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612 - Avaliação Educacional e Práticas
612 - Avaliação Educacional e Práticas
PEDAGOGIA
UNIVERSIDADE
Núcleo de Educação a Distância
Créditos e Copyright
CDD 370
PEDAGOGIA
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Núcleo de Educação a Distância
PLANO DE ENSINO
SEMESTRE: 6º
EMENTA
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
PEDAGOGIA
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Bibliografia Básica
Bibliografia Complementar
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METODOLOGIA
AVALIAÇÃO
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Sumário
Aula Inaugural........................................................................................................................................8
Aula 01_O que Esperamos da Avaliação?...............................................................................................9
Aula 02_O que Esperamos da Avaliação?.............................................................................................12
Aula 03_Definições de Avaliação..........................................................................................................15
Aula 04_Definições de Avaliação - Continuação...................................................................................18
Aula 05_Por que Avaliar?.....................................................................................................................20
Aula 06_Avaliação: Desafios e Perspectiva...........................................................................................23
Aula 07_Avaliação: A História Buscando Novos Sentidos.....................................................................26
Aula 08_A História da Avaliação...........................................................................................................30
Aula 09_Avaliação como Processo.......................................................................................................33
Aula 10_Avaliação da Aprendizagem e Ética........................................................................................36
Aula 11_Verificação ou Avaliação da Aprendizagem?..........................................................................39
Aula 12_Repensando a Avaliação.........................................................................................................41
Aula 13_Observação e Registro............................................................................................................44
Aula 14_Avaliação na Modalidade a Distância.....................................................................................46
Aula 15_O Desempenho do Aluno na Modalidade EaD.......................................................................49
Aula 16_A EAD Veio Para Ficar?...........................................................................................................51
Aula 17_Avaliação Institucional - Primeiro Estudo...............................................................................53
Aula 18_Avaliação Instituional - Discutindo o Conceito.......................................................................56
Aula 19_As Primeiras Políticas..............................................................................................................58
Aula 20_Exame Nacional de Curso (ENC).............................................................................................60
Aula 21_Programa de Avaliação Institucional das Univrsidades Brasileiras (PAIUB)............................63
Aula 22_Sistema de Avaliação e Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (SARESP).....................65
Aula 23_Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB)...................................................................67
Aula 24_Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).............................................................................70
Aula 25_Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES).............................................73
Aula 26_Prova Brasil.............................................................................................................................76
Aula 27_Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (ENCCEJA)............78
Aula 28_A Avaliação (Hoje)..................................................................................................................80
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Aula Inaugural
Caro Aluno,
Estamos iniciando a Disciplina que tratará, com muita atenção, sobre a Avaliação
Institucional e Práticas.
II - Avaliação Processual;
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É isso mesmo o que você está pensando... Vamos iniciar mais uma história, só que
desta, você é parte integrante, é personagem. Antes de iniciar, gostaríamos de
saber se você já se perguntou por que somos fascinados por contos infantis. Penso
que seria interessante para todo educador obter respostas a este questionamento,
pois acreditamos que todos nós deveríamos gostar do sonho, da fantasia. A
fascinação existente nos contos infantis ocorre porque o narrador nos vai
conduzindo por um mundo repleto de inícios, tramas e sonhos, que depois, bem
depois lá no fim da história, acaba quase sempre tudo dando certo. Por isso, sempre
sentimos atração pelas histórias capazes de nos manter em suspense...
Esperançosos e sonhadores.
Como nessas histórias, esta que aqui se conta expõe a avaliação como a
esperança de um recurso pedagógico útil, com muitos aspectos para o sucesso, no
qual é a jornada, não o destino, que pode e deve ser capaz de atrair sua atenção,
porque não se conhece seu final. Você educando, eu educador, gestor das
atividades educativas, juntos faremos o final.
A Avaliação
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Com este propósito e para que você adentre esse mundo novo da avaliação que
agora se inicia, acreditamos ser importante entender o conceito de hospitalidade que
deve necessariamente estar presente no ambiente educacional e, portanto,
agregando valor. A hospitalidade está sempre vinculada às relações entre os seres
humanos. Essas relações envolvem muitas interações entre o anfitrião e o hóspede.
Para fins desta aula gostaria de, junto com você, estabelecer como função básica da
hospitalidade o relacionamento harmonioso.
Segundo Cruz (in Dias Sobrinho, 2002, p. 39) hospitalidade “envolve um amplo
conjunto de estruturas, serviços e atitudes que, intrinsecamente relacionados,
proporcionam bem-estar ao hóspede”.
Observe: Para ter essa disposição à hospitalidade, precisamos estar atentos a ela.
Não nascemos naturalmente com ela, mas a construímos no nosso caminhar, a
desenvolvemos. Assentados nesse conceito de hospitalidade que optamos por usar,
podemos encontrar dois processos articulados e indissociáveis no ato de
avaliar: diagnosticar e decidir.
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dar tempo a você de se apropriar do nosso discurso sobre avaliação e dos conceitos
aqui expostos, enfim daquilo que hoje iniciamos, pedimos que reflita sobre este tema
e, assim, aproveitamos para convidá-lo a ler e pesquisar aprofundando um
pouquinho mais seus conhecimentos.
Como acreditamos que nada sabemos, que não nascemos prontos, como diz o
professor Mario Sérgio Cortela, e aprendemos uns com os outros no nosso
caminhar, paramos por aqui e o convidamos para na próxima aula dar continuidade
ao assunto.
Até lá!
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2- Instrumentos;
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avaliação que reprova, que pune, procure ficar aberto e não se desespere, pois
ainda temos muito a acrescentar. A história está apenas começando...
Que nesta história que se inicia, não exista medo, mas sim espontaneidade e busca.
Que não exista fim definitivo, mas sim estudo permanente, onde a hospitalidade seja
parte integrante desse processo, um processo melhor e mais inclusivo. Sempre! O
melhor para nós e para todos os estudantes que precisam ser avaliados.
