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FAVENI – FACULDADE DE VENDA NOVA DO IMIGRANTE

NATACHIA CAROLINA DE OLIVEIRA ALVES DE OLIVEIRA

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO SUPERVISOR ESCOLAR NA EDUCAÇÃO


INFANTIL.

GUAÍRA
2019
FAVENI – FACULDADE DE VENDA NOVA DO IMIGRANTE

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO SUPERVISOR ESCOLAR NA EDUCAÇÃO


INFANTIL.

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito parcial à
obtenção do título especialista em Pós em
gestão escolar e coordenação pedagógica.

GUAÍRA
2019
A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO SUPERVISOR ESCOLAR NA EDUCAÇÃO
INFANTIL.

Autor: Natacha Carolina de Oliveira Alves de Oliveira

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o
mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja
parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e
corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de
investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação
aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo demonstrar a importância da função do


supervisor escolar numa educação libertadora. Analisando o atual contexto da
educação brasileira, onde cresce a atuação do supervisor educacional, que
representa uma das pessoas que procura direcionar o trabalho pedagógico na
escola em que atua para que se efetive a qualidade em todo o processo
educacional. Tendo em vista que o Supervisor Escolar é um servidor especializado
em manter a motivação do corpo docente, deve ser um idealista, definindo
claramente que caminhos tomar, que papéis se propõem a desempenhar, buscando
constantemente ser transformador, trabalhando em parceria, integrando a escola e a
comunidade, fazendo a transposição da teoria para a prática escolar, refletindo
sobre o trabalho em sala de aula, estudando e usando as teorias para fundamentar
o fazer e o pensar dos docentes. Analisando o que é válido, o que pode ser
aperfeiçoado ao fazer uso de uma didática, verdadeiramente comprometida com a
participação dos alunos. Historicamente, o trabalho do Supervisor esteve ligado ao
controle, à inspeção ou ao repasse de técnicas aos professores. Contudo, no
contexto atual, o Supervisor tem um papel político, pedagógico e de liderança no
espaço escolar, devendo ser um constante pesquisador e articulador de todas as
esferas que envolvem o processo de ensino-aprendizagem, de modo a assegurar a
qualidade na educação. Sendo utilizado como fonte de pesquisa: Estudo em livros,
anuários, consulta a órgãos da Secretaria da Educação do PR e do M.E.C,
entrevista de campo com os alunos e professores e supervisores de duas turmas do
ensino infantil da Escola Estadual Castelo Branco no Município de Guaíra-PR.

Palavras-chaves: Supervisão Escolar, Democracia, Processo Educacional.


1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho focaliza a importância da função do supervisor escolar


como principal colaborador da prática educativa.
Um dos assuntos mais polêmicos da atualidade e que vem sendo
amplamente discutido é a educação, no seu sentido de formação humana. Educar é
uma tarefa que exige comprometimento, perseverança, autenticidade e
continuidade. As mudanças não se propagam em um tempo imediato, por isso, as
transformações são decorrentes de ações. No entanto, as ações isoladas não
surgem efeito. É preciso que o trabalho seja realizado em conjunto, onde a
comunidade participe em prol de uma educação de qualidade baseada na igualdade
de direitos.
Com base em tais considerações, o supervisor escolar representa um
profissional importante para o bom desempenho da educação escolar, o grupo
escolar, o qual deve opinar expor seu modo de pensar e procurar direcionar o
trabalho pedagógico para que se efetive a qualidade na educação. Na atualidade o
supervisor se direciona para uma ação mais científica e mais humanística no
processo educativo, reconhecendo, apoiando, assistindo, sugerindo, participando e
inovando os paradigmas, pois tem sua “especialidade” nucleada na conjugação dos
elementos do currículo: pessoas e processos. Desse modo, caracteriza-se pelo que
congrega, reúne, articula, enfim soma e não divide.
Existe uma preocupação com a formação humana e com a forma com que o
educando vem obtendo o conhecimento científico. Acredita-se na viabilidade de
fazer do ambiente escolar um espaço construtivo, que desperte o interesse do
educando para aprender e fazer do professor um mediador do saber.
Trata-se de ignorar as velhas práticas educacionais e acreditar na
possibilidade de construir uma sociedade onde o homem tenha consciência do seu
papel e da sua importância perante o grupo.
Esta é uma investigação que se insere no âmbito da pesquisa sobre as várias
formas de metodologia pedagógicas que utilizadas racionalmente em sala e
resultará em descomplicar os conceitos, renovar teorias e práticas educativas, tão
imprescindíveis para os docentes nas experiências cotidianas de ensino e
aprendizagem.
Para que a escola possa cumprir com este papel, será necessário investir na
mudança de atitude do seu professor, do supervisor, no sentido de criar condições
que favoreçam este elo, tendo como objetivo a valorização e a cultura do aluno e
busque promover o diálogo com a cultura erudita. Indispensáveis para esta
investigação foram à coleta de informações junto a supervisão e profissionais que
atuam em turmas de ensino infantil, exemplificando, opinando e dividindo suas
experiências.

