Você está na página 1de 2

Tópicos linguísticos no ensino de Língua Estrangeira

Para ensinar um idioma estrangeiro é preciso mais do que saber falar a língua com
fluência. Há um vasto trabalho a ser feito, por exemplo, entender como funciona as etapas de
ensino e aprendizagem, tanto no que diz respeito ao instrutor como ao aprendiz. Com relação ao
professor, muitas vezes ele acaba tendo vários papéis na sala de aula, como ter a capacidade de
entender um pouco sobre psciologia, sociologia, ser um pouco “ator”, para conseguir conseguir
seus objetivos. É por isso que é importante que o professor analise os diferentes métodos e
escolha aquele que acredita ser o ideal para o seu grupo de estudantes. Há situações as quais o
docente precisa seguir as normas da escola/universidade onde leciona, tanto na questão do uso de
determinado material ou mesmo o método de ensino por meio de tradução, repetição, foco na
gramática ou comunicação por meio de interações orais, para citar alguns exemplos.

No campo da linguística, a gramática descritiva, criada por Ferdinand de Saussere, refere-


se ao ensino da língua escrita, em seu uso, onde não há uma evolução. Entretanto, outro
linguista, Noam Chomsky, cria nos anos 70 o enfoque comunicativo, sendo a função principal da
língua a interação e a comunicação, na expressão de significados e na diferença entre
“competência linguística” (conhecimento da estrutura da língua natural do indivíduo, cognitivo)
e “desempenho linguístico” (o uso real da língua, o comportamento do indivíduo ao usá-la),
considerando a língua não como uma estrutura e sim própria, intrínseca do ser humano.
Finalmente, temos a Sociolinguística, ciência que estuda a linguagem, cultura e sociedade, além
de outros temas como o bilinguismo e as línguas minoritárias. Segundo William Labov, a
sociolinguítica é o estudo da estrutura linguística e sua evolução na comunidade, sendo a língua
estudada em um abiente social.

A teoría sociolinguista, considerada inovadora, é a abordagem que vamos retratar aqui,


focando na aprendizagem comunicativa. Logo, espera-se que o professor, principalmente na hora
de escolher ou preparar os materiais para seus cursos, deva pensar em materiais que tragam uma
comunicação real, conteúdos que usem a língua para o benefício e necessidade dos alunos.
Através dessa teoria surgiu, nos anos 80, a competência intecultural, tendo como conceito
reconhecer outras culturas, respeitá-las e interagir com outros povos. Essa competência apresenta
ideias de diferentes campos de estudo, como, por exemplo, dos Estudos Culturais.
Referências:

CHILUISA CHILUISA, M. J.; CASTRO BUNGACHO, S. J.; CHAVEZ ZAMBRANO, V. V.;


SALGUERO BARBA, N. G. La lingüística aplicada a la enseñanza de la lengua. Revista
Boletín Redipe, [S. l.], v. 6, n. 3, p. 123–127, 2017. Disponível em:
https://revista.redipe.org/index.php/1/article/view/213. Acesso em: 26 abr. 2022.

GARCÍA, P. B. La enseñanza de español y la formación del docente de español como lengua


estranjera. Porta Linguarum: revista internacional de didáctica de las lenguas extranjeras, n. 4, p.
121-134, 2005.

Manual de formación de profesores de ELE_FINAL.indd. Disponível em:


<https://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:P7pgqsYUSUMJ:https://ele.sgel.es/
o/download/servlet%3FfileName%3D/downloads/MANUAL%2520DE%2520FORMACION
%2520CONTENIDOS%2520Y%2520UNIDAD_2496.pdf+&cd=3&hl=es-
419&ct=clnk&gl=us>. Acesso em: 26 abr. 2022.

Você também pode gostar