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DIREITO
PENAL

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Sumário

PRINCÍPIOS......................................................................................................................................................... 3
APLICAÇÃO DA LEI PENAL ................................................................................................................................ 10
DO CRIME ........................................................................................................................................................ 24
CONCURSO DE PESSOAS .................................................................................................................................. 63
DAS PENAS ....................................................................................................................................................... 68
AÇÃO PENAL .................................................................................................................................................... 71
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA ..................................................................................................................... 72
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO ............................................................................................................ 92
DOS CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA ....................................................................................... 103
DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA ............................................................................................................. 105
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ..................................................................................... 111
BÔNUS ........................................................................................................................................................... 141

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PRINCÍPIOS

1-Macete:

Princípio da Taxatividade

Este princípio se encontra ligado à técnica redacional legislativa. Não basta existir uma lei que
defina uma conduta como crime. A norma incriminadora legal deve ser clara, compreensível,
permitindo ao cidadão a real consciência acerca da conduta punível pelo Estado.

Quem tiver CC vai ser TAXADO

Clara

Compreensível

Q886774 Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-BA Prova: VUNESP - 2018 - PC-BA -
Investigador de Polícia

Desdobramento do princípio da legalidade é o da taxatividade, que impede a edição de tipos penais


genéricos e indeterminados. [CERTO]

3
Q1860572 Ano: 2021 Banca: FCC Órgão: TJ-SC Prova: FCC - 2021 - TJ-SC - Técnico Judiciário
Auxiliar

Sobre o princípio da legalidade:

A requer que além de prévia, a lei seja taxativa.


B limita-se à previa definição do crime, mas a pena pode ser cominada posteriormente.
C aplica-se a crime e contravenções penais, salvo crimes hediondos e equiparados.
D permite a retroatividade da lei penal em caso de crime violento e sexual.
E constitui um entrave ao combate da criminalidade violenta no Brasil.

R: LETRA A

2-Macete:

**O Princípio da Legalidade desdobra-se em quatro subprincípios: anterioridade da lei; reserva


legal; proibição de analogia in malam partem; taxatividade da lei parte-se em 4.

PARTe-se em 4

Proibição de analogia em malam partem (é aquela onde adota-se lei prejudicial ao réu)

Anterioridade da lei (Lei Penal' só se aplica aos fatos praticados após sua vigência)

Reserva Legal (o agente somente poderá ser processado, se sua conduta for previamente tipificada)

Taxatividade (A norma incriminadora legal deve ser clara e compreensível,)

4
Q493967 Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: TJ-PA Prova: VUNESP - 2014 - TJ-PA - Auxiliar
Judiciário - Reaplicação

Artigo 1.º do Código Penal Brasileiro: “Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena
sem prévia cominação legal.” O dispositivo legal ora transcrito explicita, dentre outros, o princípio
a) da insignificância.
b) da intervenção mínima.
c) da taxatividade.
d) da culpabilidade.
e) da proporcionalidade.

R: LETRA C

3-Macete:

PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA/ BAGATELA:

O Direito Penal não deve se ocupar de condutas insignificantes, incapazes de lesar ou pelo
menos de colocar em perigo o bem jurídico protegido pela lei penal. Este princípio guarda uma
estreita relação com o funcionalismo penal e Roxin é um dos grandes nomes do funcionalismo.

A súmula 599 do STJ dispõe que “o princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a
administração pública”.

Requisitos do princípio da insignificância:

MARI, OPERE A LESÃO

-> Mínima Ofensividade da conduta:

-> Ausência de PEriculosidade social da ação

-> Reduzido grau de REprovabilidade do comportamento (crime de militar - alto grau)

> Inexpressividade dA LESÃO jurídica.

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Ou

ARMI PRO “L”

Ausência de Periculosidade

Reduzido grau de Reprovabilidade

Mínima Ofensividade da conduta

Inexpressiva Lesão ao bem jurídico

Q821257 Ano: 2017 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-RR Prova: CESPE - 2017 -
MPE-RR - Promotor de Justiça Substituto

No direito penal, o princípio da insignificância, segundo o entendimento do STF, pressupõe apenas


três requisitos para a sua configuração: mínima ofensividade da conduta do agente, nenhuma
periculosidade social e reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento. [ERRADA]

Q1852708 Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: TJ-SC Prova: FGV - 2021 - TJ-SC - Titular de
Serviços de Notas e de Registros - Provimento

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No interior de serventia extrajudicial, Joana buscava obter determinada certidão. Enquanto
aguardava o funcionário, verificou que, do lado de dentro do balcão, havia um compartimento com
moedas que eram utilizadas para facilitar a entrega de troco aos clientes. Diante da facilidade da
situação, aproveitou para subtrair R$ 60,00 em moedas, valor que seria utilizado para comprar um
presente de aniversário para sua filha. Ocorre que a conduta de Joana foi registrada pelas câmeras
de segurança, chegando os fatos ao conhecimento da autoridade policial. Foi constatado, ainda, que
Joana era primária, sem qualquer envolvimento pretérito com o aparato policial ou judicial.
Considerando apenas as informações expostas, a conduta praticada por Joana se adequaria,
abstratamente, ao delito de:

A peculato, sendo inaplicável o princípio da insignificância em razão da natureza de crime contra a


Administração Pública;
B peculato, podendo ser aplicado o princípio da insignificância, que afastaria a tipicidade da
conduta;
C peculato, podendo ser aplicado o princípio da insignificância, que afastaria a culpabilidade da
agente;
D furto, podendo ser aplicado o princípio da insignificância, que afastaria a tipicidade da conduta;
E furto, podendo ser aplicado o princípio da insignificância, que afastaria a culpabilidade da agente.

R: LETRA D

4-Macete:
São 4 os princípios para resolver o conflito aparente de norma:

SE TIVER CONFLITO você fica na SECA.

S = Subsidiariedade
E = Especialidade
C = Consunção
A = Alternatividade.

฀Princípio da SUBSIDIARIEDADE

A aplicação do direito penal deve ser subsidiária a todos os outros ramos do direito (ultima ratio,
último caso).

฀ Princípio da ESPECIALIDADE

Preceitua que, havendo duas leis “regulamentando” a mesma matéria, deve ser aplicada àquele caso
a lei especial, em detrimento da geral.

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฀Princípio da CONSUNÇÃO

Analisamos dois FATOS diante de um caso CONCRETO: O FATO MAIS GRAVE (homicídio)
consome o FATO MENOS GRAVE (lesão corporal).

฀Princípio da ALTERNATIVIDADE

Aqui temos um tipo penal chamado de misto alternativo (cuja conduta possui várias formas, ou
seja, vários verbos). Nesses casos, mesmo que o agente pratique vários dos núcleos em um mesmo
contexto, responderá por apenas um crime!

Ex: Por força do princípio da alternatividade, mesmo que um indivíduo chegue a produzir, trazer
consigo e a vender drogas, num mesmo contexto fático, não responderá por três delitos, e sim por
um único delito de tráfico.

5-Macete QUER CONFLITO? Então CASE

Consunção
Alternatividade

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Subsidiariedade
Especialidade

Q329579 Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE - 2013 - PRF -
Policial Rodoviário Federal

Havendo conflito aparente de normas, aplica-se o princípio da subsidiariedade, que incide no caso
de a norma descrever várias formas de realização da figura típica, bastando a realização de uma
delas para que se configure o crime. [ERRADA]

R: Aplica-se o Princípio da Alternatividade, nos crimes de ação múltipla, o tipo penal prevê vários
verbos, o agente cometendo vários verbos, pratica um único crime.

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APLICAÇÃO DA LEI PENAL

6-Macete:
Lei TEMPORÁRIA X EXCEPCIONAL

TEMPOrária – TEMPO determinado


excepcioNAL - NAL tem tempo determinado

Lei temporária - com prazo de vigência determinado. Exemplo: A Lei Geral da Copa. Aplica-se
aos fatos praticados durante a sua vigência. Logo, os crimes praticados durante a sua vigência,
quando criados por ela, não se sujeitam a abolitio criminis em razão do término da sua vigência.
Lei excepcional - que dura enquanto permanecer a situação de emergência ou calamidade que
justificou sua edição. (não possui data exata para revogação). Ex: Haverá um grande período de
seca e todos os cidadãos devem racionalizar o usar de água com quantidades e horários
determinados para o uso correto da água. Entra uma lei excepcional, vigente enquanto durar a
seca, imputando uma pena para os indivíduos que não cumprirem o período de racionamento.

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Q1875254 Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-RJ Prova: CESPE / CEBRASPE -
2021 - TJ-RJ - Analista Judiciário - Sem Especialidade

A lei penal temporária

A é aplicada a fatos ocorridos na sua vigência, desde que sejam julgados definitivamente nesse
período.
B é elaborada para vigorar em períodos anormais, e sua vigência não tem duração determinada.
C será aplicada nos crimes permanentes mesmo que, cessada a permanência delituosa, outra lei já
esteja em vigor.
D deve ser revogada expressamente por outra lei posterior para que cesse a sua vigência.
E inclui o fator temporal como pressuposto da ilicitude punível.

R: LETRA E

Q274977 Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-AL Prova: CESPE - 2012 - PC-
AL - Agente de Polícia

Cessado o estado de guerra, as leis excepcionais editadas para valer durante o referido período
tornam-se ineficazes, devido à abolitio criminis. [ERRADA]

7- Macete:
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no MOMENTO da ação ou omissão, ainda que outro seja
o momento do resultado.
Ex: João atira em José após discussão em um bar. José é levado às pressas ao hospital, mas não
resiste e morre. Será considerado momento do crime aquele em que o autor realizou os disparos
contra a vítima (momento da ação) ainda que este tenha falecido posteriormente no hospital
(momento do resultado)

LUTA
Lugar
Ubiquidade
Tempo
Atividade

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Q1844791 Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: TJ-RO Prova: FGV - 2021 - TJ-RO - Técnico
Judiciário

Quanto ao “tempo do crime”, o Código Penal brasileiro adota a teoria:

A da atividade;
B do resultado;
C da ubiquidade;
D da consumação;
E do efeito.

R: LETRA A

Q941665 Ano: 2018 Banca: CONSULPLAN Órgão: TJ-MG Prova: CONSULPLAN - 2018 -
TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção

Quanto ao tempo do crime, é correto afirmar que o Código Penal brasileiro adotou a teoria
do(a) atividade

A) atividade.
B) resultado.
C) ubiquidade.
D) contemporaneidade.

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R: LETRA A

Q854423 Ano: 2017 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: CESPE -
2017 - TRF - 1ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área Administrativa

Em sete de janeiro de 2017, João praticou conduta que, à época, configurava crime punível com
prisão. O resultado desejado pelo autor, no entanto, foi alcançado somente dois meses depois, ou
seja, em sete de março do mesmo ano, momento no qual a conduta criminosa tinha previsão de ser
punida com pena menos grave, de restrição de direitos.

Nessa situação hipotética, de acordo com a lei penal, considera-se praticado o crime somente em
sete de março de 2017, momento em que se alcançou o resultado desejado. [ERRADA]

Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou
em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

Teoria Mista ou da Ubiquidade


Exemplo : Um avião parte de Recife para São Paulo com destino final em Pjortugal. Em Recife foi
instalada uma bomba que veio a explodir em São Paulo. Nessa situação qual seria o lugar do crime?
Todos os 3 locais serão considerados como lugar do crime.
Recife (ação – instalação da bomba)
São Paulo (resultado – explosão da bomba)
Portugal (local onde deveria produzir o resultado)

Teorias adotadas pelo CP:


Lugar do crime: Teoria da Ubiquidade/teoria mista
Tempo do crime: Teoria da Atividade

Q1006896 Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-DF Prova: CESPE - 2019 -
DPE-DF - Defensor Público

Em razão da teoria da ubiquidade, considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação
ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria ter sido produzido o
resultado. [CERTO]

8-Macete:

RetrOatividade: lei nOva mais benéfica.

UltrAtividade: lei velhA mais benéfica. (posteriormente a sua vigência)

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Retroatividade (ANTES DO NASCIMENTO DA LEI)– possibilidade conferida à lei penal de
retroagir no tempo, a fim de regular os fatos ocorridos anteriormente à sua entrada em vigor.

FORMAS DE RETROATIVIDADE DA LEI PENAL;


-> Abolitio Criminis;
-> Novatio legis in mellius.

Ultra-atividade (DEPOIS DA MORTE DA LEI) – ocorre quando a lei, mesmo depois de


revogada, continua a regular os fatos ocorridos durante a sua vigência; (Ex: Leis EXCEPCIONAIS
E TEMPORÁRIAS)

RETROATIVIDADE (a lei se aplica “para trás”) vai de RÉ

ULTRATIVIDADE (a lei se aplica “para frente”).

Q460219 Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2014 -
Polícia Federal - Agente de Polícia Federal

Sob a vigência da lei X, Lauro cometeu um delito. Em seguida, passou a viger a lei Y, que, além de
ser mais gravosa, revogou a lei X. Depois de tais fatos, Lauro foi levado a julgamento pelo
cometimento do citado delito. Nessa situação, o magistrado terá de se fundamentar no instituto da

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retroatividade em benefício do réu para aplicar a lei X, por ser esta menos rigorosa que a lei Y.
[ERRADA]

R: Ultratividade, pois a lei mesmo revogada mantém os seus efeitos , visto que é mais benigna.

Q348174 Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-BA Provas: CESPE / CEBRASPE
- 2013 - PC-BA - Investigador de Polícia

Suponha que Leôncio tenha praticado crime de estelionato na vigência de lei penal na qual fosse
prevista, para esse crime, pena mínima de dois anos. Suponha, ainda, que, no transcorrer do
processo, no momento da prolação da sentença, tenha entrado em vigor nova lei penal, mais
gravosa, na qual fosse estabelecida a duplicação da pena mínima prevista para o referido crime.
Nesse caso, é correto afirmar que ocorrerá a ultratividade da lei penal.

R: CERTA. Um macete legal para acertar as questões relacionadas à Lei Penal no Tempo é
que será aplicada a LEI MAIS BENÉFICA ao agente. Ou seja, se a lei mais benéfica vier depois do
cometimento do crime, ocorrerá a RETROATIVIDADE de lei mais benéfica. Entretanto, se a lei
mais severa vier depois do cometimento do delito, aplicará a lei mais benéfica vigente na data do
fato, ou seja, ocorrerá a ULTRATIVIDADE da lei mais benéfica.

9-Macete:

Extraterritorialidade

A regra no direito penal brasileiro é a territorialidade, ou seja, a lei penal só tem aplicação no
território do Estado que a editou, não importando a nacionalidade do sujeito ativo ou passivo.

Todavia, a exceção é o princípio da extraterritorialidade, que significa a aplicação da lei penal


nacional a delitos ocorridos no estrangeiro.

INCONDICIONADA - PAG (crimes contra)


Presidente (vida ou liberdade)
Administração pública/direta + territórios e indireta (patrimônio ou fé pública)
Genocídio

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** Extraterritorialidade INCONDICIONADA -> Mesmo condenado ou absolvido no
estrangeiro, será julgado no Brasil.

Macete: Independente do que acontecer lá fora o agente será julgado aqui, por isso é
incondicionada. (São casos mais graves – vida/liberdade do presidente / fé/patrimônio, por agente
público contra adm. Púb/ e + genocídio)

Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:


I - os crimes :
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; (Princípio da Defesa ou Proteção
ou Real)

Q886778 Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-BA Prova: VUNESP - 2018 - PC-BA -
Investigador de Polícia

Ao autor de crime praticado contra a liberdade do Presidente da República quando em viagem a


país estrangeiro, aplica-se a lei do país em que os fatos ocorrerem. [ERRADA]

Q46090 Ano: 2009 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PGE-PE Prova: CESPE - 2009 - PGE-
PE - Procurador do Estado

Aplica-se a lei penal brasileira a crimes praticados contra a vida ou a liberdade do presidente da
República, mesmo que o crime tenha ocorrido em outro país. [CERTO]

b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de


Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia
ou fundação instituída pelo Poder Público; (Princípio da Defesa ou Proteção ou Real)

Q372673 Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-PB Prova: CESPE - 2014 -
TCE-PB - Procurador

Os crimes praticados no exterior ficarão sujeitos à lei brasileira quando forem cometidos contra a fé
pública municipal. [CERTO]

Q1368342 Ano: 2016 Banca: VUNESP Órgão: PPSA Prova: VUNESP - 2016 - PPSA -
Assistente Jurídico

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O agente, nascido no Brasil, que, no estrangeiro, comete delito contra a fé pública do Município de
Suzano (SP), fica sujeito à lei brasileira, nos termos do artigo 7o do Código Penal, se

A absolvido ou condenado no estrangeiro.


B absolvido no estrangeiro.
C condenado no estrangeiro, deixar de cumprir a pena aplicada.
D a pena cominada ao delito pela legislação penal brasileira for mais branda.
E for domiciliado no Brasil.

R: LETRA A

c) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil (Princípio da


Justiça universal ou cosmopolita)

Q259263 Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRE-RJ Prova: CESPE - 2012 - TRE-
RJ - Analista Judiciário - Área Administrativa

Considere que Paul, cidadão britânico domiciliado no Brasil, em visita à Argentina, tenha praticado
o delito de genocídio contra vítimas de nacionalidade daquele país e fugido, logo em seguida, para o
Brasil. Nesse caso, será possível a aplicação da lei penal brasileira. [CERTO]

10-Macete:

Extraterritorialidade CONDICIONADA - TAB (crimes contra)

Tratado ou convenções
Aeronave ou embarcações brasileiras (que não foi julgada no estrangeiro)
Brasileiro

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Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
II - os crimes:
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; (Princípio da Justiça
universal ou cosmopolita)
b) praticados por brasileiro; (Princípio da nacionalidade ou personalidade ativa)

Q586305 Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TJ-SE Prova: FCC - 2015 - TJ-SE - Juiz Substituto

João, brasileiro, é vítima de um furto na cidade de Paris, na França. O autor do delito foi
identificado na ocasião, José, um colega brasileiro que residia no mesmo edifício que João. A
Justiça francesa realizou o processo e ao final José foi definitivamente condenado a uma pena de 2
anos de prisão. Ambos retornaram ao país e José o fez antes mesmo de cumprir a sua condenação.
Neste caso, conforme o Código Penal brasileiro,

A) não se aplica a lei penal brasileira, pois José já foi condenado pela justiça francesa.
B) aplica-se a lei penal brasileira por ser o furto um delito submetido à extraterritorialidade
incondicionada.
C) aplica-se a lei penal brasileira, desde que haja requisição do Ministro da Justiça.
D) aplica-se a lei penal brasileira, se não estiver extinta a punibilidade segundo a lei mais favorável.
E) não se aplica a lei penal brasileira por ter sido o crime cometido em outro país.

R: LETRA D

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c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada,
quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. (Princípio da representação ou do
pavilhão, bandeira, substituição, subsidiariedade)

Q649634 Ano: 2016 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: POLÍCIA CIENTÍFICA - PE Provas:
CESPE - 2016 - POLÍCIA CIENTÍFICA - PE - Conhecimentos Gerais (Perito Papiloscopista e
Auxiliar)

De acordo com o princípio da representação, a lei penal brasileira poderá ser aplicada a delitos
cometidos em aeronaves ou embarcações brasileiras privadas, quando estes delitos ocorrerem no
estrangeiro e aí não forem julgados. [CERTO]

Q350419 Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-DF Prova: CESPE - 2013 - PC-
DF - Escrivão de Polícia

Jurandir, cidadão brasileiro, foi processado e condenado no exterior por ter praticado tráfico
internacional de drogas, e ali cumpriu seis anos de pena privativa de liberdade. Pelo mesmo crime,
também foi condenado, no Brasil, a pena privativa de liberdade igual a dez anos e dois meses.
Nessa situação hipotética, de acordo com o Código Penal, a pena privativa de liberdade a ser
cumprida por Jurandir, no Brasil, não poderá ser maior que quatro anos e dois meses. [ERRADA]

R: O art. 8º é aplicado no caso de extraterritorialidade incondicionada. No caso da questão, trata-se


de extraterritorialidade condicionada (art. 7º, II e §3º, CP) - no caso, crime previsto em tratado
internacional que o Brasil se obrigou a reprimir e, ainda, praticado por brasileiro.

