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Apostila ERGONOMIA EST V2008
Apostila ERGONOMIA EST V2008
Sumário
1. Introdução ao Estudo da Ergonomia ........................................................................................... 3
1.1. Definição .............................................................................................................................. 3
1.2. O que a Ergonomia estuda?.................................................................................................. 4
1.3. Campos de ação da Ergonomia ............................................................................................ 5
2. História da Humanidade e o Desenvolvimento da Ergonomia ............................................... 5
3. Aplicações ............................................................................................................................... 6
4. Fases da Ergonomia ................................................................................................................ 7
5. Ergonomia Organizacional...................................................................................................... 7
5.1. Características Psicofisiológicas .......................................................................................... 7
6. O que é conforto? .................................................................................................................... 8
7. Desempenho Eficiente............................................................................................................. 8
8. Usabilidade.............................................................................................................................. 8
9. Desenho Universal e a Ergonomia ............................................................................................ 10
10. Exercícios .......................................................................................................................... 10
11. Leitura complementar recomendada. ................................................................................ 11
12. ANTROPOMETRIA......................................................................................................... 11
12.1. Introdução........................................................................................................................ 11
12.2 Definição ........................................................................................................................... 13
12.3. Dificuldades encontradas na Antropometria .................................................................... 13
12.4. Variações nas Medidas..................................................................................................... 14
12.5. Estudo Estatístico Antropométrico................................................................................... 16
12.6. Tipos de Medidas ............................................................................................................. 20
12.6.1. Antropometria Estática.............................................................................................. 20
12.6.2. Antropometria Dinâmica e Funcional ....................................................................... 20
12.6.3. Cuidados na utilização de tabelas e dados antropométricos ..................................... 21
12.7. Modelos Tridimensionais................................................................................................. 21
12.8. Princípios para Projetos.................................................................................................... 21
12.9. Questões para Discussão e entrega................................................................................... 22
12.10. Bibliografia Recomendada............................................................................................. 22
13. BIOMECÂNICA............................................................................................................... 23
13.1 Introdução...................................................................................................................... 23
13.2 Características biomecânicas do ser humano. .................................................................. 23
13.3 Trabalho Estático vs. Dinâmico .................................................................................... 26
13.4 Posturas do Corpo ............................................................................................................ 26
13.5. . Inclinação da Cabeça...................................................................................................... 27
13.6. Aplicação de Forças ........................................................................................................ 27
13.7. Principais situações de sobrecarga Biomecânica ............................................................ 29
13.8 Levantamento de Cargas ................................................................................................... 30
13.9 Lista de Questões para Entrega até o final do Módulo de Ergonomia.............................. 30
14. Ferramentas para Avaliação ergonômica ................................................................................ 32
14.1. Classificação dos Métodos ............................................................................................... 32
14.1.1. Medidas Subjetivas ................................................................................................... 32
14.1.2. Métodos Qualitativos ................................................................................................ 36
Método PLIBEL.................................................................................................................... 46
CheckListSST/MMCJ para Trabalho em Computadores. ........................................................... 49
ACGIH-TLV Back................................................................................................................ 51
Hand Activity Level - ACGIH .............................................................................................. 54
14.1.3. Métodos Semi-Qualitativos....................................................................................... 56
Sistema OWAS, Ovako Working Posture Analysing System .............................................. 56
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1.1. Definição
Existem diversas definições para a ciência conhecida como Ergonomia. Inicialmente podemos
analisar a definição apresentada pela Ergonomics Research Society, da Inglaterra.
Ergonomia
nomos - regras, leis naturais.
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3. Aplicações
Ergonomia na Indústria.
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Sistema Homem-Máquina: pode ocorrer tanto na fase de concepção, projeto, como na introdução
de alterações;
4. Fases da Ergonomia
5. Ergonomia Organizacional
A Norma Regulamentadora NR-17, estabelece alguns parâmetros para análise Organizacional:
Antropológico
Psicológico
Fisiológico
Ainda não se tem um conhecimento acabado sobre o homem.
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Tolera mal tarefas fragmentadas com tempo exíguo para execução e, pior ainda, quando
esse tempo é imposto por uma máquina, pela gerência, pelos clientes ou colegas de
trabalho, ou seja, prefere impor sua própria cadência ao trabalho;
É compelido a acelerar sua cadência quando estimulado pecuniariamente ou por outros
meios, não levando em conta os limites de resistência de seu sistema músculo-esquelético
Sente-se bem quando solicitado a resolver problemas ligados à execução das tarefas,
logo, não pode ser encarado como uma mera máquina, mas sim como um ser que pensa e
age;
Tem capacidades sensitivas e motoras que funcionam dentro de certos limites, que
variam de um indivíduo a outro e ao longo do tempo para um mesmo indivíduo;
Suas capacidades sensorimotoras modificam-se com o processo de envelhecimento, mas
perdas eventuais são amplamente compensadas por melhores estratégias de percepção e
resolução de problemas desde que possa acumular e trocar experiência;
Organiza-se coletivamente para gerenciar a carga de trabalho, ou seja, nas atividades
humanas a cooperação tem um papel importante, muito mais que a competitividade. O
sucesso da raça humana no processo evolutivo deve-se, em grande parte, a sua
capacidade de agir em conjunto, conduta observada em várias outras espécies. A extrema
divisão do trabalho e a imposição de uma carga de trabalho individual impedem os
mecanismos de regulação dos grupamentos humanos, levando ao adoecimento.
