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Aula 1. Educação Especial
Aula 1. Educação Especial
FONTE: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/special-needs-students-tutoring-isolated-cartoon-2226302763
• Entender o processo da Educação Especial
nos aspectos históricos e legais;
• Diferenciar Educação Especial de Educação
Inclusiva;
• Conhecer as principais teorias e paradigmas
educacionais que envolvem a Educação
Especial;
• Conhecer sobre o processo avaliativo na
OBJETIVOS DA DISCIPLINA Educação Especial;
• Refletir sobre o processo de medicalização
na sociedade contemporânea e suas
implicações no contexto educacional.
A disciplina está organizada em 3 unidades,
contendo 9 temas. Vejamos:
UNIDADE 1 UNIDADE 2 UNIDADE 3
4 Avanços e desafios: políticas
7 Enfrentando Desafios: a
1 Trilhando os caminhos da inclusivas internacionais e a
educação na era das
Educação Especial escolarização da Educação
mudanças
Especial no Brasil
8 Promovendo a Educação
2 Paradigmas educacionais no 5 Teorias pedagógicas: por Inclusiva: recursos
contexto da Educação Especial onde navegamos pedagógicos e estratégias de
acessibilidade escolar
3 Da legislação à formação 6 A Teoria Histórico-Cultural: 9 Os Impactos da
inicial: buscando romper o contribuições de Vygotsky para Medicalização na Sociedade
paradigma do capacitismo a Educação Especial Contemporânea
Sugestão de vídeo
Pontos principais: convivência com
a diversidade e audiodescrição
https://www.youtube.com/watch?v=yYZOJ-Rn9hU&t=88s
* Encontro on-line: Peça para os acadêmicos acessarem o link do Mentimeter
https://www.mentimeter.com/pt-BR/features/word-cloud e compartilharem suas percepções
sobre o que entendem por Educação Especial.
FONTE: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/special-education-practice-educating-students-way-1635993880
De acordo com a Política Nacional de Educação Especial na
Perspectiva da Educação Inclusiva (2008): Ainda, de acordo com o livro de
estudos da disciplina de Educação
Especial (2023):
A Educação Especial é uma modalidade de ensino
que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades, É importante enfatizar que a Educação
realiza o atendimento educacional especializado, Especial é reconhecida como uma
disponibiliza os recursos e serviços e orienta quanto modalidade da educação que se dedica ao
a sua utilização no processo de ensino e atendimento de alunos com necessidades
aprendizagem nas turmas comuns do ensino regular. educacionais específicas: “alunos com
(BRASIL, 2008, s/p.). deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação” (BRASIL, 2008, p.
9), oferecendo suportes, recursos e
Já a educação inclusiva constitui um paradigma estratégias para promover a aprendizagem e
educacional fundamentado na concepção de direitos o desenvolvimento desses estudantes. A
humanos, que conjuga igualdade e diferença como educação inclusiva vai além, sendo uma
valores indissociáveis, e que avança em relação à perspectiva que busca garantir a participação
ideia de equidade formal ao contextualizar as plena e equitativa de todos os alunos,
circunstâncias históricas da produção da exclusão independentemente de suas diferenças,
dentro e fora da escola. (BRASIL, 2008, s/p.). dentro do ambiente escolar.
(FIGUEROA et al, 2023, p. 42).
UNIDADE 1
TEMAS DE APRENDIZAGEM
✓ TEMA DE APRENDIZAGEM 1
TRILHANDO OS CAMINHOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
✓ TEMA DE APRENDIZAGEM 2
PARADIGMAS EDUCACIONAIS NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
✓ TEMA DE APRENDIZAGEM 3
DA LEGISLAÇÃO À FORMAÇÃO INICIAL: BUSCANDO ROMPER O PARADIGMA DO
CAPACITISMO
Como educadores, para compreendermos a inclusão, é necessário entender o contexto
escolar como um universo da diversidade e das diferenças de corpos, experiências e
tipos de aprendizagem, ou seja, um lugar composto por indivíduos com sentidos
históricos e culturais. É preciso encontrar caminhos para romper paradigmas, estigmas e
provocarmos, juntos, mudanças na percepção do outro e para com o outro.
• A Educação Especial teve a história constituída por um processo de identidade
resultante de uma percepção trazida do século XVI da área da saúde.
• Havia uma crença de que a pessoa que estivesse fora dos padrões sociais e médicos
de normalidade deveria ser mais bem cuidada e protegida se confinada em ambiente
separado (asilos e manicômios). Isso também serviria para proteger a sociedade dos
“anormais”, uma vez que pessoas com deficiência eram consideradas ineducáveis.
MODELO SOCIAL
• atribui as desvantagens individuais e coletivas
das pessoas com deficiência, principalmente a
discriminação institucional.
MODELO MÉDICO
• enfatiza a deficiência, considerando a pessoa
incapacitada como um problema.
• Com base em Jannuzzi (2004), a partir da década de 1930, houve uma mudança
significativa na abordagem das questões relacionadas à deficiência no Brasil. Foram
sendo criados grupos para estudo do tema, criação de escolas próximas a hospitais
para oferecer melhores condições, etc.