Nesse caso de extraterritorialidade condicionada, não existirá a possibilidade de ocorrer "bis in


idem", pois que, se Jurandir já cumpriu sua pena no exterior (ou se ele tivesse sido absolvido),
ficará afastada a possibilidade de aplicação da lei penal brasileira. Desta forma, como ele foi
condenado e cumpriu pena no exterior, não há falar-se em cumprimento de pena da lei brasileira,
pois ele já respondeu pelo crime que cometeu, lá no estrangeiro.

11-Macete:
Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime,
quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.

ATENUA (diminuída) imposta no Brasil - PENAS DIVERSAS

COMPUTADA (subtraída) na pena imposta. - PENAS IDÊNTICAS

ATENDI, COMI

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atenua -> diversa
computada -> idêntica

OU

12-Macete:
CIDA

C.I.= Computa se Idênticas


D.A. = Atenua se Diversas

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**O agente que praticou um crime no estrangeiro e outro no Brasil, sendo condenado à pena de
mesma natureza, a pena cumprida pelo agente no estrangeiro será descontada no Brasil. Assim, caso
a pena cumprida pelo agente seja maior do que a pena a ser cumprida no Brasil, nada restará a
cumprir. Caso as penas sejam de natureza diversa, a pena cumprida pelo agente no estrangeiro
atenua, a critério do juiz, a pena que deve ser cumprida no Brasil. A doutrina costuma denominar a
pena cumprida no estrangeiro como “detração da pena cumprida no estrangeiro”.
Ex: Vanderlei, holandês, cometeu um crime na China e lá foi processado e condenado à pena de
seis anos de reclusão, os quais já foram integralmente cumpridos. Advém que, pelo mesmo crime,
também foi processado e condenado no Brasil à pena de onze anos de reclusão. De acordo com o
Código Penal, considerando que se trata de uma das hipóteses de extraterritorialidade
incondicionada, Vanderlei deverá cumprir, ainda, cinco anos de reclusão no Brasil.

Q690743 Ano: 2016 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Registro - SP Prova: VUNESP - 2016
- Prefeitura de Registro - SP - Advogado

A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando
diversas, ou nela é computada, quando idênticas. [CERTO]

Q921261 Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2018 - PC-SP -
Delegado de Polícia

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João comete um crime no estrangeiro e lá é condenado a 4 anos de prisão, integralmente cumpridos.
Pelo mesmo crime, João é condenado no Brasil à pena de 8 anos de prisão. João

A) cumprirá 8 anos de prisão no Brasil, uma vez que para essa quantidade de pena não se reconhece
o cumprimento no estrangeiro.
B) não cumprirá pena alguma no Brasil caso de trate de país com o qual o Brasil tem acordo
bilateral para reconhecer cumprimento de pena.
C) não cumprirá pena alguma no Brasil, uma vez já punido no país em que o crime foi cometido.
D) cumprirá 8 anos de prisão no Brasil, uma vez que o Brasil não reconhece pena cumprida no
estrangeiro.
E) ainda deverá cumprir 4 anos de prisão no Brasil.

R: LETRA E

13 – Macete:

Contagem de prazo

Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos
pelo calendário comum.

CCÓDIGO PENAL = Começo inclui-se no Computo do Prazo / Calendário Comum

Prazo penal x Prazo no CPC

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Os prazos penais são considerados mais urgentes, mais prementes. A lógica é que quanto mais
rápido os prazos forem contados, mais favorável isto será para o réu (se ele for preso, por exemplo,
quando antes se iniciar a contagem do prazo, antes ele será solto). Assim, incluem-se os dias de
início na contagem do prazo, mesmo que seja em dia não útil, e sua contagem se dá sempre em dias
corridos.

Caiu questão de prazo relativa a Direito Penal, é só raciocinar assim: qual a forma mais rápida
possível de se contar tal prazo? Fazendo isso, não tem como errar a questão.

Já no CPC, que cuida de aspectos da vida mais "de boa" (não trata, no mais das vezes, da privação
de liberdade de ninguém), os prazos são contados em dias úteis, e não se inclui o dia do começo em
sua contagem. Em resumo, a lógica é oposta à do Código Penal: no CPC, o prazo pode demorar
mais, ser interrompido no recesso forense, pular sábado, domingo e feriado, etc. Aliás, a grande
maioria dos prazos do CPC é de 15 dias úteis (se for ver bem, isso dá quase um mês corrido). Já no
CP e no CPP é tudo bem mais rapidinho...

Por fim, o CPP fica no meio do caminho entre os dois (tem um pouco de "Penal" e tem um
pouco de "Processo", rs): não se inclui o dia do começo em sua contagem, bem como não se inicia
tal contagem em dias não úteis. Por outro lado, a contagem se dá em dias corridos, e não em dias
úteis.

Q483791 Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: CNMP Prova: FCC - 2015 - CNMP - Analista do
CNMP - Direito

Para fins da contagem do prazo no Código Penal,

A o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo
calendário comum.
B não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o do vencimento.
C o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se as horas, os dias, os meses e os anos.
D não se computará no prazo o dia do crime, incluindo-se, porém, o do resultado.
E o dia do começo e do vencimento deverão estar expressamente previstos em face do princípio da
reserva legal.

R: LETRA A

DO CRIME

14-Macete: CAUSAS DE INIMPUTABILIDADE/ EXCLUSÃO DE CULPABILIDADE

EXCLUDENTES DE CULPABILIDADE: IM POTÊNCIA do EX


IM. (Imputabilidade) =====================> Menoridade /Embriaguez/ Doença mental
PO. (Potencial Consciência da Ilicitude) ==========> Erro de proibição
EX. (Exigibilidade de conduta diversa) ===========> Coação moral /Obediência
hierárquica

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Imputabilidade é definida como a capacidade mental, inerente ao ser humano, de, ao tempo da
ação ou da omissão, entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo com esse
entendimento
A potencial consciência da ilicitude é o segundo elemento da culpabilidade, representando a
possibilidade que tem o agente imputável de compreender a reprovabilidade da sua conduta.
A inexigibilidade de conduta diversa caracteriza-se quando age o autor de maneira típica e ilícita,
mas não merece ser punido, pois, naquelas circunstâncias fáticas, dentro do que revela a experiência
humana, não lhe era exigível um comportamento conforme o ordenamento jurídico.

Q867367 Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-MA Prova: CESPE - 2018 - PC-
MA - Investigador de Polícia

A prática de crime em decorrência de coação moral irresistível configura

a) inexigibilidade de conduta diversa.

b) excludente de antijuridicidade.

c) inimputabilidade penal.

d) circunstância atenuante de pena.

e) atipicidade da conduta.

25
R: LETRA A

15-Macete: MEDECO
M - Menoridade - IMPUTABILIDADE
E - Embriaguez completa (proveniente caso fortuito / força maior) -IMPUTABILIDADE
D - Doença Mental- IMPUTABILIDADE
E - Erro de proibição - POTENCIAL CONCIÊNCIA DA ILICITUDE
C - Coação Moral - EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA
O - Obediência Hierárquica a ordem não manifestamente ilegal - EXIGIBILIDADE DE
CONDUTA DIVERSA

OU

MEDO DE CACHAÇA

26
OU

MEDO DE EC (emenda constitucional)

27
฀MENORIDADE PENAL: menores de 18 anos são inimputáveis (Art. 27 do Código Penal)

฀Embriaguez acidental (CASO FORTUITO: o agente ignora o efeito inebriante da substância; ou


FORÇA MAIOR: o agente é obrigado a ingerir a subst.)

Completa => isenção de pena (art. 28, §1º, CP)

- Incompleta => redução de pena (art. 28, § 2º, CP)

฀DOENÇA MENTAL: Aqueles sem discernimento algum serão inimputáveis (Art. 26, caput)

฀ ERRO DE PROIBIÇÃO: O agente percebe a realidade equivocando-se sobre a regra de conduta.


O agente sabe o que faz, mas ignora ser proibido.

Ex: A pessoa encontra um celular na rua e pensa que pode ficar com ele, pois pensa "achado não é
roubado".

฀ Por meio da coação moral irresistível, o coator obriga o coagido a praticar um delito contra um
terceiro (a vitima) e o coagido é impossibilitado de resistir a tal ameaça.

Q151063 Ano: 2009 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-PB Prova: CESPE / CEBRASPE -
2009 - PC-PB - Papiloscopista e Técnico em Perícia

Considera-se causa de exclusão da culpabilidade

a) o estrito cumprimento do dever legal.

b) a coação moral resistível.

c) a coação física.

d) o erro de proibição inevitável.

e) a semi-imputabilidade.

R: LETRA D

16-Macete: Quem comete crime omissivo impróprio O R A


Obrigação de cuidado
Responsabilidade de assumir o resultado
Anterior comportamento criou o risco

28
Art. 13 § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o
resultado. O dever de agir incumbe a quem: [Aqui temos as hipóteses de crimes omissivos
impróprios ou comissivos por omissão!]
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
[Exemplo: Pai que intencionalmente deixa de alimentar seu filho recém-nascido, causando sua
morte, responde por “homicídio doloso”.]
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;
[Exemplo: Salva-vidas que zela pela segurança dos banhistas de um clube.]
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.
[Exemplo: Aquele que, por brincadeira, joga uma pessoa na piscina e, posteriormente, percebe
que esta não sabe nadar, tem o dever de salvá-la; se não o fizer, responde pelo crime.]

Q151069 Ano: 2009 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-PB Prova: CESPE / CEBRASPE -
2009 - PC-PB - Papiloscopista e Técnico em Perícia

Com referência aos crimes omissivos impróprios, assinale a opção incorreta.

a) Existe uma norma penal que descreve a omissão ou o não fazer.

29
b) O agente tem o dever jurídico de agir para evitar o resultado.

c) Para que o agente seja punido, é preciso que exista possibilidade real de evitar o resultado.

d) O dever de agir pode incumbir a quem criou o risco da ocorrência do resultado com seu
comportamento anterior.

e) A lei pode impor ao agente a obrigação de cuidado, proteção e vigilância.

R: LETRA A

17-Macete: Um crime tentado é“FALIDO”

FALta de consumação por circunstâncias alheias à vontade do agente


Início de execução do tipo penal
Dolo.

Art. 14 II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias
à vontade do agente.
Na tentativa o agente quer, mas não consegue, por circunstâncias alheias a sua vontade.
Ex: O ladrão desistiu do roubo porque achou que uma sirene era a polícia, é crime TENTADO e não

30
desistência voluntária.

Q1026012 Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: IAPEN-AP Prova: FCC - 2018 - IAPEN-AP - Agente
Penitenciário

O crime é tentado quando

a) o agente é preso em flagrante imediatamente após a prática do crime.

b) o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.

c) a conduta do agente é reconhecida como insignificante.

d) o agente pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, direito
próprio ou alheio.

e) iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.

R: LETRA E

18-Macete: INFRAÇÕES PENAIS QUE NÃO ADMITEM TENTATIVA CCHOUP A+


Culposos
Contravenções penais
Habituais
Omissivos
Unissubsistentes
Preterdoloso
Atentados

31
OU

19-Macete: CHA POCU (O chá está pouco!)

Culposo
Habituais
Atentados

Preterdoloso
Omissivo Próprio
Contravenção penal
Unissubsistentes

32
C - Culposos (O agente não quer o resultado, não há vontade. Age com imprudência, negligência ou
imperícia).
H - Habituais (A conduta precisa de reiteração de atos para o crime se consumar, de forma a
constituir um hábito. Ex: Praticar curandeirismo com intenção de lucro.
A - Atentados são aqueles em que a tentativa já é punida como se fosse consumado o crime, o tentar
já é consumar! Ex: artigo 352, CP: "Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indivíduo submetido
a medida de segurança detentiva, usando de violência contra a pessoa".
P - Preterdolosos (O agente pratica uma conduta dolosa, menos grave, porém obtém um resultado
mais grave do que o pretendido, na forma culposa. Como o resultado não é desejado, não pode
tentar. Ex: Lesão corporal seguida de morte.
O - Omissivos PRÓPRIOS (É o crime que se perfaz pela simples abstenção do agente,
independentemente de um resultado posterior, como acontece no crime de omissão de socorro,
previsto no artigo 135 do Código Penal, que resta consumado pela simples ausência de socorro. O
agente se omite quando deve e pode agir.
C – Contravenção Penal (São infrações penais consideradas menos graves. São exemplos desse tipo
de infração penal a prática do jogo do bicho, a direção perigosa de veículo, perturbação do sossego.
As penas nesses casos são mais leves.)
U- Unissubsistentes (Os delitos unissubsistentes são aqueles praticados através de um único ato
(injúria verbal), enquanto os plurissubsistentes são aqueles que necessitam de vários atos, que
formam uma ação, para sua configuração (homicídio).

33
Q649633 Ano: 2016 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: POLÍCIA CIENTÍFICA - PE Provas:
CESPE - 2016 - POLÍCIA CIENTÍFICA - PE - Conhecimentos Gerais (Perito Papiloscopista e
Auxiliar)

Admite-se a tentativa nos crimes

a) unissubsistentes.

b) culposos.

c) preterdolosos.

d) complexos.

e) omissivos próprios.

R: LETRA D

20-Macete:
Art. 14 Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena
correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.
TenTaTiva -> redução de pena de 1 Terço a 2 Terços

34
Q913050 Ano: 2018 Banca: UERR Órgão: SETRABES Prova: UERR - 2018 - SETRABES -
Agente Sócio-Orientador

A respeito da pena de tentativa, é correto afirmar:

A) Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime


consumado, diminuída de um a metade.
B) Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime
consumado, diminuída de um a um terço.
C) Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime
consumado, diminuída de um a dois terços.
D) Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime
consumado, diminuída de um a um quinto.
E) Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime
consumado, diminuída de um a dois quintos.

R: LETRA C

21-Macete: arREpendimento eficaz impede o REsultado.

* Arrependimento Eficaz: Agente Evita a consumação (agente usa TODOS os meios de


execução disponíveis para praticar o delito, mas impede que o resultado se produza por meio
de uma outra atividade).

Ex: Agente, após descarregar todas as munições da arma na vítima, a socorre e impede que ela
morra.

* Desistência voluntária: agente não usa TODOS os meios de execução disponíveis para
praticar o delito e isso evita que a produção do resultado ocorra.

Ex: Agente tem mais munição para matar, mas não usa todas e a pessoa não morre.

Q370682 Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: TRF - 3ª REGIÃO Prova: FCC - 2014 - TRF - 3ª
REGIÃO - Técnico Judiciário - Informática

Paulo, sabendo que seu desafeto Pedro não sabia nadar e desejando matá-lo, jogou-o nas águas,
durante a travessia de um braço de mar. Todavia, ficou com pena da vítima, mergulhou e a retirou,
antes que se afogasse. Nesse caso, ocorreu

a) crime putativo.

35
b) crime impossível.

c) desistência voluntária.

d) arrependimento eficaz.

e) crime tentado.

R: LETRA D – No arrependimento eficaz impede o RESULTADO/CONSUMAÇÃO.

Q930607 Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: MPE-PB Prova: FCC - 2018 - MPE-PB - Promotor de
Justiça Substituto

O arrependimento eficaz

A) configura-se quando a execução do crime é interrompida pela vontade do agente.


B) dá-se após a execução, mas antes da consumação do crime.
C) decorre da interrupção casuística do iter criminis.
D) é causa inominada de exclusão da ilicitude.
E) exige que a manifestação do autor do crime seja posterior à consumação do delito.

R: LETRA B

22-Macete:

Desistência Voluntária x Arrependimento Eficaz

I-Você só desiste de fazer aquilo que ainda não terminou/concluiu= Desistência Voluntária.

II-Você só se arrepende daquilo que já terminou/concluiu =Arrependimento Eficaz.

Obs.:

->Desistência voluntária e Arrependimento eficaz: não se consuma por vontade do agente.

->Tentativa: não se consuma por ato alheio a vontade do agente.

Q917865 Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: TJ-SC Prova: FGV - 2018 - TJ-SC - Técnico Judiciário
Auxiliar

Em dificuldades financeiras, Ana ingressa, com autorização da proprietária do imóvel, na residência


vizinha àquela em que trabalhava com o objetivo de subtrair uma quantia de dinheiro em espécie,

36
simulando para tanto que precisava de uma quantidade de açúcar que estaria em falta. Após
ingressar no imóvel e mexer na gaveta do quarto, vê pela janela aquela que é sua chefe e pensa na
decepção que lhe causaria, razão pela qual decide deixar o local sem nada subtrair. Ocorre que as
câmeras de segurança flagraram o comportamento de Ana, sendo as imagens encaminhadas para a
Delegacia de Polícia.

Nesse caso, a conduta de Ana:

A configura crime de tentativa de furto em razão do arrependimento posterior;


B configura crime de tentativa de furto em razão do arrependimento eficaz;
C configura crime de tentativa de furto em razão da desistência voluntária;
D não configura crime em razão da desistência voluntária;
E não configura crime em razão do arrependimento eficaz.

R: LETRA D

23-Macete:

Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou
restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a
pena será reduzida de um a dois terços. (Arrependimento posterior)

Arrependimento posterior: Regra do RE RE RE RE

REparação do dano

REstituição da coisa até o

REcebimento da denúncia

REdução da pena de 1 a 2/3

37
Q948359 Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: SEFAZ-SC Provas: FCC - 2018 - SEFAZ-SC - Auditor-
Fiscal da Receita Estadual - Auditoria e Fiscalização (Prova 1)

O arrependimento posterior, nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, deve
ocorrer até o oferecimento da denúncia ou da queixa. [ERRADA]

Q1998916 Ano: 2022 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-GO Prova: INSTITUTO AOCP -
2022 - PC-GO - Agente de Polícia

Maria Marta, endividada e reincidente no crime de furto, cometeu outro furto em uma loja de joias
situada no centro comercial de Rio Verde, local onde fazia faxina por contratação temporária. Dias
depois, a loja detectou o sumiço da referida joia e alertou a polícia local para que iniciasse a
investigação. Temendo ser denunciada por crime de furto qualificado e a fim de reduzir os danos de
sua conduta, Maria Marta poderá

A enfrentar processo penal, para comprovar sua inocência diante da escusa absolutória, pois era
faxineira do estabelecimento.
B alegar crime impossível, pois praticou o furto enquanto estava sob território monitorado pelas
vendedoras.
C alegar crime culposo, uma vez que praticou o furto por imprudência.
D defender seu ato como excludente de ilicitude, pois praticou o furto em estado de necessidade.
E usar do arrependimento posterior, devolvendo o objeto furtado antes do recebimento da denúncia,
para que obtenha direito à redução da pena de um a dois terços.

38
R: LETRA E

#RESUMÃO...ARREPENDIMENTO POSTERIOR [90% das questões estão aqui!]

