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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS – FEF.

FA FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS – FIFE.

Projeto Psicossocial
Grupo de atendimento Psicoeducativo com idosos

Estagiária: Mariane Aparecida Ferreira

Supervisor: Eduardo Hideto Kawahara Filho

Fernandópolis
2024

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C.N.P.J.(M.F.) 49.678.881/0001-93
Avenida Teotônio Vilela, s/n -Campus Universitário – Fone 17 3465-0000 Caixa Postal 120 - CEP 15600-000 - Fernandópolis -
SP
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I – INTRODUÇÃO
O local escolhido para realizar o estágio, foi o Centro de Referência de
Assistência Social (CRAS) de Santa Albertina/SP, a porta de entrada das famílias
para a Política de Assistência Social. Garante acesso aos direitos sociais das
famílias e /ou indivíduos que estão em situação de vulnerabilidade e/ou risco social.
Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos – SCFV: Todos os
serviços de convivência e fortalecimento de vínculos visam desenvolver o
sentimento de pertença e de identidade, fortalecer vínculos familiares e incentivar a
socialização e a convivência comunitária, prevenindo a institucionalização e a
segregação de crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, oportunizando o
acesso às informações sobre direitos e participação cidadã.
Núcleo de Convivência de Idosos – NCI - É um serviço socioeducativo voltado
aos idosos com idade igual ou superior a 60 anos, e tem o objetivo de desenvolver
atividades que estimulem a convivência social, comunitária e o fortalecimento de
vínculos familiares. Previne as situações de risco social, valoriza suas experiências e
estimula a autonomia, contribuindo para o envelhecimento saudável. Oferece
atendimento no domicílio, por meio de acompanhamento domiciliar aos idosos em
situação de isolamento, dependência de cuidados e que não conseguem frequentar
o serviço em suas atividades de convivência.
No decorrer dos últimos anos, a população de pessoas idosas no território
nacional tem se elevado significativamente, em função do aumento da expectativa
de vida. Diversas políticas públicas sociais direcionadas à referida clientela foram
elaboradas e instituídas com o intuito de favorecer a melhoria da qualidade de vida
dessas pessoas. Além disso, para atender aos objetivos propostos voltados para a
determinação da atuação do CRAS quanto ao atendimento e inserção do idoso aos
programas de proteção social, e identificação das possíveis dificuldades
encontradas no processo.
É notório que as políticas inerentes à esfera socioassistencial, voltadas para
as pessoas idosas vem ocasionando transformações significativas no cenário
familiar desse público. A melhoria na qualidade de vida dos idosos está
intensamente relacionada à consolidação de direitos sociais específicos
direcionados para o referido público, que preconizam a respeito da viabilização de
serviços de atendimento ao idoso e ações que visam integrá-los à sociedade,

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caracterizada como medidas socioassistenciais de suma relevância, tendo em vista

que além das diferenças de cunho cronológico existentes no segmento da terceira
idade, pode-se observar também as divergências de caráter socioeconômico, sendo
que, agregadas a esses aspectos, estão as necessidades e as demandas
específicas oriundas dessa etapa da vida humana que por sua vez devem ser
analisados e evidenciados na elaboração de políticas públicas.

II- METODOLOGIA
O projeto de atendimento psicoeducativo com os idosos tem a finalidade de
trabalhar os temas estipulados mensalmente pela instituição, viabilizar momentos de
descontração através de atividades variadas, tanto físicas, recreativas e de
socialização, fazendo com que seja recuperada a autoestima dos idosos.
Proporcionar bem-estar físico, psíquico e social, promover integração e
socialização entre os idosos, motivar a superação dos obstáculos impostos pela
deficiência, idade e até pela sociedade, quebrar a rotina diária, mudando os hábitos
cotidianos.
A socialização desempenha um papel muito importante na promoção do bem-
estar e da qualidade de vida geral dos idosos. À medida que as pessoas
envelhecem, manter uma vida social ativa e prazerosa torna-se cada vez mais
importante para a saúde mental, emocional e, até mesmo, física.
A interação com outras pessoas oferece benefícios como a redução de
sentimentos depressivos, melhoria da função cognitiva, aumento do humor e
aumento da satisfação geral com a vida. A socialização desempenha um papel
muito importante na promoção do bem-estar e da qualidade de vida geral dos
idosos.
Os encontros aconteceram semanalmente no CRAS, por meio de vídeos,
músicas, poemas, dinâmicas, documentários, reflexões e roda de conversa,
designadas a temas específicos.
Os grupos psicoeducativos têm como objetivo conhecer as crenças, ideias e
sentimentos de seus participantes, visando à reflexão das experiências e a mudança
da realidade, por meio de aspectos educativos e da estimulação de novas
aprendizagens e da comunicação no grupo.