6. O que é conforto?
Para se avaliar o conforto, é imprescindível a expressão do trabalhador. Só ele poderá confirmar
ou não a adequação das soluções que os técnicos propuseram.
7. Desempenho Eficiente
O desempenho eficiente não deve ser encarado apenas como uma otimização do volume da
produção. Para que seja considerado eficiente, é necessário que o trabalhador possa permanecer
no processo produtivo durante todo o tempo que a própria sociedade estipula como sendo seu
dever, principalmente agora que o sistema previdenciário está deficitário. Se o trabalhador deve
permanecer por mais tempo na vida ativa, é preciso que suas condições permitam a execução das
tarefas até uma idade mais avançada.
8. Usabilidade
Pela definição da International Organization for Standardization, usabilidade é a extensão na
qual um produto pode ser usado por usuários específicos para alcançar objetivos específicos com
efetividade, eficiência e satisfação em um contexto de uso específico (ISO 9241-11).
Usabilidade está diretamente ligada ao diálogo na interface e é a capacidade do software em
permitir que o usuário alcance suas metas de interação com o sistema. Ser de fácil aprendizagem,
permitir utilização eficiente e apresentar poucos erros são os aspectos fundamentais para a
percepção da boa usabilidade por parte do usuário
A usabilidade está relacionada aos estudos de Ergonomia e de Interação Humano-computador. A
efetividade permite que o usuário alcance os objetivos iniciais de interação e é avaliada em
termos de finalização de uma tarefa e também em termos de qualidade do resultado obtido.
Eficiência, se refere à quantidade de esforço e de recursos necessários para se chegar a um
determinado objetivo. Os desvios que o usuário faz durante a interação e a quantidade de erros
cometidos podem servir para avaliar o nível de eficiência do site.
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A terceira medida de usabilidade, satisfação, é a mais difícil de medir e quantificar, pois está
relacionada com fatores subjetivos. De maneira geral, satisfação se refere ao nível de conforto
que o usuário sente ao utilizar a interface e qual a aceitação como maneira de alcançar seus
objetivos.
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6- Mínimo esforço físico - O design pode ser utilizado com um mínimo de esforço, de forma
eficiente e confortável.
10.Exercícios
a) Com base na discussão do Taylorismo e Fordismo. Ainda existem empresas que utilizam
estes conceitos.
b) Como o Engenheiro ST pode participar da Ergonomia.
c) Quais as vantagens de se utilizar os conceitos da Ergonomia, na fase de projeto.
d) Pesquise algumas atividades profissionais, nas quais os princípios psicofisiológicos não
são obedecidos.
e) Analise as principais exigências físicas e psicofisiológicas do “motorista” em termos
musculares, energéticos e perceptuais. E depois compare com a atividade do “Pedreiro”
f) Defina Ergonomia.
g) Defina Conforto.
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12.ANTROPOMETRIA
12.1. Introdução
As dimensões dos seres humanos são objeto de pesquisa há centenas de anos por filósofos,
artistas, matemáticos, arquitetos, antropólogos e engenheiros. Vitrúvio, por exemplo, escreveu
no Século I a.C., em Roma:
“O corpo humano é de tal forma projetado pela natureza que o rosto, do queixo
até o topo da testa e a mais baixa raiz dos cabelos, é a décima parte de toda a
sua altura; a mesma medida tem a mão aberta do pulso até a ponta do dedo
médio; a ponta do queixo à coroa da cabeça equivale a um oitavo de sua altura;
e incluindo o pescoço e ombro, do topo do peito até a mais baixa raiz de cabelo
é um sexto; do meio do peito ao topo da coroa é um quarto. Se tomarmos a
altura da face, a distância da parte inferior do queixo até a parte inferior da
narinas é um terço dela; o nariz, a partir da parte inferior das narinas, até uma
linha entre as sobrancelhas é igual; daí até a mais baixa raiz dos cabelos é
também um terço, compreendendo a testa. O comprimento do pé é um sexto da
altura do corpo; o do antebraço, um quarto. Os outros membros também tem
suas próprias proporções simétricas e foi com o uso dessas proporções que os
famosos pintores e escultores da antiguidade atingiram renome mundial.
... Uma vez mais, o ponto central no corpo humano é naturalmente o umbigo. Se
um homem for colocado deitado de costas, com mãos e pés estendidos e um
compasso for centrado em seu umbigo, os dedos das mãos e dos pés irão tocar a
circunferência descrita a partir daquele ponto. E da mesma forma que o corpo
humano permite um traçado circular, uma figura quadrada também pode surgir
dele. Pois, se medirmos a distância das solas dos pés até o topo da cabeça, e
então aplicarmos a medida aos braços estendidos e abertos, a amplitude
encontrada será a mesma que a altura, como no caso de superfícies planas que
são perfeitamente quadradas.”. (Panero & Zelnik, 1979)
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12.2 Definição
Não é possível projetar espaços de trabalho que atendam aos extremos, OS MAIS
ALTOS e os mais baixos, temos que contentar a maioria, tomando como base as
medidas representativas da coletividade. Na Ergonomia trabalha-se com a parcela de
95 % da coletividade ou às vezes 90 %.