Lei de Proteção
Lei de Amparo aos Constituição
aos Excepcionais
Deficientes Mentais Federal de 1988 – Lei Brasileira de Inclusão
(Lei nº 3.198/1957)
(Lei nº 6.494/1977) cita o termo da Pessoa com Deficiência
– na década de
– na década de “Portador de (Lei nº 13.146/2015) – a
1950, a legislação
1970, utilizava-se o deficiência”, mas legislação brasileira atual
brasileira utilizava o
termo “deficientes reconhece e adotou “pessoa com
termo
mentais” para se assegura igualdade deficiência” como forma de
“excepcionais” para
referir a pessoas e os direitos das promover a inclusão e
se referir às
com deficiência pessoas com enfatizar o respeito à
pessoas com
intelectual deficiência dignidade e aos direitos
deficiência
(BRASIL, 1977). (BRASIL, 1988). desse público (BRASIL,
(BRASIL, 1957).
2015).
De acordo com Mendes (2006), a reforma iniciada na década de
1980, conhecida como “movimento pela excelência na escola”,
buscou minimizar, nos problemas educacionais, mecanismos de
controle por meio de testes padronizados de desempenho, a fim de
reforçar um padrão que não considerava a diversidade.
• A Educação Inclusiva teve sua origem nos Estados Unidos, resultante dos movimentos
sociais de pais e alunos com deficiência, que reivindicavam o acesso de seus filhos
com necessidades educacionais específicas às escolas de qualidade, por meio do
reconhecimento e da valorização da diversidade e do multiculturalismo.
SURDO,
orais. Portanto, não é mudo, sendo a
CEGO/PESSOA
PESSOA
CEGA
SURDA expressão “surdo-mudo” inadequada.
No livro de estudos da
disciplina há mais
PESSOA COM DEFICIÊNCIA
BAIXA VISÃO AUDITIVA nomenclaturas para
serem estudadas.
Durante a sua trajetória escolar, quantas
pessoas com deficiência fizeram parte
do seu cotidiano, você se recorda? Hoje,
na sua vida adulta, você costuma se
relacionar com pessoas com
deficiência? Vamos dialogar!
A inclusão da pessoa com deficiência na escola regular de ensino
promove, à pessoa com deficiência e a todos os envolvidos, o
desenvolvimento do respeito, da tolerância e da empatia, mas,
acima de tudo, proporciona o convívio com a diversidade, a fim
de que todos os envolvidos possam entender que a sociedade é
composta por pessoas diversas, que possuem suas
particularidades e individualidades e, independentemente das
necessidades, das condições de vida ou das limitações, é preciso
garantir os direitos delas, o que inclui a educação, a saúde, a
moradia e todos os fatores que lhes possibilitam o reconhecimento
como cidadão da nossa sociedade.
Você sabe o que
é
É um termo que envolve a convivência de inclusão?
diversidades. As diferenças são próprias do E integração? Pode ser definida, segundo Rodrigues
indivíduo, enquanto a ação coletiva e o (2008), como um processo que pressupõe
trabalho em conjunto promovem a ampliação uma participação tutelada. O aluno deve se
da formação humana de todos os envolvidos. adaptar ou se adequar ao ambiente
Para além desse fato, a inclusão abarca uma da escola. Isso significa que, em consonância
ação, um movimento que considera e com os princípios da integração,
respeita a diversidade, além de abranger o é o estudante que precisa se esforçar para se
princípio da equidade como garantia para a adequar e permanecer no ensino
igualdade de direitos humanos (LEITE; regular.
BORELLI; MARTINS, 2013).
✓ Como futuro profissional da educação, é preciso entender que não podemos reduzir a
inclusão a uma crença errônea de que basta inserir as crianças, jovens e adultos
público-alvo da educação especial em uma escola regular, que estarão efetivamente
incluídos (MENDES, 2006).
✓ Assumimos, então, que a educação inclusiva decorre muito mais das ações de
legitimação que da mera aceitação do outro no mesmo espaço.
✓ Incluir requer uma ação coletiva. Portanto, defender uma educação inclusiva exige
uma ação conjunta dos pais, da sociedade e de todos os agentes do ambiente
escolar, a fim de garantir as condições necessárias para o ensino e o aprendizado da
criança, independentemente da condição, da situação ou da necessidade dela.
✓ Para Sassaki (1997), a inclusão é um ato cotidiano, que abrange as ações que
precisam acontecer dentro e fora da escola, para que, aos poucos, a igualdade de
condições, a valorização do outro, a partir das potencialidades dele, e a abrangência
e a incorporação de valores e comportamentos gradativamente no contexto
educacional sejam parte integrante das práticas inclusivas.
✓ Tanto a Convenção de Guatemala quanto a Carta do Terceiro Milênio são deliberações que
reconfiguraram a ação educativa e todo o trabalho docente, pois passou-se a ter o
entendimento de que devemos considerar os estudantes de forma individualizada, dado que
cada um apresenta características e necessidades diferentes. Além disso, é sustentado que
cada estudante precisa ser visto na sua diversidade, cultura e condições socioemocionais.
✓ Diniz (2007) destaca a importância de adotar uma abordagem social da
deficiência, em contraste com o modelo médico ou individualizado.
Cápsula do Conhecimento
Inclusão
Link:
https://www.youtube.com/watch?v=QnJVpWUXmtE
Foi maravilhoso ter você
REFERÊNCIA: conosco nesta disciplina!!
Bons estudos!