 - Art. 16 do CP
 - Ponte de prata
 - Diminui a pena de 1/3 até 2/3
 - Natureza jurídica: causa obrigatória de diminuição de pena [incide na 3ª fase da
dosimetria]
 - Incide em crimes patrimoniais ou de efeitos patrimoniais.
 - Não cabe nos crimes em que há violência ou grave ameaça contra a pessoa
 - A recusa da vítima em aceitar a reparação do dano ou restituição da coisa não constitui
obstáculo a que o agente obtenha o benefício.
 - Pode incidir no caso de violência culposa
 - Pode incidir violência contra a coisa
 - Não se aplica ao crime de moeda falsa.
 - Não se aplica ao crime previsto no art. 302 do CTB (homicídio culposo na direção de
veículo automotor)
 - Até o RECEBIMENTO da denúncia ou da queixa [não é oferecimento]
 - A reparação do dano é circunstância objetiva e estende-se aos demais corréus.

Ps¹.: Tema MUITO cobrado em provas:

 VUNESP/TJ-SP/2015/Juiz de direito: o arrependimento posterior deve operar-se até o


recebimento da denúncia ou queixa. V
 CESPE/TJ-CE/2014/Analista judiciário: O instituto do arrependimento posterior pode ser
aplicado ao crime de lesão corporal culposa. V
 FCC/TJ-PE/2013/Juiz de Direito: O arrependimento posterior pode reduzir a pena abaixo
do mínimo previsto para o crime. V
 FCC/BACEN/2006/Procurador: O arrependimento posterior permite, como causa geral de
diminuição, que se reduza a pena abaixo do mínimo legal. V
 CESPE/AGU/2013/Procurador Federal: O CP permite a aplicação de causa de
diminuição de pena quando o arrependimento posterior for voluntário, não exigindo que
haja espontaneidade no arrependimento. V
 CESPE/PF/2018/Delegado de Polícia Federal: Cristiano, maior e capaz, roubou, mediante
emprego de arma de fogo, a bicicleta de um adolescente, tendo-o ameaçado gravemente.
Perseguido, Cristiano foi preso, confessou o crime e voluntariamente restituiu a coisa
roubada. Nessa situação, a restituição do bem não assegura a Cristiano a redução de um a
dois terços da pena, pois o crime foi cometido com grave ameaça à pessoa. V

24-Macete: Do art. 13 até o art. 28 do código penal a única pena diferente de 1/3 a 2/3 é o erro de
proibição ou erro sobre a ilicitude do fato que é de 1/6 a 1/3.

25-Macete:

39
O CP em seu artigo 18, I, adota duas teorias: a da VONTADE ao utilizar a expressão "quis o
resultado" e a do ASSENTIMENTO ao utilizar a expressão "assumiu o risco".
Art. 18 - Diz-se o crime:
Crime doloso
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;

VONTADE = EU QUERO (quem tem vontade quer)


ASSENTIMENTO = ASSUMIU O RISCO

Se o agente quis o resultado, é dolo DIRETO, baseado na teoria da vontade.


Se o agente assumiu o risco do resultado, é dolo EVENTUAL, baseado na teoria do assentimento
ou consentimento.

Q883343 Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: STJ Prova: CESPE - 2018 - STJ -
Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal

Em relação ao crime doloso, o Código Penal adota a teoria da vontade para o dolo direto e a teoria
do assentimento para o dolo eventual. [CERTO]

26-Macete:

Dolo Eventual = Dane-se Ex: (Dirigir bêbado)

Culpa Consciente = Caralho Ex: Atirador de facas do Circo.

Dolo eventual: " Eu vou atirar e não quero saber, onde pegar pegou"

Culpa consciente: 'Eu vou atirar e não vou errar, já que melhor que eu não há!!!"

40
Ou

27-Macete

Dolo eventual (F#d@-se): resultado possível, agente assume o risco.


Ex: racha em área urbana (movimentada);
Culpa consciente (F#deu): resultado possível, repudiado pelo agente, o qual acredita piamente que
não irá ocorrer.
Ex: atirador de elite.

Consciência Vontade
Dolo direto Prevê o resultado Quer o resultado
Dolo eventual Prevê o resultado Não quer, mas assume o risco
Culpa consciente Prevê o resultado Não quer, não aceita o resultado e pensa poder
evitar
Culpa inconsciente Não prevê o resultado (que era previsível) Não quer e não aceita o resultado

Q214966 Ano: 2012 Banca: FCC Órgão: TJ-PE Prova: FCC - 2012 - TJ-PE - Oficial de Justiça -
Judiciária e Administrativa

41
Na culpa consciente, o agente

a) prevê o resultado, mas não se importa que o mesmo venha a ocorrer.

b) não prevê o resultado, mas lhe dá causa por imprudência.

c) prevê o resultado, mas espera, sinceramente, que não ocorrerá.

d) não prevê o resultado, mas lhe dá causa por negligência.

e) não prevê o resultado, mas lhe dá causa por imperícia.

R: LETRA C

Q952708 Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SEFAZ-RS Prova: CESPE - 2018 -
SEFAZ-RS - Assistente Administrativo Fazendário

O agente com culpa consciente prevê, mas não aceita, a superveniência do resultado de sua
conduta. [CERTO]

Q643333 Ano: 2016 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-SC Prova: CESPE - 2016 - TCE-
SC - Auditor Fiscal de Controle Externo - Direito

Caracteriza-se o dolo eventual no caso de um caçador que, confiando em sua habilidade de


atirador, dispara contra a caça, mas atinge um companheiro que se encontra próximo ao animal que
ele desejava abater. [ERRADA]

R: Culpa consciente

28-Macete: Crimes que admitem a forma Culposa: REPHIL.

Receptação (Art. 180 ,§3° CP)

Envenenamento (Art. 270 ,§2° CP)

Peculato (Art. 312 ,§2° CP)

Homicídio (Art. 121 ,§3° CP)

Incêndio (Art. 250 ,§2° CP)

Lesão Corporal (Art.129 ,§6° CP)

42
Q978429 Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP -
2019 - PC-ES - Investigador

Assinale a alternativa que apresenta crimes que admitem a forma culposa.

A) Homicídio, lesão corporal e emprego irregular de verbas ou rendas públicas.

B) Concussão, injúria e dano.

C) Prevaricação, homicídio e omissão de socorro.

D) Homicídio, lesão corporal e peculato.

E) Advocacia administrativa, dano e lesão corporal.

R: LETRA D

Q1861047 Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SEFAZ-RR Prova: CESPE /
CEBRASPE - 2021 - SEFAZ-RR - Auditor Fiscal de Tributos Estaduais

Admite a forma culposa o crime de

A uso de documento público falso.


B fraude em certames de interesse público.

43
C condescendência criminosa.
D peculato.
E supressão de documento público.

R: LETRA D

29-Macete:

ELEMENTOS DA CULPABILIDADE (IPÊ)

DÚVIDA POR QUÊ? CULPABILIDADE É IPE

Imputabilidade
Potencial consciência da ilicitude
Exigibilidade de conduta diversa

**A culpabilidade é o juízo que será feito sobre a reprovabilidade da conduta do agente,
considerando suas circunstâncias pessoais (ex. capacidade).

Ainda, é importante notar que ao contrário do fato típico (fato estar previsto na lei) e da ilicitude
(fato contrário ao ordenamento jurídico), que foca no fato, na culpabilidade o objeto está no
agente.

*A imputabilidade penal pode ser definida como a capacidade mental do agente de entender o
caráter ilícito da conduta. Existem hipóteses em que há exclusão da culpabilidade.

44
*A potencial consciência da ilicitude é a possibilidade de o agente, de acordo com suas
características pessoais, conhecer o caráter ilícito do fato.

Ex: Um Advogado tem maior potencial consciência da ilicitude do que uma pessoa sem instrução,
por exemplo.

*Na Exigibilidade de Conduta Diversa , para que haja culpabilidade não basta que a conduta seja
típica e ilícita, ainda é necessário que existam condições do agente agir de forma diferente. Por isso
trata-se de um elemento da culpabilidade, a Exigibilidade de Conduta Diversa.

Caso se conclua que não havia outra forma de agir, o agente está acobertado por uma causa de
exclusão da culpabilidade.

Q647127 Ano: 2016 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-PE Prova: CESPE - 2016 - PC-PE
- Agente de Polícia

A inexigibilidade de conduta diversa e a inimputabilidade são causas excludentes de ilicitude.


[ERRADA]

R: Errada, excluem a culpabilidade

30-Macete:

PreterDOLOso -> Primeiro DOLO; a culpa vem depois.

*Preterdoloso é o crime onde o resultado final é mais grave do que o pretendido pelo agente.
Os crimes preterdolosos são aqueles em que o agente age com dolo no antecedente e culpa no
consequente. É uma espécie de crime agravado pelo resultado;
**O crime preterdoloso é um crime misto, em que há uma conduta que é dolosa, por dirigir-se a um
fim típico, e que é culposa pela geração de outro resultado, ocorrido pela inobservância do cuidado
objetivo, que não era objeto do crime fundamental.

Ex: Lesão corporal seguida de morte

Art. 129 § 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quís o resultado,
nem assumiu o risco de produzí-lo:

45
Q12623 Ano: 2009 Banca: FCC Órgão: TJ-PA Prova: FCC - 2009 - TJ-PA - Analista Judiciário -
Área Direito

Se diante de um determinado fato delitivo, verificar-se que há dolo na conduta inicial e culpa no
resultado final, pode-se dizer que se configurou crime:

a) doloso puro.

b) preterdoloso.

c) doloso misto.

d) culposo misto.

e) doloso alternativo.

R: LETRA B

31-Macete:

ERRO DE TIPO – É uma falsa percepção da realidade – exclui o fato TIPico:

Se inevitável – exclui o dolo e a culpa;

46
Se evitável – Exclui o dolo, Pune-se à culPa, caso previsto em lei.

Erro sobre elementos do tipo

Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a
punição por crime culposo, se previsto em lei.

ERRO DE TIPO: É a falsa percepção da realidade. Cuida-se de ignorância ou erro que recai
sobre as elementares, circunstâncias ou qualquer dado agregado ao tipo penal.
Ex: Planta maconha achando que é liamba.
Ex: Em uma caçada pensa estar atirando em um animal, mas era uma pessoa.

VIDEO:
https://www.youtube.com/watch?v=oBgU1fYhZRc&ab_channel=CelsitoFloripaMotoristaCav
eiraSC

32-Macete:

47
ERRO DE PROIBIÇÃO – Erro quanto à ilicitude – exclui a culPabilidade:

Se INevitável – “INsenta” da pena;

Se eviTável – Reduz a pena de 1/6 (um sexTo) a (um Terço) 1/3.

Erro sobre a ilicitude do fato

Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável,


isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço.

ERRO DE PROIBIÇÃO: O agente percebe a realidade equivocando-se sobre a regra de conduta.


O agente sabe o que faz, mas ignora ser proibido.
Ex: Planta maconha para fins medicinais achando que só seria crime se fosse para tráfico.
Ex: A pessoa encontra um celular na rua e pensa que pode ficar com ele, pois pensa "achado não é
roubado".

Q952707 Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SEFAZ-RS Prova: CESPE - 2018 -
SEFAZ-RS - Assistente Administrativo Fazendário

O erro sobre elemento do tipo isenta a pena, caso fosse inevitável. [ERRADA]

48
R: quem isenta de pena é o erro de proibição inevitável.

Q952707 Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SEFAZ-RS Prova: CESPE - 2018 -
SEFAZ-RS - Assistente Administrativo Fazendário

O erro sobre elemento do tipo exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto
em lei. [CERTA]

Q868157 Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: FCC - 2018 - DPE-AM - Analista
Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas

O erro de tipo, no Direito Penal, incide sobre o elemento constitutivo do tipo e exclui o
dolo. [CERTA]

Q868157 Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: FCC - 2018 - DPE-AM - Analista
Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas

O erro de tipo, no Direito Penal, quando escusável, permite a punição por crime culposo
[ERRADA]

33-Macete:

Erro sobre a pessoa: A pessoa visada não corre perigo.

Art. 20 § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se
consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o
agente queria praticar o crime.

Erro na Execução: A pessoa visada corre perigo. (EXECUção- EXECUtar a pessoa)


Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de
atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o
crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser
também atingida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste
Código.

49
Macete:
Erro sobre a pessoa: A que será lesionada NÃO se encontra no local do fato (ela é confundida
com outra).
Erro na Execução: A Pessoa que será lesionada ENCONTRA-SE no local do fato, porém, por
erro, o executor não conseguiu atingi-la.

ERRO SOBRE A PESSOA


- Previsão legal: art. 20, §3º do CP.
- A pessoa visada não corre perigo, pois é confundida com outra;
- O agente pratica ato CONTRA PESSOA DIVERSA da pretendida
- Não exclui dolo/ Não exclui culpa;
- Não isenta o agente de pena;
- Responde pelo crime considerando-se a VÍTIMA VIRTUAL pretendida e NÃO a vítima real.

ERRO NA EXECUÇÃO
- Previsão legal: art. 73 CP.
- A pessoa visada corre perigo, não sendo confundida.
-- O agente ERRA O ALVO NA EXECUÇÃO e atinge pessoa diversa da pretendida

50
- Não exclui dolo/ Não exclui culpa;
- Não isenta o agente de pena;
- Responde pelo crime considerando-se a VÍTIMA VIRTUAL pretendida e NÃO a vítima real.
- Se tipifica crime culposo: responde por culpa
- se atingida também pessoa visada = concurso formal (próprio) de delitos, art. 70. É chamado de
unidade complexa ou resultado duplo.

Q873586 Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: FCC - 2018 - DPE-AM - Defensor
Público

No Direito Penal brasileiro, o erro sobre a pessoa leva em consideração as condições e qualidades
da vítima para fins de aplicação da pena. [ERRADA]

Q893193 Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: EBSERH Prova: CESPE - 2018 -
EBSERH - Advogado

Situação hipotética: Um agente, com a livre intenção de matar desafeto seu, disparou na direção
deste, mas atingiu fatalmente pessoa diversa, que se encontrava próxima ao seu alvo. Assertiva:
Nessa situação, configurou-se o erro sobre a pessoa e o agente responderá criminalmente como se
tivesse atingido a pessoa visada. [ERRADA]

R: Não houve erro sobre a pessoa, mas sim erro na execução (aberratio ictus - Art. 73 CP).

Q413340 Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: TRF - 4ª REGIÃO Prova: FCC - 2014 - TRF - 4ª
REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária

Com uma velha espingarda, o exímio atirador Caio matou seu próprio e amado pai Mélvio.
Confundiu-o de longe ao vê-lo sair sozinho da casa de seu odiado desafeto Tício, a quem Caio
realmente queria matar. Ao morrer, Mélvio vestia o peculiar blusão escarlate que, de inopino,
tomara emprestado de Tício, naquela tão gélida quanto límpida manhã de inverno. O instituto
normativo mais precisamente aplicável ao caso é, doutrinariamente, conhecido como

a) error in personan (Código Penal, art. 20, par. 3º ).

b) parricidium enquanto circunstância genérica de pena (Código Penal, art. 61, II, “e”, 1ª
hipótese).

c) aberratio ictus de unidade simples (Código Penal, art. 73, 1ª parte).

d) aberratio ictus de unidade complexa (Código Penal, art. 73, 2ª parte).

e) aberratio delicti (Código Penal, art. 74).

51
R: LETRA A

34-Macete:
COação FÍsica irresistível -> afasta TIpicidade -> COFITI (crossfit)
*A coação física irresistível configura hipótese jurídico-penal de atipicidade por ausência de
conduta. Ocorre a coação física irresistível nas situações em que o agente, em razão de força física
externa, é impossibilitado de determinar seus movimentos de acordo com sua vontade.

Ex: O coator força o coagido a assinar o contrato (atípico)

COação MOral irresistível -> afasta CUlpabilidade -> COMOCU (haha) [Aqui a pessoa sofre
AMEAÇA]
Por meio da coação moral irresistível, o coator obriga o coagido a praticar um delito contra um
terceiro (a vitima) e o coagido é impossibilitado de resistir a tal ameaça.
Ex: gerente de banco abre o cofre por sofrer violência a sua própria integridade física. (isenta de
pena).

35-Macete:
Ou

52
Coação FFFFFFísica = Exclui o FFFFFFFFato típico (tipicidade)

Coação moraLLLLLLL = Exclui a cuLLLLLLLpabilidade

Q1875251 Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-RJ Prova: CESPE / CEBRASPE -
2021 - TJ-RJ - Analista Judiciário - Sem Especialidade

Coação moral irresistível é causa de

A exclusão de antijuricidade.
B exclusão da punibilidade.
C exclusão da culpabilidade.
D diminuição da pena.
E exclusão da tipicidade.

R: LETRA C

Q467358 Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-PE Prova: CESPE - 2015 - DPE-
PE - Defensor Público

A coação física irresistível configura hipótese jurídico-penal de ausência de conduta, engendrando,


assim, a atipicidade do fato. [CERTA]

53
Q856013 Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRF - 5ª REGIÃO Prova: FCC - 2017 - TRF - 5ª
REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal

A coação moral irresistível

a) torna o fato atípico.

b) é causa excludente de ilicitude.

c) é circunstância que sempre atenua a pena.

d) tem o mesmo tratamento legal da coação física irresistível.

e) é causa de isenção da pena.

R: LETRA E

Q874974 Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: ABIN Prova: CESPE - 2018 - ABIN -
Oficial Técnico de Inteligência - Área 2

Maria, esposa de Carlos, que cumpre pena de reclusão, era obrigada por ele, de forma reiterada, a
levar drogas para dentro do sistema penitenciário, para distribuição. Carlos a ameaçava dizendo
que, se ela não realizasse a missão, seu filho, enteado de Carlos, seria assassinado pelos comparsas
soltos. Durante a revista de rotina em uma das visitas a Carlos, Maria foi flagrada carregando a
encomenda. Por considerar que estava sob proteção policial, ela revelou o que a motivava a praticar
tal conduta, tendo provado as ameaças sofridas a partir de gravações por ela realizadas. Em sua
defesa, Carlos alegou que o crime não fora consumado.

No que se refere a essa situação hipotética, Maria será punida, mas terá direito ao benefício de
atenuante por ter colaborado com a polícia no desbaratamento do tráfico dentro do sistema
prisional. [ERRADA]

R: O fato cometido por Maria é típico, ilícito mas não culpável, em decorrência da coação moral
irresistível sofrida, que afasta a culpabilidade.

36-Macete: Não há crime quando ocorre Excludente de iLEEEcitude:


- Legitima Defesa
- Estado de Necessidade
- Exercicio Regular de Direito
- Estrito Cumprimento do Dever Legal

54
OU

37-Macete: Bruce LEEE


- Legitima Defesa - Estado de Necessidade - Exercicio Regular de Direito - Estrito
Cumprimento do Dever Legal

55
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.

Exercício regular de um direito (art. 23, III, CP)

É quando o próprio direito (lei, resolução, norma) abarca aquela relação, ou seja, existe uma norma
que lhe permite agir, por exemplo: o pugilista que desfere golpes no adversário em uma luta de
boxe não poderá ser processado por Lesão corporal.

Ex: cacos de vidro no muro, arame farpado ao redor da propriedade.

Estrito cumprimento de um dever Legal (art. 23, IV, CP)

A lei obriga o agente a agir dentro do dever que lhe foi imposto, ex: o policial que é obrigado a agir
em caso de um assalto a banco, um bombeiro que é chamado para apagar chamas de um incêndio e
pra entrar na casa em chamas precisa quebrar a porta.

Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo
atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou
alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios
necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.