Limites de Confiança
x x k .S , onde
x é a média e S o desvio padrão e K representa o nível de confiança conforme abaixo
Valores do coeficiente K para cálculo do intervalo de confiança.
Coeficiente Intervalo
K Inferior Superior
0,00 50 50
0,67 25 75
0,84 20 80
1,00 16,6 83,5
1,28 10 90
1,65 5 95
1,96 2,5 97,5
2,326 1 99
2,576 0,5 99,5
Exemplo:
No Brasil, existem levantamentos feitos pelo INT - 1988, para 3100 trabalhadores de
indústrias do Estado do Rio de Janeiro, e alguns levantamentos isolados realizado por
diferentes pesquisadores.
Descrição
sd sd
Fonte
English name:
sd sd
Fonte:
Informa sobre as dimensões físicas do corpo parado. Embora essas medidas sejam
bastante utilizadas em projetos, elas nem sempre são adequadas para situações que
envolvam movimentos.
resultado final será diferente daquele que seria obtido se fossem considerados esses
movimentos isoladamente. Por exemplo, o alcance com as mãos na posição sentada
não depende apenas dom comprimento do braço, mas é afetado também pelo
movimento de ombro, rotação e curvatura do tronco, curvatura das costas e o tipo de
manejo a ser executado pela mão.
• Para-quedistas
• Forças Armadas
• Marinha
• Entre outros.......
Pois Nesses casos podem existir critérios para seleção (Porte físico).
13.BIOMECÂNICA
13.1 Introdução
A explicação para este fato está no conceito da Física sobre Alavancas, que
veremos a seguir.
1º Grau ou interfixa.
d d
resistência Potência
Músculos do pescoço e Coluna Vertebral
Potência = Resistência
2º Grau ou inter-resistente
Potência
d d
3º Grau ou interpotente
d Potência d
resistência
Potência = 2 x Resistência
Exercício:
O Trabalho Estático é aquele que exige contração contínua de alguns músculos, para
manter em determinada posição.
Ou músculos dos ombros e do pescoço para manter a cabeça inclinada para frente.
Ou ainda músculos da mão esquerda segurando a peça para se martelar com a outra
mão.
Na Figura a seguir Dul & Weedmeester, 2005, apresentam um esquema geral para determinar o
tipo de postura em função do tipo de trabalho realizado.
Tipo de trabalho
A cabeça pesa de 4 a 5 Kg, assim são comuns dores no pescoço para inclinações superiores a
30 º.
O ideal é trabalhar na faixa de 20 º
Movimentos:
Precisão: Pontas dos dedos
Ritmo - movimentos suaves e rítmicos - movimentos bruscos -Leva a fadiga;
Movimentos retos - Evitar
Cargas Verticais
Cargas Horizontais
Quanto maior a distância pior é a conseqüência.
Notas de Aula. Disciplina Ergonomia. Engenharia de Segurança do Trabalho. 27
Prof. Moacyr Machado Cardoso Junior – moajr@uol.com.br
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A Liberty Mutual estabelece por meio de tabelas a porcentagem da população capaz de exercer
um esforço físico no trabalho sem que haja comprometimento na Coluna Vertebral. A seguir
mostramos um exemplo de aplicação da Tabela.
Freqüência
130 * 0,453lb 58,9 Kg
30 s 1 m 5 m 30 m 8 h
57 25
Força inicial (libras)
Masculino
Altura das mão (pol.)
130 37 13 14 36
25 22
57 15 16 28
127 37 37 * 2,54 pol. 93,9cm 39
25 25
Fonte: Liberty Mutual Lifting, Lowering, Pushing, Pulling and Carrying Tables.
2004
Ou seja 13% da população de trabalhadores do sexo masculino que forem submetidos a atividade
de empurrar um carrinho com Massa de 58,9 Kg, 1 vez a cada 5 minutos, se a altura de
realização do esforço for de 94 cm.
Trabalho em Pé
Trabalho Sentado
Posição Forçada
Inicialmente apresentaremos os conceitos básicos que devem ser adotados para o levantamento
de qualquer tipo de carga. Adiante no material estudaremos métodos específicos para avaliação
das diferentes situações de trabalho.
Conceito PEPLOSP
P - Perto
E - Elevada
P - Pequena distância vertical
L - Leve
O - Ocasional
S - Simétrico
P - Pega adequada para mãos.
2. Para uma pessoa sentada, trabalhando em uma mesa, qual seria a distância adequada
para:
a) Objetos preferenciais
b) Objetos eventuais
5. Para a mesma situação anterior, porém o levantamento é feito até a altura dos ombros.
6. Para uma tarefa de puxar um carrinho (PULL), que requer uma força inicial de 50 Kgf,
com altura da aplicação da força de 100 cm. Qual o valor % da população masculina
para:
7. Para uma situação de empurrar um carrinho. Qual a % da população que suporta uma
carga constante de 50Kgf com apoio a 150 cm, por uma distância horizontal de 7 metros,
com freqüência de 1 a cada 5 minutos.
