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Trabalho ADP Sumula
Trabalho ADP Sumula
Introdução
A avaliação de desempenho é uma prática fundamental dentro das organizações, pois permite
uma análise sistemática e objectiva do rendimento dos colaboradores em relação aos objectivos e
metas estabelecidas. Ao longo do tempo, uma variedade de métodos tem sido desenvolvida para
esse fim, cada um com suas vantagens, limitações e contextos de aplicação.
1.1. Objectivos
O presente trabalho, tem como objectivo principal, produzir uma súmula sobre os métodos de
avaliação de desempenho.
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1.2. Contextualização
Diante desse cenário de diversidade de métodos e tendências, torna-se fundamental realizar uma
análise comparativa abrangente, que avalie não apenas as vantagens e limitações de cada
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abordagem, mas também sua adequação aos objectivos, cultura e contexto organizacional. Essa
análise permitirá às empresas tomar decisões informadas na selecção e implementação de
métodos de avaliação de desempenho, visando aprimorar o desempenho individual e colectivo,
promover o desenvolvimento contínuo dos colaboradores e impulsionar a excelência
organizacional em um ambiente empresarial em constante evolução.
1.3. Problematização
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Ao problematizar os diferentes aspectos dos métodos tradicionais, modernos e novas tendências
de avaliação de desempenho, é possível identificar questões complexas e desafiadoras que as
organizações enfrentam ao seleccionar e implementar seus sistemas de avaliação. Essas questões
fornecem um ponto de partida para uma análise mais aprofundada e uma reflexão crítica sobre as
práticas de gestão de desempenho nas organizações contemporâneas.
1.4. Justificativa
A escolha deste tema se justifica pela sua relevância no contexto actual das organizações, onde a
gestão eficaz do desempenho dos colaboradores é essencial para o sucesso e a sustentabilidade
empresarial. Ao realizar uma análise comparativa entre os métodos tradicionais, modernos e
tendências emergentes de avaliação de desempenho, busca-se atender a diversas necessidades e
demandas presentes nas práticas de gestão de recursos humanos, tais como:
Actualização e Inovação: Com a rápida evolução do ambiente de trabalho e das expectativas dos
colaboradores, as organizações precisam estar constantemente actualizadas e inovar em suas
práticas de gestão de desempenho. Uma análise comparativa permite identificar métodos e
abordagens que estejam alinhados com as mais recentes tendências e tecnologias, garantindo a
eficácia e relevância das práticas de avaliação de desempenho.
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crescimento para os colaboradores. Métodos e tendências que promovem o feedback contínuo, o
reconhecimento do bom desempenho e o desenvolvimento de competências são essenciais para
aumentar o engajamento e a motivação dos colaboradores em sua jornada de desenvolvimento
profissional.
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2. Métodos de avaliação de desempenho: Uma análise comparativa dos métodos
tradicionais, modernos e novas tendências de avaliação
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visão operacional). Entre os métodos tradicionais de avaliação de desempenho mais utilizados
estão as escalas gráficas, escolha forçada, pesquisa de campo, incidentes críticos e listas de
verificação.
• Responsabilidade
• Redução de refugos
• Atitude e iniciativa
• Ausência de
• Personalidade acidentes
• Desembaraço • Manutenção do
equipamento
• Prontidão
• Atendimento a prazos
• Foco em resultados
• Aprimoramento
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técnico
Chiavenato (2014) descreve o método das escalas gráficas como um sistema de avaliação
baseado em uma tabela de dupla entrada, onde os factores de avaliação são listados nas linhas e
os graus de avaliação do desempenho nas colunas. Estes factores são comportamentos e atitudes
considerados relevantes pela organização para avaliar o desempenho dos funcionários. O
processo inicia-se com a selecção e definição desses factores, que servirão como critérios de
comparação entre os funcionários. Em seguida, são descritos os graus de avaliação para cada
factor, geralmente variando de três a cinco (como ótimo, bom, regular, sofrível e fraco). A
precisão na descrição dos factores é crucial para a eficácia do método. No entanto, o método é
criticado por limitar as opções do avaliador e por reduzir os resultados da avaliação a expressões
numéricas, o que pode desconsiderar aspectos subjectivos do desempenho humano.