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III – CRONOGRAMA

FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

Tema: Tema: Tema: Tema: Tema:
Ciclos de vida, Igualdade de Diversidade e Violência e Cultura e
desafios e gênero inclusão violação de tradições
potencialidade social direitos
s

IV – DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES

Fevereiro: No primeiro encontro será realizada a apresentação da estagiária,
nos demais encontros do mês de fevereiro será abordado o tema ciclos de vida, que
se refere ao conjunto de transformações que podem passar os indivíduos de uma
espécie para assegurar a sua continuidade. Os seres humanos passam por 4 fases
na vida, que são: infância, adolescência, idade adulta e velhice. Elas ocorrem dentro
do ciclo da vida que possui dois grandes eventos: o nascimento e a morte. Cada
uma delas ocorre na espécie humana a partir de uma idade específica, embora não
seja igual para todos.
Com foco na velhice, o primeiro quesito importante é aprender a respeitar o
poder de decisão. O idoso que alcança a terceira idade com lucidez deve ter a sua
independência e capacidade cognitiva respeitadas. Os responsáveis pelos idosos
devem garantir um suporte nas atividades de rotina e estar sempre atentos para
perceber alguma variação no grau de funcionalidade e de dependência. Porém, é
preciso ter habilidade para ajudar no que for preciso e estipular o limite entre o que o
idoso pode decidir sozinho ou não.
Nessa fase é muito importante elevar a autoestima, ser mais ativo
socialmente, envelhecer com mais qualidade de vida, estimular o cérebro, praticar
exercícios físicos, manter o acompanhamento com uma equipe de saúde. Essa é
fase em que a pessoa apresenta mais experiência de vida, podendo nos ensinar
muitas coisas interessantes.

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Março: Nesse mês o tema abordado será igualdade de gênero, atualmente, o

conceito mais aceito diz que seria uma série de “normas sociais” atribuídas a certo
grupo. Por exemplo: imagine uma pessoa que nasce com o sexo feminino. Ela muito
provavelmente será, desde pequenininha, conduzida a “se sentar como uma
mocinha”, a brincar com “brinquedos de menina” e a ser delicada, permissiva e
gentil. Os meninos, por sua vez, têm brinquedos diferentes, e características como a
agressividade e a impulsividade tendem a ser valorizadas ao longo do crescimento.
Assim, podemos perceber que o conceito de gênero está atrelado ao que a
sociedade espera que seja o comportamento adequado para uma pessoa que
nasceu sob determinado sexo. Ainda assim, pessoas trans também podem sofrer
com essas implicações.
A igualdade de gênero, portanto, é a ideia de que pessoas que se identificam
com qualquer um dos gêneros devem ter direitos e oportunidades iguais na
sociedade. Lembrando que direitos são normas e leis, que estão previstas na
Constituição, mas que nem sempre têm validade prática igual para todos.
Além de ser um direito humano básico, a igualdade entre os sexos foi
considerada um dos pilares para a construção de uma sociedade livre, o que é
crucial para acelerarmos o desenvolvimento sustentável. Empoderar mulheres e
meninas tem um efeito multiplicador e colabora com o crescimento econômico e o
progresso.
Abril: Nesse mês o tema abordado será diversidade e inclusão social, uma
pauta que fala sobre pessoas, suas singularidades, vivências, experiências e formas
de se colocar no mundo; e o modo em que serão inseridas em diversos espaços
sociais, econômicos, políticos e corporativos.
A diversidade está relacionada ao conceito de pluralidade, ou seja,
características, comportamentos e valores que tornam as pessoas únicas.
Diversidade pode ser entendida como quaisquer características que diferem as
pessoas uma da outra. Também significa multiplicidade e variedade, estando ela
relacionada a todos os atributos que caracterizam ou diferenciam os indivíduos
dentro de uma sociedade. Essas características podem ser físicas ou até mesmo de
personalidade, como veremos adiante.
O conceito de inclusão é a capacidade de entender e reconhecer o outro que
é diferente em um ou vários aspectos, respeitando suas pluralidades e o integrando

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no ambiente. A inclusão é o ato de criar espaços saudáveis para pessoas com

