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Anamegan David Macule

Diálogo Ecuménico e Inter-religioso, Grandes eventos Ecuménicos no Mundo, Realidade


em Moçambique

Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos

UniSave Maxixe
2023
Anamegan David Macule

Diálogo Ecuménico e Inter-religioso, Grandes eventos Ecuménicos no Mundo, Realidade


em Moçambique

Trabalho de Investigação Científica a ser


Apresentado na Cadeira de Introdução à
Teologia, para efeitos de avaliação.

Docente: dr. Pedro Maundza

UniSave Maxixe
2023
Índice

Introdução ................................................................................................................................... 4

Objectivos: .................................................................................................................................. 4

Geral: .......................................................................................................................................... 4

Específicos:................................................................................................................................. 4

Metodologia ................................................................................................................................ 5

Ecumenismo para a Prática do Diálogo ...................................................................................... 6

Tipos de Ecumenismo ................................................................................................................ 7

Pluralidade religiosa ................................................................................................................... 8

Dialogo Inter-religioso ............................................................................................................... 9

Eventos Ecuménicos no Mundo ............................................................................................... 10

Eventos Ecuménicos em Moçambique ..................................................................................... 12

Conclusão ................................................................................................................................. 13

Referências Bibliográficas ........................................................................................................ 14


4

Introdução

Um Deus, que se preocupa desde os tempos antigos com a humanidade, mostra quão
importante é a nossa unidade. O próprio Senhor Jesus disse: “que eles sejam um” (Jo 17,21).
Isso se reflete nas experiências religiosas e nos leva a entender a relevância tanto do diálogo
ecumênico como do inter-religioso. Tal tema tem como ponto de partida a preocupação de
estarmos em um mundo plural. Sentimos isso fortemente a partir dos fatos vivenciados neste
último século, no qual a sociedade, a partir dos dois conflitos mundiais, acabou concluindo
que a única coisa que restou ao homem foi a sua fé e a sua religião, elementos que lhe
trouxeram esperança.

A necessidade dialogal é de urgência diante dos seguintes fatos, o crescimento


vertiginoso da religiosidade e da pluralidade religiosa nos leva a parar para pensar e analisar:
quais atividades pastorais deveram iniciar a fim de que levemos a fé no Cristo vivo, neste
mundo plural e de diversidade? Quais caminhos tomaremos para conhecer o outro? Que
diálogo teremos se não pararmos para ouvir o outro? Pois eles nos fazem perceber, ao longo
do tempo, a perda da essência da fé cristã, levando a nossa sociedade para um caminho sem
Pastor e um distanciamento da religiosidade, subtraindo, assim, o Cristianismo e os princípios
da fé cristã.

Com essa subtração da essência da fé cristã e de uma multiplicidade cada dia mais
acirrada da pluralidade religiosa, a relevância do diálogo ecumênico bem como do inter-
religioso nos leva a pensar com responsabilidade ainda maior sobre a paz.

Objectivos:

Geral:

Analisar com profundidade, a essência da fé e, assim, revelar a profundidade bíblica


do mistério de amar a Deus e ao próximo, cumprindo, dessa forma, o primeiro grande
mandamento.

Específicos:

Entender a essência da fé, e da experiência vivida na fé do filho de Deus;


Mostrar como a perspectiva de diálogo entre as religiões e igrejas pode ser um bom
exemplo das possibilidades de diálogo na sociedade como um todo;
5

Procurar compreender à medida que o mundo avança em tecnologia e continua


sofrendo os conflitos que a falta de diálogo promove.

Metodologia

omo ase me odoló i a oi u ili ada a re is o i lio r i a in e ra i a, sendo este


um instrumento de pesquisa que tem o intuito de buscar, analisar e compreender a literatura
relacionada a um determinado tema, sempre em busca do aprofundamento do estudo
relacionado ao assunto proposto (Crossetti, 2012).
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Ecumenismo para a Prática do Diálogo

A pala ra “e umêni a” nos ra uma his ória que remon a um período an erior a
Cristo. O teor do termo idealizado por Willian Carey, usado durante a formação de
instituições para chegar a um denominador comum e também usado nas sessões do Santo
Concílio, nos faz voltar ao tempo e rever ideias como de Alexandre, o Grande, e, também, os
objetivos do Império Romano.

