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UNIVERSIDADE PÚNGUÉ

Faculdade de Letras, Comunicação e Artes

As regras gerais de acentuação no português, acento frásico, acento primário e


secundário, acento nuclear, de insistência; entoação e ritmo

Curso de licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa

Salomia Limone João

UNIVERSIDADE PÚNGUÉ-TETE

Tete

2024
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Salomia Limone João

As regras gerais de acentuação no português, acento frásico, acento primário e


secundário, acento nuclear, de insistência; entoação e ritmo

Curso de licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa

2º Ano- Pôs laboral

Trabalho de pesquisa na cadeira de Fonetica


e Fomologia do Portugues no curso de
Licenciatura em ensino de Português como
requisito de Avaliação parcial por:

Docente: Emilio Antonio

UNIVERSIDADE PÚNGUÉ-TETE

Tete

2024
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Sumário
1.INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 4

1.1.Objetivo do trabalho ................................................................................................... 4

1.1.1.Objectivo geral ........................................................................................................ 4

1.1.2.Objectivos especificos ............................................................................................. 4

2.ACENTUAÇÃO NO PORTUGUÊS ............................................................................ 5

2.1.Conceito de acentuação .............................................................................................. 5

2.2.Classificação das palavras quanto à posição da sílaba tônica .................................... 5

2.3.REGRAS FUNDAMENTAIS DA ACENTUAÇÃO NO PORTUGUÊS ................. 6

2.3.1.Monossílabos tônicos .............................................................................................. 6

2.3.2.Oxítonas ................................................................................................................... 6

2.3.3.Paroxítonas .............................................................................................................. 7

2.4.ACENTO NO PORTUGUÊS..................................................................................... 9

2.4.1.Os Acentos Primario e Secundário .......................................................................... 9

2.5.Acento Frásico .......................................................................................................... 10

2.6.Unidade Acentual e acento nuclear .......................................................................... 11

2.7.Acento de insistência ................................................................................................ 11

2.8.A entonação e ritmo .................................................................................................. 11

Conclusão ....................................................................................................................... 12

Referencias Bibliograficas .............................................................................................. 13


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1.INTRODUÇÃO
Neste presente trabalho, trataremos sobre Acento de palavras no portugues.
Sendo assim, importa desde ja dizer que, ao longo do trabalho traremos conceitos
bases sobre os tópicos em torno do tema apresentado, cujos os detalhes nos trarão
conhecimento sobre acentos principais e secundarios, acento frasico, acento de
insistência e a diferença entre a entoação e ritmo no português.

Ora, de forma geral, falar de acentuação noportugues é um tema inerente aos


postulados gramaticais que, indiscutivelmente, concebe-se como um fator relevante,
em se tratando da linguagem escrita.

Porntanto, para o efeito deste trablaho, recorreu-se ao método de pesquisa de


revisão bibliografica, este que consiste na pesquisa e busca de conteúdo em
literaturas já pblicadas que versam sobre o tema.

1.1.Objetivo do trabalho

1.1.1.Objectivo geral
 Conhecer as regras gerais de acentuação no português, acento frásico, acento
primário e secundário, acento nuclear, de insistência; entoação e ritmo.

1.1.2.Objectivos especificos
 Identificar as regras gerais de acentuação no português, acento frásico, acento
primário e secundário, acento nuclear , de insistência; entoação e ritmo.
 Analisar as Conhecer as regras gerais de acentuação no português, acento
frásico, acento primário e secundário, acento nuclear , de insistência; entoação
e ritmo.
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2.ACENTUAÇÃO NO PORTUGUÊS

2.1.Conceito de acentuação
Para ANDRADE (1992), “a acentuação é um tema inerente aos postulados
gramaticais que, indiscutivelmente, concebe-se como um fator relevante, em se tratando
da linguagem escrita”. Trata-se do fenômeno relacionado com a intensidade em que as
sílabas se apresentam quando pronunciadas, podendo ser em maior ou menor grau.
Quando proferidas com mais intensidade, classificam-se como tônicas, e quando soadas
de maneira mais sutil, como átonas.

Ainda enfatizando acerca da importância do assunto em pauta, há outro


detalhe pertinente: o fato de ter havido algumas mudanças em decorrência da
implantação da Nova Reforma Ortográfica. Cabendo ressaltar, portanto, que os
referidos postulados, abaixo descritos, encontram-se condizentes a esta. Para tanto,
analisemos cada caso a seguir.