aspectos diferentes do seu, aceitando e lidando com as diferenças.
Deste modo, é possível adaptar o ambiente para que todos que estejam
presentes sejam respeitados e consigam conviver independente das singularidades.
Além da importância de entender o que é diversidade e inclusão, é fundamental
saber diferenciar os tipos de cada uma delas.
Maio: Nesse mês o tema abordado será violência e violação de direitos,
qualquer tipo de violência contra uma pessoa, desde violência física, psicológica e
crimes contra a vida até agressões que violam a honra, o direito à liberdade civil e
política e violações gerais podem ser consideradas violação de direitos humanos.
Ainda é possível encontrar pessoas que por conta do modo de funcionamento
de nossa sociedade, não possuem plena consciência de seus direitos. Não se
percebem enquanto vítimas das violências e/ou violações de direitos às quais estão
submetidas. Isso gera dificuldades quando se trata de fortalecer a proteção social
das famílias e indivíduos. Assim, torna-se essencial ampliarmos nossa noção de
direitos e de cidadania, para avançarmos na defesa, proteção e promoção dos
direitos da população.
A violência e a violação de direitos constituem fenômenos de causas
multifatoriais e não podem ser compreendidos apenas como resultantes da
desigualdade social e da pobreza. No entanto, o risco de que tais situações ocorram
é maior entre as pessoas que vivenciam mais diretamente situações de
desigualdade e risco social. As situações de violência e violação de direitos, se
expressam de diferentes formas, desde as mais graves que atentam contra a vida,
até as de difícil percepção, como a violência psicológica.
Junho: Nesse mês o tema abordado será cultura e tradições, a cultura
compreende o conjunto de costumes e tradições de um povo os quais são
transmitidos de geração em geração. Como elementos culturais representativos de
um determinado povo destacam-se: língua, crenças, comportamentos, valores,
costumes, religião, folclore, dança, culinária, arte, dentre outros.
O que diferencia uma cultura das outras são os elementos constitutivos, que
consequentemente, compõem o conceito de identidade cultural. Isso significa que
indivíduo pertencente a determinado grupo se identifica com os fatores que

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determinam sua cultura. A diversidade cultural engloba o conjunto de culturas que

existem.
Esses fatores de identidade distinguem o conjunto dos elementos simbólicos
presentes nas culturas e são eles que reforçam as diferenças culturais que existem
entre os seres humanos. Muitos pesquisadores afirmam que o processo de
globalização interfere na diversidade cultural. Isso porque há um intenso intercâmbio
econômico e cultural entre os países, os quais muitas vezes, buscam a
homogeneidade.
Finalmente, durante esses cinco meses acontecera vinte encontros,
destinados a ser trabalhado esses temas específicos, a cada semana as atividades
acontecerão por meio de vídeos, músicas, poemas, dinâmicas, documentários,
reflexões e roda de conversa.

VI – REFERÊNCIAS
CARVALHO, M. C. B. Programas e serviços de proteção e inclusão social dos
idosos. Brasília: Secretaria da Assistência Social/MPAS, 1998. Disponível em:
http://www.observatorionacionaldoidoso.fiocruz.br/biblioteca/_eixos/4.pdf. Acesso
em: 10 de março de 2024.

CENEVIVA, W. Estatuto do Idoso, Constituição e Código Civil: a terceira idade

nas alternativas da lei. A Terceira Idade, v.15, n.30, p.7-23, 2004. Disponível em:
https://portal.sescsp.org.br/files/edicao_revista/34b3bf5f-02ce-4c43-85e7-
2dc83ba8a467.pdf. Acesso em: 10 de março de 2024.

FERNANDES, A. M. D.; CUNHA, N. M.; FERREIRA, C. M. Arte, educação e projetos

de Intervenção Social no Rio de Janeiro. Revista do Departamento de
Psicologia/UFF, Niterói, v. 16, n. 2, p. 29-44, jul/dez. 2004. Disponível em:
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-500287. Acesso em: 10 de março
de 2024.

FERRIGNO, J. C. A co-educação entre as gerações: um desafio da longevidade. A

terceira idade, São Paulo, v. 17, nº 37, p. 16-26, out. 2006. Disponível em:
https://portal.sescsp.org.br/online/artigo/8722_A+COEDUCACAO+ENTRE+AS+GER
ACOES+UM+DESAFIO+DA+LONGEVIDADE. Acesso em: 12 de março de 2024.

OLIVEIRA, F. S, OLIVEIRA, R. C. S. As pessoas idosas no Brasil: contexto

demográfico, político e social. In: Osório, A. R., Pinto, F. C. As pessoas idosas:
contexto social e intervenção educativa. Lisboa: Instituto Piaget, 2007. Disponível
em: https://www.scielo.br/j/ape/a/9BQLWt5B3WVTvKTp3X8QcqJ. Acesso em: 12 de
março de 2024.

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LORENÇÃO, Fernanda. Empatia: como ela influência nas relações interpessoais.

Psitto, 2022. Disponível em: https://www.psitto.com.br/blog/empatia-como-ela-pode-
mudar-a-sua-percepcao/. Acesso em: 12 de março de 2024.

Observação: Os encontros podem ser submetidos a mudanças caso a

presença da necessidade de outra intervenção ou tema. Assim, com autorização do
professor responsável e acordado entre o grupo, será mudada a proposta com
antecedência.

Fernandópolis, 25 de março de 2024

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Estagiária de Psicologia
Mariane Aparecida Ferreira
RA: 120213102697

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Supervisor de Estágio
Eduardo Hideto Kawahara Filho
CRP: 06/122732

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