Veja, que história maravilhosa. Por isso continue estudando e lendo nossas
indicações de leituras e outras que você irá buscar para complementar seus
estudos.
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Você pode perceber que avaliação é coisa séria. É um ato que exercemos
constantemente no nosso cotidiano. A avaliação em educação busca encontrar uma
progressão rápida da aprendizagem do estudante, sempre acompanhada por
profissionais comprometidos, éticos e felizes. Vamos então adentrar os estudos de
avaliação com as definições e conceitos que permeiam a história da própria
avaliação. Como já vimos, a avaliação faz parte de nossas vidas. Somos sempre
chamados a: diagnosticar, decidir, julgar. Diariamente estamos analisando e
apreciando tudo que nos cerca. Para Caro (1982), “Avaliação, em sentido lato, é
parte da vida cotidiana. Mesmo sem recorrer a procedimentos formais todos nós
fazemos continuadamente atos avaliativos sobre ampla gama das atividades
humanas.”
Não podemos deixar de mencionar que, apesar de a avaliação ser utilizada desde o
século XIX, especialmente como medida e com objetivos de seleção e classificação,
período chamado pré-Tyler, é precisamente nesse período que se inserem testes de
medida. No entanto, a avaliação só marca o campo há mais ou menos 50 anos
quando atinge altos graus de complexidade e abrange quase todas as áreas
conhecidas, se fazendo então necessária.
Nas palavras de Nevo (1983) “Quase toda a literatura sobre a medida e avaliação
em educação até meados dos anos 60 trata da avali-Ação da aprendizagem do
aluno.”
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Durante muito tempo avaliar significou “... testar a fim de medir o progresso obtido
pelos alunos. Ele se baseia em testes elaborados conforme objetivos definidos
previamente ou em testes padronizados que cobrem objetivos do programa (ou
outros análogos).” (Stake,1982)
Porém, gradativamente, foi crescendo a tendência de ver o aluno não apenas como
um rol de habilidades ou um conjunto de informações, mas como um ser humano
com expectativas, dificuldades, afetividade. Ralph Tyler, um dos primeiros autores a
enfatizar a necessidade de definir claramente os objetivos educacionais como
comportamento manifesto do aluno, foi um grande nome na área e chegou a ser
chamado de “pai da avaliação educativa” (Dias Sobrinho, 2003, p.16); foi também
fundador da avaliação de currículo. A expressão avaliação educacional foi forjada
por ele em 1934. A avaliação educativa começou a se desenvolver como prática
aplicada à educação no início do século XX, e esta era eminentemente técnica
tornando-se centro de interesse dos estudiosos do assunto.
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Veja você que hoje navega junto conosco nesse barco maravilhoso que é a
avaliação, como existem pessoas brilhantes em todos os tempos, e que com seus
olhares atentos percebem pequenos detalhes e aproveitam para inovar e para
ampliar seus e nossos conhecimentos, e com isso fazem toda a diferença.
Espero tê-lo deixado com muitas... muitas dúvidas, pois elas são o caminho para a
reflexão e a discussão que ocorrerá em nossos chats e fóruns. Até lá!
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Hardgreaves (1997) assinala que a avaliação que costumava ser aplicada por meio
de exames escritos ou provas de papel e lápis e era embasada em juízos somente
em cima de conhecimentos decorados por estudantes, agora se complementa com
avaliações, às vezes interativas, muitas vezes recolhidas em portfólios, e, com
frequência, envolvendo os estudantes na avaliação de seu próprio progresso, à
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Avaliar para conhecer a realidade... Avaliar para incluir... Avaliar para promover,
para avançar... Avaliar para transformar a realidade avaliada...
É importante entender que a avaliação é, antes de tudo, uma exigência social. Faz
parte da nossa vida, das nossas ações diárias, com já dito anteriormente, nos
avaliamos a cada momento, mesmo sem perceber acabamos sempre exercendo
este ato. Só depois de muito tempo esta acabou por adentrar a educação, com uma
conotação mais de controle do que propriamente de conhecimento sobre o que o
estudante já sabe e do que precisa aprender. Para alguns governantes, a avaliação
em educação representa uma das possíveis utilizações dos recursos existentes nos
cofres públicos. As despesas com educação precisam ser justificadas através dos
benefícios que a sociedade retira, comparativamente, aos benefícios provenientes
das utilizações alternativas. Para estes, a avaliação acaba por tornar-se um dos
instrumentos necessários que justificariam estes fins, sendo então necessário tentar
avaliar os benefícios investidos em educação por meio das avaliações.
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punia. Esse exercício autoritário vinha do poder que tinha a avaliação. Por meio
dele, o professor mantinha o silêncio, a disciplina, ganhava a atenção da classe,
fazia com que os alunos executassem as lições de casa, entregassem os trabalhos
nos prazos e não esquecessem o material. A avaliação, segundo esse ângulo de
poder, era fundamentalmente um exercício político. A avaliação também era vista
como controle da função administrativa - burocrática. A estrutura institucional se
preocupava muito mais com as mensalidades e seus pagamentos, e desta maneira
atrelava o valor alto das mensalidades pagas a um ensino dito de melhor qualidade.
Quanto mais alto o valor, melhor a escola, pois só alguns poucos privilegiados
podiam frequentar esta escola, e assim quanto mais se cobrava mais se punia...
Veja! Dentro do paradigma acima citado, mais ou menos como uma metáfora, mas
essencialmente real, esse é um ensino de qualidade, pois não é qualquer estudante
que tira boas notas, só aqueles que dão as respostas esperadas... Sim, as notas,
para esse modelo, são a moeda de troca. O caráter dessa exigência era puramente
contábil e comercial e, portanto, completamente descolado do cunho didático da
avaliação.
