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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

A COSMOLOGIA E CONHECIMENTO CIENTIFICO

Estudante: Vanil De Arnaldo Fleurine

Curso: Licenciatura em Informática

Cadeira: Introd. A Filosofia.

Ano de frequência: 2º, Semestre 1º

Quelimane, Maio de 2024


Classificação

Categorias Indicadores Padrões Nota


Pontuação Subto
do
máxima tal
tutor
• Índice 0.5
• Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura • Discussão 0.5
organizacionais
• Conclusão 0.5
• Bibliografia 0.5
• Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução • Descrição dos
1.0
objectivos
• Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
• Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão • Revisão bibliográfica
nacional e
2.0
internacional relevante
na área de estudo
• Exploração dos dados 2.5
• Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos

2
• Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação parágrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas

Referência
Normas APA 6ª • Rigor e coerência das
s
edição em citações citações/referências 2.0
Bibliográfi
e bibliografia bibliográficas
cas

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Índice
Introdução........................................................................................................................................... 5

1.1.Objetivos: ..................................................................................................................................... 6

1.2.Metodologia: ................................................................................................................................ 6

2. O Começo do Mundo na Filosofia ................................................................................................. 7

2.1.Formação das Primeiras Comunidades e Cosmologia ................................................................. 7

Elementos como água, fogo, ar e terra ............................................................................................... 8

2.2. Pré-socráticos e a origem do Universo ........................................................................................ 8

Platão e Aristóteles ............................................................................................................................. 8

2.3. Idade Média e Filosofia Medieval ............................................................................................... 9

2.4. Filosofia Moderna ....................................................................................................................... 9

2.5. Contemporâneos .......................................................................................................................... 9

2.7. Origem das Ciências e sua Relação com a Filosofia ................................................................... 9

2.7.1.Epistemologia das Ciências ..................................................................................................... 10

3. Conclusão ..................................................................................................................................... 11

4.Bibliografia ................................................................................................................................... 12

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Introdução

A busca pelo entendimento da natureza do universo tem sido uma das mais antigas e persistentes
preocupações da humanidade (Chauí, 2010). Desde os primórdios da civilização, filósofos,
cientistas e pensadores têm se dedicado a explorar e compreender a origem, a estrutura e a
evolução do cosmos. Neste trabalho, vamos mergulhar na interseção entre a cosmologia e o
conhecimento científico, explorando como as discussões filosóficas ao longo da história
influenciaram a formação das primeiras comunidades humanas, o desenvolvimento das ciências e a
epistemologia por trás da busca pelo conhecimento científico.

A interação entre a filosofia e as ciências naturais tem sido fundamental para o desenvolvimento do
conhecimento humano ao longo da história. Desde os primórdios da civilização, filósofos e
cientistas têm explorado questões fundamentais sobre a natureza do universo e o processo pelo
qual adquirimos conhecimento sobre ele. Neste trabalho, investigaremos a origem das ciências e
seu vínculo com a filosofia, além de explorar a epistemologia das ciências, destacando os
princípios e métodos pelos quais buscamos compreender o mundo natural.

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1.1.Objetivos:
Geral:

❖ Analisar a relação entre filosofia e ciência na busca pelo conhecimento sobre o cosmos.

Específicos:

❖ Explorar como as discussões filosóficas sobre a natureza do universo influenciaram o


surgimento das ciências naturais.
❖ Investigar os princípios e métodos da epistemologia das ciências e sua aplicação na
produção de conhecimento científico.

1.2.Metodologia:
Para atingir os objetivos propostos, será realizada uma revisão bibliográfica abrangente, com base
em fontes acadêmicas relevantes, incluindo livros, artigos científicos e textos filosóficos. Serão
consultados autores como Reale & Antiseri (1991), que abordam a relação entre filosofia e ciência
ao longo da história, e Teles (1977), que discute a epistemologia das ciências e os métodos de
investigação científica. A análise crítica dessas fontes permitirá uma compreensão aprofundada dos
temas abordados.

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2. O Começo do Mundo na Filosofia

Os pré-socráticos foram os pioneiros no questionamento sobre a origem do cosmos (Reale &


Antiseri, 1991). Desde Tales de Mileto, que propôs a água como princípio fundamental de todas as
coisas, até Heráclito, que postulou o fogo como o elemento primordial, esses filósofos antigos
buscavam entender a natureza última da realidade. Essas discussões filosóficas foram
fundamentais para estabelecer as bases do pensamento científico, influenciando o desenvolvimento
da cosmologia ao longo dos séculos.