2.2.Classificação das palavras quanto à posição da sílaba tônica


MATEUS (1990), de acordo com a posição da sílaba tônica, as palavras classificam-se
em:

Oxítonas – aquelas em que a sílaba tônica se encontra demarcada na última


sílaba.
Exemplos: café, cipó, coração, armazém...
Paroxítonas – a sílaba tônica é penúltima sílaba.
Exemplos: caderno – problema – útil – automóvel...
Proparoxítonas – a sílaba tônica é a antepenúltima sílaba.
Exemplos: lâmpada – ônibus – cárcere – cônego...
Monossílabos átonos e tônicos: sao vocábulos que possuem apenas uma sílaba
– ora caracterizados como monossílabos – também são proferidos de modo mais
e/ou menos intenso. De modo a compreendermos como se efetiva tal ocorrência,
analisemos:
Que lembrança darei ao país que me deu
tudo o que lembro e sei, tudo quanto
senti! (Carlos Drummond de Andrade)
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Atendo-nos a uma análise, percebemos que os monossílabos “que”, “ao”, “me”,


“o”, “e” são átonos, visto que são pronunciados tão fracamente que se apoiam na
palavra subsequente. Já os monossílabos representados por “deu” e “sei” demonstram
ser dotados de autonomia fonética, caracterizando-se, portanto, como tônicos.

2.3.REGRAS FUNDAMENTAIS DA ACENTUAÇÃO NO PORTUGUÊS

2.3.1.Monossílabos tônicos
Graficamente, acentuam-se os monossílabos terminados em:

 -a(s): chá, pá...


 -e(s): pé, ré,...
 -o(s): dó, nó...

Entretanto, os monossílabos tu, noz, vez, par, quis, etc., não são acentuados. Os
monossílabos tônicos formados por ditongos abertos -éis, -éu, -ói recebem o acento.
Exemplos: réis, véu, dói.

No caso dos verbos monossilábicos terminados em-ê, a terceira pessoa do plural termina
em eem. Essa regra se aplica à nova ortografia. Perceba

a) Ele vê - Eles veem


b) Ele crê – Eles creem
c) Ele lê – Eles leem

Forma verbal que antes era acentuada agora é grafada sem o sinal gráfico.
Diferentemente ocorre com os verbos monossilábicos terminados em “-em”, haja vista
que a terceira pessoa termina em “-êm”, embora acentuada.(MATEUS:1990) Perceba:

a) Ele tem – Eles têm


b) Ela vem – Elas vêm

2.3.2.Oxítonas
Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em a, e, o, seguidas ou não de “s”. Pará, café,
carijó, armazém, parabéns
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2.3.3.Paroxítonas
Acentuam-se todos os vocábulos terminados em:

a) -l: amável, fácil, útil.


a) -r: caráter, câncer.
b) -n: hífen, próton.

Observação: Quando grafadas no plural, essas palavras não recebem acento.


Exemplos: polens, hifens.

-x: látex, tórax.


-ps: fórceps, bíceps.
-ã(s): ímã, órfãs.
-ão(s): órgão, bênçãos.
-um(s): fórum, álbum.
-on(s): elétron, nêutron.
-i(s): táxi, júri.
-u(s): Vênus, ônus.
-ei(s): pônei, jóquei.
-ditongo oral (crescente ou decrescente), seguido ou não de “s”: história, série, água,
mágoa. (ANDRADE:1986).

Observações importantes:

a) De acordo com a nova ortografia, os ditongos terminados em –ei e –oi não são
mais acentuados. Perceba como eram antes e como agora são grafados:

Antes Depois
Coréia Coreia
plebéia plebeia
idéia ideia
Odisséia Odisseia
jibóia jiboia
asteróide asteroide
paranóia paranoia
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heróico heroico

Entretanto, o acento ainda permanece nas oxítonas terminadas em –éu, -ói e éis:

chapéu – herói - fiéis...

b) Não serão mais acentuados o “i” e “u” tônicos quando, depois de ditongo,
formarem hiato. Note:

Antes Depois
Sauípe Sauipe
bocaiúva bocaiuva
feiúra feiura
boiúna boiuna

No entanto, o acento permanece se a palavra for oxítona e o “i” ou “u” estiverem


seguidos de “s” ou no final da palavra. Confira: Piauí – tuiuiú(s) – sauí(s).

O mesmo acontece com o “i” e o “u” tônicos dos hiatos, não antecedidos de
ditongos: saída – saúde – juíza – saúva – ruído.