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Assim, propomos a você uma reflexão e algumas leituras sobre o assunto. Arrisque-
se e pesquise mais sobre o tema para que possamos nos fóruns e chats discutir
melhor estas questões.
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Além de tudo que foi discutido por nós anteriormente, é de suma importância que
levemos em conta que, durante a última década, ocorreram inúmeras mudanças que
repercutiram no ensino e na aprendizagem e, de certa forma, acabaram por
influenciar a avaliação. Vencer o desafio de fazer o docente superar o modelo de
avaliação que tem como único de seus instrumentos à prova; superar a mentalidade
tradicional de avaliação como classificação e exclusão, mudança de práticas: de
mera verificação para uma avaliação verdadeira no sentido lato; superar o
entendimento restrito de avaliação como instrumento ou mecanismo técnico e ainda
mais superar a ausência de conhecimento sobre avaliação por parte da comunidade
educacional, fazendo com que estes compreendam que avaliação é muito... muito
mais do que medir, pois avaliar implica entender, interpretar e avaliar.
Queremos que você entenda com muita clareza que esses desafios citados acima
podem ser organizados e tratados de forma conceitual, de forma investigativa,
metodológica, ou até mesmo ético-política. Assim, quando tratarmos de resultados,
devemos fazê-lo pensando que eles podem ser previstos ou imprevistos. Deveria ser
um tratamento conceitual, quando falarmos de investigação precisamos permitir o
levantamento de evidências tanto do processo como dos resultados. Quanto à
metodologia, esta precisa ser plural devido à complexidade do processo avaliativo;
já o ético e o político em avaliação é o reconhecimento de que os implicados
também fazem parte do processo de avaliação, não só como executores, mas como
partícipes das decisões adotadas.
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•Oculta significados;
•Produz sentidos;
•Consolida valores;
•Afirma interesses;
•Provoca mudanças;
• Transforma;
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Neste exato momento proponho a você uma avaliação da sua vida, mudando sua
postura e se propondo a fazer coisas novas, com espírito inovador e criador; não se
esquecendo dos elementos citados na aula de hoje e das anteriores e que devem
ser contemplados nesse momento e na avaliação.
Vença esses desafios aqui elencados, pois muitos deles ficaram séculos sem
mudanças. E...força, gente, que não é hora de parar.
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Como você sabe, a avaliação educacional tem sido alvo de muitas críticas negativas
ao longo de sua história. Antes mesmo da institucionalização das escolas, a
avaliação já era praticada para fins de seleção social. Os chineses praticavam uma
seleção de indivíduos para a guarda dos mandarins. Os gregos utilizavam formas de
seleção para o serviço público ateniense, séculos antes de Cristo. A partir do século
XVIII, a avaliação passou a ser mais estruturada e constante, especialmente na
França, coincidindo com a criação das escolas modernas.
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Como forma de orientação para aqueles que pretendem mudar sua forma de avaliar
e se aventurar nesse novo caminho, especialistas do assunto sugerem outros
instrumentos que podem ser utilizados: projetos, portfólio 1, dramatização, pesquisa,
trabalhos em grupo, debate, dentre outros. Assim, a você que aqui se aventura pelos
caminhos da avaliação, desejamos que em um futuro bem próximo se interesse pelo
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Essa avaliação está mesmo precisando melhorar, você não acha? Ampliando
horizontes e atingindo mais, muito mais, educadores.
Para saber mais sobre estudos em avaliação educacional entre no site da Fundação
Carlos Chagas e veja a revista semestral Estudos em Avaliação Educacional.
http://www.fcc.org.br/pesquisa/actions.actionsEdicoes.Busca.do?tp_caderno=1
&order=0&tp_busca=3
____
1
Portfolio - podemos dizer que o portfólio é uma modalidade de avaliação devedora
do campo da arte. É possível realizar um processo de seleção e ordenação de
amostras que reflitam a trajetória de aprendizagem de cada estudante, de maneira
que, além de evidenciar seu percurso e refletir sobre ele, possam contrastá-lo com
as finalidades de seu processo e as intenções educativas e formativas dos docentes.
Esse instrumento permite que cada aluno reconstrua seu processo de
aprendizagem.
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Saviani (1982) demonstra, por meio de seus estudos, que a escola é fundamental
para a elevação do nível cultural dessas crianças e jovens.
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O que não podemos fazer enquanto educadores é nos desviarmos do nosso foco,
pois além de procurarmos utilizar instrumentos confiáveis para avaliar, o porquê, o
que avaliar, como avaliar, nos centrarmos na nossa maior questão que é a
aprendizagem, pois estes devem servir como bússola,”luz para os nossos
caminhos” na educação, para orientação do processo.
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A pergunta o que avaliar, o que deve ser avaliado deve nos remeter a alguns
questionamentos e elementos para tal, nessa aula tentamos trazer como
contribuição alguns destes e entre eles, o que segue:
Porém muitas compreensões existem sob essa denominação. Por exemplo: fazer
avaliações diariamente, dar pontinhos, não avisar o dia da prova, não dar atividades
mimeografadas, são práticas que tem como paradigma a avaliação classificatória.
Precisamos compreender que avaliação como processo é compromisso, é
responsabilidade com os envolvidos neste mesmo processo de ensino e
aprendizagem, avaliação nesta perspectiva não é simplesmente mais uma tarefa, é
a tarefa mais relevante. Ou será que ainda, com aquela visão de produto com a
qual fomos formados, não estaríamos apenas vislumbrando avaliar o produto
no processo?