2. BREVE COMENTÁRIO SOBRE A ADMINISTRAÇÃO E SUPERVISÃO


ESCOLAR BRASILEIRA.

Quando se fala em gestão, vem à mente a noção de administrar. Gestão e


Administração, aplicadas à escola e aos processos escolares, são as mesmas
coisas?
A escola é uma instituição em constante mudança, reflete, de tempos em
tempos, a visão da sociedade que a compõe e transforma. Neste aspecto em
tempos democráticos, se redefiniram diversos papéis dentro da escola.
Administração, etimologicamente, é o ato de administrar. Administrar, palavra
de origem latina (administrare) é governar, reger, gerir negócio os públicos ou
particulares. A administração vem do latim ad (direção, tendência para) e minister
(subordinação ou obediência), que designa o desempenho de tarefas de direção dos
assuntos de um grupo. É utilizada em especial em áreas com corpos dirigentes
como no mundo empresarial.
A administração é importante em todos os setores da atividade humana. A
organização do trabalho, desde que o ser humano sentiu a necessidade de melhor e
mais produzir. Ao examinar organizações que alcançam menor êxito em seus
negócios, verificamos que estão usando processos antiquados e que são dirigidas
pela tradição, pela rotina.
Administrar pode ser visto como um processo de atividade dinâmica,
planejado, gerenciado, controlando ações tendo como objetivo uma maior
produtividade ou lucratividade.
A administração ocupa todos os espaços da atividade humana, inclusive no
ambiente escolar.
Segundo Chiavenato, 2004, Frederick W. Taylor (1856-1915) é considerado
pai da administração científica do trabalho e o precursor do estudo do tempo e do
movimento.
Taylor acreditava que melhorar a eficiência produtiva deveria ser o objetivo da
administração e que só havia uma melhor maneira de desempenhar uma tarefa: com
controle e supervisão de pessoas preparadas.
Também foi grande a contribuição do teórico francês Henri Fayol (1841-1925).
Foi ele quem definiu as principais atividades do administrador: planejar, organizar,
comandar, coordenar e controlar. Fazendo uma ligação entre a estratégia e a teoria
empresarial e demonstrando a necessidade de aprofundar a gestão e cultivar
qualidades de liderança. Fayou defendia que os mesmos princípios podiam ser
aplicados em empresas de dimensões diferentes e de todos os tipos- industriais,
comerciais, governamentais, políticas ou religiosas.
A eficiência passa a ser o critério principal, ou seja, o importante é a
capacidade real de produzir o máximo, com o mínimo de recurso.
Segundo Zabala (2010, p.37):

A realidade social, objetiva, que não existe por acaso, mas


como produto da ação dos homens, também, não se
transforma pro acaso. Se os homens são os produtores desta
realidade e se esta, na “inversão da práxis”, se volta sobre
eles e os condiciona, transforma a realidade opressora é
tarefa histórica, é tarefa dos homens.