Q883568 Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: STJ Prova: CESPE - 2018 - STJ -
Técnico Judiciário - Administrativa

São causas excludentes de culpabilidade o estado de necessidade, a legítima defesa e o estrito


cumprimento do dever legal. [ERRADA]

Q950414 Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: MPE-PE Prova: FCC - 2018 - MPE-PE - Técnico
Ministerial - Administrativa

Não há crime quando o agente pratica o fato:

I. Em estado de necessidade.

II. Em estado de embriaguez culposa pelo álcool.

III. Em estrito cumprimento de dever legal.

IV. No exercício regular de direito.

56
V. Sob o efeito de emoção ou paixão.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I, II e III.

b) I, IV e V.

c) II, III e V.

d) II, IV e V.

e) I, III e IV.

R: LETRA E

Q595626 Ano: 2016 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-DFT Prova: CESPE - 2016 - TJ-
DFT - Juiz

De acordo com o CP, constituem hipóteses de exclusão da antijuridicidade

a) o estrito cumprimento do dever legal e o estado de necessidade.

b) a insignificância da lesão e a inexigibilidade de conduta diversa.

c) a legítima defesa putativa e o estrito cumprimento do dever legal.

d) o estado de necessidade e a coação moral irresistível.

e) o exercício regular de direito e a inexigibilidade de conduta diversa.

R: LETRA A

38-Macete: Excesso intensivo x Excesso extensivo

No excesso intensivo: a reação sem moderação ocorre quando a agressão injusta está em curso. :
iNTensivo --> o namoro Não Terminou, quer dizer que o namoro está acontecendo.

Ex. agressor com faca é desarmado pela vítima, que intensifica a reação e dá várias facadas no
agressor.

57
No excesso extensivo aquele que reage excede sua reação após o agressor ter acabado a
agressão. : EXtensivo --> lembra a ideia de EX-namorada, ou seja, significa que o namoro Acabou.

Q331869 Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE /
CEBRASPE - 2013 - Polícia Federal - Delegado de Polícia

Considere que João, maior e capaz, após ser agredido fisicamente por um desconhecido, também
maior e capaz, comece a bater, moderadamente, na cabeça do agressor com um guarda - chuva e
continue desferindo nele vários golpes, mesmo estando o desconhecido desacordado. Nessa
situação hipotética, João incorre em excesso intensivo. [ERRADA]

39-Macete Tipicidade (excludentes): (PM com CE CE)

Princípio da Insignificância.

Movimentos reflexos

Caso fortuito e força maior

58
Estado de inconsciência;

Coação física irresistível; (é diferente de coação moral irresistível, que é excludente de


culpabilidade)

Erro de tipo inevitável (escusável);

Q1617869 Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE / CEBRASPE -
2014 - PRF - Policial Rodoviário Federal - Curso de Formação - 1ª Prova

O caso fortuito, a força maior e a coação física irresistível afastam a tipicidade do fato
eventualmente produzido. [CERTA]

40-Macete: Crime Permanente x Crime Continuado

Crime Permanente

Crrriiiiiimmmeeeeeeeeeeeeeeeee

Crime Continuado

Crime Crime Crime Crime Crime

59
*Crime Continuado previsto no Art. 71

60
Art. 71 – Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da
mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes,
devem os subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só
dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um
sexto a dois terços.

Vários crimes de mesma espécie e em circunstâncias relativamente parecidas

Ex: Com o objetivo de furtar um faqueiro da patroa, uma empregada doméstica empreende furtos
diários para subtrair peça a peça. 120 dias depois termina de furtar todo o faqueiro. Assim, caso não
existisse o instituto do crime continuado, a pena mínima seria de 120 anos de reclusão.

*Crime Permanente

O crime permanente é aquele que sua prática se estica no tempo, isto é, sua prática é prolongada.

Um exemplo de crime permanente é o sequestro e o cárcere privado (art. 148, CP).

Súmula 711 do STF: A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime
permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.

Q1866111 Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TC-DF Prova: CESPE / CEBRASPE
- 2021 - TC-DF - Auditor Conselheiro Substituto

O crime de sequestro é considerado um crime continuado, já que ele se prolonga no tempo e a sua
consumação só cessa pela vontade do agente. [ERRADA]

Q812988 Ano: 2017 Banca: IBADE Órgão: PC-AC Prova: IBADE - 2017 - PC-AC - Escrivão de
Polícia Civil

O delito de sequestro ou cárcere privado é classificado como crime:

A permanente e de perigo.
B continuado e de perigo
C permanente e de dano
D habitual e de perigo.
E continuada e de dano

R: LETRA C

O delito de sequestro ou cárcere privado é classificado como crime PERMANENTE, por que:

crimes permanentes são aqueles em que sua consumação se prolonga no tempo.

61
O delito de sequestro ou cárcere privado é classificado como crime de DANO, por que:

o crime classificado como de dano é aquele que não se consuma apenas com o perigo, é necessário
que ocorra uma efetiva destruição, a um bem jurídico penalmente protegido. No caso da
questão, o bem jurídico lesado/destruído é a liberdade pessoal.

41-Macete:

IMPRUDÊNCIA: Você FAZ o que não deveria fazer - Conduta ativa

EX: Motorista que dirige seu automóvel em alta velocidade.

NEGLIGÊNCIA: Você NÃO FAZ o que deveria fazer - Conduta negativa

EX: Motorista que dirige seu automóvel com pneus carecas.

IMPERÍCIA: Falta de conhecimentos técnicos. (lembre-se do PERIto que têm conhecimento


técnico em algo)

EX: Médico que faz lipoaspiração sem ter especialização suficiente.

Imprudência

A imprudência consiste na violação das regras de condutas ensinadas pela experiência. É o atuar
sem precaução, precipitado, imponderado. Há sempre um comportamento positivo. É a chamada
culpa in faciendo. Uma característica fundamental da imprudência é que nela a culpa se desenvolve
paralelamente à ação. Desse modo, enquanto o agente pratica a conduta comissiva, vai ocorrendo
simultaneamente a imprudência.

Negligência

Negligência é caracterizada pela ausência de precaução ou indiferença em relação ao ato


realizado. Caracteriza-se por uma atitude negativa do agente que não faz algo que deveria, um
estado de inércia, como, por exemplo, deixar uma arma de fogo ao alcance de uma criança.

Imperícia

Configura-se imperícia a falta de aptidão, habilidade técnica para o exercício de arte ou profissão a
ser praticada. Materializa-se no momento em que o agente, não considerando o que sabe, ou deveria
saber, causa prejuízo a outrem. Temos como exemplo o caso do motorista profissional que conduz
seu veículo sem possuir a necessária competência." (PACELLI, Eugênio. Manual de Direito Penal.
5ª. ed. São Paulo: Atlas, 2019. p. 285).

62
Q1857558 Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE / CEBRASPE -
2021 - PRF - Policial Rodoviário Federal - Curso de Formação - 1ª Prova

O crime culposo pode ocorrer por imprudência, negligência ou imperícia, sendo esta última
caracterizada pelo comportamento positivo em um ato sem o cuidado necessário, ou seja, uma ação
descuidada. [ERRADA]

CONCURSO DE PESSOAS
42-Macete:
Se é concurso de pessoas, é CAÔ.
CONCURSO DE PESSOAS= 2 ou mais agentes
ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA= 3 ou mais agentes
ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA= 4 ou mais agentes

63
Q883566 Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: STJ Prova: CESPE - 2018 - STJ -
Técnico Judiciário - Administrativa

Para a configuração do concurso de pessoas, é necessário que três ou mais agentes se auxiliem
mutuamente na prática do ilícito penal. [ERRADA]

43-Macete: São elementos/requisitos do concurso de pessoas: PRIL


1° P LURALIDADE DE PARTICIPANTES
2° R ELEVÂNCIA CAUSAL DE CADA CONDUTA
3° I DENTIDADE DE INFRAÇÃO PENAL
4° L IAME SUBJETIVO

64
1°PLURALIDADE DE PARTICIPANTES: obviamente para haver concurso de pessoas é
necessário mais de um agente

2°RELEVÂNCIA CAUSAL DE CADA CONDUTA: é necessário que de algum modo aquela


conduta tenha contribuído para a produção daquele resultado. Se eu empresto uma arma para o
agente cometer o crime, e ele não a utiliza e nem se sente motivo por isso, não a de se falar de
concurso de pessoas.

3°VÍNCULO SUBJETIVO ENTRE OS PARTICIPANTES: é interessante notar que é diferente de


acordo entre os agentes. De acordo com Capez, vínculo subjetivo é a consciência de que participam
de uma obra em comum.

4°IDENTIDADE DE INFRAÇÃO PENAL: embora cada um esteja contribuindo de maneira


diversa, todos devem almejar um fim em comum.

Q940918 Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-SE Prova: CESPE - 2018 - PC-SE
- Delegado de Polícia

Para que fique caracterizado o concurso de pessoas, é necessário que exista o prévio ajuste entre os
agentes delitivos para a prática do delito. [ERRADA]

44-Macete: Causas de Diminuição de Pena de 1/6 a 1/3, CP =

65
Quem tem diminuição de pena recebe um HELP (ajuda)

Homicídio Privilegiado

Erro de Proibição

Lesão Corporal Privilegiada

Participação de Menor Importância

Q607021 Ano: 2016 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRE-PI Prova: CESPE - 2016 - TRE-
PI - Analista Judiciário - Judiciária

Tratando-se de crimes contra a vida, se a participação for de menor importância, a pena aplicada
poderá ser diminuída de um sexto a um terço. [CERTA]

Q888344 Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: ALESE Prova: FCC - 2018 - ALESE - Analista
Legislativo - Processo Legislativo

É certo que um crime pode ser praticado por uma ou mais pessoas. Quando isso acontece, está-se
diante da hipótese de concurso de pessoas, também conhecido como concurso de agentes. Nesse
caso, se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um
terço. [CERTA]

66
**Os crimes e as contravenções penais se diferem em sua essencial pela gravidade das condutas
descritas na lei. Os crimes (delitos) são mais graves devido suas penas, ou seja, as penas aqui
determinadas são de reclusão e detenção e nas contravenções penais as penas são de prisão simples
e multa.

45-Macete: CRIME---> REDE (REDE CRIMINOSA)

REclusão
DEtenção

CONTRAVENÇÃO--> PRIMU (CONTRA O PRIMO)


PRIsão simples
MUlta

Q215021 Ano: 2012 Banca: FCC Órgão: TJ-PE Prova: FCC - 2012 - TJ-PE - Técnico Judiciário -
Área Judiciária e Administrativa

Para as contravenções penais, a lei prevê a aplicação isolada ou cumulativa das penas de

A) prisão simples e detenção.


B) reclusão e detenção.

67
C) multa e prisão simples.
D) detenção e multa.
E) reclusão e prisão simples.

R: LETRA C

DAS PENAS

46-Macete:

Art. 32 - As penas são:

I - Privativas de liberdade;

II - Restritivas de direitos;

III - de Multa.

Lembre-se da banda RPM

Q1026007 Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: IAPEN-AP Prova: FCC - 2018 - IAPEN-AP - Agente
Penitenciário

68
Segundo o Código Penal, são espécies de pena

A o regime disciplinar diferenciado e a multa.


B o livramento condicional e a remição.
C o indulto e a comutação.
D a progressão de regime e o concurso material.
E a privativa de liberdade e a restritiva de direitos.

R: LETRA E

47-Macete:

Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A de
detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado.

§ 1º - Considera-se:

a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média;

b) regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento


similar;

c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado.

Regime Fechado à execução da pena em estabelecimento de Segurança Máxima ou Média;

Regime Semiaberto a execução da pena em Colônia Agrícola, Industrial ou Estabelecimento Similar

Regime Aberto à execução da pena em Casa de Albergado ou Estabelecimento Adequado.

Casa do Albergado -> Regime "Alberto"

69
Q1676635 Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: FCRIA-AP Prova: FCC - 2018 - FCRIA-AP - Monitor
Socioeducativo - Nível Médio

O cumprimento de pena em regime fechado

A ocorre em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar.


B requer prisão em casa de albergado e sem contato com o mundo externo.
C baseia-se na autodisciplina diante da ausência de vigilância direta.
D é acumulada com prestação de serviços à comunidade.
E deve ocorrer em estabelecimento de segurança máxima ou média.

R: LETRA E

118-Macete
A liberação do preso internado em hospitAL de custódia será sempre condicionAL

Art. 97 § 3º - A desinternação, ou a liberação, será sempre condicional devendo ser restabelecida a


situação anterior se o agente, antes do decurso de 1 (um) ano, pratica fato indicativo de persistência
de sua periculosidade.

70
Q2207116 Ano: 2023 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-AL Prova: CESPE / CEBRASPE
- 2023 - PC-AL - Delegado de Polícia Civil

A liberação do preso internado em hospital de custódia será sempre condicional, devendo ser
restabelecida a situação anterior se o agente, antes do decurso de um ano, praticar fato indicativo de
persistência de sua periculosidade. [CERTO]

AÇÃO PENAL

48-Macete
Art. 105 - O perdão do ofendido, nos crimes em que somente se procede mediante queixa, obsta ao
prosseguimento da ação.

MNEMÔNICO: PPP

P erdão

P erempção

são institutos exclusivos da ação

P rivada

71
1) PEREMPÇÃO: corresponde à sanção de perda do direito de prosseguir com a ação imposta
ao autor da Ação Penal de iniciativa Privada pelo abandono ou inércia na movimentação do
processo por trinta dias, pela morte do querelante (quando não houver habilitação dos herdeiros em
sessenta dias), pelo não comparecimento sem justificativa aos atos processuais, pela não ratificação
do pedido de condenação nas alegações finais ou pela extinção da pessoa jurídica (quando esta for
vítima de crimes) sem sucessor.

2) PRESCRIÇÃO: É o não exercício da Pretensão Punitiva ou Executória do Estado no


período de tempo determinado pela lei, assim o mesmo perde o direito de ver satisfeitos os dois
objetos do processo. Pode ocorre em ações penais públicas ou privadas.

Q1875255 Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-RJ Prova: CESPE / CEBRASPE -
2021 - TJ-RJ - Analista Judiciário - Sem Especialidade

A prescrição pode ocorrer tanto nas ações penais públicas quanto nas ações penais privadas.
[CERTA]

DOS CRIMES CONTRA A PESSOA

49-Macete:

Progressão Criminosa, o cara é um "Pau no Cu", porque ele pretendia fazer algo menos grave e
acaba realizando algo pior.
Ex: Tinha a intenção de lesionar, mas acaba matando outra pessoa intencionalmente.

72
Crime Progressivo: se dá quando o agente para alcançar um resultado/crime mais grave passa,
necessariamente, por um crime menos grave. Por exemplo, no homicídio, o agente tem que passar
pela lesão corporal, um mero crime de passagem para matar alguém.

Progressão criminosa: o agente substitui o seu dolo, dando causa a resultado mais grave. O agente
deseja praticar um crime menor e o consuma. Depois, delibera praticar um crime maior e o também
o concretiza, atentando contra o mesmo bem jurídico. Exemplo de progressão criminosa é o caso do
agente que inicialmente pretende somente causar lesões na vítima, porém, após consumar os
ferimentos, decide ceifar a vida do ferido, causando-lhe a morte. Somente incidirá a norma referente
ao crime de homicídio, artigo 121 do Código Penal, ficando absorvido o delito de lesões corporais.

Crime progressivo, portanto, não se confunde com progressão criminosa: no crime progressivo o
agente, desde o princípio, já quer o crime mais grave. Na progressão, primeiro o sujeito quer o
crime menos grave (e consuma) e depois decide executar outro, mais grave. Em ambos o réu
responde por um só crime.

Aplica-se o princípio da consunção.

Fonte: SANCHES, Rogério. Manual de Direito Penal - Parte Geral. 2º Ed.

73
Q406895 Ano: 2014 Banca: PUC-PR Órgão: TJ-PR Prova: PUC-PR - 2014 - TJ-PR - Juiz
Substituto

Há progressão criminosa quando o agente, a fim de alcançar o resultado pretendido pelo seu dolo,
obrigatoriamente, produz outro, antecedente e de menor gravidade, sem o qual não atingiria o seu
fim. [ERRADA]

50-Macete: Cídio = morte.


Feminicídio: morte de uma mulher por razões de gênero ou pelo menosprezo ou discriminação à
condição de mulher que é qualificadora do homicídio;
Uxoricídio: assassinato em que o marido mata a própria esposa;
Parricídio: assassinato pelo filho do próprio pai;
Matricídio: matar a própria mãe;
Fratricídio: matar o próprio irmão;
Ambicídio: quando as mortes decorrem de um pacto.

Q1636824 Ano: 2018 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: ITEP - RN Prova: INSTITUTO AOCP
- 2018 - ITEP - RN - Perito Médico Legista - Psiquiatra

74
O termo “uxoricídio” refere-se a assassinato

A) de criança.
B) de pessoas portadoras de deficiência.
C) da esposa.
D) de transexual.
E) de homossexual.

R: LETRA C

51-Macete: Motivo TorPe - Paga, Promessa, Preconceito, rePugnante.

Motivo Torpe: é o motivo objeto, ignóbil, vil, espalhando ganância. Mediante paga ou promessa
de recompensa (Ex: matador de aluguel, matar os pais para ter a herança, matar por preconceito).
Por motivo Fútil: tem a pequenez do motivo (matar por pouca coisa), completamente
desproporcional à natureza do crime praticado. Ex.: briga de trânsito.

Q255121 Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-RR Prova: CESPE - 2012 - TJ-RR
- Técnico Judiciário

75
Pedro, esposo ciumento, ao chegar em casa, surpreendeu sua esposa, Maria, na cama com outro
homem. Maria, ao ser apanhada em flagrante, ofendeu verbalmente Pedro, com palavras de baixo
calão. Em choque, o marido traído, completamente enraivecido e sob domínio de violenta emoção,
desferiu dois tiros de revólver, matando Maria e ferindo seu amante. O laudo de exame cadavérico
atestou não só o óbito de Maria, mas também que ela estava grávida de dois meses, circunstância
desconhecida por Pedro.

Com base na situação hipotética acima apresentada, julgue os itens a seguir, a respeito dos crimes
contra a pessoa.

O ciúme, por si só — que, nesse caso, não está acompanhado por outras circunstâncias —, não
caracteriza o motivo torpe, qualificador do homicídio. [CERTA]

ATENÇÃO!
CIÚME não é considerado motivo torpe nem fútil.
AUSÊNCIA de motivo não é considerado motivo fútil.
Um motivo não pode ser FÚTIL e TORPE ao mesmo tempo, pois um exclui o outro.

52-Macete: Espécies de crime contra a VIDA

Eu gosto quando você senta, com essa cara de marrenta, No ouvidinho você faz H.A.A.I

Homicídio Auxílio ao suicídio ou automutilação. Aborto Infanticídio

Q1861676 Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: PC-RJ Prova: FGV - 2021 - PC-RJ - Perito Legista

Do ponto de vista legislativo, constitui espécie de crime contra a vida:

76
A lesão corporal seguida de morte;
B abandono de recém-nascido com resultado morte;
C maus-tratos com resultado morte;
D instigação, auxílio ou induzimento à automutilação;
E tortura com resultado morte.

R: LETRA D

53-Macete: Crimes julgados pelo tribunal do júri

Homicídio

Infanticídio

Suicídio ou automutilação. (participação)

Aborto

77
DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE

117-Macete:

Art. 114. A prescrição da pena de multa ocorrerá:

I – em dois anos, quando a multa for a única cominada ou aplicada;

II – no mesmo prazo estabelecido para a prescrição da pena privativa de liberdade, quando a multa
for alternativa ou cumulativamente cominada ou cumulativamente aplicada.