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É preciso enfatizar que a finalidade não é arrumar formas de atribuir mais notas
para nossos educandos, mas acompanhar efetivamente o processo de
conhecimento e fazer as intervenções necessárias sempre que possível. As
avaliações devidamente combinadas devem acontecer ao término das unidades. Na
verdade, a grande mudança é na distribuição das tarefas e não na carga de
trabalho. O professor acaba trabalhando muito durante o trimestre e ficando livre
daquele acúmulo final de trabalho. E agora... Depois dessas pequenas, mas
valiosas, informações recuse-se a continuar dando ênfase àquela avaliação antiga e
rançosa na qual fomos formados, que vivenciamos na nossa caminhada escolar e
que continuamos multiplicando, não porque somos incompetentes, mas porque
desconhecemos outra, e acabamos incorporando em nosso fazer a que
conhecemos, a avaliação formal. Mãos a obra, arrisque-se, inicie pequenas
práticas como processo.
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O burburinho inicial é uma prática ruim, não permiti-lo tem como intenção
diminuir a ansiedade.
Não é difícil mudar nossas práticas, apenas não estamos acostumados a elas, basta
exercitar nosso espírito criativo e perceber que pequenas mudanças fazem uma
grande diferença. Aproveite, leia mais e discuta sobre isso.
Até a próxima aula e reflita para que nossas discussões sejam criativas e
interessantes.
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É de se esperar que haja um estado angustiante porque estes não conhecem outra
forma de avaliar diferente daquela que vivenciaram em seus bancos escolares como
estudantes, e diferente daquela em que como profissionais foram formados. Em
ambas as situações, estes ou estavam sendo avaliados ou então preparados para
serem avaliadores de seus futuros educandos e, principalmente, por não saberem
como transformar o momento da avaliação (prova) em apenas um processo
deixando de ser cobrança de conteúdo.
Frases do tipo:
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Assim, a ética tem tudo a ver com a avaliação da aprendizagem; sendo éticas as
consequências dos nossos atos. Se nossos atos forem bons, serão éticos, caso
contrário serão prejudiciais para o processo. Para nós professores, a avaliação da
aprendizagem é, talvez, o momento mais forte da ética na didática. É o momento em
que podemos definir o rumo que tomarão na vida nossos estudantes, pois nossa
escola forja identidades e estas poderão ser melhores ou piores. E isso também
depende da escola... não só dela, mas também dela.
Então, vamos todos nos prepararmos para refletir sobre as relações que permeiam a
avaliação e fazer o possível e o impossível, no nosso dia-a-dia na escola, para que
nossos meninos e meninas aprendam mais e melhor seguindo os ensinamentos de
Luckesi, com relação a avaliação. Para ele, a amorosidade deve ser externada por
meio da garantia da aprendizagem e compromisso da escola com nossas crianças,
com nossos jovens e adolescentes.
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Ainda, segundo Luckesi (1998), o termo avaliar também tem origem no latim e
provém da composição a – valere, que quer dizer “dar valor a ...” O termo avaliação
significa “atribuir um valor ou qualidade a alguma coisa, ato ou curso de ação...”.
Não se encerra na configuração do valor atribuído ao objeto em questão, possui
uma consequente decisão de ação.
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E é nesse ato, o ato de avaliar, que nós educadores desejamos que a escola opere,
pois por intermédio deste ato, e não do ato da verificação ou da média, que fará com
que a escola seja ética e inclusa. O trabalho realizado, somente com o resultado da
aprendizagem escolar como verificação, faz dela uma coisa e não um processo.
Acreditamos que a clareza das proposições acima entre o ato de verificar e medir e
o ato de avaliar trarão a você mais segurança e instrumentos para ler e buscar
alternativas que o orientem quando precisar operar com a avaliação, a avaliação dos
futuros estudantes que estarão sob sua responsabilidade. A avaliação é coisa séria,
é continuidade, é processo.
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É preciso ter coragem para ousar, investigar, procurar caminhos para garantir a
aprendizagem. Assim, para compreender uma avaliação onde o foco é o processo
precisamos repensar alguns instrumentos até hoje utilizados.
A famosa prova mensal, bimestral e até semestral precisa ser abolida? Por que
não repensada!
Veja você como poderíamos utilizar instrumentos bem simples para avaliar, mas não
o fazemos.
Você já parou para pensar que uma simples conversa seria um instrumento bem
interessante e por meio dela é possível saber se nossos (as) alunos(as) aprenderam
ou não?; listas de exercícios, elaborados, por nós e por eles, pois se sabem
preparar exercícios significa que compreenderam o que foi trabalhado em classe, ou
mais especificamente se a aprendizagem foi significativa; tarefas de casa;
seminários; debates; trabalhos em grupo; pesquisas; trabalho individual;
montagem de painéis; criação de produtos onde se possa aplicar o que foi
trabalhado; apresentações teatrais, brincadeiras; campanhas; dossiês –
informações recolhidas de diferentes fontes, organizadas e sintetizadas de maneira
pessoal, mas que retratará o que eles sabem e o que não sabem; observação do
professor; entrevistas; elaboração de maquetes - com aplicações práticas do que
foi ensinado; elaboração de sínteses; esquemas; resumos; e autoavaliação.
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Com um olhar mais distante poderemos antever que a intenção da avaliação é fazer
com que percebamos que o estudante, ao aprender, deve ser capaz de discutir o
que foi ensinado, reconstruindo e argumentando o assunto; isto o ajudará a situar-se
diante de sua própria aprendizagem. Por esta razão, há necessidade de muitos
instrumentos de avaliação, pois, mais do que controlar e qualificar os estudantes, a
avaliação deve ajudá-los a progredir no caminho da construção do seu próprio
conhecimento. Pode-se afirmar diante das pesquisas da área que novas práticas
estão sendo desenvolvidas e muito ainda há que se construir. O importante é que o
desafio foi aceito. Mudar impõe conhecimento, coragem, disponibilidade para o
diálogo com os pares na condição de avaliadores, papel intrínseco ao ato da
docência.
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O que procuramos evidenciar nesta aula foram os instrumentos que podem ser
usados para uma avaliação que se queira democrática e inclusiva. Você conseguiu
entender nosso propósito? Então procure refletir sobre o assunto e acrescente à sua
prática outros instrumentos que tenham essas características.