A escola também foi considerada como espaço administrativo que


necessitava de controle. Esse controle nas mãos do gerente, administrador ou
diretor, deveria ser exercido em todos os espaços
Segundo Bobbit, considerado precursor da teoria tradicional dos currículos,
utilizando os pensamentos de Taylor e Fayol, formulou a estruturação dos tempos e
espaços escolares em seu trabalho teórico “The Curriculum”, estabelecendo como
deveria ser o tempo utilizado na pratica pedagógica na língua materna, na
matemática e nas ciências, fixando o tempo, quantos de conhecimento deveriam ser
estudados e reproduzidos pelos alunos, este controle de tempo e espaço
educativos, mediante o currículo, foi entregue ao encargo do diretor da escola e a
supervisão escolar.
Taylor e Fayol indicaram seus pensamentos no início do século XX, seus
conceitos, intenções e pretensões eram de um homem que via o século XIX
transformar-se em século XX, suas teorias hoje precisam ser revistas, a figura do
diretor, coordenador pedagógico e supervisor escolar “especialista” que detêm todos
os conhecimentos teóricos e científicos, que nunca erra e tem decisões precisas,
não existe na pratica educativa.
A sociedade transforma-se a cada dia, mês e ano, e a educação e a escola
com suas estruturas levam décadas. Esse é um dos fortes fatores que tornam a
escola uma instancia em constante luta: enquanto seus atores: professores, alunos
e outros- transforma-se em poucos meses e anos, modificando seus gostos e
interesses, a escola levará décadas ou, em alguns casos não modificará nunca suas
intenções.
Os anos entre 1964 e 1984 do século XX, na educação brasileira, foram
períodos difíceis para a sociedade e para a educação.
Foram os anos de chumbo, em que ficamos desfalcados da democracia e dos
elementos que constituíam o pensamento livre, devido ao regime militar.
Durante esse período, tivemos avanços e retrocessos na escola brasileira,
principalmente na pública. É durante esse período que novas teorias organizacionais
reinterpretam a ação do administrador. Para Werle (2001, p. 159),

“poderíamos dizer que o diretor é uma designação que


sugere predominantemente uma posição hierárquica,
referência à autoridade administrativa mais lata em uma
estrutura organizacional”.

Administrador era um especialista técnico que dominava os conhecimentos da


área específica, tornava-se mais um inspetor em uma posição mais hierarquizada.
Pessoas nessa época assumiam a direção de uma escola sem terem formação
específica nem capacidade teórico-metológica de ação. Situações semelhantes na
atualidade é uma forma de resgatar aspectos autoritários de um regime que
caducou.
A supervisão escolar passou PR fases na sua história evolutiva, como a
reforma universitária na Lei n.5.540, de 28 de novembro de 1968. Depois do golpe
militar de 1964 foi instaurado o Parecer 252/69, que estabeleceu as habilitações
técnicas, conforme Ferreira (2007), sendo chamados especialistas em educação,
para as atribuições de supervisor, orientador, administrador e inspetor do sistema de
ensino.
Esta lei provocou profundas mudanças na formação de professores, e
mediante o Parecer 252/69 e resolução2/69, estabeleceu-se a duração do Curso de
Pedagogia, os conteúdos mínimos e a função no contexto escolar.
Conforme a Lei. 5.692, que instituiu a reforma de 1° e 2°, sancionada em 11
de agosto d 1971, no artigo 33 existe a especialização em supervisão escolar,
porém somente recebia o título de especialista o profissional que fosse a campo
realizar estágio na escola, exercendo a função de supervisor.
Em 1984, voltamos paulatinamente, a pensar em democracia em todos os
âmbitos da sociedade e também na escola pública.
O ser diretor da escola que, durante todo o período militar, era visto como
figura impositiva e punitiva, com raras e louváveis exceções, passou a ser
repensado. Teorias como ao do materialismo dialético de Karl Marx e a das
organizações de Michel Crozier adentram o campo educacional.
Assim sendo, ser diretor, ser supervisor passa a ser considerado um gestor.
Werle (2001, p159) expressa bem esse momento:

Gestor escolar é uma designação que indica um


comportamento dialético, inteligente, de atuação e
compreensão da situação envolvendo o manejo de todos os
recursos, especialmente os cognitivos, de que o indivíduo
dispõe, bem como de suas capacidades de relação
interpessoal.

Conforme Medina (2002), no final da década de 80 e início dos anos 90,


nascem alguns novos conceitos e tendências pedagógicas, promovendo mudanças
de alguns paradigmas no modo de fazer educação.
A escola passa a ser um lugar dinâmico, ativo, no qual os processos de
ensinar e aprender depende da atitude de todos os membros da comunidade
escolar, professor, alunos e a supervisão escolar têm um papel relevante para a esta
mudança.
O supervisor modifica sua característica de mero agente controlador e
burocrata e passa a ser agente ativo, um pesquisador da escola e na comunidade
em que está inserido, fazendo com que todos sejam integrados, tendo
responsabilidade técnica, competência teórica, com capacidade para lidar com os
problemas do dia-a-dia escolar.
Para que tudo isso seja possível, é necessária a ação de um
profissional que, além de possuir competência técnica,
teórica, humana, política, disponha de tempo necessário para
tornar possível a relação entre vivências dos alunos fora da
escola e o trabalho do ensinar e do aprender na escola. Esse
profissional é o supervisor que define sua função pedagógica
quando contribui para a melhoria do processo de ensinar e
aprender por meio de ações que articulam as demandas dos
professores com os conteúdos e as disciplinas (MEDINA,
2002, p 51).

