da ação. O aspecto
perfectivo enfatiza a completude da acção, enquanto o imperfectivo enfatiza a continuidade ou
repetição da acção. (Faraco, 2013).
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2.2.6. Implicações comunicativas


O uso de diferentes tempos e aspectos verbais não apenas indica o momento da acção, mas também
influencia a forma como essa acção é percebida e interpretada pelo interlocutor. Por exemplo, o uso do
pretérito perfeito em português pode indicar que uma acção foi concluída no passado, enquanto o uso
do pretérito imperfeito pode sugerir que uma acção estava em andamento ou ocorria regularmente em
um momento específico no passado.

2.2.7. Diferença entre Tempo e Aspecto Gramatical


Tempo: Refere-se ao momento em que uma acção ocorre. É expresso por formas verbais que
indicam se a acção está acontecendo no presente, passado ou futuro. Exemplos incluem "eu como"
(presente), "eu comi" (passado) e "eu comerei" (futuro).
Aspecto: Refere-se à maneira como uma acção é vista em relação à sua completude ou
continuidade. Ele descreve a natureza da acção, se é pontual, contínua, repetida, etc. Exemplos
incluem o aspecto perfeito (indicando uma acção completa, como em "eu comi") e o aspecto
imperfeito (indicando uma acção em progresso, como em "eu comia").

2.2.8. Distinção entre as Categorias Linguísticas Tempo e Aspecto


Tempo: É uma categoria linguística que se relaciona directamente com o momento em que uma
ação ocorre. Os tempos verbais indicam se a acção está acontecendo no presente, passado ou
futuro. Em muitas línguas, os tempos são expressos por conjugações verbais específicas.
Aspecto: É outra categoria linguística que descreve a natureza da acção em relação à sua
completude ou continuidade. Ela se refere a como a acção é vista, se é vista como completa, em
progresso, repetida, etc. Os aspectos são frequentemente expressos através de conjugações verbais
específicas ou por meio de auxiliares verbais. (Ferreira, 2015).

2.2.9. Outros Recursos que Veiculam Valores Aspectuais


Além dos tempos verbais e de formas específicas de conjugação, existem outros recursos na língua que
podem veicular valores aspectuais:

Advérbios: Certos advérbios podem modificar o aspecto de uma ação, indicando sua completude,
continuidade, frequência, etc. Por exemplo, "eu comi rapidamente" (completude rápida), "eu comia
sempre" (continuidade frequente).
Expressões temporais: Frases ou expressões temporais podem indicar o aspecto de uma acção,
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fornecendo informações sobre sua duração, frequência, etc. Por exemplo, "todos os dias"
(frequência), "por um longo tempo" (duração). (Oliveira, 2002).
Construções verbais especiais: Algumas línguas usam construções verbais especiais para
expressar certos aspectos, como o progressivo em inglês ("I am eating"), que indica uma acção em
curso.
Partículas aspectuais: Em algumas línguas, partículas ou palavras específicas são usadas para
marcar o aspecto de uma acção. Por exemplo, em mandarim, "le" é frequentemente usado para
indicar a completude de uma acção.
Uso contextual: O contexto em que uma frase é usada pode influenciar a interpretação do aspecto.
Dependendo do contexto, uma frase pode ser entendida como indicando uma acção completa,
contínua, habitual, etc. Esses recursos adicionais complementam os tempos e aspectos verbais na
comunicação, permitindo uma expressão mais precisa das nuances temporais e aspectuais das
acções. (Bechara, 2006).
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CAPITULO III
3. Conclusão
Em poucas palavras, o estudo do tempo e aspecto gramatical é essencial para compreender como as
acções são expressas e interpretadas em uma língua. Enquanto o tempo se refere ao momento
específico em que uma acção ocorre (passado, presente, futuro), o aspecto descreve a natureza da
acção em relação à sua completude, continuidade ou repetição. A distinção entre essas categorias
linguísticas permite uma comunicação mais precisa e detalhada. Além dos tempos verbais e aspectos
gramaticais, outros recursos, como advérbios, expressões temporais e construções verbais especiais,
são utilizados para transmitir nuances adicionais sobre a natureza das acções. Ao entender e dominar
esses conceitos, os falantes podem expressar-se de forma mais precisa, transmitindo não apenas
quando uma acção ocorre, mas também como ela é vista em relação ao seu desenvolvimento e
conclusão. O uso adequado do tempo e aspecto contribui significativamente para a clareza e eficácia
da comunicação linguística.
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4. Referências bibliográficas

1. Amaral, Emília et al. (2003). Novas palavras – português – ensino médio. São Paulo:
FTD.

2. Bagno, Marcos. (2003). Preconceito linguístico: o que é, como se faz. São Paulo, Loyola,

3. Bechara, Evanildo. (2006). Moderna Gramática Portuguesa. 37. ed. Rio de Janeiro:
Lucerna.

4. Castilho, A & Elias, V. M. ( 2012). Pequena Gramática do Português Brasileiro. São Paulo,
Contexto.

5. Coroa, M. L. ( 2005). O tempo dos verbos do Português: uma introdução à sua


interpretação semântica. São Paulo: Parábola.

6. Faraco C. E. et al. (2013). – Língua Portuguesa – Linguagem e Interação – Vol. 1 (p. 280
a 284.). São Paulo: Scipione.
7. Faraco, Carlos Emílio & Moura, Francisco. ( 2002). Língua e Literatura. São Paulo:
Ática,

8. Ferreira, E. L. M. & Vicente, H. S. G. (2015). Linguística gerativa e “ensino” de


concordância na Educação Básica: contribuições às aulas de gramática. Linguagem &
Ensino, Pelotas, v.18, n.2, p. 425-455, jul./dez.

9. Gomes, Ana Quadros & Mendes, Luciana Sanches. (2018). Para conhecer semântica. São
Paulo: Contexto.

10. Maia, João Domingues. (2002). Português – vol. Único. Série novo ensino médio. São
Paulo: Ática,
11. Oliveira, Roberta Pires de. (2004). Semântica Formal: uma breve introdução. Campinas:
Mercado das Letras.
12. Travaglia, L. C. (1996). Gramática e interacção: uma proposta para o ensino de
gramática no 1º e 2º graus. São Paulo: Cortez Editora.

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