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Você não pode refletir sobre avaliação sem trocar ideias sobre observação,
registros, enfim sobre documentação.
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falamos? Estamos falando de algo mais aberto e próximo da realidade, algo que
antes do julgamento possa produzir intervenções a favor da aprendizagem de
nossos estudantes, pois não basta apenas observar, é preciso registrar o que foi
observado, documentar e intervir. Afinal? O que é essa documentação? A
documentação aqui anunciada, além de ser o registro do que se está observando,
na educação infantil é também o processo de visualização sobre o que os
estudantes estão aprendendo, falando ou fazendo, dando validade à avaliação.
Veja você como isto se aproxima dos famosos portfólios. Quando optamos por
avaliar desta forma estamos fazendo uma escolha, assim usando em nosso fazer
diário outra concepção de avaliação diferente daquela que vivenciamos, uma
avaliação que trata o erro como alavanca para a aprendizagem e não como um
pecado, pecado esse que pagávamos com notas vermelhas e cruzes em nossas
lições. Portfólios como registros de observação que serão documentadas implicam
em uma concepção diferenciada de educação e de avaliação. Teremos aí uma
concepção própria de educação para um modelo diferenciado de escola,
necessitando de um educador diferenciado.
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Num país como o nosso, no qual a grande extensão territorial dificulta a igualdade
de oportunidades educacionais, a educação a distância pode ser a chave para
diminuir esse abismo de desigualdade social. Cabe a nós educadores procurar mais
e mais compreender este novo modelo de educação e utilizá-lo da melhor forma,
preparando profissionais, principalmente aqueles que não podem se beneficiar do
ensino convencional. Nesse modelo de educação, também, está presente a
avaliação, ainda hoje não muito coerente com o modelo de educação da qual
falamos.
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Para terminar esta aula, vamos refletir acerca das seguintes citações:
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Nesta aula, vamos reunir tudo que aprendemos e tentar formar uma opinião crítica
sobre a avaliação de hoje, no século XXI, onde diversas universidades já optaram
por desenvolver cursos de graduação, disciplinas nas quais estão previstas
dependências, pós-graduação e cursos de extensão a distância. E é neste ponto
que reunindo todos os conhecimentos até aqui aprendidos, procuraremos avançar
na possibilidade de construir novos critérios para avaliar o desempenho deste “novo
aluno”, o aluno virtual. Vamos lá?
Se você está aqui hoje lendo este texto, é porque faz parte deste grupo e aceitou o
desafio de junto conosco avançar na criação e na construção do novo modelo de
educação, não tão novo assim, mas... O que podemos destacar é que já podemos
contar com muitas publicações e um número razoável de autores que escrevem e
pesquisam sobre a avaliação na modalidade de educação a distância, assunto que
ainda será muito investigado.
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Como você pode perceber, Sandra Azzi acredita que na avaliação a distância o
aluno precisa ser motivado, favorecendo a autoconfiança, permitindo que o aluno
faça uma avaliação constante de sua aprendizagem, podendo inclusive buscar apoio
nos tutores para sanar as deficiências que podem surgir durante o trajeto.
Após o término da nossa aula de hoje proponho a você que, com a ajuda das
ferramentas de pesquisa disponíveis na internet, reúna artigos científicos escritos
por autores que pesquisam sobre a avaliação a distância, para que no nosso fórum
possamos discuti-los a partir das leituras realizadas por você.
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Como pudemos ver nas aulas anteriores, encontramos na avaliação em EAD pontos
muito fortes baseados na autonomia, pesquisa e autoria, competências importantes
na formação de um indivíduo crítico e consciente. Porém, como o contato pessoal
com os alunos é muito menor ou nulo no Ensino a Distância, é muito difícil, por
exemplo, o professor identificar individualmente os seus alunos ou observar essas
mudanças comportamentais, critérios importantes para uma avaliação qualitativa.
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A todo o momento, qualquer ser humano está fazendo uma avaliação, mesmo que
não tenha se dado conta disto, mas quando falamos de avaliação institucional
estamos nos referindo à avaliação de uma instituição. Enfim, assunto encantador
para quem se debruça sobre as políticas públicas de avaliação, e acredito que você
também gostará de poder se apropriar um pouco deste assunto tão utilizado em
todas as áreas, sejam elas públicas ou privadas. Pesquisadores diriam que a
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Você poderia estar se perguntando... Afinal por que isto? Nós temos ou não no
Brasil Avaliações Institucionais?
Poderíamos abrir o diálogo com muitos estudiosos do assunto ou apenas tentar ver
nos jornais, nas revistas de educação ou mesmo na TV, que normalmente divulgam
de forma sensacionalista, na maioria das vezes, os exames nacionais a que estão
expostos estudantes dos diferentes níveis de ensino, dentro dos sistemas de ensino
ou mesmo quando já terminaram seus cursos, os egressos.
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Isto tem acontecido no Brasil nos últimos anos do século passado e nestes primeiros
anos do século atual. Para tristeza da maioria de educadores comprometidos com a
qualidade da educação, esta política não tem refletido o que dizem seus objetivos,
melhorado a qualidade do ensino e, consequentemente, da aprendizagem de
nossos estudantes, e nem mesmo contribuído para que o país apresente índices
maiores em comparação a outros países, com relação à educação.
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Espero encontrá-lo animado para mais uma aula e que, assim como eu, esteja
amando o tema, pois a avaliação é um assunto complexo, mas apaixonante para
educadores, algo que quanto mais lemos ou discutimos mais queremos ler e
aprender. A avaliação da aprendizagem não pode ser separada de uma necessária
avaliação institucional, mesmo que sejam de naturezas diferentes. Como já
mencionado anteriormente, a avaliação institucional abrange não só o desempenho
acadêmico dos alunos, como também questões referentes à gestão, aos processos,
aos recursos e aos resultados da escola. Com base nesse conjunto de informações,
é possível formular hipóteses fundamentadas e confiáveis. Assim, podemos dizer
que a avaliação institucional está estruturada em torno de dois eixos: o desempenho
dos alunos e os fatores associados a esse desempenho.