8. Para uma população masculina. Qual a carga máxima (Kg) de uma tarefa de transbordo,
para que se tenha garantia de que pelo menos 75% da população não tenha prejuízo à
saúde. Considerar a freqüência de ciclo de 1 transbordo a cada 1 minuto a uma distância
de 10 metros.
Nesta seção estudaremos alguns métodos, ferramentas, check-lists úteis para avaliação
ergonômica.
Medidas diretas
Como por exemplo com a utilização de Goniômetro, Eletrogoniômetro, Eletromiógrafo e
Dinamômetros.
Medidas Subjetivas tais como a Escala de Borg, Questionário Nórdico e Job Strain
Index
Métodos Qualitativos
Métodos semi-quantitativos
Métodos Quantitativos
As medidas subjetivas estão baseadas na descrição realizada pelo próprio trabalhador. São
extremamente úteis para um pré-diagnóstico, mas podem apresentar um viés. (tentativa de
simulação ou de exacerbação)
Uma ferramenta de caráter subjetivo é o questionário Nórdico, que foi desenvolvido para auto-
preenchimento, onde o corpo humano é segmentado em 9 partes e o trabalhador deve responder
“sim” ou “não” para três situações envolvendo as 9 partes
Embora exista uma certa subjetividade e problemas de memória pessoal de cada sujeito, o
método é aceitável para se fazer um levantamento abrangente.
Partes do corpo com Você teve algum problema Você teve algum problema Você teve que deixar
problemas nos últimos 7 dias? nos últimos 12 meses? de trabalhar algum dia
nos últimos 12 meses
devido ao problema?
1 – Pescoço 1 ( ) Não 2 ( ) Sim 1 ( ) Não 2 ( ) Sim 1 ( ) Não 2 ( ) Sim
2 – Ombros 1 ( ) Não 1 ( ) Não
2 ( ) Sim. ombro direito 2 ( ) Sim. ombro direito
1 ( ) Não 2 ( ) Sim
3 ( ) Sim. ombro esquerdo 3 ( ) Sim. ombro esquerdo
4 ( ) Sim. os dois ombros 4 ( ) Sim. os dois ombros
3 – Cotovelos 1 ( ) Não 1 ( ) Não
2 ( ) Sim. cotovelo direito 2 ( ) Sim. cotovelo direito
1 ( ) Não 2 ( ) Sim
3 ( ) Sim. cotovelo esquerdo 3 ( ) Sim. cotovelo esquerdo
4 ( ) Sim. os dois cotovelos 4 ( ) Sim. os dois cotovelos
4 – Punhos e mãos 1 ( ) Não 1 ( ) Não
2 ( ) Sim. punho/ mão direito 2 ( ) Sim. punho/ mão direito
3 ( ) Sim. punho/ mão 3 ( ) Sim. punho/ mão
1 ( ) Não 2 ( ) Sim
esquerdo esquerdo
4 ( ) Sim. os dois punhos/ 4 ( ) Sim. os dois punhos/
mão mão
5 – Coluna Dorsal 1 ( ) Não 2 ( ) Sim 1 ( ) Não 2 ( ) Sim 1( ) Não 2( ) Sim
6 – Coluna Lombar 1 ( ) Não 2 ( ) Sim 1 ( ) Não 2 ( ) Sim 1( ) Não 2( ) Sim
7 – Quadril ou coxas 1 ( ) Não 2 ( ) Sim 1 ( ) Não 2 ( ) Sim 1( ) Não 2( ) Sim
8 – Joelhos 1 ( ) Não 2 ( ) Sim 1 ( ) Não 2 ( ) Sim 1( ) Não 2( ) Sim
9 – Tornozelo ou pés 1 ( ) Não 2 ( ) Sim 1 ( ) Não 2 ( ) Sim 1( ) Não 2( ) Sim
desconforto
Sem
desconfortável
Extremamente
Extremamente
desconfortável
Lado esquerdo Visão Dorsal Lado direito
0 1 2 3 4 5 6 7 Ombro 11 21 Ombro 0 1 2 3 4 5 6 7
0 1 2 3 4 5 6 7 Braço 12 22 Braço 0 1 2 3 4 5 6 7
0 1 2 3 4 5 6 7 Mão 14 24 Mão 0 1 2 3 4 5 6 7
0 1 2 3 4 5 6 7 Pescoço 31 41 Pescoço 0 1 2 3 4 5 6 7
0 1 2 3 4 5 6 7 Quadril 35 45 Quadril 0 1 2 3 4 5 6 7
0 1 2 3 4 5 6 7 Coxa 51 61 Coxa 0 1 2 3 4 5 6 7
0 1 2 3 4 5 6 7 Perna 52 62 Perna 0 1 2 3 4 5 6 7
0 1 2 3 4 5 6 7 Pé 53 63 Pé 0 1 2 3 4 5 6 7
Finalmente apresentados a escala de Borg, que é um método para determinar a intensidade física
de uma atividade é a Escala de Esforço Percebido de Borg (EEPB). O esforço percebido reflete
quão pesada é a atividade para um indivíduo enquanto o mesmo realiza uma atividade física.