A sociedade reclama uma gestão democrática, com participação efetiva na


formulação das políticas educacionais, a democracia é palavra de ordem. Agora se
exige uma gestão coletiva, dialética e inteligente na escola pública.
Deve existir confronto de idéias, argumentos com base em diferentes pontos
de vista, novas percepções e alternativas na gestão educativa.
A Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional Lei 9.394/96 determina
sobre a gestão democrática e sobre a participação:

Art.3°. O ensino será ministrado com base nos


seguintes princípios:
[...]
VIII- gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei
e da legislação dos sistemas de ensino;
[...]
Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão
democrática do ensino público na educação básica, de acordo
com as suas peculariedades e conforme os seguintes
princípios:
I-participação dos profissionais da educação na elaboração do
projeto pedagógico da escola;
II - participação das comunidades escolar e local em conselhos
escolares ou equivalentes.

Assim podemos dizer que o supervisor escolar e os demais participantes do


processo pedagógico precisam esforçar-se para acompanhar as novas
características da sociedade, que se apresenta complexa, dinâmica e desafiadora.

3. ESTRATÉGIAS DE UM SUPERVISOR ATUANTE.

O trabalho do supervisor educacional deve ser orientado por uma concepção


libertadora de educação, não um controlador ou um fiscalizador das atividades, já
alinhado com os interesses do regime déspota de outras épocas.
A gestão democrática do ensino pressupõe uma maneira de atuar
coletivamente, oferecendo aos membros das comunidades locais e escolar
oportunidade para reconhecer que existe discrepância entre a situação real e o que
gostaríamos que fosse identificar possíveis razões para essa discrepância,
elaborando um plano de ação para minimizar ou solucionar esses problemas.
Todavia, a tarefa do supervisor é muito difícil de ser realizada, exige
participação para a integração, com atitudes práticas e constantes como:
- estar atento às solicitações da comunidade;
-delegar o máximo de responsabilidade às pessoas;
-mostrar a responsabilidade e a importância do papel de cada um para o bom
andamento do processo pedagógico;
-garantir a palavra a todos e respeitar as decisões tomadas;
-criar ambientes físicos confortáveis para as assembléias e reuniões;
-valorizar o trabalho participativo e a integração entre as pessoas;
-desenvolver projetos educativos voltados para a comunidade em geral, não
só para os alunos;
-tornar o espaço escolar disponível para a comunidade.
Sem dúvida, é imprescindível a presença do supervisor, como instigador da
capacitação docente, destacando a necessidade de adquirir conhecimento e
condições de enfrentar as dificuldades próprias de sua profissão, como também,
estar preparado para administrar as constantes mudanças, no contexto escolar.
Necessitamos uma gestão democrática, com participação de toda a comunidade nas
ações desenvolvidas na escola, onde todas as pessoas se tornem peças-chaves.

4. Entrevista de campo com os professores do 2° ano do ensino fundamental


e a supervisão escolar da Escola Estadual Castelo Branco municipal de Guaíra
- PR.

Data de entrevista: 05 de março de 2019.