A avaliação do desempenho por escalas gráficas oferece diversas vantagens, como a facilidade
de planeamento e construção do instrumento de avaliação, além da simplicidade e facilidade de
compreensão e utilização. Proporciona uma visão gráfica e global dos factores de avaliação
envolvidos, facilitando a comparação dos resultados de vários funcionários e proporcionando
uma retroacção de dados ao avaliado de forma fácil. No entanto, apresenta desvantagens, como a
superficialidade e subjectividade na avaliação do desempenho, e o efeito de generalização, onde
um bom desempenho em um factor pode levar à atribuição de bons resultados em todos os
demais. Além disso, tende a categorizar e homogeneizar as características individuais,
funcionando como um sistema fechado e rigidamente reducionista. Não permite a participação
activa do funcionário avaliado e avalia apenas o desempenho passado, (Chiavenato, 2014).
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2.2.2. Método de Escolha Forçada
De acordo com Chiavenato (2014), o método da escolha forçada surgiu como uma alternativa
para eliminar alguns dos problemas encontrados na avaliação de desempenho, como a
superficialidade, generalização e subjectividade, comuns na utilização da escala gráfica.
Neste método, o desempenho das pessoas é avaliado por meio de blocos de frases descritivas que
se concentram em aspectos específicos do comportamento. Cada bloco contém duas, quatro ou
mais frases que descrevem diferentes níveis de desempenho em relação ao aspecto avaliado.
O avaliador é então obrigado a escolher uma ou duas frases em cada bloco que melhor se
aplicam ao desempenho do avaliado. Alternativamente, pode escolher a frase que mais
representa o desempenho do funcionário e a frase que mais se distancia dele. Essa obrigação de
escolha é o que dá origem ao termo "escolha forçada". Essa abordagem visa a proporcionar uma
avaliação mais objectiva e precisa do desempenho, ao mesmo tempo em que reduz a tendência à
generalização e subjectividade. Ao focar em aspectos específicos do comportamento e obrigar o
avaliador a fazer escolhas, o método da escolha forçada busca fornecer uma visão mais detalhada
e justa do desempenho dos funcionários.
A avaliação do desempenho por escolha forçada apresenta vantagens e desvantagens que devem
ser consideradas. As vantagens incluem a análise mais precisa e individualizada do desempenho
de cada colaborador, a redução da subjectividade do avaliador e a facilidade de implementação
em diferentes organizações. No entanto, o método também possui complexidade na construção
do instrumento, limitação na visão global dos resultados, falta de retroacção de dados e
participação ativa do avaliado, além de possível falta de conclusividade. É essencial ponderar
esses aspectos ao escolher e adaptar o método às necessidades da organização. (Chiavento 2014).
O método de pesquisa de campo é um dos métodos tradicionais mais abrangentes para avaliação
do desempenho. Ele se baseia na responsabilidade de linha e na função de staff, envolvendo
entrevistas entre especialistas em avaliação e gerentes para avaliar conjuntamente os
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funcionários. Esse método é conduzido em quatro etapas: entrevista inicial, entrevista
complementar, planeamento de acções e acompanhamento dos resultados. Suas vantagens
incluem a participação activa do gerente na avaliação, o planeamento de acções futuras, a ênfase
na melhoria do desempenho e a profundidade na avaliação. No entanto, suas desvantagens
incluem o alto custo operacional devido à necessidade de especialistas, o processo demorado e a
baixa participação do avaliado.
Neste método, os colegas de trabalho avaliam o desempenho uns dos outros. Essa abordagem
pode fornecer uma visão mais completa e equilibrada do desempenho de um funcionário, pois é
baseada na observação directa do trabalho diário e das interacções no ambiente de trabalho.
Além disso, a avaliação por pares pode promover um ambiente de trabalho colaborativo, onde os
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colegas se apoiam e se ajudam mutuamente. No entanto, também pode ser afectada pelas
relações interpessoais e relutância em fornecer feedback negativo, (Da Costa, 2017).