Está baseado nas sensações físicas que uma pessoa experimenta durante a atividade, incluindo o
aumento da freqüência cardíaca, aumento da respiração, aumento do suor, e fadiga muscular.
Embora seja uma medida subjetiva, a escala pode proporcionar uma boa estimativa da atual
freqüência cardíaca durante a atividade1 (Borg, 1998).
Valores entre 12 e 14 na escala de Borg sugerem que a atividade está sendo realizada a um nível
moderado.
6 Nenhum esforço
7 Extremamente leve(7.5)
8
9 Muito leve
10
11 Leve
12
13 Começa a ficar pesado
14
15 Pesado
16
17 Muito pesado
18
19 Extremamente pesado
20 Esforço máximo
1
Existe uma alta correlação entre o valor percebido (Escala) multiplicado por 10 e a freqüência cardíaca; assim uma
pessoa pode estimar sua freqüência cardíaca. Por exemplo, se uma pessoa apresenta um valor EEPB de 12, sua
freqüência cardíaca será 12 x 10 = 120. Note que isto representa uma aproximação, pois os valores variam em
função da idade e do condicionamento físico.
Notas de Aula. Disciplina Ergonomia. Engenharia de Segurança do Trabalho. 35
Prof. Moacyr Machado Cardoso Junior – moajr@uol.com.br
Ergonomia – Curso de Engenharia de Segurança do Trabalho UNICSUL
Alguns métodos qualitativos são apresentados pelo Wisha2. Tratam-se de métodos de avaliação
do Perigo (Lesões por Esforços Repetidos -LER, Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao
Trabalho – DORT).
Os Check-lists abaixo foram elaborados pelo Wisha e funcionam como um roteiro de avaliações
que facilitam a visualização dos problemas ergonômicos típicos de serem encontrados em
ambientes de trabalho.
O primeiro modelo identifica situações com potencial para causar lesões (Checklist Zona de
Precaução). O Checklist Tarefas Na Zona De Perigo é um aprofundamento da análise, ou seja,
para aquelas situações identificadas como potenciais fontes de lesão. Considera ainda a questão
de realização de força de levantamento de pesos e também aspectos relacionados à vibração.
2
Washington State Dept. of Labor and Industries
Notas de Aula. Disciplina Ergonomia. Engenharia de Segurança do Trabalho. 36
Prof. Moacyr Machado Cardoso Junior – moajr@uol.com.br
Ergonomia – Curso de Engenharia de Segurança do Trabalho UNICSUL
Checklist Zona de Precaução3 Use uma folha para cada posição avaliada.
Posto de Trabalho No. de empregados
Movimentos ou posturas que são comuns e partes Se realizada avaliado:
previsíveis do trabalho, ocorrendo mais do que nesta posto de nestas tarefas?
um dia por semana, e mais freqüentes do que trabalho
uma semana por ano.
na caixa Data:
cotovelos acima dos ombros
mais do que 2 horas totais por
dia.
2. Trabalhando com o
pescoço ou as costas
inclinadas mais do que 30
graus (sem suporte ou com
possibilidade de variação de
postura) mais do que 2 horas
totais por dia.
segurando na forma de pinça
com uma força de 2 ou mais
quilos por mão, mais do que 2
horas totais por dia (o mesmo
que segurar na forma de pinça
metade de uma resma de papel).
3
Fonte: Washington StateDept. of Labor and Industries.
http://www.lni.wa.gov/Safety/Topics/Ergonomics/ServicesResources/Tools/default.asp
Tradução e adaptação Prof. Moacyr Machado Cardoso Junior. Criado em 24/1/2007 9:13
37
Ergonomia – Curso de Engenharia de Segurança do Trabalho UNICSUL
6. Agarrar um objeto
pesando 4,5 Kg ou mais por
mão ou agarrar com força de
4,5 Kg ou mais por mão, mais
do que 2 horas totais por dia (o
mesmo que conectar uma garra
tipo jacaré na bateria de um
veículo)
da palma) como um martelo ou
o joelho como um martelo mais
do que 10 vezes por hora, mais
do que 2 horas totais por dia.
Levantamento de cargas pesadas, freqüentes ou mediante
adoção de posturas inadequadas (Uma escala simples pode Comentários/ observações
ser para determinar o peso do material)
10. Levantando objetos que
pesem mais do que 34 quilos
uma vez por dia ou mais do
que 25 quilos mais do que 10
vezes por dia.
11. Levantando objetos que
pesem mais do que 4,5 quilos
se realizado mais do que duas
vezes por minuto, mais do que
2 horas totais por dia.
12. Levantando objetos que
pesem mais do que 11 quilos
acima dos ombros, abaixo dos
joelhos ou na extensão do
braço mais do que 25 vezes
por dia.