Então, necessitamos rever as raízes da terminologia e, assim, colocar luz em nossos


objetivos quanto ao Ecumenismo.

A pala ra “oikoumene” per en e a uma amília de pala ras, do re o l ssi o,


relacionada com termos referentes à morada, ao assentamento, à permanência. Eis alguns
termos-raiz dessa família linguística:

Oikos: casa, vivenda, aposento, povo;


Oikeiotês: relação, aparentado, amizade;
Oikeiow: habitar, coabitar, reconciliar-se, estar familiarizado;
Oikonomeô: administração, encargo, responsabilidade da casa;
Oikoumene: terra habitada, mundo conhecido e civilizado, universo.1

Dian e do expos o, passamos a en ender que a pala ra “Oikos” é a rai de que pro ede
o ermo E umenismo. O ermo “Oikoumene”, de onde em a ompreens o de mundo
habitado, casa comum, remete a diferentes ocupando o mesmo espaço e lugar.

O Império Romano não foi diferente na concepção de casa comum, uma vez que o
interesse do imperador era que todos vivessem em paz, daí o ermo “pax romana”2: todos os
povos que viviam sob o domínio romano desfrutavam da segurança de seu exército, e, assim,
o império avançava nos seus objetivos de conquista e domínio, ou seja, o entendimento é
estritamente de política dominante e não de convívio de paz.

No Novo Testamento, o termo é encontrado em alguns textos, confirmando a tradução


da rai “Oikos”, da qual pro ém odo o en endimen o de asa ou mundo ha i ado. É possí el
que o escritor dos textos canônicos tenha a ideia do termo por tornar-se uma prática da própria
cultura advinda já do Império Grego.

1
BOCH NAVARRO, J. Para Compreender Ecumenismo, p. 9-10.
2
Expressão latina para a paz romana, é o longo período de relativa paz, gerada pelas armas e pelo autoritarismo,
experimentado pelo Império Romano que se iniciou quando Augusto, em 28 a.C., declarou o fim das Guerras
Civis e durou até o ano da morte do imperador Marco Aurélio, em 180 d.C.
7

Vemos, então, que, durante a história, desde dos tempos antes de Cristo, o termo
“oikoumene” oi so rendo mu ações na sua aplicabilidade, mas sem perder o seu objetivo.
Após o primeiro cisma do século XI, verificamos que não houve, em nenhum momento, o uso
da oikoumene até o século XIX. Durante todo esse período, que ultrapassa mais de sete
séculos, a Igreja Cristã, de um modo geral, preocupou-se somente com o seu espaço, tentando
mantê-lo sem a en ar para a realidade da simpli idade da mensa em de ris o: “que odos
sejam um” (Jo 17,21).

O termo agora alcança o seu verdadeiro objetivo, que é a casa comum, o espaço
habitado por todos e de igual direito. O sonho ensaiado por Karl Barth, proposto por Willian
Carey e imaginado pelo francês Adolphe Monod, após a formação de uma aliança evangélica
di : “pare e er sido a primeira o orrên ia onsi nada do uso da pala ra para indi ar an es
uma a i ude do que um a o”.3

O ecumenismo por definição primária trata do restabelecimento da união entre as


Igrejas Cristãs, seja qual for o segmento.

O ecumenismo vai em defesa da união, da comunhão das Igrejas, tendo como exemplo
o argumento de alguns sobre o problema das divisões (Igreja de Corinto – 1Co 1.10, como
referência ao texto bíblico).

Tipos de Ecumenismo

Ecumenismo espiritual: o ecumenismo espiritual pressupõe que a superação das


diferenças humanamente insuperáveis é uma obra de Deus. Requer uma atitude orante
e também uma atitude de diálogo que brota da convicção de unidade espiritual entre
aqueles que creem em Jesus Cristo. O Concílio Vaticano II afirma que "a oração é a
alma do ecumenismo" (UR 8).

Ecumenismo institucional: é aquele que ocorre ao nível das instituições promotoras


do ecumenismo, como o Conselho Mundial de Igrejas e o Pontifício Conselho para a
Unidade dos Cristãos.

Ecumenismo oficial: é aquele que envolve as autoridades eclesiásticas das diversas


igrejas.