Se o máximo da pena é: REGRA DO 4

Inferior a 1 ano – 3 anos (1+3 = 4 que é o de baixo)

Igual a 1 até 2 – 4 anos (4)

Maior que 2 até 4 – 8 anos (soma 4 do último)

Maior que 4 até 8 – 12 anos (soma 4 do último)

Maior que 8 até 12 – 16 anos (soma 4 do último)

Maior que 12 – 20 anos

Q2254974 Ano: 2023 Banca: VUNESP Órgão: TJ-RJ Prova: VUNESP - 2023 - TJ-RJ - Juiz
Substituto

Marius é condenado à pena privativa de liberdade de 1 ano 2 meses e, cumulativamente, à pena de


23 dias-multa. Com relação à prescrição da pena de multa, nos termos do art. 114 do CP, é correto
dizer que

A ocorrerá em 4 anos.
B seguirá a regra de prescrição da dívida de valor do Direito Civil.
C ocorrerá em 2 anos.
D ocorrerá em 3 anos.
E ocorrerá em 1 ano.

R: LETRA A

54-Macete:

78
Art. 121 § 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for
praticado:

I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto;

Dica: Durante a gestação (9 meses) ou nos 3 meses posteriores ao parto (lembre-se que são 12
meses = 1 ano, porque é mais fácil de lembrar. Daí dos 12 meses você subtraí os 9 meses da
gestação e chegará fácil nos 3 meses posteriores).

Q866480 Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-PE Prova: CESPE - 2018 - DPE-
PE - Defensor Público

A pena do feminicídio poderá ser aumentada se o crime for praticado durante a gestação ou nos
seis meses posteriores ao parto. [ERRADA]

55-Macete:

Código Penal, Art. 121. Homicídio

Aumento de pena

§ 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de


inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato
socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em
flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado
contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos.

§ 6o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia
privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio.

§ 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado:

Dica: As causas de aumento de pena no homicídio são:

- de 1/3 para as modalidades culposa e dolosa nos casos do §4º;

- de 1/3 a Metade para o homicídio praticado por Milícia privada/grupo de exterMínio (§6º) e para
o feMinicídio (§7º).

Q950392 Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: MPE-PE Prova: FCC - 2018 - MPE-PE - Técnico
Ministerial - Administrativa

79
Ficou comprovado que houve assassinato, pela única razão de menosprezo à condição de mulher,
praticado por Samuel contra sua vizinha Maria de Fátima, de trinta anos de idade, que possuía um
filho ao qual deu à luz dois meses exatos antes do crime. Com base nas disposições da Lei no
13.104/2015 (Lei do Feminicídio), nesse caso, o crime de feminicídio

A está caracterizado e a pena prevista em lei será aumentada de um terço até a metade.
B não está caracterizado, pois não houve violência doméstica.
C está caracterizado em sua modalidade simples, não havendo aumento de pena.
D está caracterizado e a pena prevista em lei será aumentada de um a dois terços.
E está caracterizado e a pena prevista em lei será aumentada de um sexto a um terço.

R: LETRA A

56-Macete:

Infanticídio

Art. 123 - Matar, sob a influência do estado Puerperal, o próprio filho, durante o Parto ou logo
aPós:

Pena - detenção, de dois a seis anos.

Dica: Falou em Estado Puerperal = Infanticídio, independente da história trazida pela banca!

Não se encontrando a mãe neste estado anímico (sob influência do estado puerperal, durante ou
logo após o parto), caracteriza-se o homicídio. E sendo antes do parto, o crime é o de aborto.

Q772233 Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: AL-MS Prova: FCC - 2016 - AL-MS - Agente de
Polícia Legislativo

Micaela, de 19 anos de idade, após manter um relacionamento ocasional com Rodrigo, de 40 anos
de idade, acaba engravidando. Após esconder a gestação durante meses de sua família e ser
desprezada por Rodrigo, que disse que não assumiria qualquer responsabilidade pela criança,
Micaela entra em trabalho de parto durante a 40a semana de gestação em sua residência e sem pedir
qualquer auxílio aos familiares que ali estavam, acaba parindo no banheiro do imóvel. A criança do
sexo masculino nasce com vida e Micaela, agindo ainda sob efeito do estado puerperal, corta o
cordão umbilical e coloca o recém nascido dentro de um saco plástico, jogando-o no lixo da rua. O
bebê entra em óbito cerca de duas horas depois. Neste caso, à luz do Código Penal, Micaela
cometeu crime de

A homicídio culposo.
B homicídio doloso.
C aborto.
D lesão corporal seguida de morte.

80
E infanticídio.

R: LETRA E

57-Macete:

Lesão corporal de natureza grave

Art. 129 § 1º Se resulta:

I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;

II - Perigo de vida;

III - Debilidade permanente de membro, sentido ou função; (Se houver, por exemplo, a perda
de um único dedo, temos debilidade permanente, mas se houver a perda de uma mão inteira, por
exemplo, teremos, então, perda ou inutilização)

IV - Aceleração de parto:

Pena - reclusão, de um a cinco anos.

IN PE DEBIL ACELERA

A lesão corporal será de natureza grave quando IN PE DEBIL ACELERA

81
Q650782 Ano: 2016 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: POLÍCIA CIENTÍFICA - PE Provas:
CESPE - 2016 - POLÍCIA CIENTÍFICA - PE - Conhecimentos Gerais (Perito Criminal e Médico)

O crime de lesão corporal de natureza grave é caracterizado se da conduta do agente resulta


incapacidade da vítima para as ocupações habituais por mais de trinta dias; perigo de vida;
debilidade permanente de membro, sentido ou função; ou aceleração de parto. [CERTA]

Q532413 Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-DFT Prova: CESPE - 2015 - TJ-
DFT - Juiz de Direito Substituto

Paulo, após discussão com sua colega de trabalho Regina, que estava grávida, desferiu-lhe um
chute com a intenção de apenas machucá-la. Entretanto, em decorrência da conduta de Paulo,
Regina entrou antecipadamente em trabalho de parto. Esse caso característica delito de lesão
corporal de natureza grave. [CERTA]

Q867471 Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-MA Prova: CESPE - 2018 - PC-
MA - Perito Criminal

Mário, ao envolver-se em uma briga, lesionou Júlio.


Nessa situação hipotética, Mário responderá por lesão corporal de natureza grave se tiver

a) provocado em Júlio debilidade permanente de função, como, por exemplo, a redução da


capacidade mastigatória pela perda dentária.

b) ofendido a integridade corporal de Júlio, causando-lhe diversas escoriações no corpo.

c) causado a morte de Júlio, ainda que em circunstâncias que evidenciem que Mário não queria
matá-lo.

d) causado a morte de Júlio em circunstâncias que evidenciem que Mário assumiu o risco de
produzir o resultado.

e) provocado a incapacitação de Júlio para ocupações habituais, como, por exemplo, o trabalho e o
estudo, por quinze dias.

R: LETRA A

OU

58-Macete:

82
Lesão corporal (Art. 129 - CP)

Lesão corporal grave: PIDA

Perigo de vida

Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de 30 dias

Debilidade permanente de membro, sentido ou função

Aceleração de parto

Lesão corporal gravíssima: PEIDA

Perda ou inutilização do membro, sentido ou função

Enfermidade incurável

Incapacidade permanente para o trabalho

Deformidade permanente

Aborto

83
Q1142564 Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-CE Prova: CESPE - 2020 -
MPE-CE - Técnico Ministerial

Mário, após ingerir bebida alcoólica em uma festa, agrediu um casal de namorados, o que resultou
na morte do rapaz, devido à gravidade das lesões. A moça sofreu lesões leves.

Mário praticou lesão corporal leve contra a moça, sendo, nesse caso, admitida a renúncia à
representação apenas perante o juiz, conforme prevê a Lei Maria da Penha. [ERRADA]

59-Macete:

Calúnia → imputar falso Crime a alguém. Ex: corrupção, estelionato...

Imputação falsa de um fato criminoso a alguém. Contar uma história mentirosa na qual a vítima
teria cometido um crime. Exemplo: Beltrana conta que Fulana entrou na casa da Sicrana e afanou
suas joias. Porém, se a Beltrana tivesse simplesmente chamado Fulana de “ladra”, o crime seria de
injúria e não de calúnia.

*É necessário que o réu saiba que o fato é falso!

84
Q275226 Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-RO Prova: CESPE - 2012 - TJ-RO
- Técnico Judiciário

João, sabendo ser mentira, acusou publicamente José de ter furtado o relógio de Juca. Nessa
situação, João responderá pelo crime de difamação. [ERRADA]

Q354813 Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-ES Prova: CESPE - 2013 - TJ-ES -
Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção

Para a configuração do crime de calúnia, não é necessário que o réu saiba que a imputação por ele
feita é falsa. [ERRADA]

Q354716 Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-ES Prova: CESPE - 2013 - TJ-ES -
Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento

Para a consumação do crime de calúnia, basta que a vítima tome ciência de que o agente lhe
atribuiu, falsamente, a prática de fato definido como crime, sendo prescindível a ciência de terceiro
a respeito do fato. [ERRADA]

R: É IMPRESCINDÍVEL QUE TERCEIROS TENHAM CIÊNCIA A RESPEITO DO FATO, POR


FERIR A HONRA OBJETIVA DA PESSOA.

60-Macete: CD - Calúnia e Difamação admitem exceção da verdade. Apenas a injúria não admite

Exceção da verdade

Art. 138 § 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo:

I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por
sentença irrecorrível;

II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no nº I do art. 141;

III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença
irrecorrível.

Q289503 Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRE-MS Prova: CESPE - 2013 -
TRE-MS - Analista Judiciário - Área Judiciária

A lei penal prevê a impossibilidade de arguição da exceção da verdade no crime de calúnia se o


fato imputado for crime de ação privada e o ofendido não tiver sido condenado por sentença
irrecorrível. [CERTA]

85
Q289503 Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRE-MS Prova: CESPE - 2013 -
TRE-MS - Analista Judiciário - Área Judiciária

O crime de difamação não admite a exceção da verdade, mas permite que o agente ofereça a
exceção de notoriedade do fato, de modo a demonstrar que, para o agente, o fato era de domínio
público, afastando o dolo da conduta. [ERRADA]

Q60610 Ano: 2010 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRT - 1ª REGIÃO (RJ) Prova: CESPE
- 2010 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho - Parte II

Segundo o Código Penal, a chamada exceção da verdade é admitida apenas nas hipóteses de
calúnia. [ERRADA]

61-Macete: Difamação → reputação

Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:

Imputação de ato ofensivo à reputação de alguém. O fato pode ser verdadeiro ou falso, não
importa. Também não se trata de xingamento, que dá margem à injúria. Este crime atinge a honra
objetiva (reputação) e não a honra subjetiva (autoestima, sentimento que cada qual tem a respeito de
seus atributos). Exemplo: Beltrana conta que Fulana deixou de pagar suas contas e é devedora.

86
Q1100224 Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-PA Prova: CESPE - 2019 - TJ-PA
- Juiz de Direito Substituto.

A configuração do crime de difamação pressupõe a

a) existência de fato não tipificado.

b) atribuição de qualidade negativa ao ofendido.

c) atribuição a outrem da prática de crime ou de contravenção penal.

d) impossibilidade de retratação.

e) ofensa irrogada em juízo.

R: LETRA A

62-Macete: InjúrIa → ofensa a dIgnIdade

87
Qualquer ofensa à dignidade de alguém. Injúria é xingamento. É atribuir à alguém qualidade
negativa, não importa se falsa ou verdadeira. Ao contrário dos crimes anteriores, a injúria diz
respeito à honra subjetiva da pessoa.
Exemplo: Beltrana chama Fulana de “ladra” ou “imbecil”. Beltrana cometeu o crime de injúria e
Fulana é a vítima. Se o xingamento for fundamentado em elementos extraídos da raça, cor, etnia,
religião, origem ou condição de idosa ou deficiente, o crime será chamado de “injúria
discriminatória” (art. 140, §3º do Código Penal).

Q49301 Ano: 2009 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-PB Prova: CESPE / CEBRASPE -
2009 - PC-PB - Agente de Investigação e Escrivão de Polícia

O chefe de uma equipe de vendedores de uma grande rede de supermercados exigiu a presença, em
sua sala, de um subordinado que não havia cumprido a meta de vendas do mês e, com a intenção de
ofender-lhe o decoro, chamou-o de burro e incompetente. Durante a ofensa, apenas os dois
encontravam-se no recinto.

Nessa situação, o chefe:

a) poderá responder pelo delito de calúnia.

b) poderá responder pelo delito de difamação.

c) poderá responder pelo delito de injúria.

d) não deverá responder por nenhum delito, uma vez que os crimes contra a honra só se consumam
quando terceiros tomam conhecimento do fato.

e) não deverá responder por nenhum delito, uma vez que a responsabilidade criminal, no caso, é
apenas da pessoa jurídica (rede de supermercados).

R: LETRA C

63-Macete: CAlúnia == CAbe retratação

INjúria == IMpossível a retração

Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da


difamação, fica isento de pena.

Q348179 Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-BA Provas: CESPE / CEBRASPE
- 2013 - PC-BA - Investigador de Polícia

88
Nos crimes contra a honra — calúnia, difamação e injúria —, o Código Penal admite a retratação
como causa extintiva de punibilidade, desde que ocorra antes da sentença penal, seja cabal e
abarque tudo o que o agente imputou à vítima. [ERRADA]

R: Nos crimes contra a honra, só é possível a retratação nos crimes de calúnia(art.138) e


difamação(art.139), por atentarem a honra objetiva, não sendo possível no crime de
injúria(art.140), pois fere a honra subjetiva.

Q987304 Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-SC Prova: CESPE - 2019 - TJ-SC -
Juiz Substituto

A retratação cabal do agente da calúnia ou da difamação após o recebimento da ação penal é causa
de diminuição de pena. [ERRADA]

64-Macete: RETRATAÇÃO É NA CAMA

CAlúnia DifaMAção

Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da difamação,
fica isento de pena.

89
Q1828392 Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-AL Prova: CESPE / CEBRASPE
- 2021 - PC-AL - Escrivão de Polícia - Prova Anulada

Na hipótese de um agente cabalmente retratar-se de injúria irrogada em rede social contra uma
pessoa, será extinta a punibilidade, em razão da reparação do dano à honra subjetiva. [ERRADA]

Q348179 Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-BA Provas: CESPE / CEBRASPE
- 2013 - PC-BA - Investigador de Polícia

Nos crimes contra a honra — calúnia, difamação e injúria —, o Código Penal admite a retratação
como causa extintiva de punibilidade, desde que ocorra antes da sentença penal, seja cabal e
abarque tudo o que o agente imputou à vítima. [ERRADA]

R: Nos crimes contra a honra, só é possível a retratação nos crimes de calúnia(art.138) e


difamação(art.139), por atentarem a honra objetiva, não sendo possível no crime de
injúria(art.140), pois fere a honra subjetiva.

Q987304 Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-SC Prova: CESPE - 2019 - TJ-SC -
Juiz Substituto

A retratação cabal do agente da calúnia ou da difamação após o recebimento da ação penal é causa
de diminuição de pena. [ERRADA]

65-Macete:

Na parte de “CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA”

Se no nome do crime tiver só “1C”, então é só Crime.

Se tiver “2 ou mais C’s” é Crime ou Contravenção

Ex:

DenunCiação Caluniosa -> Crime ou Contravenção

Falsa ComuniCação -> Crime ou Contravenção

ComuniCação Falsa de crime ou contravenção -> Crime ou Contravenção

AutoaCusação falsa - só Crime

66-Macete:

90
Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante seqüestro ou cárcere privado:

Pena - reclusão, de um a três anos.

Sequestro (gênero): É a privação da liberdade sem confinamento. Ex.: Sítio, Casa


Cárcere Privado (espécie) : É a privação da liberdade com confinamento. Ex.: Porão.

Sequestro - Sem confinamento. Ex: Sítio

Cárcere Privado - Com confinamento. Ex: Porão

Q64873 Ano: 2010 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPU Prova: CESPE - 2010 - DPU -
Defensor Público Federal

Na doutrina, distinguem-se as figuras sequestro e cárcere privado, afirmando-se que o primeiro é o


gênero do qual o segundo é espécie. A figura cárcere privado caracteriza-se pela manutenção de
alguém em recinto fechado, sem amplitude de locomoção, definição esta mais restrita que a de
sequestro. [CERTA]

91
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

67-Macete: O Furto, por ter "f" no nome, adora qualiFicadoras (também tem “f” no nome), por isso
só tem uma causa de aumento de pena, que é quando for praticado em repouso noturno.

Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:

§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.

Por outro lado, o roubo, seu irmão mais velho, adora causas de aumento de pena, por isso só tem
uma qualificadora, a saber, quando do roubo resulta lesão corporal grave ou morte.

Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de
resistência:

§ 3º Se da violência resulta: (qualificadores do roubo)

I – lesão corporal grave, a pena é de reclusão de 7 (sete) a 18 (dezoito) anos, e


multa;

II – morte, a pena é de reclusão de 20 (vinte) a 30 (trinta) anos, e multa.

Q647130 Ano: 2016 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-PE Prova: CESPE - 2016 - PC-PE
- Agente de Polícia

Roberto, Pedro e Lucas planejaram furtar uma relojoaria. Para a consecução desse objetivo, eles
passaram a vigiar a movimentação da loja durante algumas noites. Quando perceberam que o lugar
era habitado pela proprietária, uma senhora de setenta anos de idade, que dormia, quase todos os
dias, em um quarto nos fundos do estabelecimento, eles desistiram de seu plano. Certa noite depois
dessa desistência, sem a ajuda de Roberto, quando passavam pela frente da loja, Pedro e Lucas
perceberam que a proprietária não estava presente e decidiram, naquele momento, realizar o furto.
Pedro ficou apenas vigiando de longe as imediações, e Lucas entrou na relojoaria com uma sacola,
quebrou a máquina registradora, pegou o dinheiro ali depositado e alguns relógios, saiu em seguida,
encontrou-se com Pedro e deu-lhe 10% dos valores que conseguiu subtrair da loja.

Considerando a situação hipotética apresentada no texto e os tipos penais inscritos no Código Penal
sob o título “Dos Crimes contra o Patrimônio”, assinale a opção correta.

a) Na situação considerada, a quebra da máquina registradora caracterizou emprego de violência na


subtração de bem móvel e, consequentemente, a prática do crime de roubo.

b) O cometimento do crime no período de repouso noturno poderá ser causa de aumento de pena.

92
c) Apropriação indébita é o tipo penal em que incorrerá a pessoa que vier a adquirir algum dos
relógios, desde que saiba ela tratar-se de fruto de crime.

d) A venda dos relógios, objeto do crime cometido por Pedro e Lucas, configurará o crime de
receptação.

e) A situação em apreço traz o tipo penal furto mediante subtração de coisa alheia móvel com
violência ou grave ameaça.

R: LETRA B

68-Macete:

Crimes contra o patrimônio que admitem a forma privilegiada

Só é privilegiado quem é FERA

Furto

Art. 155 - § 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode
substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a
pena de multa.

Estelionato

Art. 171 § 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode


aplicar a pena conforme o disposto no art. 155, § 2º.

Receptação

Art. 180 § 5º - Na hipótese do § 3º, se o criminoso é primário, pode o juiz, tendo em consideração
as circunstâncias, deixar de aplicar a pena. Na receptação dolosa aplica-se o disposto no § 2º do art.
155.

Apropriação indébita

Art. 170 - Nos crimes previstos neste Capítulo, aplica-se o disposto no art. 155, § 2º.

93
Q481415 Ano: 2010 Banca: CONSULTEC Órgão: TJ-BA Prova: CONSULTEC - 2010 - TJ-BA
- Conciliador

Alguns crimes contra o patrimônio admitem a forma privilegiada, em que o juiz poderá substituir a
reclusão pela detenção, reduzir a pena de um a dois terços ou aplicar apenas a pena de multa, se o
criminoso for primário ou se de pequeno valor a coisa e/ou o prejuízo, conforme o caso.
Essa regra não está prevista no Código Penal se o crime for de

A apropriação indébita.
B estelionato.
C receptação.
D dano.
E furto.