Para Chiavenato (2014), as críticas aos métodos tradicionais de avaliação do desempenho são
numerosas e diversas. Muitas organizações consideram esses métodos ultrapassados e negativos
devido a várias razões:
.Todos os métodos apresentados até aqui, sofrem críticas no que se refere a algumas
características em comum: são geralmente burocratizados, rotineiros e repetitivos; tratam as
pessoas desconsiderando suas traços pessoais; são autocontidos pelo fato da avaliação funcionar
como fim e não como meio.
Por essas razões, as organizações estão buscando novos métodos capazes de não somente avaliar,
mas também dirigir os esforços das pessoas para os objectivos e metas individuais e
organizacionais. Nesse sentido, há uma tendência à desburocratização nos processos de avaliação
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do desempenho, reduzindo a quantidade de formulários e formalismos desnecessários, critérios
complicados e equivocados.
A avaliação de desempenho por competências é uma abordagem moderna que busca mensurar
não apenas o que os colaboradores fazem, mas também as habilidades, conhecimentos e
comportamentos que eles possuem e demonstram no trabalho. Esse método surge como uma
evolução da avaliação tradicional, que muitas vezes era vista como autoritária e parcial.
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Nesse novo modelo, as competências essenciais para o sucesso no cargo são identificadas e
definidos critérios claros para avaliar o desempenho em cada uma delas. O processo de avaliação
envolve não apenas os supervisores, mas também os próprios colaboradores, promovendo uma
abordagem mais participativa e colaborativa. Além disso, a avaliação de desempenho por
competências busca fornecer feedback estruturado e claro aos colaboradores, ajudando-os a
identificar pontos fortes e áreas de desenvolvimento. Esse feedback é visto como uma
oportunidade de aprendizagem e crescimento pessoal e profissional.
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2.4.4. Método de avaliação de 360Graus
Este método de avaliação refere-se a uma avaliação global do colaborador, sendo realizada de
forma circular por todos os elementos que mantêm alguma forma de interacção com o avaliado.
A avaliação 360º possibilita informações preciosas a respeito do avaliado, entendendo que estas
informações irão englobar todos os aspectos desse colaborador no exercício de suas actividades.
Como também, os resultados proporcionarão ajustes significativos do colaborador em todos os
aspectos que o envolvem.
Chiavento (2014) destacou algumas vantagens e desvantagens para a realização desse processo:
As desvantagens são:
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2.4.5. Método de avaliação de despenho por resultados
Para Bergamini e Beraldo (2013) a avaliação de desempenho por resultados é uma abordagem
que se concentra nos resultados alcançados pelos colaboradores, em vez de avaliar seus
comportamentos ou competências. Nesse método, os critérios de avaliação são estabelecidos
com base nos objectivos e metas previamente definidos para cada função ou equipe dentro da
organização. Segue uma visão geral sobre como é feita essa avaliação:
Vantagens:
Foco em resultados: Esse método enfatiza a importância dos resultados tangíveis, o que pode
motivar os colaboradores a se concentrarem em alcançar metas específicas.
Alinhamento com os objectivos organizacionais: Ao estabelecer metas que estão alinhadas com
os objectivos da empresa, esse método ajuda a garantir que os esforços dos colaboradores
estejam direccionados para os resultados desejados pela organização.
Desvantagens:
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Foco excessivo nos resultados a curto prazo: Pode levar os colaboradores a priorizarem
resultados imediatos em detrimento do desenvolvimento de habilidades ou do trabalho em
equipe.
Influência de factores externos: Os resultados podem ser influenciados por factores externos
além do controle dos colaboradores, o que pode distorcer a avaliação do desempenho.
O Balanced Scorecard (BSC) é um sistema de gestão estratégica utilizado por organizações para
traduzir a estratégia em objectivos operacionais que possam ser medidos. Desenvolvido por
Robert Kaplan e David Norton em 1992, o BSC vai além das métricas financeiras tradicionais,
incorporando também perspectivas não financeiras, como clientes, processos internos e
aprendizado e crescimento.
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O BSC oferece várias vantagens:
Comunicação Clara: Fornece uma estrutura clara para comunicar a estratégia da organização a
todos os níveis da empresa.