3
NAVARRO, J. B. Para Compreender o Ecumenismo, p. 11.
8

Ecumenismo doutrinal: trata-se das iniciativas de diálogo sobre as diversas questões


doutrinais que estão na raiz das divergências. Busca-se atingir pontos de convergência
no que é o essencial do cristianismo através de encontros, colóquios e diálogos entre
as diversas igrejas.

Ecumenismo local: o ecumenismo local corresponde às iniciativas e ações comuns


que ocorrem na base das igrejas.

Ecumenismo secular: o ecumenismo secular é uma corrente do movimento


ecumênico representada por aqueles que, diante do impasse e da lentidão das diversas
instituições em realizar a unidade, creem que somente a aplicação do método indutivo,
que parte da história concreta em que se está inserido e da encarnação como tema
central - poderá levar adiante a tarefa ecumênica.

Pluralidade religiosa

O pluralismo religioso não é algo novo para a tradição cristã e judaica. O povo de
Israel, em seu caminho de peregrinação, conviveu constantemente com inúmeros povos com
outros deuses e outras práticas religiosas.

Em todo Antigo Testamento é possível perceber a convivência e a luta do povo de


Israel om as ou ras “reli iões” ao seu redor.

O Cristianismo, estabelecido após a morte e ressurreição de Jesus, também teve que


conviver com as outras religiões que havia em seu redor. São constantes, nos primeiros
séculos, as discussões apologéticas que visam mostrar o senhorio de Jesus Cristo e também a
validade do discurso cristão em um momento de grande perseguição por parte do Império
Romano que não aceitava que outra pessoa pudesse ser chamada de rei, no lugar de César.

Com isso, o Cristianismo, em sua origem, é conhecido dentro do Império Romano


como sendo a seita do Nazareno, como nos mostra o relato do livro de Atos, em seu capítulo
vinte e quatro. Com a conversão de Constantino em 312, gradativamente o Cristianismo vai
alcançando espaços até, tempo depois, poder ser considerada a religião do Império, totalmente
ligada ao poder político.

Com todo esse cenário, é possível perceber que o advento e consolidação da


Modernidade possibilita, e de alguma forma, até mesmo gera a questão do pluralismo
religioso em sua forma atual.
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Assim, fica claro que pluralidade religiosa nem sempre leva ao pluralismo religioso,
uma vez que, para o segundo, são necessárias condições sociais que o possibilitem. Sancez
resume bem a ideia quando diz que

Enquanto o conceito de pluralidade religiosa se refere à existência de


diversas visões religiosas e à liberade de ação para as várias
instituições e grupos religioss, o conceito de pluralismo religioso
supõe o reconhecimento pela sociedade e pelo Estado das diversas
instituições e grupos religiosos (SANCHEZ, 2005, p.39).

Dialogo Inter-religioso

Há quem insista em não confundir ecumenismo e diálogo inter-religioso. Em tal ótica,


a “e umene” permane e res ri a ao âm i o e lesi s i o, enquan o o mundo n o ris o es
fora.

Ecumenismo, sendo assim, designa a busca da unidade da Igreja, não a busca da


unidade da humanidade.

No entanto, em contrapartida, afirma-se que todo ser humano é criatura divina. A


de esa é de que “e umene” em em is a a riaç o, o mundo que é de Deus ( om ase no Sl
24.1 “Ao SENHOR per en e a erra e udo o que nela se on ém, o mundo e os que nele
ha i am”

H uma propos a em dis in uir en re a “e umene ris ” e a “e umene in er-reli iosa”.


Dom Pedro Casaldáliga (bispo católico radicado no Brasil desde 1968), origina o
“macroecumenismo” na Améri a La ina. A ideia é a rir as por as para um “e umenismo
inte ral”, um “e umenismo das ul uras”, ou um modelo é i o-so ial hamado “e umene da
jus iça” no uso de M 6.33 ( . José Mi ue -Bonio – teólogo metodista argentino).

Exis em or es impera i os para um “e umenismo in er-reli ioso”...:

“Sem pa en re as reli iões n o ha er pa en re os po os” (Hans Jün – teólogo


suiço)
O empo dos “a solu ismos” passou. N o em rédi o quem se por a omo dono da
verdade. Uma sociedade plural não admite autoritarismos.
É a busca pela paz com o auxílio da união religiosa.
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Porém, temos um problema...: as urgências práticas não respondem questões de ordem


teológica – qual “ alor sal í i o” das reli iões que n o on essam Jesus, o ris o? H
salvação à parte da fé cristã?