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Em torno dessas questões que se travam lutas, lutas que compõem um terreno
político e filosófico. Lutas, onde, segundo Dias Sobrinho (2000, 89), “estão em jogo
questões de fundo, pois se reconhece, ainda que nem sempre se declare, a força da
avaliação institucional como ação de grande impacto na transformação...”.
Veja que realmente é algo muito recente, pois educação é algo que se faz em longo
prazo, mas tomar conhecimento sobre o que existe sobre o assunto e poder então
discuti-lo é algo muito interessante. Portanto, entendemos ser de suma relevância
para você saber que:
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Você sabia disso? Acredite é algo extremamente importante para todos aqueles
que trabalham em educação conhecerem as políticas de avaliação existentes em
nosso sistema de ensino. Saber que o SAEB é uma política de avaliação do nosso
sistema de ensino em nível de educação básica, que sofreu algumas alterações ao
longo de sua implementação e que atualmente vem sendo aplicada outra avaliação,
a Avaliação Nacional do Rendimento Escolar dos alunos (ANRESC).
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O ENC tornou-se conhecido como “Provão” e foi aplicado pela 1ª vez para as áreas
de Administração, Direito e Engenharia Civil em 1996, menos de um ano após a Lei
nº 9.131 ter entrado em vigor. O que se viu a cada ano foi a ampliação do número de
informações sobre os cursos de graduação, possibilitando um conhecimento cada
vez mais preciso da realidade de cada curso e do sistema de ensino superior de um
modo geral.
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O Provão, por ter sido durante alguns anos um dos instrumentos do movimento de
“accountability” ou responsabilização e chegando ao Brasil com vinte anos de
atraso, de forma ainda não muito conclusiva e oportuna para a época, e segundo
pesquisadores uma política distorcida e ainda com instrumentos insuficientes para
uma avaliação de qualidade, demonstrou para a comunidade acadêmica um
distanciamento entre uma avaliação verdadeira, como propunha o PAIUB, e o
modelo implementado.
Avaliar a educação superior como fez o Provão, e colocá-la como se fosse uma
empresa gerida por um administrador-economista que vê a evasão quase sempre
como perda, sinônimo de fracasso, não é ver a educação com olhar de educador.
Um administrador-educador também precisa ver a evasão não somente como perda,
mas também como mobilidade, investimento num futuro em construção, aberto,
inacabado, um futuro que se beneficiará das disciplinas cursadas, pois educação
recebida não se perde jamais e com certeza será validada pela vida.
Mesmo acreditando que muitos dos gestores do sistema de ensino superior no Brasil
e pesquisadores demonstrassem preocupação com esses exames e quisessem
mudanças na sua condução, na prática, o que vimos acontecer à época foi ao
contrário, alguns assumiram a diferença, a distinção e a desigualdade como
princípios de organização e metas a serem alcançadas. Desta forma, rejeitaram a
importância da universidade pública como bem social e responsabilidade do Estado
para com seu funcionamento. Não devemos nos esquecer nunca de que a avaliação
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Por esse motivo, encerramos nossa aula de hoje acreditando que não há qualidade
sem quantidade e que, portanto, uma avaliação qualitativa consistente deve ter por
base concreta os dados quantitativos da realidade para sustentá-la.
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O que podemos perceber aqui é que o PAIUB é uma avaliação que adota
metodologia qualitativa e participativa, permitindo melhor a compreensão dos
fenômenos sociais complexos. Segundo depoimento de autores altamente
conceituados no mundo acadêmico e especialistas em avaliação, como José Dias
Sobrinho, Dilvo Ristoff, e outros, o modelo adotado nessa avaliação atende melhor
às necessidades e especificidades nas quais acreditamos, enquanto educadores,
envolvidos e preocupados com a melhoria da qualidade do ensino no Brasil.
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Até o momento ocorreram oito (8) edições do SARESP, sendo que nas primeiras
edições os alunos eram avaliados em habilidades cognitivas desenvolvidas durante
o processo de escolarização em séries e componentes curriculares diversos3 nos
Ensinos Fundamental e Médio, e este era realizado de forma censitária. Nos últimos
anos, mais especificamente a partir de 2002, porém, foram incluídas algumas
alterações e ajustes, com avaliações das habilidades cognitivas de Leitura e Escrita
4 adquiridas pelos alunos ao longo de todas as séries dos Ensinos Fundamental e
Médio, deixando de ser censitário e passando a avaliar todos os alunos de todas as
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Decorridos dez (10) anos de sua formulação e implementação, cabe a nós alguns
questionamentos em relação a essa avaliação: O que de fato o SARESP vem
promovendo ao longo desses 10 anos na aprendizagem e rendimento escolar dos
alunos? De que forma ocorreram as alterações e ajustes na sua implementação?
Como vem ocorrendo a sua implementação? O SARESP está contribuindo
efetivamente para a melhoria da qualidade da aprendizagem e do ensino nas
Escolas Estaduais do Estado de São Paulo? E se, após estes anos de implantação
e implementação da política, ouvimos dizer que a qualidade do ensino e da
aprendizagem piorou o que justificaria sua implantação e manutenção? Reflita e
pesquise mais sobre o assunto.
____
3
RES. SE n. 27, de 29 de março de 1996, artigo 1 inciso II
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4
RES. SE n. 120, de 11 de novembro de 2003, artigo 2.