As formas verbais que possuem o acento na raiz com o “u” tônico precedido das
letras “q” e “g” e seguido de “e” ou “i” não serão mais acentuadas. Veja:

Antes Depois
apazigúe (verbo apaziguar) apazigue
argúi (verbo arguir) argui

Atenção: Quando o verbo admitir duas pronúncias diferentes, usando “a” ou “i”
tônicos, essas vogais serão acentuadas:
Exemplos:

a) eu águo, eles águam, eles enxáguam (a tônico); eu delínquo, eles delínquem (í


tônico). tu apazíguas, que eles apazíguem.
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- Se a tônica, na pronúncia, cair sobre o u, ele não será acentuado:


Exemplos: Eu averiguo, eu aguo. (ANDRADE: 1992)

Não será mais usado o acento agudo para diferenciar determinados vocábulos,
tais como:

Antes Depois
para = preposição/ pára = verbo parar para
pela = preposição/ péla = verbo pelar pela
pólo = substantivo/ polo = combinação antiga e popular de
polo
"por" e "lo"
pêlo = substantivo/ pelo = combinação da preposição com o
pelo
artigo
pêra = substantivo/ pera = preposição referente ao português
pera
arcaico

Contudo, o acento permanece para diferenciar algumas palavras, representadas


por: pôde = 3ª pessoa do pretérito perfeito do indicativo (verbo poder)
pode = 3ª pessoa do presente do indicativo (verbo poder) pôr = verbo
por = preposição.

2.4.ACENTO NO PORTUGUÊS

2.4.1.Os Acentos Primario e Secundário


PEREIRA (1999), além do acento principal, a palavra pode conter outros pontos de
proeminência, os acentos secundários. A atribuição do acento principal faz-se no nível
lexical visto que tem em conta a estrutura interna (morfológica) da palavra. Os acentos
secundários estão sujeitos a outros factores.

 Os acentos secundários morfológicos são os que se considera marcarem as


sílabas acentuadas das palavras primitivas nos derivados com os sufixos –
zinho, –zito, –zão etc. (como papelzinho ou mulherzita) e com o sufixo –
mente (como belamente).
 De um ponto de vista prosódico, no entanto, considera-se a existência de acentos
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secundários na palavra, ou seja, pontos de proeminência que estão presentes na


cadeia sonora mas não atingem a intensidade do acento principal. Os acentos
secundários reforçam o poder informativo do acento principal e organizam a
cadeia fonética como um domínio rítmico.
 No discurso oral, os acentos principal e secundários apresentam-se como um
princípio rítmico de alternâncias acentuais. Os acentos secundários ocorrem em
intervalos regulares, sempre em sílabas pré-tónicas, e podem marcar a sílaba
inicial da palavra ou marcar sílabas alternantes a partir da tónica para a esquerda,
até ao limite da palavra, como se pode ver nos exemplos seguintes (as sílabas
com acento principal estão precedidas do diacrítico ['] e as que têm acento
secundário, do diacrítico [']).

.leita'ria .computa'dor
.pode'roso .papela'ria
.patri'arca .tempera'tura

A localização dos acentos secundários faz-se no nível fonético e pode variar conforme o
contexto fónico ou outros factores aleatórios (computador, por exemplo, tem duas
possibilidades de incidência do acento secundário – Çcomputa'dor e comÇputa'dor). O
acento principal de palavra, contudo, tem uma localização obrigatória de acordo com as
regras da língua. (PEREIRA: 1999).

2.5.Acento Frásico
De acordo com o Dicionário Eletrônico Houaiss, embora frásico e frasal signifiquem o
mesmo, a forma preferível no Brasil é frasal («relativo ou pertencente à frase; frásico»).
Em Portugal, pelo contrário, o Dicionário da Língua Portuguesa 2008, da Porto Editora,
por exemplo, nem sequer acolhe a palavra frasal.

Refira-se que «acento frasal» ou «acento frásico» é, segundo o Dicionário Houaiss, «na
enunciação de uma frase, parte desta em que a linha melódica ascendente atinge o ápice
(onde o tom é mais agudo)»; pode empregar-se também como sinónimo de entoação ou
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entonação (idem).'

2.6.Unidade Acentual e acento nuclear


Utilizando-se um critério fonético, palavra equivaleria a um conjunto com um só acento
tônico. Árvore e fértil concordam com esse critério, mas, sem a mala também
(sem e a são átonos e mala paroxítono). o grupo mostra um só acento tônico, mas
graficamente não forma uma palavra. há unidades acentuais que não são palavras, o que
revela esse critério fonético parcial e insuficiente.