R: LETRA D

Q1893449 Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: PC-AM Prova: FGV - 2022 - PC-AM - Delegado de
Polícia - Edital nº 01

Quanto ao delito de apropriação indébita, em caso de bem de valor inferior a um salário mínimo e
sendo primário o agente, é correto afirmar que

A não há qualquer afetação da configuração do crime.


B há expectativa ao reconhecimento da forma privilegiada.
C há direito subjetivo à aplicação de atenuante obrigatória.

94
D há direito subjetivo ao reconhecimento da forma privilegiada.
E há incidência do princípio da insignificância.

R: LETRA D

69-Macete: QUALIFICADORES DO FURTO– FED A CC

Fraude

Escalada

Destruição

Abuso de confiança

Chave Falsa

Concurso de Pessoas

Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:

Furto qualificado

§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:

I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;

95
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;

III - com emprego de chave falsa;

IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.

Q378582 Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PM-CE Prova: CESPE - 2014 - PM-
CE - Aspirante da Polícia Militar

Considere a seguinte situação hipotética. José, com dezoito anos de idade, e Lauro, com quinze
anos de idade, recém-egressos de casa de internação onde cumpriram medida socioeducativa após a
prática de ato infracional, mediante ajuste prévio, passaram conjuntamente a subtrair objetos de
transeuntes na rua, sem violência ou ameaça. Nessa situação hipotética, José responderá por crime
de furto qualificado. [CERTA]

Q255010 Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-RR Prova: CESPE / CEBRASPE -
2012 - TJ-RR - Agente de Proteção

Nero, trajando roupas características dos manobristas de uma churrascaria, se fez passar por
funcionário do estabelecimento e, com isso, teve acesso ao quadro de chaves onde eram guardadas
as chaves dos carros dos clientes. Nero, então, pegou a chave de um dos carros e saiu com o veículo
sem ser importunado. Em seguida, cruzou a fronteira do Brasil com a Colômbia, onde vendeu o
carro como se fosse seu. Na fuga, Nero ainda matou, a tiros, dois policiais que o perseguiam.
Como enganou todos os funcionários do estabelecimento para levar o veículo de um dos clientes,
Nero praticou o crime de estelionato. [ERRADA]

R: Furto qualificado mediante fraude.

Q290595 Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-AC Prova: CESPE - 2012 - TJ-AC
- Técnico Judiciário - Auxiliar

Na madrugada do dia 20/8/2012, Francisco, escalou o muro que cercava determinada residência e
conseguiu entrar na casa, onde anunciou o assalto aos moradores. Francisco ameaçou cortar a
garganta das vítimas com um caco de vidro, caso elas gritassem por socorro ou tentassem chamar a
polícia. Ele então amarrou as vítimas, explodiu o cofre localizado no andar de cima da casa e
subtraiu as joias que encontrou. Essas joias foram vendidas a Paulo, que desconhecia a origem do
produto por ele adquirido.

O fato de Francisco ter escalado o muro da residência não qualifica o crime por ele perpetrado.
[CERTA]

96
R: No furto----> Qualifica

No Roubo-> Não Qualifica

Q117998 Ano: 2010 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPU Prova: CESPE - 2010 - MPU -
Técnico de Apoio Especializado - Segurança

Considere que uma pessoa, de posse de uma chave falsa, invada determinada sala de um órgão
público e de lá subtraia um computador. Nessa situação, caracteriza-se crime de furto, para o qual é
prevista pena de reclusão de um a quatro anos e multa. [ERRADA]

R: Furto qualificado

70-Macete:

Extorsão x Estelionato

Estelionato. Entrega o bem rindo

Extorsão: Entrega o bem chorando

Extorsão

97
Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter
para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer
alguma coisa:

Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.

Estelionato

Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou
mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:

Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis.

Q1868181 Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: PC-RJ Prova: FGV - 2021 - PC-RJ - Inspetor de
Polícia Civil

Durante a madrugada, o telefone fixo da residência de Gaia toca e, preocupada com seu filho,
Hipério, a ligação é atendida com a frase “Hipério, você está bem?”. O chamador, Fobos, afirma
que o bem-estar de Hipério dependerá do comportamento dela, já que o tem subjugado. Passa,
então, a exigir o pagamento de resgate, passando as orientações para que Gaia deposite R$
10.000,00 na conta de uma terceira pessoa. Gaia, extremamente aflita, sucumbe à exigência,
fazendo a transferência do valor, sem saber que, na verdade, Hipério estava completamente a salvo,
apenas dormindo na calçada da sua residência, haja vista o excesso no consumo de bebida alcoólica.
Diante de tal quadro, Fobos deverá responder por:

A furto mediante fraude;


B roubo próprio;
C extorsão;
D extorsão mediante sequestro;
E estelionato.

R: LETRA C

71-Macete:
Estelionato

Art. 171- Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou
mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento

§ 5º Somente se procede mediante representação, salvo se a vítima for:(Hipóteses de ação pública


incondicionada)

I - a Administração Pública, direta ou indireta;

II - criança ou adolescente;

98
III - pessoa com deficiência mental; ou

IV - maior de 70 anos de idade ou incapaz.

Dica: REGRA: AÇÃO PÚBLICA CONDICIONADA

EXCEÇÃO: INCONDICIONADA SE FOR COMETIDA CONTRA 70 MACIA:

70 - maiores de 70 anos

M - pessoa com deficiência mental

A - Administração Pública

C - criança

I - incapaz

A - adolescente

Q1828397 Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-AL Prova: CESPE / CEBRASPE
- 2021 - PC-AL - Escrivão de Polícia - Prova Anulada

99
Crime de estelionato que seja cometido contra pessoa idosa que tenha 62 anos de idade na data do
fato somente se procede mediante representação da vítima. [CERTA]

Q1857524 Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SERIS - AL Prova: CESPE /
CEBRASPE - 2021 - SERIS - AL - Agente Penitenciário

Considere que um cidadão, maior de setenta anos de idade, tenha sido vítima de crime de
estelionato. Nessa situação, o delito, de regra, é de ação pública incondicionada, podendo a
autoridade policial proceder à instauração do inquérito policial, independentemente da manifestação
da vítima. [CERTA]

72-Macete:

Receptação

Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio,
coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou
oculte:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

Vamos TOCAR

Transportar

Ocultar

Conduzir

Adquirir

Receber

100
OU

RECepTAÇÃO

REceber

Conduzir

Transportar

Adquirir

Çonduzir

Adquirir

Ocultar

Q933264 Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018
- Polícia Federal - Agente de Polícia Federal

Depois de adquirir um revólver calibre 38, que sabia ser produto de crime, José passou a portá-lo
municiado, sem autorização e em desacordo com determinação legal. O comportamento suspeito de

101
José levou-o a ser abordado em operação policial de rotina. Sem a autorização de porte de arma de
fogo, José foi conduzido à delegacia, onde foi instaurado inquérito policial.

Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item seguinte.

A receptação praticada por José consumou-se a partir do momento em que ele adquiriu o armamen-
to. [CERTA]

Q1905214 Ano: 2022 Banca: UECE-CEV Órgão: Prefeitura de Sobral - CE Prova: UECE-CEV -
2022 - Prefeitura de Sobral - CE - Guarda Municipal

A pessoa que adquire, recebe, transporta, conduz ou oculta, em proveito próprio ou alheio, coisa
que sabe ser produto de ato ilícito comete o crime de

A apropriação indébita.
B furto qualificado.
C estelionato.
D receptação.

R: LETRA D

73-Macete:

Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título é
cometido em prejuízo:

I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;

II - de irmão, legítimo ou ilegítimo;

III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita.

"CAD-CITS"
ISENTO de pena: CAD
Cônjuge Ascendente ou Descendente
SOMENTE se procede mediante representação: CITS
Cônjuge desquitado ou judicialmente separado
Irmão legítimo ou ilegítimo
Tio ou Sobrinho

102
Q586773 Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-RN Prova: CESPE - 2015 - TCE-
RN - Inspetor - Administração, Contabilidade, Direito ou Economia - Cargo 3

O furto praticado por um irmão em desfavor do outro deve ser considerado isento de pena, por
expressa previsão legal. [ERRADA]

74-Macete:

Importunação sexual

Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer
a própria lascívia ou a de terceiro:

Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o ato não constitui crime mais grave.

Aumento de pena

Art. 226. A pena é aumentada:

(...)

II - de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro,


tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tiver autoridade
sobre ela;

Macete: iMportução sexual - auMenta Metade – eMpregador, coMpanheiro, irMão

Q1859404 Ano: 2021 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: FCC - 2021 - DPE-AM - Defensor
Público

No crime de importunação sexual a pena é aumentada de metade se o agente é empregador da


vítima. [CERTA]

DOS CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA

75-Macete:
Crime de inCêndio: perigo Concreto
Crime de eXplosão: perigo abXtrato

103
Art. 250 - Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de
outrem:

Art. 251 - Expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante
explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos
análogos:

Crimes de Perigo Abstrato são aqueles em que basta que o agente pratique a conduta que se pode
PRESUMIR o perigo.
Crimes de Perigo Concreto necessitam de uma conduta que exponha o bem jurídico a uma situação
REAL de perigo para o bem jurídico.

Q41105 Ano: 2010 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-SE Prova: CESPE - 2010 - MPE-
SE - Promotor de Justiça

Para que o crime de incêndio se consume, é necessário que haja ao menos lesão corporal leve em
uma das vítimas. [ERRADA]

Q47018 Ano: 2009 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-PB Prova: CESPE - 2009 - PC-PB
- Delegado de Polícia

O crime de incêndio é de perigo abstrato. Dessa maneira, é típica a conduta do agente que cause
incêndio em uma casa em ruínas, inabitada e localizada em local solitário. [ERRADA]

104
DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA

Falsificação de papéis públicos


Art. 293 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os:

76-Macete: FALsificação de papéis públicos


Fabricando
ALterando

Q503159 Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2015 - TJ-SP -
Escrevente Técnico Judiciário

O caput do art. 293 do CP tipifica a falsificação de papéis públicos, especial e expressamente no


que concerne às seguintes ações:

A) produção e confecção
B) contrafação e conspurcação
C) fabricação e alteração.
D) adulteração e corrupção
E) corrupção e produção.

R:LETRA C

77-Macete:
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público
verdadeiro:
§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade
paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial,
os livros mercantis e o testamento particular.

O Documento público LATTE


Livros mercantis;
Ações de sociedade comercial;
Título ao portador ou transmissível por endosso - CHEQUE;
TEstamento particular.

105
Q1973355 Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SEE-PE Prova: CESPE /
CEBRASPE - 2022 - SEE-PE - Analista em Gestão Educacional - Direito

Caso um indivíduo falsifique um cartão de crédito ou um testamento particular, ele será submetido,
no caso de condenação, às penas previstas no delito de falsificação de documento particular.
[ERRADA]

Q1875259 Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-RJ Prova: CESPE / CEBRASPE -
2021 - TJ-RJ - Analista Judiciário - Sem Especialidade

Configura crime de falsificação de documento público a conduta do agente que falsamente altere

A notas fiscais.
B contrato social de empresa privada.
C testamento particular.
D cartão de débito bancário expedido por autarquia federal.
E fotocópia de carteira de identidade sem autenticação.

R: LETRA C

Q932908 Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018
- Polícia Federal - Delegado de Polícia Federal

106
Os livros comerciais, os títulos ao portador e os transmissíveis por endosso equiparam-se, para fins
penais, a documento público, sendo a sua falsificação tipificada como crime. [CERTA]

Q685517 Ano: 2016 Banca: VUNESP Órgão: Câmara Municipal de Poá - SP Prova: VUNESP -
2016 - Câmara Municipal de Poá - SP - Procurador Jurídico

O documento emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso,


as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular, para fins de
falsidade, são equiparados a

A)atos oficiais da União, de Estado ou de Município.


B) sinais públicos.
C) selos públicos.
D) documentos particulares.
E)documentos públicos.

R: LETRA E

78-Macete:

Falsidade ideológica
Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou
nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de
prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:
**A Falsidade ideológica é aquela em que o documento é materialmente verdadeiro, ou seja, há
autenticidade em seus requisitos extrínsecos, mas seu conteúdo é falso. Sua característica primordial
é a genuinidade formal do escrito, mas não existe veracidade intelectual do conteúdo.

OBS: se o documento é FALSO, não importa se os dados são ou não verdadeiros. Teremos
FALSIDADE DOCUMENTAL.

Agora se o documento é VERDADEIRO com dados FALSOS. Teremos FALSIDADE


IDEOLÓGICA.

Dica: OI para a amiga falsa – Omitir ou Inserir (A amiga parece verdadeira, mas por dentro ela é
FALSA) -> O documento parece verdadeiro, mas seu conteúdo é falso.)

107
Q1680644 Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-RJ Prova: CESPE /
CEBRASPE - 2021 - TCE-RJ - Analista de Controle Externo - Especialidade: Direito

No crime de falsidade ideológica, a forma material do documento é inalterada, sendo falso apenas o
conteúdo nele inserido. [CERTA]

Q597354 Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: CRO-SP Prova: VUNESP - 2015 - CRO-SP -
Advogado Junior

Dentista, não exercente de função pública, que, no regular exercício da profissão, dá inverídico
atestado escrito a paciente amigo, recomendando seu afastamento das atividades laborativas, a fim
de que o amigo possa “emendar" um feriado

A) pratica crime de falsidade ideológica (CP, art. 299).


B) pratica crime de falsidade de atestado médico (CP, art. 302).
C) pratica crime de falsidade de documento particular (CP, art. 298).
D) pratica crime de certidão ou atestado ideologicamente falso (CP, art. 301, caput).
E) não pratica crime algum.

R: LETRA A - “Se o particular, autor de atestado próprio falso, é dentista, veterinário ou qualquer
outro profissional que não seja da área médica, não estará configurado o crime em tela, e sim o de
falsidade ideológica, do art. 299.”

108
79-Macete: Falsidade Ideológica exige Finalidade “Ispecífica!”

Q475706 Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPU Prova: CESPE - 2015 - DPU -
Defensor Público Federal

Praticará o crime de falsidade ideológica aquele que, quando do preenchimento de cadastro público,
nele inserir declaração diversa da que deveria, ainda que não tenha o fim de prejudicar direito, criar
obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante. [ERRADA]

80-Macete:

Falsidade ideológica exige DOLO ESPECÍFICO:

BIZU: PAC

-Prejudicar direito

-Alterar a verdade juridicamente relevante

-Criar obrigação

Q1863461 Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Prefeitura de Aracaju - SE Provas:
CESPE / CEBRASPE - 2021 - Prefeitura de Aracaju - SE - Auditor de Tributos Municipais - Geral

A omissão de declaração que deveria constar em documento, com a intenção de prejudicar direito
de outrem, caracteriza

A falsificação de documento público ou particular, a depender da natureza do objeto material.


B estelionato.
C conduta atípica, porque não há previsão de crime omissivo contra a fé pública.
D supressão de documento.
E falsidade ideológica.

R: LETRA E

Q353224 Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SEFAZ-ES Prova: CESPE - 2013 -
SEFAZ-ES - Auditor Fiscal da Receita Estadual

O servidor público que, com o fim de prejudicar direito ou criar obrigação, omitir, em documento
público, declaração que dele deveria constar cometerá o crime de falsidade ideológica. [CERTA]

109
81-Macete:
Supressão de documento
Art. 305 - Destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo
alheio, documento público ou particular verdadeiro, de que não podia dispor:

DOScumento
Destruir
Ocultar
Suprimir

Q690025 Ano: 2016 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Sertãozinho - SP Prova: VUNESP -
2016 - Prefeitura de Sertãozinho - SP - Procurador Municipal

Considere que o agente, consultando os autos do processo-crime no qual figura como réu, ao se
deparar com provas inequívocas de materialidade e autoria, as retire do processo e destrua.
Responderá pelo crime de supressão de documento. [CERTA]

110
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Principais crimes contra a Administração Pública e suas palavras chave.

ADVOCACIA ADMINISTRATIVA ⇒ Patrocina interesse privado em detrimento do interesse


público

CONCUSSÃO ⇒ Exigir Vantagem indevida em Razão da Função

CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA ⇒ Não pune subordinado por Indulgência

CONTRABANDO ⇒ Importa/Exporta Mercadoria Proibida

CORRUPÇÃO ATIVA ⇒ Oferece/Promete vantagem indevida

CORRUPÇÃO PASSIVA ⇒ Solicitar/Receber/Aceitar vantagem OU promessa de vantagem

CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA ⇒ Deixar de praticar ato de ofício cedendo a


pedido de 3°

CRIME CONTRA ORDEM TRIBUTÁRIA ⇒ Exigir vantagem indevida para não


lançar OU cobrar tributo OU cobrá-lo parcialmente

DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA ⇒ Imputa Falso a quem sabe ser Inocente

DESCAMINHO ⇒ Não paga o Imposto devido

EXCESSO DE EXAÇÃO ⇒ Exigir tributo indevido, ou se devido exigir de forma vexatória.

EXPLORAÇÃO DE PRESTÍGIO ⇒ Influir em decisão de judicial OU de quem tem


a Competência

FAVORECIMENTO PESSOAL ⇒ Guarda a Pessoa que cometeu o crime

FAVORECIMENTO REAL ⇒ Guarda o produto do crime por ter relação (afeto, parentesco,
amizade) com o autor do fato.

FAVORECIMENTO REAL IMPROPRIO ⇒ Particular que entra com Aparelho Telefônico


em Presídio

FRAUDE PROCESSUAL ⇒ Cria Provas Falsas para induzir o Juiz a erro

PECULATO APROPRIAÇÃO ⇒ Apropriar-se de algo que tenha a posse em razão do cargo

PECULATO DESVIO ⇒ Desviar em proveito próprio ou de 3°

PECULATO FURTO ⇒ Subtrair ou Concorrer valendo-se do cargo

PECULATO CULPOSO ⇒ Concorre Culposamente

111
PECULATO ESTELIONATO ⇒ Recebeu por erro de 3°

PECULATO ELETRÔNICO ⇒ Insere/Facilita a inserção de


dado falso OU Altera/Exclui dado verdadeiro

PREVARICAÇÃO ⇒ Retardar OU Não Praticar ato de oficio por Interesse Pessoal

PREVARICAÇÃO IMPRÓPRIA ⇒ Diretor de penitenciária OU Agente dolosamente não


impede o acesso a celulares e rádios

TRÁFICO DE INFLUÊNCIA ⇒ Solicitar vantagem para Influir em ato de funcionário público


no exercício da função.

82-Macete:
Peculato
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem
móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito
próprio ou alheio:

PEculato -PEgar para si

112
Q402715 Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-SE Prova: CESPE / CEBRASPE -
2014 - TJ-SE - Técnico Judiciário - Área Judiciária

Servidor público que utilizar papel, tinta e impressora pertencentes à repartição pública onde
trabalha para imprimir arquivos particulares praticará o crime de peculato. [CERTA]

Q938392 Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: MPE-SP Prova: VUNESP - 2018 - MPE-SP -
Analista Jurídico do Ministério Público

Tícia, funcionária pública, ao furtar a carteira da colega, também funcionária pública, pratica o
crime de peculato-furto, previsto no parágrafo 1° , do art. 312, do CP. [ERRADA]

R : Para configurar o peculato-furto o funcionário público deve se valer da facilidade que


proporciona o cargo, o que não foi o caso, pois não se valeu de nenhuma facilidade durante a
execução para subtrair a coisa. Tícia responde por Furto, Art. 155, CP.