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Para alguns autores, entre eles Duran (2000), o SAEB ainda é um tipo de avaliação
bastante incipiente e, por isso mesmo, atolado de experiências de implantação de
sistemas de avaliação de outros países. Acrescenta, ainda, que estes estudos
parecem encerrar-se em si mesmos, não evidenciando produção acumulada. Sua
adoção pelo MEC, como política Nacional, provocou nos estados e municípios a
adoção de programas próprios de avaliação.
Não podemos nos esquecer da relevância da avaliação e que ela deve gerar e
processar informações que subsidiem a tomada de decisões quanto à formulação e
implementação de novas políticas. Infelizmente, nos deparamos ao longo de tantos
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anos de estudos e pesquisas realizadas com a sensação de que pouco tem sido
feito em relação à melhoria da qualidade de ensino aprendizagem de nossas
crianças, principalmente aqueles que mais precisam das condições estruturais nas
escolas para dar conta da sua aprendizagem.
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Nesta aula veremos outras “avaliações” que fazem parte das políticas de avaliação
implementadas nos anos de 1990. Na aula de hoje refletiremos sobre o ENEM. Nos
anos de 1990, como já citado anteriormente, são implantadas e implementadas no
Brasil, pelo governo Fernando Henrique Cardoso, políticas de avaliação e entre elas
o ENEM. Esta política tem como objetivo, segundo discurso oficial, ser uma proposta
inovadora porque tem caráter transdisciplinar e por detectar competências e
habilidades apresentadas pelo estudante, ao término do Ensino Médio.
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Foi proposto como um exame que mede resultados e os expressa a partir de faixas
de desempenho, também é considerado como exame voluntário e individual. Esse
exame tem sido comumente tratado como avaliação. Mas nos parece que, segundo
o conceito de avaliação aqui defendido, sem intervenção não há avaliação, por isso
cabe questionarmos um exame citado como avaliação que ocorre ao término da
escolaridade básica e que, por isso, os estudantes não poderão ter oportunizado a
eles a intervenção, passo imprescindível para aqueles que não desenvolveram as
habilidades e competências necessárias.
Dias Sobrinho, 2000, ao se referir aos exames nos pede para que percebamos que
medir não é a mesma coisa que avaliar, medir pode ser apenas parte do processo.
Mas, avaliar é muito, muito mais amplo. Destaca que para os alunos é importante
passar nos exames e para a faculdade é importante que esta se classifique bem,
mas o que vem acontecendo de fato, e aí a crítica, é que esta pode estar imprimindo
uma lógica de se ensinar para os exames. Nesse caso a avaliação estaria sendo
reduzida ao reforço de uma visão mecanicista.
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Deixo para você a reflexão e a pesquisa do que foi estudado nessa aula. Nosso
tempo é pouco para tantas considerações em relação ao exame, mas as críticas e
estudos realizados até o momento têm demonstrado que ele pode ser considerado
como um sinalizador do currículo. E a percepção que este vem invadindo as salas
de aula como mecanismo de avaliação legitimado pela mídia.
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A avaliação do Ensino superior no governo Lula teve como seu primeiro ministro da
educação o Sr. Christovam Buarque, que decidiu dar ênfase à questão da avaliação,
um dos aspectos destacados no Programa de Governo.
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Autoavaliação Institucional;
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Legislação:
www.mec.gov.br
www.inep.gov.br
www.mec.gov.br/cne
www.capes.gov.br
www.cnpq.br
www.disponibilidadeavaliador.inep.gov.br
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Segundo documento oficial, o MEC declara que o intuito é oferecer aos gestores
públicos e aos professores informações suficientes que possam subsidiá-los
permitindo as intervenções com vista à correção de possíveis insuficiências
apresentadas nas áreas de leitura e escrita.
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Cabe ressaltar que provas como esta ou tantas outras podem sim detectar
conteúdos não aprendidos pelas crianças ou conteúdos não ensinados por seus
professores e imprescindíveis, mas sua correção e intervenção devem ser imediatas
para o aproveitamento desta como instrumento a favor da aprendizagem.
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O ENCCEJA foi estabelecido, conforme inciso VI, do artigo 16, do Decreto n. 6317,
de 20 de dezembro de 2007, tendo em vista o disposto na LDBEN 9394 de 20 de
dezembro de 1996 e nas Portarias Ministeriais n. 3415, de 21 de outubro de 2004 n.
783, de 25 de junho de 2008.
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como ponto de partida nas diversas modalidades de oferta de ensino para essa
população; dessa forma procurando superar provas centradas em conteúdos
fragmentados e descontextualizados. A prova procura valorizar a autonomia do
estudante para ler informações e estabelecer relações.
Se você tiver interesse em saber mais sobre o assunto acesse os sites abaixo.
http://encceja.inep.gov.br/
http://65.110.61.30/site/1376/nota/35871
http://encceja.inep.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=25&Ite
mid=0
http://www.oei.es/noticias/spip.php?article2403&debut_5ultimasOEI=25
http://www.forumeja.org.br/node/733
http://faculdade.ebah.com.br/sao-paulo/encceja-exame-nacional-de-certificacao-de-
competencias-de-jovens-e-adultos-1395
Definição na wikki
http://pt.wikipedia.org/wiki/ENCCEJA
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O importante é aceitar o desafio, abrir-se para o novo, pois mudar impõe conhecer o
novo, coragem, disponibilidade para o diálogo com as partes na condição de
avaliadores, papel intrínseco ao ato da docência.
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Como vimos na aula anterior, a avaliação deve lançar seu olhar prioritariamente às
grandes estruturas educacionais. Os sistemas de avaliação da educação superior
são:
ENADE
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A noção implícita aqui diz respeito aos resultados, que segundo os objetivos
presentes em seus documentos, devem servir como prestação de contas à
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sociedade, assim ser amplamente divulgados pela mídia e trazer a ideia de que
estes são os únicos e os verdadeiros. É interessante perceber que essas avaliações
propostas são utilizadas para demonstrar a “qualidade da educação”, por meio de
seus resultados e eficiência, mas na maioria dos casos estas não são usadas para
se estabelecer novas políticas que pudessem reconduzir essa educação ao
sucesso.
