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Ficha Analítica de Leitura
Ficha Analítica de Leitura
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1. Identificação do texto
Magid, Jacob (2012), The Marshall Plan, History Department, Boston University, Boston,
USA
2. Problemática
Após o término da Segunda Guerra Mundial em 1945, a Europa estava devastada. Muitas
cidades estavam em ruínas, a produção industrial estava em colapso e a população
enfrentava escassez de alimentos e outros recursos essenciais. A Guerra deixou a economia
europeia arrasada, criando a necessidade de ajuda urgente.
Até 1947, achava-se que o problema económico da Europa se resolveria naturalmente pela
atuação das forças do mercado e com o apoio das novas instituições e organismos criados
pelo sistema de Bretton Woods (o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial). Assim,
a primeira aposta do governo dos Estados Unidos, com o Plano Morgenthau, foi de que a
Europa se reconstruisse com os seus próprios esforços e com o eventual apoio do sistema
de Bretton Woods.
Porém, tal não aconteceu, a Europa não foi capaz de recuperar sozinha e o suporte dado
pelo sistema de Bretton Woods foi insuficiente.
O Plano Marshall foi proposto pelo secretário de estado dos EUA, George C. Marshall, num
discurso na Universidade de Harvard em junho de 1947, onde se sugere estender uma ajuda
financeira maciça à Europa para a sua reconstrução económica. A 3 de abril de 1948, este
plano é então aprovado pelo presidente Harry Truman. Iniciam-se as ajudas aos países
europeus, entre os quais Inglaterra, França, Bélgica, Holanda, Noruega e Oeste Alemão.
Embora só tenha prestado apoio a 16 países, o plano foi estendido a toda a Europa,
incluindo a União Soviética e os seus aliados do Leste Europeu, que recusam a ajuda.
O principal objetivo deste plano era combater a grave crise económica e a possível ascensão
do comunismo na Europa e ao mesmo tempo garantir a abertura do mercado europeu para
os produtos norte-americanos.
O Plano Marshall é normalmente considerado um sucesso, isto porque ao longo dos quatro
anos (1948-1952) em que esteve em vigor, forneceu mais de 12 mil milhões de dólares em
assistência financeira, equipamentos, matéria-prima e alimentos. Essa assistência foi
fundamental na reconstrução de infraestruturas industriais e energéticas, além de apoiar o
comércio e a agricultura, permitindo que a economia europeia recuperasse rapidamente. O
plano contribuiu também, para a integração económica e a formação da Comunidade
Europeia do Carvão e do Aço (CECA), precursora da União Europeia e para a fundação da
NATO, uma aliança militar estabelecida em 1949, entre a América do Norte e vários países
Europeus.
Além disso, o plano é considerado por vários historiadores, como o início da Guerra Fria,
entre os EUA e a União Soviética. Ainda assim, é visto como um exemplo de diplomacia
económica e cooperação internacional com grande importância no domínio da história
económica nos séculos XVIII a XX.
Resumindo, o Plano Marshall foi uma resposta reativa, por parte dos Estados Unidos ao
agravamento da crise económica, social e política na Europa, que se baseia na prestação de
assistência monetária, e que desempenhou um papel crucial na recuperação e estabilização
da mesma.
3. Palavras-chave
4. Citações:
“As instituições criadas em Bretton Woods por pouco não foram vistas como obsoletas já
desde o nascimento. O Banco Mundial não teria qualquer atuação mais significativa até
1969. O FMI, de início, funcionava não como um financiador, mas apenas como uma espécie
de facilitador de trocas monetárias entre os países, oferecendo lastro para que as moedas
pudessem ser conversíveis ao dólar.”: António Lassance (2021:21)
“No entanto, fica a pergunta: esse sucesso econômico deveu-se ao Plano Marshall? Na
verdade, muitos estudiosos e economistas argumentam que as perspectivas da Europa a
médio prazo já eram brilhantes; eles já tinham tradições capitalistas de longa data e
economias de mercado relativamente bem-sucedidas”: tradução livre, Jacob Magid (2012:5)
“A Segunda Guerra Mundial é classificada como um dos eventos mais destrutivos na história
da Europa. Junto com as dezenas de milhões que morreram , a guerra desenraizou, ainda,
outros milhões e devastou toda a estrutura empresarial europeia”: tradução livre, Jacob
Magid (2012:1)
5. Atividade reflexiva