38
Ergonomia – Curso de Engenharia de Segurança do Trabalho UNICSUL
4
Fonte: Washington StateDept. of Labor and Industries.
http://www.lni.wa.gov/Safety/Topics/Ergonomics/ServicesResources/Tools/default.asp
Tradução e adaptação Prof. Moacyr Machado Cardoso Junior. Criado em 24/1/2007 9:13
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Ergonomia – Curso de Engenharia de Segurança do Trabalho UNICSUL
4. Trabalhando com as
Mais do
costas inclinadas para a
que 4
frente mais do que 30° (sem
suporte ou sem
horas
totais por
possibilidade de variação de
dia
postura)
5. Trabalhando com as
Mais do
costas inclinadas para a
que 2
frente mais do que 45° (sem
suporte ou sem
horas
totais por
possibilidade de variação de
dia
postura)
Mais do
que 4
6. Agachado horas
totais por
dia
Mais do
que 4
7. Ajoelhado horas
totais por
dia
Existe
Perigo
Uso de Grande Força com as mãos Comentários/observações
Segurar (como pinça) um objeto pesando 1 Kg ou mais por mão, ou pinçar com uma força de 2 Kg ou mais
por mão (o mesmo que segurar na forma de pinça metade de uma resma de papel)
8.
+ Mais
+ do que 3
Movimento altamente
repetitivo
horas
totais
por dia
9. +
+ Mais
do que 3
horas
totais
por dia
10.
+ Mais
do que 4
Sem outros fatores de
risco
horas
totais
por dia
40
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Agarrar um objeto pesando 4,5 Kg ou mais por mão ou agarrar com força de 4,5 Kg ou mais por mão (o
mesmo que conectar uma garra tipo jacaré na bateria de um veículo)
11.
+ Mais
+ do que 3
Movimento altamente
Repetitivo
horas
totais
por dia
12. +
+ Mais
do que 3
horas
totais
por dia
13.
+ Mais
do que 4
Sem outros fatores de
risco
horas
totais
por dia
Existe
Perigo Comentários/
Movimento Altamente Repetitivo
observações
Uso do mesmo movimento com pouca ou nenhuma variação a cada poucos segundos (excluindo
atividades de digitação)
14.
+
+
Mais do
que 2
horas
totais por
+ dia
Grande esforço com a(s) mão(s)
15.
+
Mais do
Sem outros fatores de risco
que 6
horas
totais por
dia
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Digitação Intensiva
16. + +
Mais do
que 4
horas
totais por
dia
17. +
Mais do
Sem outros fatores de risco
que 7
horas
totais por
dia
Comentários/
Impacto Repetido
observações
18.
+
Mais do
Usando a(s) mão(s) (base da
palma) como um martelo mais
do que uma vez por minuto
que 2
horas
totais por
dia
19. +
Mais do
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Tarefa Data
Kg. X X =
Passo Passo Passo Kg.
2 3 4
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Nota: Se a tarefa envolve levantamentos de objetos com diferentes pesos e/ou de diferentes locais, use Passo 1 até 5 acima para:
1. Analisar o pior caso— o objeto mais pesado e o levantamento realizado na pior situação postural.
2. Analisar a situação mais comumente encontrada. No passo 3, use a freqüência e duração de um dia típico de trabalho.
7 PRINCIPIOS DE SOLUÇÕES
Para encontrar a solução mais apropriada para a tarefa, Procure pelo menor número que
você usou para os cálculos (2, 3, 4)
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Duração
2. Verifique quantas horas por dia o trabalhador usa a ferramenta e marque o
ponto no gráfico abaixo. Hrs.
4. Interpretação
a. Se o ponto estiver na área marcada como “Perigo”, então o perigo da vibração deve ser
reduzido abaixo da linha ou para o menor nível que seja técnica e economicamente viável.
b. Se o ponto estiver entre as duas curvas na área “Precaução”, então a atividade permanece
como uma “Tarefa na zona de Precaução.”
c. Se o ponto estiver na área “OK” abaixo da última curva, nenhum procedimento adicional
será necessário.
Nota: A curva limite a precaução está baseada na energia equivalente ponderada para freqüência em 8-horas
produzida por uma aceleração de 2.5 m/s2. A curva limite de Perigo está baseada na energia equivalente
ponderada para freqüência produzida por uma aceleração de 5 m/s2.
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Método PLIBEL
Sugere entrevista com trabalhador – para esclarecer pontos que talvez passem
desapercebidos
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5
Working Safely with Video Display Terminals. U.S. Department of Labor Occupational Safety and Health
Administration OSHA 3092. 1997 (Revised)
Tradução por Moacyr Machado Cardoso Junior.
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50
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ACGIH-TLV Back
6
Treshold Limit Value
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4.) Determine a zona de altura do levantamento (Figura 1), com base na localização das mãos no
início do levantamento.
30 cm
Altura do ombro
Margem inferior do limite de alcance superior
(altura do ombro + 8 cm)
60 cm
80 cm
Altura da articulação
Piso
Fonte: Limites de Exposição (TLV´s) para substâncias Químicas e Agentes Físicos. ACGIH, 2007.
5.) Determine a localização horizontal do levantamento (Figura 1), por meio da medição da
distância horizontal, a partir do ponto médio que liga os ossos internos do tornozelo ao ponto
médio entre as mãos no início do levantamento.