83-Macete:

Peculato culposo

Art. 312 § 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano.

§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível,


extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.

Reparação do dano:

(I) ANTES do trânsito em julgado: “EStingue” a punibilidade

(II) APÓS o trânsito em julgado: reduz a pena pela metade

Q772232 Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: AL-MS Prova: FCC - 2016 - AL-MS - Agente de
Polícia Legislativo

Josué, funcionário público, após cometer crime de peculato culposo, é denunciado pelo Ministério
Público e regularmente processado pela Justiça Pública. Após a regular instrução do feito, Josué é
condenado a cumprir pena de seis meses de detenção em regime inicial aberto pelo Magistrado de
Primeiro Grau. Josué, inconformado, interpôs o recurso cabível. Durante o trâmite do recurso,
Josué, arrependido, repara integralmente o dano causado à Administração pública. Neste caso,
Josué

113
A terá sua pena reduzida em metade.
B terá a sua punibilidade extinta.
C terá sua pena reduzida em um terço.
D não terá direito a qualquer benefício, pois a reparação ocorreu após a sentença de primeiro grau.
E terá sua pena reduzida de dois terços.

R: LETRA B

84-Macete:
Inserção de dados falsos em sistema de informações
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou
excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da
Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar
dano:

INserção de dados falso - precisa ter uma fINalidade.

Q690742 Ano: 2016 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Registro - SP Prova: VUNESP - 2016
- Prefeitura de Registro - SP - Advogado

Sobre o crime de inserção de dados falsos em sistema de informações, tipificado no artigo 313-A
do Código Penal, assinale a alternativa correta.
a) É crime funcional próprio e admite modalidade culposa.
b) É crime material, não sendo suficiente apenas que se dê a inserção ou modificação dos dados
para que seja consumado.
c) É aplicável apenas ao sistema previdenciário, não se admitindo sua aplicação a toda a
Administração Pública.
d) Não admite tentativa.
e) Requer um fim especial de agir consistente na obtenção de vantagem indevida para si ou para
outrem ou para causar dano.

R: LETRA E

114
85-Macete: VERBO EXIGIR.

Concussão - verbo praticado – exigir vantagem indevida (aproveitando-se do cargo)


Excesso de exação – exigir tributo ou contribuição social. (devido ou indevido)
Extorsão – exigir + emprego de violência ou grave ameaça.
Tráfico de influência - exigir vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir
em ato praticado por funcionário público.

Q1828400 Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-AL Prova: CESPE /
CEBRASPE - 2021 - PC-AL - Escrivão de Polícia - Prova Anulada

Agenor conduzia sua motocicleta em via pública sem usar capacete quando foi parado e
abordado, em blitz, pelo agente de trânsito Roberto, funcionário público do
Departamento de Trânsito (DETRAN). Para que não fosse multado pelo agente, Agenor
prometeu a Roberto vantagem indevida, comprometendo-se a entregar 400 reais ao
agente na semana seguinte ao ocorrido.

Roberto incorrerá em crime de extorsão se empregar violência ou grave ameaça para


exigir o dinheiro prometido, caso este tenha sido aceito, mas não tenha sido pago.
[CERTA]

Q528031 Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: MPE-SP Prova: VUNESP - 2015 -
MPE-SP - Analista de Promotoria

O funcionário público que exige tributo ou contribuição social, que sabe ou deveria
saber indevido, comete crime de concussão (art. 316, CP). [ERRADA]

Q1861045 Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SEFAZ-RR Prova:


CESPE / CEBRASPE - 2021 - SEFAZ-RR - Auditor Fiscal de Tributos Estaduais

A conduta de auditor fiscal exigir tributo que deveria saber indevido configura

A peculato.
B corrupção passiva.
C excesso de exação.
D prevaricação.
E conduta atípica.

R: LETRA C

115
86-Macete:
Corrupção paSSiva: SServidor público
Corrupção ATiva: pArTicular

Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente,


ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida,
ou aceitar promessa de tal vantagem:
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para
determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:

87-Macete:
PASSIVA
Solicitar
Receber Só lembrar A "Sra" é passiva.
Aceitar

116
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente,
ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida,
ou aceitar promessa de tal vantagem:

Q423688 Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: TJ-PA Prova: VUNESP - 2014 - TJ-
PA - Auxiliar Judiciário

“Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar
promessa de tal vantagem”. O tipo legal ora transcrito refere-se à descrição do delito de
 A Corrupção Ativa.
 B Concussão.
 C Corrupção Passiva.
 D Peculato.
 E Prevaricação.

R: LETRA C

88-Macete:
Corrupção ativa
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para
determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:

CORRUPÇÃO PASSIVA = > LULA (Lula, em razão da função, ACEITOU


PROMESSA de recebimento de um apartamento tríplex, em Guarujá, em troca de
contratos superfaturados com a Petrobrás.

CORRUPÇÃO ATIVA =>Léo Pinheiro, ex-presidente da construtora OAS. (Leo


Pinheiro ofereceu a reforma do tríplex ao Lula (Funcionário público) em troca de
contratos com a Petrobrás.)

CORRUPÇÃO ATIVA
Prometer
Oferecer Só lembrar Quem usa "PÓ"fica ATIVO

117
Q1629353 Ano: 2017 Banca: Crescer Consultorias Órgão: Prefeitura de Campo
Alegre de Lourdes - BA Prova: Crescer Consultorias - 2017 - Prefeitura de Campo
Alegre de Lourdes - BA - Guarda Municipal

Quando um condutor de veículo é interceptado por um agente da Brigada de Trânsito,


em excesso de velocidade e promete ao agente uma quantia monetária para não ser
sancionado, temos um crime de:

A Corrupção ativa.
B Corrupção passiva.
C Corrupção de eleitor.
D Corrupção no desporto.

R: LETRA A

Q543182 Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2014 - PC-
SP - Perito Criminal

Grotius, policial civil regularmente investido no cargo, durante seu horário de folga,
surpreendeu Brutus, seu vizinho, na condução de uma motocicleta sem placa, em

118
desacordo com a legislação de trânsito em vigor. Para tentar eximir-se da
responsabilidade pela infração legal, Brutus ofereceu certa quantia em dinheiro a
Grotius, a ser entregue após a liberação do veículo, o que foi prontamente aceito por
Grotius, embora não houvesse ocorrido a entrega da quantia. Diante do exposto, Grotius

 A responderá pelo crime de Prevaricação.


 B responderá pelo crime de Concussão.
 C responderá pelo crime de Corrupção Ativa.
 D responderá pelo crime de Corrupção Passiva.
 E não responderá por crime algum, por tratar-se de fato atípico, uma vez que não
ocorreu a entrega do numerário.

R: LETRA D

Grotius: Praticou o crime de Corrupção Passiva= Solicitar ou Receber.


Brutus: Praticou o crime de Corrupção Ativa= Oferecer ou Prometer.

Q911619 Ano: 2018 Banca: NUCEPE Órgão: PC-PI Provas: NUCEPE - 2018 - PC-
PI - Perito Criminal – Engenharia Civil

Oferecer, dar ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a


praticar, omitir ou retardar ato de ofício, caracteriza o crime de corrupção ativa.
[ERRADA]

89-Macete:
Art. 317 § 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou
promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica
infringindo dever funcional.

CORRUPÇÃO PASSIVA- SRA (Solicitar, Receber, Aceitar). Lembre-se que as


senhorinhas vão à igreja e rezam o TERÇO.

119
Q978435 Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO
AOCP - 2019 - PC-ES - Perito Oficial Criminal - Área 8

No crime de corrupção passiva, a pena é aumentada de um terço, se, em consequência


da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de
ofício ou o pratica infringindo dever funcional. [CERTA]

90-Macete: Pedido ou influência comete corruPção Passiva Privilegiada

Art. 317 § 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício,


com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:
(Corrupção Passiva Privilegiada)

Q990130 Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: CGE - CE Prova: CESPE -
2019 - CGE - CE - Auditor de Controle Interno - Área de Correição

Milton, valendo-se de sua condição de servidor público e cedendo a pedido de amigo


íntimo, deixou de cumprir seu dever funcional ao não ter promovido ação para apurar
infração de determinada empresa vinculada à administração pública.

120
Nessa situação hipotética, apurada a conduta de Milton, ele deverá responder pelo crime
de
a) advocacia administrativa qualificada.

b) corrupção passiva privilegiada.

c) corrupção ativa.

d) concussão.

e) condescendência criminosa.

R: LETRA B

91-Macete: Prevaricação
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo
contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
PrevaricaÇÃO – satisfaÇÃO de interesse pessoal
PREvaricação – satisfazer interesse PREssoal
PRevaricação / pREvaricação - deixar de PRaticar ou REtardar. (indevidamente)

121
Q353610 Ano: 2013 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2013 - PC-
SP - Auxiliar de Papiloscopista Policial

X, delegada de polícia, em razão do vínculo de amizade com Z, deixa de lavrar auto de


prisão em flagrante por crime de lesão corporal. Em tese, a conduta de X tipifica crime
de:

a) concussão.

b) peculato

c) prevaricação.

d) advocacia administrativa

e) condescendência criminosa.

R: LETRA C

Q224009 Ano: 2009 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-ES Prova: CESPE -
2009 - PC-ES - Agente de Polícia

Um policial se deparou com uma situação de flagrante delito por crime de tráfico de
drogas, todavia, percebendo, logo em seguida, que o autor era um antigo amigo de
infância, deixou de efetivar a prisão, liberando o conhecido. Nessa situação, a conduta
do policial caracterizou o crime de prevaricação. [CERTA]

Q938392 Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: MPE-SP Prova: VUNESP - 2018 -
MPE-SP - Analista Jurídico do Ministério Público

Caio, funcionário público, por vingança, ao retardar, indevidamente, a expedição de


certidão de interesse de Tício, seu desafeto, a fim de o prejudicar, pratica crime de
prevaricação, previsto no art. 319, do CP. [CERTA]

92-Macete: para fins penais, o verbo prevaricar será conjugado SEMPRE em primeira
pessoa: PREVARIQUEI!
Ou seja, o crime de prevaricação será sempre para satisfazer interesse ou sentimento
pessoal.
Ou

PREvaricação = PREssoal

122
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou
praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento
pessoal:

Q776356 Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: HCFMUSP Prova: VUNESP - 2015 -
HCFMUSP - Direito na Área da Saúde Pública

Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra


disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal

A configura crime de prevaricação.

B constitui crime de condescendência criminosa.

C configura crime de desobediência.

D constitui crime de abandono de função.

E não constitui ilícito penal.

R: LETRA A

93-Macete:
PRevaricação imPRópria -> PReso
Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever
de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a
comunicação com outros presos ou com o ambiente externo:
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.

Q353522 Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-DF Prova: CESPE -
2013 - PC-DF - Agente de Polícia

O agente de polícia que deixar de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a
telefone celular, permitindo que este mantenha contato com pessoas fora do
estabelecimento prisional, cometerá o crime de condescendência criminosa.
[ERRADA]

123
Q1368343 Ano: 2016 Banca: VUNESP Órgão: PPSA Prova: VUNESP - 2016 -
PPSA - Assistente Jurídico

Diretor de Penitenciária que estabelece a possibilidade de acesso de preso definitivo,


com bom comportamento, a aparelho de telefone celular, quinzenalmente, como forma
de aproximá-lo de sua esposa e contar com a colaboração dele na ordem do
estabelecimento prisional, pratica

A conduta atípica.
B delito de prevaricação (artigo 319-A do Código Penal).
C condescendência criminosa (artigo 320 do Código Penal).
D advocacia administrativa (artigo 321 do Código Penal).
E abandono de função (artigo 323 do Código Penal).

R: LETRA B

94-Macete:
conscendência – indulgência
Condescendência criminosa
Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado
que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não
levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

**Indulgência como: pena, dó, clemência.

Q919892 Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: TRT - 15ª Região (SP) Prova: FCC - 2018 -
TRT - 15ª Região (SP) - Técnico Judiciário - Segurança

No TRT do Estado X, Sinvaldo, servidor público, na função de chefe do setor de


finanças, tomou conhecimento (e, posteriormente presenciou) que seu subordinado
Demerval, também servidor público, rotineiramente, registrava o horário de almoço das
11 às 12 horas e se ausentava após esse horário para efetivamente almoçar, estendendo
seu horário em duas horas todos os dias e contrariando as regras do órgão. Sinvaldo
soube que isso ocorria há mais de um mês, no entanto, por indulgência, deixou de
apurar a infração disciplinar e nem mesmo comunicou o fato a seus superiores. A
conduta de Sinvaldo, estará sujeita ao previsto no crime de

A condescendência criminosa.
B corrupção ativa.

124
C corrupção passiva.
D concussão.
E excesso de exação.

R: LETRA A

Q967599 Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2019 - TJ-SP
- Administrador Judiciário

Servidor público que, por indulgência, deixar de responsabilizar o subordinado que


cometeu infração no exercício do cargo, cometerá o crime de prevaricação. [ERRADA]

95-Macete:
abandono de Função – Faixa de Fronteira
Ferra a galera (prejuízo público)
Abandono de função
Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
§ 1º - Se do fato resulta prejuízo público:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira:
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.

Q826519 Ano: 2017 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2017 - TJ-SP
- Escrevente Técnico Judiciário

Certos crimes têm suas penas estabelecidas em patamares superiores quando presentes
circunstâncias que aumentam o desvalor da conduta. São os denominados “tipos
qualificados”.
Assinale a alternativa que indica o crime que tem como qualificadoras “resultar prejuízo
público” e “ocorrer em lugar compreendido na faixa de fronteira”.
a) Corrupção passiva.
b) Exercício arbitrário das próprias razões.
c) Abuso de poder.
d) Violência arbitrária.

125
e) Abandono de função.

R : LETRA E

96-Macete:
resistência – violência.

Resistência

Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a


funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio:

Pena - detenção, de dois meses a dois anos.

Q919900 Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: TRT - 15ª Região (SP) Prova: FCC - 2018 -
TRT - 15ª Região (SP) - Técnico Judiciário - Segurança

Astolfo, é surpreendido na prática de crime de roubo e recebe ordem de prisão por dois
policiais militares do Estado X que estão devidamente fardados e com viatura. Para
evitar a prisão, Astolfo arremessa pedras em direção aos policiais ferindo a ambos que,
ainda assim, conseguem prendê-lo com o uso da força necessária. Em relação à ação
contra a execução de ordem legal praticada por Astolfo, sem prejuízo de outros crimes
decorrentes da violência, ele poderá responder pelo crime de

A Desacato.
B Desobediência.
C Resistência.
D Obstrução à justiça.
E Desinteligência.

R: LETRA C

97-Macete: "Resistência é uma O.V.A

Oposição

Violência

Ameaça.

126
98-Macete:

**Poema para diferenciar Resistência x Desobediência x Desacato

Na resistência tem violência


que é diferente de desobediência.
No desacato, não cola não,
porque tem vexame e humilhação.

Q685518 Ano: 2016 Banca: VUNESP Órgão: Câmara Municipal de Poá - SP Prova:
VUNESP - 2016 - Câmara Municipal de Poá - SP - Procurador Jurídico

A fim de evitar o cumprimento de reintegração de posse, indivíduo lança pedras contra


Oficial de Justiça que está dando cumprimento ao respectivo mandado judicial. Tal
conduta configura o crime de

A desacato.
B resistência.
C desobediência.

127
D arremesso de projétil.
E usurpação de função pública.

R : LETRA B

99-Macete:

Desacato

Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.

DESACATO - OfenSA a Funcionário Público

Desacato = Detenção

RESISTÊNCIA - opor-se a ATO LEGAL mediante AMEAÇA ou VIOLÊNCIA

DESACATO - OfenSA a Funcionário Público

DESOBEDIÊNCIA - Desobedecer a ORDEM LEGAL de Funcionário Público

Q1368344 Ano: 2016 Banca: VUNESP Órgão: PPSA Prova: VUNESP - 2016 -
PPSA - Assistente Jurídico

Lucrécia, advogada, irada com a conduta de Bórgia, Escrivã Judicial, que, em via
pública, estaciona em local proibido, grita: “má condutora de Cartório e de veículo”.
Jurandir, testemunha ocular dos fatos e conhecedor das atividades profissionais das duas
envolvidas, brada: “desacato, previsto no artigo 331 do Código Penal”. Bórgia,
constrangida, se desculpa por ter estacionado mal e vai embora.
Assinale a alternativa correta, considerando o crime de desacato, previsto no artigo 331
do Código Penal.

A Não houve crime, porque Bórgia praticou infração de trânsito.


B Não houve crime, porque Bórgia foi embora, impedindo que as ofensas
continuassem.
C Não houve crime, porque Bórgia não foi ofendida no Cartório Judicial.
D Houve crime, porque Bórgia foi ofendida em local público.
E Houve crime, porque Bórgia foi desacatada em razão de sua função pública.

R: LETRA E

128
Tráfico de Influência
Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou
promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário
público no exercício da função:

**O agente trafica a influência que outra pessoa tem.

100-Macete:

Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou
promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no
exercício da função:

Parágrafo único - A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a


vantagem é também destinada ao funcionário.

Quem Trafica a Influência fica meio seco (1/2 SECO )


1/2 AUMENTO DA PENA

S-SOLICITAR
E- EXIGIR
C- COBRAR
O-OBTER

129
Q1973358 Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SEE-PE Prova: CESPE /
CEBRASPE - 2022 - SEE-PE - Analista em Gestão Educacional - Direito

Josefa, diretora administrativa da Secretaria de Estado de Educação, solicitou a quantia


de R$ 2.000,00 ao particular André, a pretexto de obter decisão favorável a ele, em
procedimento administrativo conduzido por outro servidor na Secretaria de Estado de
Administração. Nessa situação, a conduta de Josefa amolda-se, em tese, ao crime de
corrupção passiva e incide causa de aumento de pena em razão da função de direção
ocupada por Josefa. [ERRADA]

Q83682 Ano: 2011 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: STM Prova: CESPE - 2011
- STM - Analista Judiciário - Área Judiciária - Específicos

A pessoa que exige para si vantagem a pretexto de influir em ato praticado por servidor
público no exercício da função comete crime de tráfico de influência. Caracteriza-se a
exploração de prestígio quando a solicitação é feita a pretexto de influir, por exemplo,
sobre juiz ou funcionário da justiça. [CERTA]

Q866807 Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-MA Prova: CESPE -
2018 - PC-MA - Escrivão de Polícia Civil

130
Adão, alegando ter poder de persuasão sobre seu primo, delegado de polícia que
presidia inquérito policial em que Cláudio estava sendo investigado, solicitou deste
determinada quantia de dinheiro, a pretexto de repassá-la ao delegado, para impedir o
indiciamento de Cláudio pela prática de estupro.
Nessa situação hipotética, a conduta de Adão configurou o crime de
a) corrupção passiva privilegiada.

b) advocacia administrativa.

c) tráfico de influência.

d) exploração de prestígio.

e) corrupção passiva.

R: LETRA C

101-Macete:

Descaminho

Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela
entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria

Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.

dEScaminho

Entrada

Saída

Lembrei-me da “crush”, e pensei: “Para levar alguém para o descaminho, é só iludir


ela...”

O crime de descaminho é o de burlar o FISCO. O delito de contrabando é


caracterizado pelo fato da mercadoria ser ilegal, no delito de descaminho a mercadoria é
legal.

