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[13/03, 13:51] Rivaldo: Procuradoria-Geral da República e Ministério Público

A Lei 6/89, de 19 de Setembro, cria a Procuradoria-Geral da

República

E, nos termos da presente Lei, O caminho percorrido no processo de

organização do aparelho de Estado, na edificação do sistema

judiciário e na construção de uma ordem jurídica moçambicana,

permitiu

criação institucionalização do órgão superior do

Ministério Público, que é a Procuradoria-Geral da República

A Procuradoria-Geral da República, República, como como órgão superior do

Ministério Púiblico, tem uma estrutura ąutónoma em relação aos

outros órgãos do Estado orienta-se por puros critérios de

legalidade e de subordinação hierárquica.

Por sua vez, o Ministério Público constitui uma magistratura

hierarquicamente organizada subordinada ao Procurador-geral da

República na concretização da função estadual de administração da

justiça penal no país.

[13/03, 13:52] Rivaldo: Enquanto quae na magistratura judicial, os magistrados na sua

actuação são independentes e devem obediência à lei, as suas

decisões só podem ser atacadas por via de recurso; na magistratura

do Ministério Público o superior hierárquico pode chamar para si0

processo e dele tomar conhecimento e depois alterar a decisão do

seu subordinado. Por outras palavras: o juiz provincial não pode

alterar a sentença do juiz distrital se não for por via de recurso,

enquanto que o procurador provincial pode alterar a decisão do

procurador distrital mesmo que o processo não esteja em recurso.

2. Actuação do Ministério Público no processo Penal

Nos termos do no 1 do DL 35007

○ exercício da acção penal


compete ao Ministério Público. Este exercício consiste no poder

que a si cabe para levar a juízo um infractor para responder pelo

crime que cometeu.

Como órgão autónomo, o Ministério Público é independente dos

tribunais, desempenhando a função de administração de justiça

Importa ainda dizer que, em função disto, manifesta-se aqui o

Principio da Separação de Poderes em relação aos Tribunais penais

que exercem a função judicial. No processo penal, o M.Po é o

titular das funções de investigação da suspeita da prática de um tipo

legal de crime através de uma dedução da acusação no processo

penal.

Do que ficou dito acima vamos reter as seguintes ideias principais:

○ M.p desperta-nos para a descoberta da verdade material,

devendo-se subordinar à objectividade jurídica.

O M.Po ajuda no esclarecimento da verdade material trazendo

para0

processoOs

elementos

essenciais de responsabilidade

criminal e também de irresponsabilidade criminal -- inocência.

[13/03, 13:52] Rivaldo: O

M.P◦ pode-se recusar a

acusar quando achar que não há

bastantes

provas

para

acusação

assim

a
irresponsabilidade criminal do indiciado que vai aguardar por

declarando

melhor prova. (Veia os arts. 105°, 1 130 do C.P.P).

3. Relação entre o Ministério Público/Policia e Tribunal Penal

actividade tem o seu início após uma denúncia, queixa ou acusação

○ exercício da acção penal compete ao Ministério Público, esta

particular,

através de um conjunto de procedimentos primários

(instrução preparatória) com a finalidade de formar o corpo de

delito, isto é, a matéria que pesa sobre um indivíduo suspeito de ter

cometido um crime.

actividades

que

dão

início

actividade

Esse

conjunto

realizado pela Polícia

de

Investigação

Criminal

processual,

de

(P.I.C), auxiliar do M.P (DL 35007 arts. 12°, 14° e 16°).

Chegado aqui, fica claro que o

Ministério Pablico ao delegar


poderes de instrução preparatória à P.I.C com o objectivo de obter

a verdade material para o processo penal, nasce por via disto uma

relação entre o M.Po e o Tribunal Penal.

Todavia, apesar desta

relação. O Tribunal Penal continua a ser um órgão independente e

competente para julgar o caso e tomar decisão final sem consultar

ao M.Po

Assim, segundo o n° 1 do art.37,

da 6/89, a magistratura do

Ministério Público é paralela

à magistratura judicial e dela

independente. É o manifesto da coordenação e colaboração entre

esses dois órgãos.

Por

conseguinte.

as

relações

entre

essas

duas

magistraturas

caracterizam-se

por

uma

igualdade

independência e, como

consequência:

Os Tribunais os juizes) não podem dar quaisquer ordens ao

Ministério' Público;
[13/03, 13:53] Rivaldo: O Ministério Páblico não pode dar quaisquer ordens ou instruções

aos tribunais;

Ninguém pode, simultaneamente, actuar como M.Po e como juiz

no mesmo processo penal.

4. Principal funcão do Ministério Público: O exercício da acção penal

No exercício da acção penal o Ministério Público desempenha as

seguintes funções:

direcção da instrução preparatória. Aqui o M.P pode delegar esta

competência a outras entidades, no caso específico a P.I.C, que

funciona como seu auxiliar, em matéria da instrução preparatória.

dedução da acusação e representação da acusação em julgamento

($ único do art.3° do DL 35007)

abstenção da acusação na ausência de provas bastantes ou se

estiver extinta a acção penal ou ainda se não houver elementos

suficientes de culpabilidade do indivíduo suspeito.

5.Outros órgãos que podem exercer a accão penal

As autoridades judiciais, nos tribunais onde não haja

representante do M.Po,

As autoridades policiais, em relação às infracções que devam ser

julgadas em processo sumário e todas as contravenções;

As autoridades administrativas, em relação às transgressões de

posturas, regulamentos e editais;

Os organismos do Estado, com competências de fiscalização de

certas actividades ou de execução de regulamentos essenciais

quanto às contravenções verificadas no exercicio das

respectivas actividades

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