Horas: 07 h às 11h30min h
Amostragem: 5% dos professores

A entrevista segue um questionário pré-estabelecido, com igualdade de teor


desenvolvendo-se em forma de um diálogo aberto na sala e no pátio da escola.
Com o objetivo de observar a localização, a infra-estrutura da mesma. O
número de indivíduos é 15 professores com média de idade 23 anos a 54 anos..
Constatamos que as salas são de alvenaria, equipadas com carteiras e lousa
de bem arejadas, limpas e de fácil acesso, até para os portadores de deficiências
físicas, há rampas, ficando na Av. Campo Grande, 1650- Centro da cidade.
Existem banheiros, copa, quadra de esportes, biblioteca e sala de informática
com computadores de última geração com acesso a internet.
Foi perguntado para os professores: Qual é a atribuição do supervisor
escolar?Você gosta da atuação da supervisão escolar? Qual a sua importância?
As respostas foram:
“O supervisor escolar tem como atribuições: coordenar e participar dos
conselhos escolares, planejar e acompanhar o currículo da escola, realizar reuniões
frequentes entre pais e docente, organizar o calendário escolar e atualizar o projeto
político pedagógico, o regimento escolar e o plano de estudo.
Gosto da atuação da supervisora, porque ela sempre esta convidando para
fazer cursos de reciclagem, como o do programa de inclusão digital-programa Linux.
Supervisor dever ser um profissional ativo, que dialoga e dinâmico.
As crianças não querem ficar estudando sempre a mesma coisa
Elas “gostam de usar as mídias, de pesquisar no Google, usar o data-show”.
A supervisão escolar desenvolve um trabalho de assistência ao professor,
juntamente com a direção e a coordenação.
Sempre estou em contato direto à direção da escola, seja em reuniões ou no
dia-dia da escola. Tratamos sobre assuntos referentes à escola: como P.P.P.
regimento interno, normas, planejamento e a situação dos alunos.
Como os professores deixaram claro em suas afirmações o interesse é geral:
muitos alunos vão à escola para aprenderem algo que possa lhes ajudar em seu
futuro e acabam encontrando professores cansados, pois alguns enfrentam longas
jornadas de trabalho, os quais deixam transparecer em suas aulas a desmotivação
ou algumas vezes falta de planejamento, tão importante para uma boa
aprendizagem.
A supervisão escolar é importante na escola, na medida em que o mesmo
participa do processo de gestão democrática, proporcionando ao discente se
desenvolver de forma autônoma, crítica e social para cumprir seu papel na
sociedade.
3. CONCLUSÃO

Precisamos pensar a prática pedagógica em uma perspectiva global, ou seja,


transformar os conteúdos em instrumentos para a compreensão da realidade. O
trabalho do supervisor deve ser orientado pela concepção libertadora de educação,
refletindo na ação do educador em sala de aula.
Para cumprir sua função, a escola precisa ter como foco um ensino e uma
aprendizagem que levem o aluno a aprender a aprender, aprender a pensar, a
saber, construir a sua própria linguagem e a se comunicar, a usar a informação e o
conhecimento para ser capaz de viver num mundo em transformação. Para isso, é
preciso que a formação e a atuação do educador sejam necessariamente
direcionadas para um novo paradigma de educação.
A escola é parte integrante da totalidade social. Resultado dos conflitos
sociais que os trabalhadores vivem nas relações de produção, nas relações sociais
e nas lutas de classe.
O ambiente escolar como lugar para satisfazer a necessidade de
conhecimentos, qualificação profissional, e de melhoria de suas condições de vida
possibilitando emprego e acesso a uma maior renda, a escola pública é um espaço
de Educação Popular Democrático.
Para que a escola cumpra o seu papel é imprescindível a presença do
supervisor, como instigador da capacitação docente, destacando a necessidade de
adquirir conhecimento e condições de enfrentar as dificuldades próprias de sua
profissão, como também, estar preparado para administrar as constantes mudanças
no contexto escolar. O supervisor participa ativamente de uma educação de
qualidade e contribui para o desempenho docente, um colaborar da formação,
treinamento ou re treinamento de professores.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMADO, J. S. Interação pedagógica e indisciplina na aula. Porto: Asa, 2001.

CARITA, A.; FERNANDES, G. Indisciplina na sala de aula: Como prevenir?


Como remediar? Lisboa: Presença, 1997.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos. Rio de Janeiro:


Elservier, 2004.

ESTRELA, M. T. Relação pedagógica, disciplina e indisciplina na aula. 3. ed.


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GARCIA, J. Indisciplina na escola: alguns aspectos críticos para a gestão


educativa. In: CONGRESSO LATINOAMERICANO DE ADMINISTRACIÓN DE LA
EDUCACIÓN, 6, 2002, Universidade Católica do Chile, Santiago, 2 e 3 de maio
2002.

HOUAISS, Antônio. Houaiss Dicionário da Língua Portuguesa. 3°ed. Rio de


Janeiro: Objetiva, 2008.

MEDINA, A. S. Supervisor Escolar: parceiro político-pedagógico do professor.


In: RANGEL, M; SILVA JUNIOR, C. A. (Orgs.). Nove olhares sobre a supervisão.
10. ed. Campinas:

WERLE, Flávia Obino C:Novos tempos, novas designação e demandas: diretor,


administrador ou gestor escolar. In: Revista Brasileira de Política e
Administração da Educação. Porto Alegre, v. 17,n.2,jul./dez.2001.

ZABALA, A. Os enfoques didáticos. In: COLL, C. O construtivismo em sala de


aula. São Paulo: Ática, 2010.

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