131
Q856167 Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRF - 5ª REGIÃO Prova: FCC - 2017 -
TRF - 5ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Segurança e Transporte

O particular que atenta contra a Administração em Geral, com a característica de iludir,


no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída
ou pelo consumo de mercadoria no país, comete, segundo o Código Penal, o crime de

A fraude de concorrência.
B contrabando.
C descaminho.
D sonegação de contribuição previdenciária.
E impedimento de concorrência.

R: LETRA C

114-Macete:

DESCAMINHO X CONTRABANDO

Falou de mercadoria de procedência estrangeira ➝ DESCAMINHO

deScaminho - princípio da inSignificância

Falou de mercadoria proibida pela lei brasileira ➝ CONTRABANDO

Regra: É INCABÍVEL o princípio da insignificância no crime de contrabando.

Exceção: Pequena quantidade de medicamento para uso próprio.

“A importação clandestina de medicamentos configura crime de contrabando,


aplicando-se, excepcionalmente, o princípio da insignificância aos casos de importação
não autorizada de pequena quantidade para uso próprio”. AgRg no REsp 1572314/RS.

Q2228204 Ano: 2023 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SEFIN de Fortaleza - CE


Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - SEFIN de Fortaleza - CE - Analista Fazendário
Municipal - Área de Conhecimento: Direito

A importação não autorizada de cigarros ou gasolina constitui crime de contrabando,


suscetível de aplicação do princípio da insignificância. [ERRADA]

132
102-Macete:

Declarou Sonegação antes do início da ação fiscal? Extinção!

Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer


acessório, mediante as seguintes condutas:

§ 1o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e confessa as


contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência
social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal.

Q460221 Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova:
CESPE - 2014 - Polícia Federal - Agente de Polícia Federal

Carlos praticou o crime de sonegação previdenciária, mas, antes do início da ação fiscal,
confessou o crime e declarou espontaneamente os corretos valores devidos, bem como
prestou as devidas informações à previdência social. Nessa situação, a atitude de Carlos
ensejará a extinção da punibilidade, independentemente do pagamento dos débitos
previdenciários. [CERTA]

103-Macete

- Denunciação Caluniosa: é Direta e Determinada a certo indivíduo.


- Comunicação falsa de crIme: é Indireta, ampla, a pessoas Incertas.

Denunciação caluniosa
Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial,
instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade
administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente:
Ex: Denunciação caluniosa
*O agente vai à delegacia e diz ao policial: "João furtou a casa de Maria, subtraindo a
sua televisão".
João é o "alguém" que o tipo penal exige ---> pessoa certa e determinada.

Ex: Comunicação falsa de crime:


O agente vai à mesma delegacia e diz: "Furtaram a casa de Maria, subtraindo a sua
televisão".
133
Não há a imputação do fato criminoso a alguém. Há uma simples comunicação falsa de
um crime

Q921272 Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2018 - PC-
SP - Delegado de Polícia

Policial Militar que forja situação de flagrância, a fim de increpar indivíduo que sabe
inocente e, com isso, dá causa à instauração de inquérito policial, comete crime de

a) falso testemunho (CP, art. 342).


b) calúnia qualificada (CP, art. 138, § 3o )
c) exercício arbitrário (CP, art. 350).
d) denunciação caluniosa (CP, art. 339).
e) comunicação falsa de crime (CP, art. 340).

R: LETRA

104-Macete:

Favorecimento REal (Objeto) ----- REDUZ a pena ( se quem auxilia é CADI)


Favorecimento PeSsoal (Pessoa) ---- ISENÇÃO de pena (se quem auxilia é CADI)

Favorecimento pessoal -> se praticado por ascendente, descendente, cônjuge ou


irmão do criminoso -> HÁ ISENÇÃO DE PENA. (Art. 348)
Para lembrar: Pessoal, pessoa, autor.

Favorecimento real -> se praticado por ascendente, descendente, cônjuge ou irmão


do criminoso -> NÃO HÁ ISENÇÃO DE PENA. (Art. 349)
Para Lembrar: Real, Dinheiro, $$. Proveito

134
Favorecimento pessoal

Art. 348 - Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que
é cominada pena de reclusão:

Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.

§ 2º - Se quem presta o auxílio é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do


criminoso, fica isento de pena.

Favorecimento real

Art. 349 - Prestar a criminoso, fora dos casos de co-autoria ou de receptação,


auxílio destinado a tornar seguro o proveito do crime:

Q1149340 Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-CE Prova: CESPE
/ CEBRASPE - 2020 - MPE-CE - Analista Ministerial - Direito

No crime de favorecimento pessoal, a prestação de auxílio por irmão do criminoso


configura hipótese de redução de pena. [ERRADA]

135
Q363407 Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2014 - PC-
SP - Escrivão de Polícia Civil

A esposa que comprovadamente ludibria autoridade policial e auxilia marido, autor de


crime de roubo, a subtrair-se à ação da autoridade pública.

a) deve cumprir pena por exercício arbitrário das próprias razões (CP, art. 345).

b) deve cumprir pena por favorecimento real (CP, art. 349).

c) fica isenta de pena.

d) deve cumprir pena por crime de favorecimento pessoal (CP, art. 348)

e) deve cumprir pena por fuga de pessoa presa (CP, art. 351).

R: LETRA C

Q151068 Ano: 2009 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-PB Prova: CESPE /
CEBRASPE - 2009 - PC-PB - Papiloscopista e Técnico em Perícia

Luiz, contando com o auxílio de Tereza, subtraiu de uma loja uma filmadora e uma
máquina digital. Sabendo que os policiais estavam em seu encalço, foi até a casa de
João e lhe pediu para guardar os bens subtraídos, de forma a garantir o lucro de sua
empreitada criminosa. João aceitou a proposta de Luiz.

Nessa situação hipotética, João praticou o crime de

a) receptação.

b) favorecimento real.

c) favorecimento pessoal.

d) fraude processual.

e) roubo na modalidade coparticipação.

R: LETRA B

105-Macete:
Exploração de prestígio
136
Art. 357 - Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de
influir em juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, perito,
tradutor, intérprete ou testemunha:

Parágrafo único - As penas aumentam-se de um terço, se o agente alega ou insinua que


o dinheiro ou utilidade também se destina a qualquer das pessoas referidas neste artigo.

Tenho prestígio, pois RESO um terço.


Exploração de prestígio (RESO 1/3 )
RE- Receber
SO- Solicitar
1/3- aumento da pena

106-Macete:
NÃO CONFUNDA!

TRÁFICO DE INFLUÊNCIA: INFLUI EM UM ATO PRATICADO POR


FUNCIONÁRIO PÚBLICO (GERAL)

137
EXPLORAÇÃO DE PRESTÍGIO: INFLUI EM UMA PESSOA ESPECÍFICA (juiz,
jurado, órgão do MP, funcionário da justiça, perito, tradutor, interprete ou testemunha)

Lembre-se de que "o JUIZ tem PRESTÍGIO". E assim associe “Exploração de


Prestígio” à “Justiça”, na figura do Juiz.

Feita essa diferenciação, é importante também ter em mente que enquanto no Tráfico de
Influência, é “a pretexto de influir em ato praticado pelo funcionário público”, na
Exploração de Prestígio, é “a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do Ministério
Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha”.

Q854567 Ano: 2017 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova:
CESPE - 2017 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador
Federal

A distinção fundamental entre os tipos penais tráfico de influência e exploração de


prestígio diz respeito à pessoa sobre a qual recairá a suposta prática delitiva. [CERTA]

Q280625 Ano: 2012 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2012 - TJ-SP
- Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão 1

Imagine que um advogado solicite dinheiro de seu cliente, deixando claro que,
mediante o pagamento do valor, procurará uma testemunha do processo, a fim de
influenciá-la a prestar um depoimento mais favorável à pretensão do cliente. Além
disso, o advogado insinua que a quantia será repartida com a testemunha. O advogado
recebe o dinheiro, mas engana seu cliente e não procura a testemunha.

Nesse caso, o advogado


a)cometeu o crime de corrupção passiva.
b)cometeu o crime de usurpação de função pública.
c)cometeu o crime de exploração de prestígio.
d)cometeu o crime de corrupção ativa.
e)não cometeu crime algum.

R: LETRA C

107-Macete: QC CFP

CRIMES CONTRA AS FINANÇAS PÚBLICAS (Art. 359-A a Art. 359-H)

NENHUM deles possui:

138
 Qualificadoras
 Causa de aumento de pena
 Causa de diminuição de pena
 Forma culposa
 Pena de multa

Q1828617 Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SEFAZ-CE Prova:


CESPE / CEBRASPE - 2021 - SEFAZ-CE - Auditor Fiscal Jurídico da Receita Estadual

O crime de ordenação de despesa não autorizada por lei somente é punido quando
cometido na modalidade dolosa. [CERTA]

DOS CRIMES CONTRA AS FINANÇAS PÚBLICAS

113-Macete:

Características dos crimes contra as finanças públicas:

*NENHUM crime contra as finanças públicas tem pena de MULTA;

*Não há nenhuma hipótese de circunstância agravante ou atenuante;

139
*Apenas os três tipos a seguir são puníveis com DETENÇÃO:

Art.359-E-Prestação de garantia graciosa

Art.359-B Inscrição de despesas não empenhadas em restos a pagar

Art.359-F-Não cancelamento de restos a pagar

*Macete para os crimes puníveis com DETENÇÃO:

"Graciosa não se empenha em cancelar a detenção".

RECLUSÃO:

-Contratação de operação de crédito sem prévia autorização legislativa

-Assunção de obrigação no último ano do mandato (nos dois últimos quadrimestres)

-Ordenação de despesa não autorizada em lei

-Aumento de despesa total com pessoal no último ano do mandato ou legislatura

-Oferta pública ou colocação de títulos no mercado sem que tenham sido criados por lei

140
Q2133851 Ano: 2023 Banca: CONSULPAM Órgão: TCM-PA Prova: CONSULPAM
- 2023 - TCM-PA - Auditor de Controle Externo - Área Jurídica

Entre os crimes incluídos pela Lei 10.028 (crimes contra as finanças públicas) no Códi-
go Penal, a “prestação de garantia graciosa” é o crime com a menor pena de detenção
prevista no referido capítulo. [CERTA]

BÔNUS

108-Macete: O fato típico é CRENTI

Conduta

REsultado

Nexo

Tipicidade

FATO TÍPICO é a conduta (ação ou omissão) produtora de um resultado reprovável


pelo Direito Penal, podendo ser crime ou contravenção penal.

O fato típico sob a ótica da teoria finalista, elaborada por Welzel, "a conduta é dirigida a
uma finalidade antijurídica e reprovável", sendo assim, toda conduta é orientada por um
querer, sendo o finalismo considerado nitidamente vidente.

Elementos do Fato Típico:


1. Conduta;

141
2. REsultado;
3. Nexo causal;
4. TIpicidade.

✔Conduta (dolosa ou culposa, comissiva ou omissiva). É sinônimo de ação e de


comportamento.

✔Resultado é a modificação do mundo exterior , resultante da conduta do agente

✔Nexo causal é o elo entre a conduta e o resultado

✔Tipicidade é o enquadramento da conduta à norma

Q913048 Ano: 2018 Banca: UERR Órgão: SETRABES Prova: UERR - 2018 -
SETRABES - Agente Sócio-Orientador

São elementos do fato típico, exceto:

A conduta.
B resultado.
C tipicidade.
D nexo causal.
E antijuricidade.

R: LETRA E

109-Macete:

Ordem do iter criminis

No Iter Criminis o criminoso Caminha Pela Estrada do Crime


Caminha -> Cogitação
Pela -> Preparação
Estrada do -> Execução
Crime -> Consumação

ITER CRIMINIS

Conceito: Etapas percorridas pelo agente para a prática do crime.

142
1.COGITAÇÃO

Pensamento de cometer o delito (impunível em qualquer hipótese)

2.PREPARAÇÃO

Atos preparatórios indispensáveis à prática do crime. (é, em regra, impunível. Com


exceção aos crimes autônomos, como porte ilegal de arma de fogo, moeda falsa e asso-
ciação criminosa.)

Ex: aquisição da arma para o homicídio.

3.EXECUÇÃO

Momento em que se inicia a ofensa ao bem jurídico tutelado.

4.CONSUMAÇÃO

Quando estão preenchidos todos os elementos do tipo penal.

Ou

143
🔸Fase interna: Cogitação

Na cogitação não existe ainda a preparação do crime, o autor apenas mentaliza, planeja
em sua mente como vai ele praticar o delito, nesta etapa não existe a punição do agente.

A cogitação nunca é punível! Pensa, quantas vezes já não cogitamos na nossa cabeça
cometer algum crime? Tipo, furtar o supermercado com a carne nesse preço, ou assaltar
o posto de gasolina. Se a cogitação fosse punível estava todo mundo preso!

🔸Fase externa: Preparação

É a pratica dos atos imprescindíveis à execução do crime. Nesta fase ainda não se
iniciou a agressão ao bem jurídico, o agente não começou a realizar o verbo constante
da definição legal (núcleo do tipo), logo o crime ainda não pode ser punido.

🔸Execução

Atos de execução são aqueles que se dirigem diretamente à prática do crime, isto é, a
realização concreta dos elementos constitutivos do tipo penal.

🔸 Consumação

A consumação é o momento de conclusão do delito, reunindo todos os elementos do


tipo penal.

Ex: A consumação se dá quando o agente pratica todas as elementares que compõe o


crime. Exemplo: no crime de homicídio o crime se consuma quando a vítima morre
devida a provocação de outra pessoa.

144
Q1825558 Ano: 2021 Banca: NC-UFPR Órgão: PC-PR Prova: NC-UFPR - 2021 -
PC-PR - Delegado de Polícia

O iter criminis corresponde ao desenvolvimento da conduta criminosa e pode ser


dividido nas seguintes etapas: cogitação, preparação, execução, consumação e
exaurimento, sendo que a cogitação e os atos preparatórios em regra não são puníveis,
salvo quando manifestem claramente a intenção de cometer o crime. [ERRADA]
R: Exaurimento não faz parte, além de que cogitação não é punível.

Q1617763 Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE /
CEBRASPE - 2020 - PRF - Policial Rodoviário Federal - Curso de Formação - 3ª
Turma - 1ª Prova

O iter criminis é composto por fases, entre as quais se inclui a fase de execução, que
consiste no ato de separar os meios necessários para a consecução do plano delituoso.
[ERRADA]

R: Isso é na fase da preparação

Q341988 Ano: 2004 Banca: MPDFT Órgão: MPDFT Prova: MPDFT - 2004 -
MPDFT - Promotor de Justiça

O iter criminis compreende os seguintes momentos: cogitação, preparação, execução,


consumação formal e exaurimento. [ERRADA]

110-Macete:
BIS IN IDEM
Dica: Apanhar do Pai e depois da mãe pelo mesmo motivo.

A expressão bis in idem, quase sempre utilizada em latim, em sua própria acepção
semântica já impõe de imediato que se esclareça o que (idem) não deve ser repetido (ne
bis)

No direito penal, este princípio estabelece que ninguém pode ser julgado duas vezes
pelo mesmo delito. (no bis in idem)

145
Q275383 Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-RO Prova: CESPE -
2012 - TJ-RO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça

De acordo com o princípio ne bis in idem, o agente não pode ser responsabilizado por
dois ou mais crimes, caso tenha praticado apenas uma única conduta. [ERRADA]

R: A hipótese de o agente ser responsabilizado por dois ou mais crimes, tendo praticado
apenas uma conduta, diz respeito ao concurso formal de crimes, nos termos do art. 70
do CP.

111-Macete:

Analogia (1 PALAVRA) → beneficiar (1 PALAVRA )

Interpretação Analógica (2 PALAVRAS) → Beneficiar ou Prejudicar (2


PALAVRAS)

=> INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA:

146
1) Há Lei Penal a ser aplicada. Exemplo(s) seguido de encerramento genérico. Ex.: Art.
121, § 2º, do CP ("mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo
torpe");

2) É regra de interpretação;

3) É possível interpretação analógica contra o réu.

=> ANALOGIA:

1) Não existe Lei Penal a ser aplicada no caso concreto (LACUNA). Empresta-se lei
elaborada para caso similar. Ex.: Art. 121, do CP, refere-se apenas a cônjuge. Não trata
de companheiro(a) (união estável) (LACUNA);

2) É regra de INTEGRAÇÃO;

3) Não cabe analogia contra o réu.

Q1777474 Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DEPEN Prova: CESPE /
CEBRASPE - 2021 - DEPEN - Cargo 8 - Agente Federal de Execução Penal

O direito penal brasileiro proíbe a interpretação analógica, ainda que ela seja favorável
ao réu. [ERRADA]

112-Macete:

Art. 100 § 4º - No caso de morte do ofendido ou de ter sido declarado ausente por
decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou de prosseguir na ação passa ao cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão.

CADI

Cônjuge

Ascendente

Descendente

Irmão

147
Q1828626 Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SEFAZ-CE Prova:
CESPE / CEBRASPE - 2021 - SEFAZ-CE - Auditor Fiscal Jurídico da Receita Estadual

Em caso de morte de ofendido, o irmão da vítima não está incluído no rol de


legitimados para propor queixa-crime contra o ofensor. [ERRADA]

115-Macete:

1. Teoria Absoluta e Finalidade Retributiva: a pena é uma retribuição do estado ao


injusto provocado pelo agente;

2. Teoria Relativa e Finalidade Preventiva (ou utilitárias): a pena existe para


prevenir a prática de novas infrações; (fim utilitário a prevenção)

3. Teoria Mista ou Unificadora e Dupla Finalidade (ou ecléticas): une as duas


teorias anteriores.

Q2211473 Ano: 2023 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-SC Prova: CESPE /
CEBRASPE - 2023 - TJ-SC - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção

No que concerne à função das penas, são teorias relativas as doutrinas


148
A utilitaristas, que consideram e justificam a pena enquanto meio para a realização do
fim utilitário da prevenção de futuros delitos.
B que concebem a pena como um castigo.
C que concebem a pena como retribuição do crime, justificada por seu intrínseco valor
axiológico, vale dizer, não um meio, e tampouco um custo, mas, sim, um dever ser
metajurídico que possui em si seu próprio fundamento.
D que concebem a pena como um fim em si própria.
E que, segundo Séneca, são quia peccatum, ou seja, dizem respeito ao passado.

R: LETRA A

116-Macete:

Para a Teoria da Imputação Objetiva, só existe imputação quando a conduta do sujeito


cria o risco, aumenta o risco já existente ou ultrapassa os limites do risco juridicamente
tolerado. Assim, se a vítima coloca si mesma em risco, o agente não criou, aumentou ou
ultrapassou os limites do risco.

Imputação Objetiva - cria o riscO, aumenta o riscO já existente ou ultrapassa os limites


do riscO.

"A teoria da imputação objetiva não tem a pretensão de resolver a relação de


causalidade, tampouco de substituir ou eliminar a função da teoria da conditio sine qua
non; objetiva não mais que resolver, do ponto de vista normativo, a atribuição de um
resultado penalmente relevante a uma conduta, ou, em outros termos, pretende fazer
valer um conceito jurídico sobre um conceito natural (pré-jurídico) de
causalidade” (Cezar Bitencourt)

Importante: Lembrando que a teoria da imputabilidade objetiva não é adotada (nem


como regra nem como exceção) no Brasil. No Brasil adotamos a Teoria da Equivalência
dos antecedentes causais/Teoria da equivalência das condições/teoria da conditio sine
qua non.

Q2211471 Ano: 2023 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-SC Prova: CESPE /
CEBRASPE - 2023 - TJ-SC - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção

Conforme a teoria da imputação objetiva, afasta-se a tipicidade objetiva da conduta nos


casos em que a vítima coloca si mesma em risco. [CERTO]

149

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