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PLANO 365

RESUMÃO SEMANAL
SAÚDE DA MULHER

Temas:
PRINCIPAIS INTERCORRÊNCIAS CLÍNICO-OBSTÉTRICAS
SÍNDROMES HIPERTENSIVAS NA GESTAÇÃO
(SHEG)
CONCEITO:

As complicações hipertensivas na gravidez são a maior causa de morbidade-


mortalidade materna e fetal, sendo, no Brasil, a causa número um, ocorrendo em cerca de
10% de todas as gestações.

A característica que define as síndromes hipertensivas na gestação (SHEG) é a pressão


arterial igual ou maior que 140/90mmHg baseada na média de pelo menos duas medidas.
Edema e proteinúria deixaram de ser parâmetros determinantes para a SHEG.

 CLASSIFICAÇÃO DE SÍNDROME HIPERTENSIVA


 Hipertensão Gestacional: Detectada após a 20ª semana de gestação ou no início do
puerpério, em mulheres previamente normotensas.
o Transitória: desaparece até 12 semanas pós-parto
o Crônica: mantém-se após este período
 Pré-eclâmpsia: Detectada após a 20ª semana de gestação (exceto na mola hidatiforme),
acompanhada de proteinúria significante e/ou edema de mãos e face.
o Leve
o Grave
 Eclâmpsia: Presença de convulsões tônico-clônicas generalizadas ou coma em mulher com
qualquer quadro hipertensivos, não causados por epilepsia ou qualquer outra doença
convulsiva. Pode ocorrer na gravidez, no parto e no puerpério imediato.
 Hipertensão Crônica de qualquer etiologia
 Pré-eclâmpsia / Eclâmpsia superposta à Hipertensão Crônica

 CUIDADOS DE ENFERMAGEM: URGÊNCIA E EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA


 Encaminhar amostra de sangue e urina para avaliação laboratorial;
 Controle dos sinais vitais maternos
o Aferir a PA em DLE
o Aferir de 1/1h
 Explicar todos os procedimentos antes de efetuá-los;
 Avaliação fetal também deve ser rigorosa:
o BCF de 1/1h ou conforme necessidade (cardiotocógrafo)
o Gestação pré-termo: Corticoterapia para maturação pulmonar fetal
 Terapêutica com medicações de ação rápida, e que reduzam a PA de forma controlada
(Hidralazina);
o Verificar a PA 20 minutos após a administração;
o Orientar sobre possíveis efeitos colaterais
 Terapia anticonvulsivante com Sulfato de Magnésio;
 Manter o ambiente tranquilo e silencioso;
 Grades de proteção no leito, cabeceira elevada a 30º e DLE;
 Nos casos de Eclâmpsia:
o As vias aéreas precisam estar livres, a cabeceira elevada e a cabeça lateralizada
para facilitar a remoção de secreções nasofaríngeas ( se necessário, aspirar);
o Oxigenoterapia com cateter nasal ou máscara com O2 úmido a 5L/min;
o Cânula de Guedel – não forçar introdução!
o 2 acessos venosos;
o SVD
SÍNDROME HELLP
CONCEITO:

É uma das complicações que agravam o prognóstico da pré-eclâmpsia/eclâmpsia.

 SIGNIFICADO DO ACRÓSTICO HELLP


 H – Hemólisys (Hemólise)
 EL – Elevated liver (Elevação das enzimas hepáticas)
 LP – Low platelet (Queda do número de plaquetas)

 CLASSIFICAÇÃO DA HELLP
 HELLP completa:
o < 100.000 plaquetas/mL
o DHL > 600UI/L e/ou Bilirrubina > 1,2mg/dL
o TGO ≥ 70UI/L
 HELLP incompleta: Apenas um ou dois acima presentes

 QUADRO CLÍNICO
 Mal-estar geral, inapetência, náuseas e vômitos
 Dor epigástrica ou no quadrante superior direito
 Icterícia
 Ganho de peso excessivo e agravamento do edema
 HA (leve ou ausente em até 20% dos casos)
 Proteinúria (não significativa em 6% dos casos)
 Cefaleia resistente a analgésicos
 Casos graves: hemorragia vítrea, gengivorragia, hematúria

 DIAGNÓSTICO
 Laboratorial
DIABETES MELLITUS GESTACIONAL – DMG
CONCEITO:

É qualquer grau de intolerância à glicose, reconhecida ou diagnosticada pela primeira


vez na gravidez, sendo o diagnóstico realizado em duas etapas distintas: rastreamento da
população de risco e confirmação diagnóstica.

 TRATAMENTO
 Dieta
 Exercício físico
 Automonitorização
 Insulinoterapia
HEMORRAGIAS DO TERCEIRO TRIMESTRE
GESTACIONAL
CONCEITO:

Placenta prévia (PP) e descolamento prematuro da placenta (DPP) são duas coisas
distintas. A primeira é a inserção da placenta fora do seu local normal, enquanto que a
segunda é o desprendimento de parte ou de toda a placenta de seu local de implantação.

 ETIOLOGIA
 Placenta prévia:
o Desconhecida – maioria dos casos
o Anomalias uterinas
o Fatores predisponentes
o Idade materna avançada
o Multiparidade / gestações múltiplas
o Curetagens repetidas
o Cirurgias uterinas
o Cesáreas prévias
o Tabagismo
 Descolamento prematuro da placenta
o Hipertensão gestacional
o Fatores mecânicos: traumas
o Retração uterina abrupta
o Tabagismo e outras drogas
o Fatores placentários

 TIPOS/CLASSIFICAÇÃO
 Placenta prévia:
o Central, completa ou centro total
o Parcial ou centro parcial
o Marginal ou lateral
 Descolamento prematuro da placenta
o Grau 1 ou leve: até 20%
o Grau 2 ou moderada: 20 a 50%
o Grau 3 ou grave: mais de 50%

 SINAIS E SINTOMAS
 Placenta prévia:
o Hemorragia de cor vermelho vivo, sem causa aparente.
o Ausência de dor ou contrações.
o Anemia e fraqueza decorrentes das hemorragias frequentes.
o Não costuma causar sofrimento ao feto
 Descolamento prematuro da placenta:
o Sangramento vaginal: retroplacentário ou exteriorizado, a depender do grau de
DPP.
o Abdômen em tábua e doloroso.
o Contrações uterinas
o Hipertonicidade uterina
o Sofrimento fetal agudo
o Sinais de choque materno.

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