2.1.Formação das Primeiras Comunidades e Cosmologia

As ideias filosóficas sobre a origem do cosmos não apenas estimularam o pensamento científico,
mas também moldaram as primeiras comunidades humanas (Chauí, 2010). As teorias sobre o
Arché, o átomo e os elementos como água, terra, ar e fogo tiveram um impacto significativo na
forma como as sociedades antigas se organizavam e compreendiam o mundo ao seu redor. A
cosmologia não era apenas uma busca intelectual, mas também uma fonte de significado e coesão
social.

Atomismo

Os atomistas, como Leucipo e Demócrito, propuseram que tudo o que existe é composto por
partículas indivisíveis chamadas átomos (Reale & Antiseri, 1991). Essa teoria sugere que a
realidade é formada por unidades fundamentais que não podem ser divididas em partes menores.
Para os atomistas, o cosmos era composto por uma variedade infinita de átomos em constante
movimento e interação, formando todas as coisas que observamos ao nosso redor.

Arché

A noção de Arché, ou princípio fundamental, foi uma das preocupações centrais dos primeiros
filósofos pré-socráticos (Reale & Antiseri, 1991). Tales de Mileto, por exemplo, postulou que a
água era o Arché, a substância primordial de todas as coisas. Essa ideia sugere uma busca por uma
origem comum e fundamental para a diversidade de fenômenos observados no universo, buscando
uma unidade subjacente na multiplicidade das coisas.

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Elementos como água, fogo, ar e terra

Outra abordagem para explicar a origem e a natureza do cosmos foi a teoria dos elementos
proposta por filósofos como Empédocles e Anaximenes (Chauí, 2010). Esses pensadores
acreditavam que todas as coisas eram compostas por diferentes combinações e proporções dos
elementos básicos: água, fogo, ar e terra. Segundo Empédocles, por exemplo, tudo no universo é
composto por uma mistura desses quatro elementos, que interagem por meio de forças como amor
e ódio.

Essas ideias filosóficas, como o atomismo, o Arché e a teoria dos elementos, não apenas
influenciaram a compreensão do cosmos, mas também desempenharam um papel importante na
organização e coesão das primeiras comunidades humanas. As crenças compartilhadas sobre a
natureza do universo forneciam um senso de identidade e propósito comum, moldando as práticas
sociais, religiosas e culturais dessas comunidades.

2.2. Pré-socráticos e a origem do Universo

Os pré-socráticos, como mencionado por Reale & Antiseri (1991), foram os primeiros filósofos a
abordar a questão da origem do mundo de maneira racional e sistemática. Tales de Mileto, por
exemplo, propôs que a água era o princípio fundamental de todas as coisas, enquanto Anaximandro
postulou o "apeíron" como a substância primordial, indefinida e ilimitada. Heráclito, por sua vez,
defendeu a ideia do fogo como o elemento primordial, destacando o constante fluxo e mudança na
natureza. Essas diferentes concepções refletem a busca por uma explicação racional para a origem
e a natureza do cosmos.

Platão e Aristóteles

Platão e Aristóteles, como discutido por Reale & Antiseri (1991), também contribuíram para a
discussão sobre a origem do mundo. Para Platão, o mundo físico era uma cópia imperfeita das
formas ideais, eternas e imutáveis. Ele postulou a existência de um demiurgo, ou artesão divino,
que moldou o mundo a partir dessas formas.

Aristóteles, por outro lado, propôs uma teoria da geração e corrupção, na qual o mundo físico era
composto por quatro elementos fundamentais: terra, água, ar e fogo, que se transformavam uns nos
outros por meio de processos naturais.
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2.3. Idade Média e Filosofia Medieval

Durante a Idade Média, a cosmologia estava intimamente ligada à teologia e à visão de mundo
cristã, como destacado por Reale & Antiseri (1991). Filósofos como Santo Agostinho e Tomás de
Aquino combinaram as ideias da filosofia grega com a teologia cristã, desenvolvendo uma visão
do mundo como uma criação divina, governada por leis estabelecidas por Deus.

2.4. Filosofia Moderna

Na filosofia moderna, o questionamento sobre a origem do mundo foi influenciado pelo avanço da
ciência e da observação empírica. Descartes, como mencionado por Reale & Antiseri (1991), por
exemplo, propôs uma teoria do dualismo, separando o mundo material do mundo das ideias. Kant,
por sua vez, argumentou que o mundo físico é uma construção da mente humana, moldada pelas
estruturas a priori da experiência.