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0 2 4 6 8 10
Mão ociosa Consistente Lenta, Movimento Movimento Rápido
a maioria evidente, movimento estável/ rápido e movimento
do tempo; longas estável/ esforço; estável/ estável/
sem pausas; ou esforços; pausas esforços; dificuldade
esforços movimentos pausas curtas esporádicas sem pausas em manter
regulares muito lentos freqüentes regulares ritmo ou
esforço
contínuo
Nível de Atividade das Mãos (0 a 10). Fonte Acgih
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0,125 8,0 1 1 - - -
0,25 4,0 2 2 3 - -
0,5 2,0 3 4 5 5 6
1,0 1,0 4 5 5 6 7
2,0 0,5 - 5 6 7 8
Nível de Atividade das Mãos (0 a 10) está relacionado à freqüência de esforço e ciclo de atividades.
Fonte Acgih
A força de Pico das mãos está normalizada numa escala de 0 a 10, que corresponde a 0% a 100%
da força de referência aplicada à população.
A força de Pico pode ser determinada por avaliações de um observador treinado, utilizando a
Escala de Borg, ou medida com instrumentação (medida direta de força ou eletromiografia)
A utilização de 2 ou mais observadores leva a resultados mais confiáveis.
A força de pico normalizada é a força exigida, dividida pela força máxima da população
multiplicada por 10.
10
Prevalência
Força de Pico Normalizada
8 alta de
DORT´s
6
4
Limite
de
2
ação
0
0 2 4 6 8 10
Nível de Atividade das mãos (NAM)
TLV para redução de DORT´s baseado na atividade das mãos NAM e pico de força das mãos.
Fonte Acgih
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O método foi desenvolvido em meados dos anos 70 pela OVAKO Oy, uma siderúrgica
Finlandesa, em conjunto com o Instituto Finlandês de Segurança Ocupacional.
Princípios do Método:
- Sistema de fácil uso e aprendizado;
- Os resultados mostram a % de tempo que o trabalhador permanece em posturas
“boas” e “más”;
- O sistema proporciona benchmarks para o projeto do posto de trabalho.
- O sistema define posturas padronizadas para o Tronco, braços, Membros
inferiores e a Carga manual;
- Uma série de observações são feitas e registradas as posições com referências
aos quatro Pontos citados acima;
- A porcentagem de tempo em cada categoria pré-definida é calculada;
- Resultados comparados com Padrões.
Categorias
Tronco:
1 2 3 4
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Braços:
1 2 3
1 – Sentado
2 – De Pé, joelhos retos, peso distribuído igualmente entre as pernas
3 – De Pé, joelhos retos, peso concentrado em uma única perna
4 – De Pé, joelhos flexionados, peso distribuído igualmente entre as pernas
5 – De Pé, joelhos flexionados, peso concentrado em uma única perna
6 – Ajoelhado (um ou dois joelhos no chão)
7 – Andando (em movimento)
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1 2 3
4 5
Sentado Em pé, com joelhos retos Em pé, com joelhos
e peso distribuído retos e peso Em pé, com joelhos Em pé, , com joelhos
uniformemente entre as concentrado em uma flexionados e peso flexionados e peso
pernas das pernas distribuído concentrado em uma
uniformemente entre das pernas
as pernas
6
Ajoelhado ( com um ou dois
joelhos tocando o chão) Andando
7
1 – Menor do que 10 Kg
2 – Entre 10 e 20 Kg
3 – Maior do que 20 Kg
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2 Postura com possibilidade de causar dano Ações corretivas são requeridas num futuro próximo
Postura com efeitos danosos sobre o Ações corretivas são necessárias, o quanto antes.
3 sistema músculo-esquelético
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Resumindo OWAS
1º Passo: Entender a Tarefa a ser realizada;
2º Passo: Listar todos os postos de trabalho
3º Passo: Listar as atividades em cada posto de trabalho;
4º Passo: Quando as atividades são executadas
5º Passo: Desenvolver a Estratégia de Coleta de dados
Freqüência de observação
Intervalos fixos ou aleatórios
Quais as tarefas serão observadas
Critério NIOSH
Dc
Vc
H
Observação: na legislação brasileira, CLT, a carga máxima admitida é de 60 Kg.
60
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Qualidade da Pega
Pega Vc < 75 cm Vc ≥ 75 cm
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Exercício
Um trabalhador apanha sacos de parafusos num carrinho que está a 25 cm do chão e coloca sobre
uma esteira a 95 cm, sua distância do material na origem é de 30 cm. Para colocar o material
sobre a esteira é necessário que ele faça uma rotação do tronco de 60 º; este trabalho é realizado
apenas durante 1 hora quando devem ser colocados na esteira 540 sacos, que é a necessidade
diária de produção.
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Problemas:
Redução da Motivação;
Absenteísmo;
Alta rotatividade;
Doenças;
Monotonia.
Ou seja, atualmente sabe-se que a utilização deste método é negativo, pois as vantagens
introduzidas pela racionalização do posto de trabalho são superadas pelos aspectos negativos
Enfoque Ergonômico
• Biomecânicos;
• Cognitivos;
• Organizacionais.