Seguem três posturas teológicas:


Somente em Cristo há salvação
EXCLUSIVISMO

Pontes entre cristãos e não cristão, uma posição de


INCLUSIVISMO
harmonização

PLURALISMO Nega a exclusividade, onde outras religiões


conduzem a Deus (parceria).

O diálogo inter-religioso é compreendido no âmbito do valor humano, valor da vida. A


preservação da vida humana é contemplada pelo respeito mútuo entre as religiões.

Eventos Ecuménicos no Mundo

Em 1691, o físico e matemático luterano Jorge Guilherme Leibniz, começou a manter


contato epistolar com Jacques-Bénigne Bossuet, Bispo de Meaux e tutor da coroa da França.
Foi através desta correspondência que a palavra ecumênico começou a adquirir sua dimensão
religiosa como indicação da universalidade do Cristianismo e, portanto, da própria fé e da
Igreja de Cristo.
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Mendonça situa as raízes do ecumenismo nas missões protestantes modernas e nos


movimentos leigos de jovens. Segundo ele, à expansão colonial dos povos protestantes
seguia-se a expansão religiosa.

Em 1846, foi criada em Londres a Aliança Evangélica, com a finalidade de congregar


as diversas igrejas diante da ameaça de fragmentação do Protestantismo. Esta aliança tinha
como finalidade preparar um "concílio ecumênico evangélico universal". Durante a primeira
reunião da Aliança Evangélica em Londres, o pastor calvinista francês Adolphe Monod
ressalta o "espírito ecumênico" demonstrado pelos organizadores do evento.

No âmbito católico, o papa Leão XIII, ao promulgar a encíclica Provida Mater,


em 1895, instituiu um tempo de novena pela reconciliação dos cristãos entre as festas
da Ascensão e de Pentecostes, que foi constituído em um tempo perpétuo dois anos depois.

Em 1905, foi criado nos Estados Unidos o Conselho Nacional das Igrejas.

A Conferência Missionária Mundial, em Edimburgo, em 1910, é considerada o marco


do ecumenismo como é entendido hoje: a busca da unidade entre as igrejas cristãs. Foi
idealizado e realizado por John Mott. Ao convocar esta conferência, Mott conclamava os
líderes do protestantismo para a necessidade de cooperação entre as igrejas no campo
missionário, para além das diferenças confessionais. A Conferência resultou em dois
congressos posteriores, em Estocolmo, em 1925 e Oxford em 1939.

Entretanto, o papa Pio XI via com suspeita estes movimentos e publicou


em 1928 a encíclica Mortalium animos, que afirmava que a única igreja verdadeira é a Igreja
Católica e que a salvação só pode ser alcançada pelo regresso a ela.

A Igreja Católica incorpora-se oficialmente ao movimento ecumênico a partir de 1960,


quando o papa João XXIII criou o Secretariado Romano para a Unidade dos Cristãos. Este
organismo participou ativamente no assessoramento ao papa e aos bispos durante o Concílio
Vaticano II, além de ajudar os padres conciliares na elaboração do decreto Unitatis
Redintegratio, aprovado no dia 21 de novembro de 1964, pelo Papa Paulo VI.

O Papa Paulo VI instituiu diversos grupos de trabalho na linha do diálogo inter-


religioso: o Secretariado para os não cristãos, a Comissão para o Diálogo com os Judeus e o
Secretariado para os não crentes.

Algumas denominações protestantes participam do movimento ecumênico. Outras,


entretanto, não só não o aceitam como creem que o ecumenismo cumpre perfeitamente as
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profecias bíblicas no livro do Apocalipse que prevê o seu líder - o falso profeta - que levará a
humanidade a aceitar o Anticristo que está por vir (Apocalipse 13.11-12). Esta visão é
compartilhada sobretudo pelos pentecostais e neopentecostais.