2.5. Contemporâneos

Filósofos contemporâneos continuam a explorar questões sobre a origem do mundo, muitas vezes
em diálogo com os avanços da ciência. Teorias como o Big Bang e a cosmologia quântica
desafiam nossas concepções tradicionais sobre o começo do universo, levantando questões
profundas sobre o tempo, o espaço e a natureza da realidade.

2.5.1.. Origem das Ciências e sua Relação com a Filosofia


Natureza do Conhecimento Científico

O conhecimento científico é "uma empresa social e intelectual que visa produzir descrições e
explicações confiáveis, consistentes e testáveis dos fenômenos naturais e sociais" (Giere, 2006, p.
6). Ele é caracterizado por sua busca pela objetividade e sua base em evidências empíricas
verificáveis. De acordo com Stangor (2019), "o método científico é uma abordagem sistemática
para a investigação que envolve a formulação de perguntas, a coleta e interpretação de dados, e a
formulação e teste de hipóteses" (p. 25). Esse processo iterativo é fundamental para a produção de
conhecimento científico confiável e válido.

Para Kuhn (2012), "as teorias científicas são estruturas conceituais complexas que fornecem uma
estrutura unificadora para a compreensão e interpretação de uma ampla gama de fenômenos
9
observáveis" (p. 42). Essas teorias são desenvolvidas e testadas por meio de um processo rigoroso
e são fundamentais para o avanço do conhecimento científico.

Objectividade e Imparcialidade

Segundo Babbie (2016), "a objetividade na pesquisa científica refere-se à minimização do viés e à
busca pela neutralidade na coleta, análise e interpretação de dados" (p. 78). Os cientistas buscam
eliminar influências pessoais e preconceitos para garantir a validade e a confiabilidade de suas
descobertas.

À medida que a filosofia evoluía, surgiram as primeiras ciências naturais (Reale & Antiseri, 1991).
Os filósofos pré-socráticos foram os primeiros a adotar uma abordagem racional e a para estudar a
natureza, desenvolvendo métodos de investigação e teorias sobre a estrutura do universo. A
transição da filosofia natural para as ciências modernas foi gradual, mas marcou um ponto de
virada crucial na história do conhecimento humano.

2.7.1.Epistemologia das Ciências

Conforme destacado por Laudan (2018), "a ciência é uma empresa altamente especializada, com
diferentes disciplinas focando em áreas específicas do conhecimento" (p. 115). Essa diversidade de
disciplinas permite uma abordagem multifacetada para a investigação e compreensão do mundo
natural e social.

A epistemologia das ciências refere-se aos princípios e métodos pelos quais adquirimos
conhecimento sobre o mundo natural (Teles, 1977). A observação, a experimentação, a formulação
de teorias e a validação por meio de evidências empíricas são os pilares da prática científica. No
entanto, questões filosóficas subjacentes, como a natureza da verdade, da objetividade e da
incerteza, continuam a desafiar os cientistas e filósofos contemporâneos.

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3. Conclusão

A cosmologia e o conhecimento científico estão intrinsecamente ligados à história da filosofia e à


evolução da humanidade. Ao explorar as origens do cosmos, as primeiras comunidades humanas e
as bases do conhecimento científico, podemos ganhar uma compreensão mais profunda não apenas
do universo, mas também da nossa própria natureza como seres humanos que buscam entender o
mundo ao nosso redor.

A relação entre filosofia e ciência é complexa e multifacetada, e este trabalho buscou explorar
algumas das principais questões que surgem dessa interação. Ao investigar a origem das ciências e
sua relação com a filosofia, ficou claro que o pensamento filosófico foi fundamental para o
surgimento e o desenvolvimento das ciências naturais ao longo da história. Além disso, a análise
da epistemologia das ciências destacou os princípios e métodos pelos quais buscamos adquirir
conhecimento sobre o mundo natural, enfatizando a importância do método científico e da
observação empírica na produção de conhecimento científico válido e confiável.

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4.Bibliografia
CHAUÍ, Marlena. Introdução a história da Filosofia. As escolas helenísticas. volume III, 2009.

MIGUEL REALE, Atualidades de um Mundo Antigo, São Paulo, 1936


REALI, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da filosofia: do romantismo até nossos dias. Trad.
Álvaro Cunha. 2. ed. São Paulo : Paulinas, 1991.
TELES, Antônio Xavier. Introdução ao estudo de filosofia. 15. ed. São Paulo: Ática, 1977

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