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Atividades de Projeto
Análise da Tarefa
• Descrição da tarefa:
• objetivo(para que serve a tarefa, o que será produzido?);
• operador (tipo homem, mulher, graus de instrução e treinamento, experiência anterior,
faixa etária, habilidades, dimensões antropométricas);
• Características técnicas (máquinas e materiais envolvidos, flexibilidade e graus de
adaptação de máquinas, equipamentos e materiais);
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Critérios:
1. Importância . Aquilo que é mais importante em destaque.
Ex. operador de Radar.. O mais importante é a tela, logo a mesma deve ocupar o
centro das atenções
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Definição de Organizar
Organizar, no sentido comum, é colocar uma certa ordem num conjunto de recursos diversos
para fazer deles um instrumento ou uma ferramenta a serviço de uma vontade que busca a
realização de um projeto (ou, numa linguagem ergonômica, os objetivos da tarefa).
17.6.2. A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração, no
mínimo:
a) as normas de produção:
São todas as normas, escritas ou não, explícitas ou implícitas, que o trabalhador deve seguir para
realizar a tarefa. Aqui se incluem desde o horário de trabalho (se diurno, se noturno, a duração e
a freqüência das pausas etc.) até a qualidade desejada do produto (um erro pode acarretar
conseqüências graves), passando pela utilização obrigatória do mobiliário e dos equipamentos
disponíveis. A descrição das normas de produção é muito importante para se entender as
dificuldades do trabalhador, pois, quase sempre, a sua explicitação permite evidenciar as normas
contraditórias da tarefa. Por exemplo, as exigências de produção podem ser contraditórias
àquelas de qualidade ou segurança.
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b) o modo operatório:
O modo operatório designa as atividades ou operações que devem ser executadas para se atingir
o resultado final desejado, o objetivo da tarefa.
Ele pode ser prescrito (ditado pela empresa) ou real (o modo particular adotado pelo trabalhador
para fazer face à variabilidade acima mencionada).
Condições
Condições
determinadas
reais
Atividade
Tarefa De
trabalho
Resultados Resultados
antecipados efetivos
Atividade de Trabalho
c) a exigência de tempo:
Expressa o quanto deve ser produzido em um determinado tempo, sob imposição. Uma
expressão equivalente seria “a pressão de tempo”
A capacidade produtiva (rendimento) de um mesmo indivíduo pode variar ao longo do tempo (ao
longo de um mesmo dia, semana, mês, ano e ao longo dos anos = variação intra-individual),
assim como variar entre um indivíduo e outro (variação interindividual).
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Objetivos organizacionais exigem uma série de tarefas. Obter a descrição das tarefas
Homens são melhores do que as máquinas: mais criativos (fora da rotina), sensibilidade,
aprendem com a experiência, tomam decisões mesmo com critérios pouco definidos.
Máquinas melhores do que o Homem: mais lógicas, reprodução fiel, maior velocidade de
processamento, trabalham em condições insalubres e horários inconvenientes.
Após a alocação das tarefas elas devem ser reunidas em Cargos.
Cargos Interessantes: variedade de tarefas, o ocupante deve ter controle sobre o seu trabalho,
adequado ao nível de conhecimento e experiência, não ser muito repetitivo, mistura de tarefas
simples e complexas, determinar seu próprio ritmo, método e seqüência de operações, dar
oportunidade de contato social, ter acesso à informações e recursos necessários
Enriquecimento da Tarefa
Automatizar ou atribuir
as tarefas mais simples
a outros
Organização do Trabalho
• Formas flexíveis de organização
• Grupos autônomos
• Estilo gerencial baseado na liderança: Não Chefe, mas Sim Lider
• Formas flexíveis de organização: Muitos problemas organizacionais estão atrelados ao
mecanicismo (Taylorismo). A adoção de sistemas mais flexíveis (mais orgânicos).
Utilização de equipes de trabalho
• Flexibilização de controles e horários de trabalho
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e) o ritmo de trabalho:
O ritmo de trabalho pode ser imposto pela máquina (no caso de uma linha de montagem, com
operações que devem, às vezes, ser executadas em menos de um minuto) ou ser gerenciado pelo
trabalhador ao longo de um dia, embora mantendo uma cota de produção diária (como na linha
de montagem com estoque-tampão). Ele pode também ser influenciado pelo modo de
remuneração (salário baseado no número de toques sobre o teclado como na digitação ou por
unidades produzidas), que é teoricamente um ritmo livre, mas que induz o trabalhador a uma
auto-aceleração que não mais respeita sua percepção de fadiga.
Tempo de ciclo não deve ser inferior a um minuto e meio: típico de linhas de montagem,
provocam alienação mental, concentram a fadiga em poucos músculos. Incluir outras ações para
aumentar o tempo de ciclo.
Grupos Autônomos
O conteúdo das tarefas designa o modo como o trabalhador percebe as condições de seu
trabalho: estimulante, socialmente importante, monótono ou aquém de suas capacidades. Pode
ser estimulante se envolve uma certa criatividade, se há uma variedade de atividades, se há
questões a se resolver e se elas solicitam o interesse do trabalhador.
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