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Roteiro de perguntas - Entrevista Psicologia e Educação + Relatos da entrevista:

1- Como foi sua trajetória como profissional da educação e qual sua área de
atuação hoje?
C. P. Se formou em administração de empresas em 2008 e posteriormente em Letras
(inglês – portugês).

2- Há quanto tempo você atua no sistema educacional?


C. P. Atua como professora há 11 anos. Dá aulas de inglês no segmento infantil e
fundamental 1.

3- Como você percebeu, ou o que motivou seu interesse em trabalhar nessa


área?
C. relata ter feito uma mudança de área, passou 12 anos trabalhando na área
administrativa, mas sempre gostou de ensinar, inclusive dentro da área administrativa
trabalhava dando cursos, então resolveu migrar para a área da educação. Começou
como professora em uma escola de idiomas, onde não é necessária a formação em
Lentras, e depois realizou o curso na faculdade para poder dar aulas em escola.

4- Sua atuação é em instituições públicas ou privadas?

C. P. relatou que sua primeira formação foi em ADM em 2008 mas sempre gostou da
área de ensino atuando em cursos e treinamentos no meio coorporativo, porém,
buscando a transição de carreira para a área da eduação, atuou primeiro como
professora de idiomas, sem formação pois não é obrigatório para essa área e em
seguida buscou a formação em Letras, português e inglês para dar aula em escola
regular. A esntrevistada atua na área há 11 anos e atualmente como professora de
inglês do ensino fundamental 1 na rede privada. C. relata também que sua atuação em
rede pública foi como funcionária e não professora especificamente, a atividade como
docente está ligada integralmente a rede particular de ensino.

5- Quais os maiores desafios nas escolas hoje na sua visão?

C. afirma que um dos maiores desafio nas escolas, são desde as diferentes
configurações de criação do núcleo familiar das crianças até o comprometimento dos
familiares responsáveis, como também dos profissionais envolvidos e das políticas
públicas vigentes. Em sua visão muitas mudanças aconteceram nos últimos 10 anos
em relação a esses desafios, como por exemplo as questões referentes a diferença no
número de diagnósticos de transtornos de aprendizagem atualmente e as dificuldades
enfrentadas pelos esducadores, tendo em vista a falta de preparação do corpo
docente para prática efetiva das políticas públicas atuais e participação ativa dos pais,
principalemente nos casos de diagnótico da criança. C. entende como negligência do
governo e dos pais a forma como o aluno é inserido na lei da inclusão. Para nossa
entrevistada a falta de preparação, treinamento e ferramentas efetivas para que essa
inclusão aconteça, o que de fato é exercido, é a exclusão dos alunos de
neurodesenvolvimento atípico, entre outros transtornos, sídromes e deficiências. Seu
relato é baseado no seu primeiro contato com um aluno diagnosticado com autismo
grau 2 no ano passado, onde não houve uma prévia da família ou um profissional da
psicologia sobre os comportamentos da criança para que ela pudesse se preparar
para manejar de maneira adequada, sem colocar-se em risco como também a criança
e seus colegas. C. relata que ao longo dos seus 11 anos de carreira, nunca atuou em
conjunto com um profissional da psicologia nas instituções que já trabalhou e, na
insitutição de ensino atual não há auxiliar na sala de aula, outra ferramenta que a
mesma considera importante no dia a dia do educador que lida com diversas crianças
e níveis de dificuldades diferentes, demanda que aumenta nos casos de alunos
neurodivergentes dependentes de maior suporte para o aprendizado.

6- (no caso de vivência em instituições públicas e privadas) Como educador,


você diria que há diferença dos desafios na relação de ensino-
aprendizagem ou outros entre essas instituições?

C. P. nunca atuou na rede pública como professora mas atuou na rede pública na
área de gestão, porém acredita que existe sim uma diferença, e acredita que uma das
dificuldades que trazem essa diferença diz respeito aos instrumentos disponíveis.

7- Qual sua visão sobre a psicologia inserida na educação?

Nunca trabalhou em uma escola com psicólogo, porém trabalhou por 6 meses como
coordenadora em uma escola, e sentia falta da presença de um psicólogo, pois muitas
vezes tinha que lidar com situações, ouvindo alunos e entender alunos como se fosse
uma profissional da área de psicologia, mas que apesar de ter tipo uma matéria em
sua faculdade chamada “psicologia” não se sentia aopta para lidar come essas
situações. E também citou que gostaria que um psicólogo pudesse ir nas salas de
aulas dar orientações sobre atitudes dos alunos, conversar com pais de alunos.

8- Você conhece, tem contato com algum psicólogo atuante na área da


educação?

A entrevistada conta que sua cunhada é psicopedagoga, trabalhando com o


diagnóstico de crianças (também na área infantil e fundamental 1).

9- Algum profissional da psicologia já atuou nas escolas que você atuou ou


atua?
Não

10- (Se sim) Quais as principais contribuições/progresso/regresso que você


pôde notar na integração desse profissional nas escolas que você já
trabalhou/trabalha?

C.P. Nunca trabalhou em uma escola com psicólogo, porém pode acompanhar o
trabalho de sua conhada (psicopedagoga). Ela trabalha com a parte de diagnóstico,
mas que não tem um acomapnhamento após o diagnóstico, apenas envia um relatório
para a escola.