No âmbito global, destaca-se o Conselho Mundial de Igrejas (CMI), fundado


em Amesterdão (1948), contando hoje com 350 igrejas do mundo, com mais de 500 milhões
de fiéis. Fazem parte dele a maioria das denominações protestantes e das igrejas ortodoxas.
A Igreja Católica Romana ainda não é membro pleno, mas é-o de unidades específicas do
CMI, como a Comissão de Fé e Ordem, que trata dos assuntos doutrinários. Realizam-se suas
assembleias gerais a cada sete ou oito anos entre elas, tendo a VIII Assembleia Geral sido
realizado em Harare / Zimbábue (1998) e a IX Assembleia Geral em Porto Alegre / Brasil,
em fevereiro de 2006. O novo Comitê Central, eleito nessa assembleia, elegeu por sua vez
como seu Moderador, Walter Altmann, Pastor Presidente da Igreja Evangélica de Confissão
Luterana no Brasil (IECLB).

Eventos Ecuménicos em Moçambique

A reflexão ecuménica em alusão ao evento contou com a presença do representante da


omunidade San ’E ídio em Moçam ique, o ar e ispo de Mapu o e o en arre ado de
negócios da Nunciatura Apostólica em Moçambique.

Paz não significa o calar das armas – segundo o encarregado de Negócios da


Nunciatura Apostólica, a paz não significa o calar das armas, a paz deve ser preparada,
construída e guardada. A paz é um dom de Deus, realçou o Pe. Cristiano. Ainda de acordo
com o Pe. Cristiano, a missão de construir a paz, não cabe só ao Governo, mas sim a todos.

Os moçambicanos são desejosos de paz – por seu turno, o Pe. George Ferreti, pároco
da Sé a edral de Mapu o e represen an e da omunidade de San ’E ídio a irma que os
moçambicanos reconhecem-se como uma família desejosa de paz.

Para o arcebispo de Maputo, Dom Francisco Chimoio, a paz assinada há 26 anos deve
permanecer nos corações de todos os moçambicanos.

Eram reacções da igreja, à volta dos 26 anos de paz em Moçambique, cujo Acordo foi
assinado em 1992 em Roma, na Itália, entre o Governo de Moçambique e a Renamo, o maior
partido da oposição do país.
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Conclusão

Contudo, podemos concluir que neste estudo o Movimento Ecumênico, iniciado pelos
protestantes no século XIX com o objetivo de promover união fraterna para chegar aos não
alcançados, em primeiro momento, foi visto pela Igreja Católica como um ato sem
importância. Esta, porém, o reavaliou, fazendo-o ampliar-se inclusive para tradições não
cristãs, o que reforça a necessidade do diálogo, não para o domínio, mas sim para o caminho
da paz.

Compreendemos, então, que a proposta do diálogo deve ser desprovida de sentimentos


fundamentalistas, uma vez que a necessidade da comunhão entre os cristãos deve ter primazia
em todas as perspectivas de futuro, e o diálogo entre outras tradições não cristãs deve estar
imbuída dos sentimentos de Cristo, para alcançarmos, dessa forma, um bem comum: a paz.
Entendemos que o caminho não é fácil, mas é necessário para alcançar o objetivo maior, que é
a unicidade da igreja.

O diálogo ecumênico e inter-religioso é uma alternativa aos outros três caminhos. Seu
objetivo é promover a unidade entre igrejas e religiões, afirmando que, embora existam
di erenças, é possí el a on i ên ia e o respei o. A pala ra “E umenismo” si ni i a “ asa
comum – erra ha i ada”, lem rando que oda a humanidade orma uma só amília de ilhos e
filhas de Deus.
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Referências Bibliográficas

A BÍBLIA DE JERUSALÉM. ed. rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2008.

ARAÚJO, Isael de. Dicionário do Movimento Pentecostal Brasileiro. Rio de Janeiro:


CPND, 2007.

A BÍBLIA, versão TEB – Tradução ecumênica, São Paulo: Paulinas e Loyola, 1995.

BOCH NAVARRO, Juan. Para Compreender Ecumenismo. São Paulo: Loyola, 1995.

BRAKEMEIER, Gottifried. Preservando a Unidade do Espírito pelo vínculo da paz.


São Paulo: Aste, 2004.

WOLFF, Elias. A unidade da Igreja – ensaio de eclesiologia ecumênica. São Paulo:


Paulus, 2007.

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