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CONTRUINDO PONTES:

COMPREENDENDO A
DESMOTIVAÇÃO DO
PROFESSOR
A Escola Estadual Parque Piratininga II, na cidade de Itaquaquecetuba
em São Paulo, carece de condições de acesso à atividades culturais e de
lazer para os alunos, como filmes, teatros e feiras. Além disso, a
experiência operária da região de São Paulo, demonstra uma
contradição entre o desejo do estudante por ascensão social e as
demandas por trabalho barato que emanam do capitalismo industrial.
Por fim, como última demanda observada, são os problemas de ausência
de professores em sala de aula e desmotivação dos mesmos, sendo esta,
a demanda selecionada para pensarmos em possíveis estratégias de
intervenção com os professores e alunos, sendo este, um material
direcionado para os professores.

Professores x Alunos
Quando pensamos em
desmotivação de professores,
são muitos os problemas que
podem ajudar essa questão a
se perpetuar. Dentre elas, o
afastamento entre professores
e alunos está como uma das
principais causas.

O que ocorre, geralmente, é que os


alunos se sentem distantes dos
professores, o diálogo se torna escasso
e isso abre margem para que conflitos
em sala de aula aflorem.
O ideal, em um primeiro momento, seria
ouvir a gestão da escola, e isso
engloba tanto os coordenadores
quanto o grupo de professores. Além
disso, é importante também ouvir os
alunos para entender o que pode estar
contribuindo para que existam
problemas em sala de aula

É importante dar espaço para


esses três grupos para que uma
ação mais efetiva na escola seja
viável.

Quando existem conflitos em sala


de aula, é muito difícil manter-se
motivado para lecionar, visto que
os professores já são uma classe
de trabalhadores que nunca é
devidamente reconhecida pela
sociedade brasileira.

O objetivo central é fazer com que os


professores se sintam bem para dar
aula, fazendo com que eles deixem de
faltar e passem a querer trabalhar na
escola a longo prazo. Além disso, é
preciso quebrar a hierarquia
autoritária entre professores e alunos,
dessa forma, os estudantes estarão mais
abertos para desenvolver essa relação.
CONDIÇÕES
DE TRABALHO
É importante ressaltar que,
mesmo que a ausência dos
professores seja prejudicial
para os alunos e para a escola,
o objetivo da cartilha não é
culpabilizar esses
trabalhadores.

Entende-se que os docentes,


sobretudo os que lecionam em
escolas públicas brasileiras, sofrem
com condições precárias de
trabalho e muitas vezes não são
reconhecidos, além de não
encontrarem espaço de
acolhimento em seus trabalhos,
vivenciando a solidão e descaso.

Por isso, compreende-se que os verdadeiros inimigos, segundo


Adriana Marcondes, não são os alunos, nem os professores, mas sim
uma visão de mundo que localiza no indivíduo a causa dos
problemas produzidos em relações institucionais.

A ATUAÇÃO DO
PSICÓLOGO ESCOLAR
NAS ESCOLAS
O psicólogo escolar desempenha um
papel fundamental na interação entre a
escola, os professores, os alunos e suas
famílias. Seu objetivo é analisar e refletir
sobre as diretrizes éticas e teóricas que
orientam sua atuação na educação,
considerando suas influências históricas
e impactos nos indivíduos dentro da
instituição escolar.

Atualmente, reconhecemos a
importância e responsabilidade desse
profissional em promover ações que
fortaleçam as relações entre
professores, alunos e familiares,
sempre contextualizando as
demandas específicas e evitando
uma abordagem adaptacionista ou
reducionista no ambiente escolar.
DOS DESAFIOS
DA PSICOLOGIA
NESSA ÁREA

Um dos grandes desafios da psicologia


escolar está na forma como o psicólogo
trabalha nas escolas, visto que,
geralmente, abordagens não
reducionistas e adaptacionistas não
são bem recebidas pela gestão escolar.
Além disso, para que uma atuação seja
efetiva, é preciso existir um bom
relacionamento entre os psicólogos,
coordenadores e professores da escola.

O trabalho em equipe também pode ser


prejudicado pela falta de uma estrutura
organizacional e a ausência de políticas
institucionais que promovam uma cultura
de colaboração e apoio mútuo. Isso
pode criar uma atmosfera de trabalho
precária, onde os profissionais podem se
sentir isolados e desvalorizados,
dificultando sua capacidade de
empenhar sua profissão dentro do
ambiente escolar e promover mudanças.

Para que algumas ações se concretizem,


é crucial reconhecer as limitações do
trabalho do psicólogo e a necessidade
da atuação ativa de outras áreas,
reprisando assim a importância de
manter uma boa comunicação
intersetorial. A falta de comunicação
entre os profissionais, os alunos e suas
famílias representa uma grande barreira
para a consolidação do trabalho do
psicólogo escolar, pois a falta de canais
eficazes de comunicação pode dificultar
a identificação e o atendimento às
necessidades dos alunos, bem como o
envolvimento dos pais no processo
educacional.

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