11- (Se não) No que você acha que a presença desse profissional poderia
contribuir e melhorar?
A entrevistada trouxe como diferença entre as instituições o nível de comprometimento
dos profissionais, relacionando com o nível de cobrança no cumprimento das
demandas e prazos estipulados pelo plano de ensino formado pela BNCC, onde a falta
de cumprimento dessas demandas e prazos acarreta no desligamento do profissional
da rede privada de ensino enquanto na rede pública ela não conhece exatamente
como funcionam essas cobranças e consequências. C. trouxe também a dificuldade
na preparação de atividades fora da sala de aula ou extra curriculares devido a
cobrança no cumprimento dos prazos dos conteúdos estipulados para ano letivo. Em
contra partida, a instituição que C. atua hoje, proporciona uma estrutura que permite
aos alunos aprenderem em configurações diferentes do cotidiano na perspectiva
conductista ou comportamentalista, como por exemplo, salas google/multimídia,
espaço para rodas de conversa, tatame especificamente para o ensino fundamental I,
espaço gourmet, que funciona como uma cozinha à disposição do uso do professor
com seus alunos, desde que as atividades estejam conectadas com o conteúdo do
cronograma. Ainda sobre a estrutura, foi relatado que o espaço é amplo com
capacidade para atender a 800 alunos junto com a equipe profissional da instituição,
C. comparou a outras instituições que já atuou, que mesmo sendo particular não
oferecia uma estrutura adequada para comportar a quantidade de alunos atendida,
com salas pequenas que, considerando os dias quentes que temos vivenciado,
poderiam comprometer o rendimento e a saúde de alunos e professores no ambiente.
Entre as dificuldades relatadas pela entrevistada, a falta de psicólogos nas escolas é
algo que faz total diferença no dia a dia, mesmo não tendo atuado em conjunto com
um profissional da psicologia nas instituições escolares como mencionado
anteriormente, com sua experiência no meio, onde já se colocou no lugar de ouvinte
das necessidades dos alunos e colegas de profissão e em contato com aluno TEA, ela
acredita que a presença desse profissional é muito importante e traria diversos
benefícios a instituição, ao corpo docente e dicente. Seu contato mais próximo com
um psisólogo atuante na educação é sua cunhada, formada em psicopedagogia,
atuando nos psicodiagósticos de alunos e fazendo acomonhamento do
desenvolvimento deles através das intervenções terapêuticas indicadas para cada
caso. Apesar das dificuldades como educadora, nos variados contextos apresentados,
C. não é a favor da segregação de alunos dentro do desenvolvimento atípico ou de
escolas especiais, ela friza a necessidade de trabalhar de forma mais efetiva a
inclusão, pois da maneira que ocorre hoje, o real objetivo da palvra não é alcançado
segundo sua visão.

12- O que você acredita que poderia/deveria ser feito através de políticas
públicas para beneficiar o ambiente das escolas?

C.P. diz que apesar de existirem leis e políticas públicas como por exemplo a
obrigatoriedade de um psicólogo nas escolas, nem sempre isso realmente acontece, e
quando se trata de uma escola particular com valor acessível como a que ela trabalha
é ianda mais difícil a presença desses profissionais, já em escolas com mensalidades
mais altas talvez isso seja uma realidade mais presente.

13- Acredita que uma mudança benéfica depende apenas do poder público
ou deve ser em conjunto com a população?
C.P. relata que quando se trata dos pais dos alunos, muitas vezes a criança recebe o
diagnóstico, porém não seguem com tratamento de seus filhos. C. P. cita um caso que
presenciou onde um aluno com autismo nível de suporte 2 e diagnosticado não recebe
o tratamento pois o governo não liberou acesso as terapiasd e remédios necessários
para seu tratamento, continuando sobre o caso ela diz que durante o período em que
ele estava na escola, os professores cuidavam do aluno e tentavam fazer o melhor
possível mas demonstra preocupação em relação ao período em que o aluno se
encontra fora da escola. C. P. frisa novamente a importância de não apenas ter o
diagnóstico, mas seguir também com o tratamento correto, e que é nítido que quando
um aluno faz o tratamento de forma correta a diferença no comportamento é muito
notável. Volta também a falar que considera isso como uma negligência dos pais, que
na maioria dos casos jogam a responsabilidade de tratar seus filhos para a escola, e
não procuram o tratamento correto para as necessidades da criança. Conta também
que apesar disso, os pais costumam ser presentes nas reuniões de pais.

14- Com a sua visão de dentro de uma instituição de ensino, que


instrumentos/ferramentas você vê como possibilidade de mudança positiva?

Em relação às políticas públicas vigentes, C. acredita que o principal a ser feito não
são alterações significativas, mas sim uma melhor forma de implementá-las e
regulamentá-las nas instituições e através da práticas dessas políticas já existentes,
passar a rabalhar os ajutes ou mudanças necessárias de acordo com os resultados
obtidos. Frizando também que as mudanças benéficas não dependem somente do
governo como também da participação ativa dos pais e responsáveis e do
comprometimento profissional.

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