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2.4.7. Características e Critica aos métodos de avaliação de desempenho
2.4.7.1. Características:
Avaliação Contínua: Muitos desses métodos enfatizam a avaliação contínua ao longo do tempo,
em vez de uma avaliação pontual anual. Isso permite uma abordagem mais ágil e adaptável à
gestão de desempenho.
2.4.7.2. Críticas:
Avaliação Tendenciosa: Existe o risco de avaliações tendenciosas, onde os gestores podem ser
influenciados por preconceitos inconscientes ao avaliar o desempenho dos funcionários.
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Dificuldade na Mensuração de Comportamentos: Avaliar comportamentos e competências pode
ser mais difícil do que medir resultados tangíveis, o que pode levar a uma falta de clareza e
consistência nas avaliações.
Ênfase Excessiva em Metas e Resultados: Alguns críticos argumentam que os métodos modernos
de avaliação de desempenho podem criar uma cultura de excesso de ênfase em metas e
resultados, às custas do desenvolvimento de habilidades e relacionamentos interpessoais.
Embora os métodos modernos de avaliação de desempenho tenham evoluído para abordar muitas
das deficiências dos métodos tradicionais, eles ainda enfrentam desafios significativos que
precisam ser gerenciados para garantir sua eficácia e aceitação pelos funcionários.
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Base em Referências Objectivas: A avaliação de desempenho é fundamentada em índices
objectivos que permitem avaliar o desempenho global, departamental, grupal e individual. Isso
inclui indicadores internos e externos, como índices económicos e benchmarking de outras
empresas.
Autonomia e Autodireção: As organizações estão dando mais autonomia aos funcionários para
gerenciar seu próprio desempenho e desenvolvimento. Isso inclui incentivar a autoavaliação,
permitindo que os funcionários definam suas próprias metas de desenvolvimento e assumam a
responsabilidade por seu crescimento profissional.
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Avaliações 360 Graus: As avaliações de desempenho estão se tornando mais holísticas,
envolvendo feedback de colegas, supervisores, subordinados e até mesmo clientes. Isso
proporciona uma visão mais abrangente do desempenho de um indivíduo e ajuda a identificar
áreas de melhoria.
Integração com Tecnologia: As organizações estão cada vez mais utilizando tecnologia para
facilitar o processo de avaliação de desempenho. Isso inclui o uso de softwares de gestão de
desempenho, aplicativos móveis e plataformas online para colectar feedback, acompanhar metas
e avaliar o progresso dos funcionários.
Desenvolvimento Contínuo: As avaliações de desempenho estão sendo cada vez mais integradas
com programas de desenvolvimento contínuo. Isso inclui oferecer treinamentos personalizados,
programas de mentoria e oportunidades de rotação de cargos para ajudar os funcionários a
desenvolverem suas habilidades e avançarem em suas carreiras.
Ênfase em Resultados: Há uma ênfase crescente nos resultados alcançados, com metas e
objetivos sendo mais valorizados do que o comportamento em si. As organizações buscam criar
condições para alcançar e manter o alto desempenho dos funcionários.
Essas tendências reflectem uma mudança em direcção a uma abordagem mais centrada no
desenvolvimento e no crescimento dos funcionários, em vez de apenas avaliar seu desempenho
passado. Ao adoptar essas práticas, as organizações podem promover uma cultura de
aprendizado contínuo e capacitar seus funcionários a alcançarem seu pleno potencial.
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3. Conclusão
Portanto, a chave para uma gestão eficaz do desempenho dos colaboradores está na compreensão
das vantagens e limitações de cada método, na adaptação às necessidades específicas da
organização e na busca contínua pela melhoria e inovação. Ao adotar uma abordagem flexível e
holística, as organizações podem aproveitar ao máximo as diferentes ferramentas e técnicas
disponíveis para promover o desenvolvimento dos colaboradores, impulsionar o desempenho
organizacional e alcançar o sucesso sustentável no mercado atual e futuro.
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4. Referências Bibliográficas
Chiavenato, I. (2014). Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações,
4. ed. Barueri, SP : Manole.
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