Quando um sintagma (como um grupo nominal ou verbal) apresenta mais do que um


acento de palavra e desde que não haja um acento enfático nessa sequência, o acento
mais à direita torna-se mais "pesado" e é denominado acento nuclear (clube de
futeBOL; igualdade absoLUta). Sendo assim, o acento nuclear passa a ser o acento
principal da sequência. CHOMSKY & HALLE (1968b).

2.7.Acento de insistência
A Moderna Gramática Portuguesa de Evanildo BCHARA apresenta uma boa discussão
com exemplos do acento de insistência. Este consiste em pronunciar uma sílaba com
intensidade, altura e/ou duração superior ao normal. Pode recair na sílaba tónica ou
noutra, mais comummente na primeira. É um fenómeno muito comum na linguagem
oral. Pode exprimir uma emoção:

b) Ele é um bandido.
c) Está completamente destruído!
d) Fantástico, Melga! Fantástico Mike!

Pode também ser um acento de insistência intelectual, visando chamar a atenção para
alguma coisa, especialmente em palavras derivadas por prefixação:

a) Falamos de verbos intransitivos.

2.8.A entonação e ritmo


Conforme MATEUS (2005), a voz faz parte da comunicação verbal e a entonação é a
maneira de emitir o som vocal. É uma ferramenta para modular a fala e definir o tom
das palavras e frases de acordo com a necessidade do discurso. Para cada variação de
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sentença, que pode conter exclamação, afirmação, pedido ou questionamento,


a entonação de voz é determinante. É a entonação que ajuda a direcionar o sentido e
fazer com que o público entenda e reaja de acordo com a intenção do discurso.

Para MATEUS (2005), a forma como o orador interage e se comunica com sua
audiência colabora para que os propósitos de uma estratégia sejam atingidos.
Considerando que existem influenciadores e influenciados, a entonação de voz ajuda
a convencer as pessoas sem que elas se sintam pressionadas.

Encaixar o tom de voz nos tipos de linguagem é um desafio e tanto, o que requer
entendimento das próprias limitações e possibilidades. A entonação é, portanto,
um termômetro da intensidade com que as palavras e frases são proferidas, buscando
alinhar o orador e a forma como é percebido pela audiência.

Conclusão
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Tendo desenvolvido o tema proposto para o presente trabalho. Vale dizer que,
a acentuação é um tema inerente aos postulados gramaticais que, indiscutivelmente,
concebe-se como um fator relevante, em se tratando da linguagem escrita. Trata-se do
fenômeno relacionado com a intensidade em que as sílabas se apresentam quando
pronunciadas, podendo ser em maior ou menor grau. Quando proferidas com mais
intensidade, classificam-se como tônicas, e quando soadas de maneira mais sutil,
como átonas.

Além do acento principal, a palavra pode conter outros pontos de proeminência, os


acentos secundários. A atribuição do acento principal faz-se no nível lexical visto que
tem em conta a estrutura interna da palavra. Os acentos secundários estão sujeitos a
outros factores. Quando um sintagma apresenta mais do que um acento de palavra e
desde que não haja um acento enfático nessa sequência, o acento mais à direita torna-se
mais "pesado" e é denominado acento nuclear.

Referencias Bibliograficas
14

1. ANDRADE, Ernesto d’(1981). As alternâncias vocálicas no sistema verbal do


Português. In Boletim de Filologia (Lisboa), XXVI, 69-81.
2. ANDRADE, Ernesto d’ e Laks, Bernard (1992). Na crista da onda: o acento de
palavra em português. Actas do VII Encontro Nacional da APL, Lisboa, 1991:
15-26.
3. MATEUS, Maria Helena Mira (1982) O acento da palavra em português: uma
nova proposta. Boletim de Filologia, 28: 211-229.
4. MATEUS, Maria Helena, Andrade, Amália, Viana, Maria do Céu, Villalva,
Alina (1990) Fonética, Fonologia e Morfologia do Português. Lisboa:
Universidade Aberta. Capítulo 5.
5. MATEUS, Maria Helena Mira, Falé, Isabel e Freitas, Maria João
(2005) Fonética e Fonologia do Português. Lisboa: Universidade Aberta.
Capítulo 6.
6. PEREIRA, Isabel (1999) O acento de palavra em Português – uma análise
métrica. Dissertação de doutoramento Coimbra: Universidade de Coimbra.

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