Segundo Dias Sobrinho,2003, “...Tanto nos países desenvolvidos quanto nos países
de economia dependente, inclusive no Brasil ...os governos propõem reformas
visando um vínculo mais estreito da educação superior com os projetos
econômicos”.
O que nos cabe questionar com relação aos exames, aos quais todos nós somos
submetidos hoje, é extremamente significativo, pois ao longo destes últimos séculos
o oferecimento de ensino superior dirigiu-se aos elementos de uma única classe
social, a classe dominante. Quais foram às mudanças propostas a partir da Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9394 de dezembro de 1996, que
favorecem ou ampliam as oportunidades do povo brasileiro para cursar o
ensino superior público?
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Entre nos links indicados abaixo, podem “passear” à vontade, é muito importante
que você pesquise sobre todos os assuntos que já tratamos.
Legislação:
www.mec.gov.br
www.inep.gov.br
www.mec.gov.br/cne
www.capes.gov.br
www.cnpq.br
www.disponibilidadeavaliador.inep.gov.br
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Com a citação acima iniciamos mais uma aula e também mais dos muitos momentos
de reflexão sobre avaliação, onde vamos fazer um breve, mas valioso percurso na
história com a intenção de compreender o que tem sido o processo de avaliação no
ensino superior brasileiro. O cenário inicial é os anos de 1960 e nos dez anos
seguintes, pois ocorreram investimentos no ensino superior, mesmo que aqui não
tivéssemos um Estado de bem estar social como na Europa e nos países
desenvolvidos. Nossas universidades eram muito jovens, com estruturas frágeis e
sem capacidade para pesquisa. Acabávamos de sofrer um golpe militar que
perdurou de 1964 até 1985 e nos tornávamos mais dependentes dos países ricos.
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Avaliações para definir critérios para essa distribuição, a partir dos resultados
apresentados, pois apesar desses recursos terem aumentado se apresentam
ainda insuficientes;
Como nos demais países, no Brasil, também, cresce o papel do Estado como
interventor, o Estado avaliador. Já estava na agenda de discussão nos anos de
1980, mas é somente nos anos de 1990, que podemos chamar de década da
avaliação, que a avaliação ganha terreno como instrumento indispensável para o
monitoramento das reformas implantadas pelos governos. Assim, nos anos de 1995,
ela se estabelece, ganha espaço e poder como estratégia para a manutenção desse
mesmo poder. Como já vimos anteriormente, no que se refere ao ensino superior
temos algumas experiências em relação às políticas de avaliação implementadas no
Brasil, a mais democrática e consistente e que atendeu a comunidade científica
como já visto em aula anterior, o PAIUB, e segundo Dias Sobrinho (2003) “...
Avaliação sistemática, processual, global, sem perder as relações entre as partes e
destas com a missão ou o projeto da filosófico e pedagógico da instituição” e outras,
implementadas de forma a atender o mercado e as agências internacionais, como
tendência mundial.
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permeava o Provão, algo bem próximo disto. Por ser uma política recente, a análise
de sua implementação fica prejudicada pela falta de elementos para tal.
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A avaliação hoje se estende a todos os domínios sociais, com ênfase maior nas
políticas públicas. Na educação, ela é relevante, seja na educação básica ou na
educação superior, como avaliação da aprendizagem, avaliação do rendimento
escolar ou ainda avaliação sistêmica ou institucional. Seja qual for a avaliação ela
tem seu lugar garantido como instrumento necessário para o acompanhamento do
processo de crescimento da sociedade, dos indivíduos ou das políticas.
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pelos grupos, muito mais que os resultados que eles apresentam, conferindo
significados a estes. Utiliza-se de métodos qualitativos, tende ao subjetivismo, é
fundamentada na realidade, orienta-se para os descobrimentos, é indutiva,
descritiva, exploratória, orienta-se para o processo, sua validade é conferida aos
dados reais e ricos de significação, assume uma realidade dinâmica.
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Vimos de forma repetitiva e muito significativa que avaliar não é punir ou premiar,
mas conhecer os problemas e encontrar formas de superá-los. E, com relação à
avaliação institucional, um dos primeiros objetivos, tendo em vista o
aperfeiçoamento das instituições é perseguir um padrão unitário de qualidade. A
construção de uma proposta de avaliação deve necessariamente passar por
discussões abertas com os usuários da instituição e por um amplo debate
institucional sobre sua identidade e sobre o seu projeto acadêmico global, ou seja, a
avaliação da qual falamos deve ser participativa e emancipatória, um instrumento de
democratização.
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Estudos apontam que a avaliação interna das instituições deva ser um trabalho
realizado de forma participativa, com o envolvimento de todos os seus membros,
socialmente contextualizado e instrumento de construção de uma escola pública
gratuita e democrática. Tem como objetivo uma universidade voltada para a solução
dos problemas sociais, políticos e econômicos do país, onde os que lá estão
entendam seu papel de articuladores, de pesquisadores, de estudiosos, mas,
também, como responsáveis primeiros por seu objeto de estudo, a sociedade e seus
problemas.
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Não é a toa que denominamos esses tempos como a década da avaliação, devido a
sua importância e a relevância do seu papel na atualidade. Não podemos dizer que
este modelo é melhor que o outro, pois muitos são os modelos, uma avaliação,
qualquer que seja, se produz num espaço social de valores que já existe, e ajuda a
reforçar. Sabemos que a educação não é neutra e a avaliação também não é
externa. Existem avaliações produzidas em fontes exógenas, impostas de cima para
baixo, de fora para dentro, mas também existem esforços bem organizados da
comunidade acadêmica e científica tentando assegurar princípios, usos e objetivos
desse processo, apesar da lógica imposta nas últimas décadas.
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